Pov. Percy

Eu não tive nem um sonho enquanto dormia, o que é normal quando estou cansado. Acordei com a minha mãe dando um tapa em minha cabeça dizendo que já estava atrasado.

– PERCY JACKSON! – Disse ela falando mais alto. – Acorda garoto, já são 6h50.

Desse jeito, eu pulei da cama.

– Quê? – Disse ainda sonolento.

– Vamos, vamos, vai tomar o teu banho. – Disse minha mãe me puxando da cama.

Levantei ainda cambaleando pro banheiro, liguei o chuveiro e quase ia entrando de roupa e tudo.

– Percy, não esquece de tirar a roupa, meu filho. – Disse minha mãe rindo.

Ri pro nada. Fiz a minha higiene matinal, me enrolei na toalha, escovei o meus dentes e saí do banheiro, peguei uma calça jeans, uma blusa vermelha e me vesti. Coloquei um Nike branco, tentei pentear o cabelo de desci.

Olhei pro relógio e vi que já eram 7h20.

Peguei a chave o carro e saí correndo até a garagem, entrei no carro e acelerei, saí em alta velocidade e só diminui quando cheguei à escola, estacionei o carro e sai correndo pra chegar a tempo. Entrei na escola e sai andando apressadamente até a sala, abri a porta e dei de cara com o professor Quiron.

– Ora, ora, ora, bom dia senhor Jackson. – Disse ele indo em direção à sua mesa.

Sorri amarelo, procurei uma cadeira mais não tinha nem uma disponível, olhei pra ultima cadeira do canto da sala e vi Annabeth sentada sorrindo pra mim, e ao seu lado tinha uma cadeira disponível, saí andando em direção à ela, quando cheguei, sentei ao seu lado.

– Oi loirinha!

– Oi... Hã, que apelido eu te dou? – Disse ela pensando.

– Que tal “Jackson gostoso”? – Disse eu me vangloriando.

– É, isto ta fora de cogitação, Percy. – Disse ela aos risos.

Comecei a rir com ela.

– Gostaria de compartilhar com a turma o porquê de vocês estarem rindo, senhor Jackson? – Perguntou o professor Quiron olhando severamente pra mim e para Annabeth.

Annabeth parou de rir e se encolhei na cadeira.

– Não, professor Quiron. – Eu disse abaixando a cabeça.

O professor se voltou para lousa e começou a explicar o assunto de hoje. Olhei para Annabeth e ela estava mordendo os lábios para não rir.

Nossa, ela fica linda tentando não rir. Hãn? O que eu disse?

Afundei-me na cadeira e fiquei prestando atenção na aula, o que é uma raridade.

Annabeth mexia inquietamente o seu cabelo.

O sino tocou, eu e Annabeth tivemos que mudar de sala, mais antes, passamos em nossos armários para pegar o restante dos livros.

– Então, dormiu bem? – Quebrei o silêncio.

– Dormi sim. – Disse ela pegando os livros. – E você?

– Ah, dormi sim.

Ela ficou me olhando por um tempo, balançou a cabeça e saiu andando.

– O que foi? – Indaguei.

– Nada.

– Então porque ficou me olhando? – Disse fitando-a.

Ela corou.

– Estava pensando em um assunto.

– Ah.

Eu ia andando distraidamente até que esbarrei em alguém.

– Idiota, retardado, estrupício! – Disse a pessoa ajuntando suas coisas no chão.

Era Thalia, novidade ela ta xigando alguém.

– Foi mal, Thalia.

– Presta atenção por onde anda moleque.

– Ei, calma aí guria. – Disse eu levantando as mãos.

– Oi Thalia! – Disse Annabeth sorrindo.

– Ah, e aí Annie. – Disse ela me ignorando.

– Fala aí, o que aconteceu pra você está tão estressada? – Disse eu olhando-a.

– Ah, minha mãe me acordou enchendo o saco hoje.

– Isso é mal. mais porque? – Disse Annabeth.

– Não to a fim de falar da minha vida. Qual é a aula de vocês?

– Filosofia. – Disse eu e Annabeth ao mesmo tempo.

– A minha também, vamos logo.

Thalia saiu se arrastando até a sala, Annabeth ia ao meu lado, de vez em quando nossos braços se roçavam. Thalia entrou na sala e se sentou na penúltima cadeira do fundo, eu e a Annabeth sentamos na ultima. Thalia colocou os pés sobre a cadeira, Annabeth riu.

A professora Samantha entrou na sala e fez a chamada, depois começou a falar sobre pensamento mítico.

De repente ela notou Annabeth na sala.

– Ora, nós temos uma notava! – Disse ela abrindo um sorriso.

Annabeth sorriu torto.

– Qual é o seu nome?

– Annabeth Chase.

– Annabeth, você gosta de mitologia grega?

