My Little Luck escrita por raquelsouza


Capítulo 21
Taste The Pain


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei meus amores, mas como eu disse, depois do carnaval veio as provas D: E eu estava sem nem uma inspiração pra escrever. E comentando sobre o capitulo passando, afs, eu não gostei dele, era pra mim escrever mais coisas, mas não deu tempo. Enfim, sei que vocês esperavam mais de mim, mas foi o que deu pra sair da minha mente. E muito obrigada pelos reviews deixados, vocês são uns lindos *-*
Aproveitem o capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180614/chapter/21

Pov. Percy

Acordei abraçado a uma garota do meu lado, olhei para ela e vi que ela tinha um sorriso no rosto.

Sorri para Annabeth.

Sua mão estava por dentro de minha camisa enquanto eu a abraçava. Minha perna estava por cima, dava pra sentir a sua respiração fraca e profunda. Sua boca a poucos centímetros da minha.

Tão perto...

Controlei o desejo de beijá-la.

Acho que estou apaixonado por você.” Eu havia dito.

Eu era um idiota mesmo.

Eu tinha minha namorada e ficava dizendo coisas pra uma garota que já sofria bastante por outro.

Fiquei observando Annabeth enquanto dormia tranquilamente, com o cobertor  pela metade de seu corpo.

Alguém abriu o zíper da barraca e entrou. Olhei para a entrada e vi que Thalia estava me olhando com um sorriso sarcástico no rosto.

– Vai me dizer que rolou sexo nessa barraca também?

– Cala boca, Thalia. – Disse.

– Se levanta aí, coisa insignificante.

– Porque?

– Porque eu estou mandando.

– Desde quanto você manda em mim? – Rebati.

– Levanta agora, ou você nunca mais será capaz de se reproduzir. – Grunhiu ela.

Fiz uma cara de dor.

Olhei para Annabeth ainda dormindo, estava tão confortável ali.

Me soltei de Annabeth devagar, já que não queria acordá-la. Sai da barraca e dei de cara com Henry.

– Qual é, Thalia... Porque acordar tão cedo? – Perguntou ele.

– Para de perguntar. Vamos aproveitar o dia. – Ela disse rolando os olhos.

– O que aconteceu com você? – Perguntei.

Thalia me fuzilou com o olhar, depois voltou-se para o mar.

Annabeth apareceu ao meu lado esfregando os olhos.

 – Perdi alguma coisa? – Disse ela sonolenta.

– Não, acabamos de acordar. – Respondi.

– Dormiu bem, Annie? – Perguntou Thalia com um sorriso malicioso no rosto.

– Hum, dormi sim. – Disse ela com uma estranha cara confusa e sonolenta ao mesmo tempo.

Thalia revirou os olhos, provavelmente xingando Annabeth mentalmente por não ter entendido a frase maliciosa que ela tinha jogado.

Bianca chegou terminando de pentear o cabelo, e Rachel veio sorrindo como se a noite estivesse sido boa, o que me leva a crer que a hipótese de Thalia sobre sexo na barraca era verdade.

– O que tem pro café da manhã? – Perguntaram as duas em som uniforme.

– Pizza com refrigerante. – Respondeu Henry. – Acertei?

– Exatamente!

– Que café da manhã mais saudável. – Disse Annie.

– Ah não ser que queira ir se aventurar no mato atrás de frutas para comer... – Sugeriu Thalia.

– Hum, acho que eu me perderia. – Disse Annabeth rindo fraco.

– Então aceite o nosso café da manhã feito pelo chefe de cozinha da Victor’s Pizzeria! – Disse Thalia imitando o comercial.

Annabeth colocou a mão no rosto e começou a rir.

– Eu vou lavar o meu rosto.

E ela foi pra a margem da praia.

Fiquei observando-a até que Nico deu um soco em meu ombro rindo.

– Por acaso você esqueceu como é que se pisca?

– Cuma?

Rio riu baixo.

– Essa garota mexe com a sua cabeça de um jeito incrível.

– Ela não mexe comigo.

– Ok, eu vou fingir que acredito.

E Nico se foi, vi pelo canto do olho ele abraçar Jully de forma carinhosa, o que eu acharia gay se minha cabeça não estivesse tão confusa como está agora.

Será que um dia eu amaria alguém do jeito que Nico ama a Jully?

Sim, é só você ouvir o seu coração e parar de ser idiota.

Talvez eu estivesse ficando louco.

Me sentei na areia e fiquei pensando na minha vida, em coisas que provavelmente não aconteceriam comigo.

Será que um dia eu serei capaz de lutar por um amor?

Será que alguém vai me amar de verdade, que não vai ligar só porque eu sou popular?

Será que alguém um dia ia conhecer o verdadeiro Percy?

Fiquei me fazendo zilhões de perguntas sobre como seria a minha vida no futuro até que alguém senta do meu lado.

– Pensando na vida? – Perguntou ela.

– É... – Disse ainda focando a praia a minha frente.

– Engraçado, né?

– O que?

– Como as coisas mudam, os pensamentos... – Olhei para Annabeth e ela estava sorrindo pro nada.

– O que mudou pra você?

– Sabe, quando eu fiquei sabendo que iria vim morar em San Francisco, eu pensei  “Minha vida nunca mais vai ser a mesma, eu vou viver sem amigos, vou ficar trancafiada em um quarto sem falar com ninguém”, mas aí eu conheci você... E tudo mudou.