– Meu assunto preferido. – Disse ela colocando uma mecha de seu cabeço atrás da orelha.

– Ótimo, conte-nos a história de Pandora, você conhece?

Annabeth se mexeu na cadeira.

– Bem... – Ela começou olhando apreensivamente pra todo mundo. Deu pra perceber que ela não é de chamar muita atenção. – Segundo a Mitologia grega, Pandora, cujo nome significa “muito dos” foi criada por Zeus para castigar os homens a quem Prometeu entregará o fogo divino. Dotada de inúmeras qualidades, ela foi enviada como presente a Epimeteu irmão de Prometeu, cujo nome quer dizer “aquele que vê depois, o imprevidente”. Apesar dos avisos do irmão para agir com cautela em relação aos presentes de Zeus, Epimeteu casou-se logo com a linda moça que traia consigo uma caixa misteriosa e a orientação de que não deveria ser aberta jamais. A orientação não foi obedecida e, uma vez aberta à caixa, todos os males espalharam-se pelo mundo. Quando novamente fechada, apenas a esperança permanecia dentro dela.

Thalia assoviou.

A professora ficou com os olhos arregalados, todos estavam olhando impressionados para Annabeth. Annabeth corou levemente e se sentou.

– Nada mal, loirinha. – Disse eu baixinho.

Ela sorriu.

– Aí, que nerd você é. – Disse Thalia virada pra Annabeth.

– Isso é um elogio?

– Pode ser.

– Obrigada.

Depois disso, a professora começou a explicar a história de Narciso, que era um cara que me apaixonou por ele mesmo e essas coisas, quando a professora falou isso, Annabeth se virou pra mim e disse:

– Cuidado, Percy.

Eu ri.

O sino tocou, a professora anunciou que tínhamos que ir para a quadra esportiva, todos saímos em direção à quadra, no caminho encontramos Rachel conversando com o ficante dela, mais à frente encontramos Nico e Jully aos beijos.

– Se engulam logo. – Disse Thalia.

Nico e Jully pararam de se beijar e sorriram.

– Não dá pra fazer isso, Tha. – Disse Jully rindo.

– Quê? Vocês já tentaram? – Brinquei.

Nico riu alto.

– Amor, coloque os óculos. – Falou Nico estendendo os óculos de Jully.

– Não, eu fico feia com ele. – Disse ela fazendo biquinho.

– Fica nada.

Jully pegou os óculos e colocou.

– Não está feia, Jully. – Disse Annabeth sorrindo timidamente.

Já disse como ela fica linda sorrindo timidamente?

Balancei a cabeça.

Percy, você está ficando louco, é isso.

– Vamos cara, temos que ir pra quadra. – Nico pegou a sua mochila, jogou nas costas e saiu andando.

Nos chegamos na quadra e sentamos do lado da Bianca e do Henry, que estava acariciando a sua barriga.

– Olá pessoal. – Disse Bianca sorrindo.

– Olá – Dissemos juntos.

A diretora entrou em quadra.

– Aí, a Willy Wonka vai falar. – Disse Grover com um chocolate na mão.

– Porque Willy Wonka? – Indagou Annabeth.

– Veja a semelhança Annabeth, veja a semelhança– Disse Thalia apontando pra frente.

Todos começamos a rir.

– Muito bem alunos, silêncio! – Pediu a diretora. – Como muitos sabem, o baile de inverno é amanhã, o comitê do baile já estão organizando tudo, e pelo o que eu fui informada, o baile vai ser a fantasia.

Todos começaram uma chuva de “Aí”.

– E... – Ela disse mais alto ao microfone. – Daqui a mais ou menos 2 meses, será o jogo do time de basquete. O nosso time está pronto, capitão Percy?

Todos olharam pra mim. Me levante e me preparei para falar.

– O Timberwolves está se preparando pro grande jogo, diretora.

– Muito bem, então é isso pessoal, vocês estão dispensados mais cedo hoje por causa do baile, o comitê vai organizar a escola, amanhã não haverá aula.

Toda a escola começou a gritar e foram todos saindo da quadra. Eu e o pessoal continuamos lá, até que a Rachel se levantou e sorriu pra todos.

– Bem, temos um trabalho à fazer.

As meninas sorriram, eu, Nico e Grover reviramos os olhos, já sabíamos que isso ia ser um massacre, íamos ter que carregar caixa, pegar coisas e mais um monte de coisa.

– Muito bem, todos ao trabalho.

As meninas se levantaram, andaram até a porta do ginásio e sumiram, fiquei olhando para Nico e Grover, 10 minutos depois elas apareceram um umas caixas na mão com as coisas da ornamentação, elas tiraram tudo de lá e começaram a arrumar.

– Garotos, vão pegar as mesas e o restante das caixas.

Eu e os meninos saímos arrastando os pés.

– Ah meu Deus, mais um trabalho. – Disse Grover.