Eu não acreditei no que ouvi. Eu ouvi isso mesmo?

– Então quer dizer que eu sou um motivo bom pra você não viver trancafiada em um quarto? – Perguntei com um sorriso bobo no rosto.

Ela deve ter percebido o que tinha falado, pois logo completou a frase.

– É, mas tem a Thalia também, a Rach, a Bianca, Nico... – Ela disse ficando levemente ruborizada.

– Sei... – Respondi ainda sorrindo.

– Você não  está com fome? – Ela perguntou.

– Um pouco, mas ainda é cedo pra comer.

– Cedo? Já viu que horas tem?

– Não, porque?

– Já vai dar meio dia, o povo já esta caçando lenha pra fazer a famosa almôndega enlatada.

– Meio dia?

Como assim? Eu isso só podia ser brincadeira.

– Você estava tão perdido em seus pensamentos que ninguém quis atrapalhar.

– Passei tanto tempo assim?

– Humrum.

Ficamos em silêncio novamente, até que depois de um tempo, Grover nos chamou para comer.

Eu estava com tanta fome que eu comi a comida praticamente toda.

Depois disso, eu descansei mais um pouco, enquanto todos tomavam banho. Annabeth estava encostada em uma arvore lendo um livro que eu não pude distinguir o titulo, mas que parecia bom, porque do jeito que Annabeth estava entretida eu nunca vira antes.

Ela mexia no cabelo, colocava uma mexa rebelde pra trás da orelha, franzia os lábios, ria, ficava assustada. Tudo isso de um jeito simples e único de ser.

Fiquei observando-a novamente, achando cada detalhe que eu acho que ninguém nunca perceberia.

Depois de um tempo, ela levantou o olhar e o me coração bateu forte.

Ela abriu um pequeno sorriso, e por um momento eu queria que ele fosse meu.

Por um momento.

Depois veio Tracy a mente, não era justo eu está querendo Annabeth.

Por mais que Tracy fosse desprezível, deplorável, hipócrita e egoísta, ela tinha sentimentos.

Disso eu sabia, ela me amava. Mas eu não achava certo, não nesse momento.

Eu estava iludindo alguém que me amava, que um dia chorara por mim.

Desviei o olhar de Annabeth e tentei pensar em Tracy.

Como eu disse, tentei.

Mas ela não era que nem Annabeth, ela não era meiga, irritante, nerd, linda, carinhosa e mandona. Só ela conseguia ser assim.

– E ai mano, não vai querer nadar? – Perguntou Grover jogando pingos de água em mim.

– Daqui a pouco eu vou, ok?

Grover me analisou por um momento, mas assentiu e se foi.

Me levantei e fui até Annabeth.

– Quer andar pela praia?

Ela levantou o olhar mais uma vez.

– Não, você vai me jogar na água de novo.

– Eu prometo que não faço isso.

Ela me encarou com os seus lindos olhos azuis, mordeu os lábios, mas depois se levantou.

– Vou confiar em você.

Andamos pela margem da praia sem falamos nada, cada um absorto em seu próprio pensamento.

Sabe, quando eu fiquei sabendo que iria vim morar em San Francisco, eu pensei  “Minha vida nunca mais vai ser a mesma, eu vou viver sem amigos, vou ficar trancafiada em um quarto sem falar com ninguém”, mas aí eu conheci você... E tudo mudou.” Ela me disse.

Essa frase não saia de minha mente, e eu me sentia um bobo.

As vezes eu a olhava pelo canto do olho e a via sorrindo.

Quem era o motivo do sorriso dela?

Eu é que não era, com certeza.

Parte de mim queria Annabeth, mas parte de mim dizia que eu a faria sofrer.

Não só eu, mas Tracy também.

Saí de meus pensamentos mais uma vez quando percebi que eu já estava com a água pela metade de minhas pernas.

Annabeth ria de mim e dizia coisas como “Você deveria ver a sua cara”.

– Engraçadinha! – Disse.

– Eu?

– Você sim. – Disse ameaçando-a de jogar na água.

– Olha... Você prometeu que não iria me jogar na água! – Ela disse se afastando de mim.

– Vem Annabeth, a água está boa. – Disse eu entrando ainda mais na água.

– Eu não sou fã de praia Percy.

– Qual é, você veio pra se divertir. – Pedi. – Por favor.

Ela olhou pras mãos, até que tirou a sandália de dedo e veio caminhando para dentro da água.

– Boa garota. – Disse.

Ela sorriu mais uma vez pra mim, e mais uma vez  eu senti um repuxo bom na barriga.

– Em que você tanto pensa? – Ela disse próximo ao meu rosto.

– Em você. – Disse bem baixinho.

– Como?

– Em nada. – Respondi rápido.

Ela levantou uma sobrancelha, rolou os olhos e virou-se para o outro lado, mergulhando logo em seguida.

Olhei pra onde estavam as barracas e vi Thalia me olhando, junto com Rachel e Ian.

Eles me lançavam olhares curiosos seguidos de sorrisos.

Revirei os olhos, e quando virei o rosto, encontrei novamente o rosto de Annabeth.

Agora a poucos centímetros do meu, podia sentir a sua respiração acelerar.

Me aproximei bem devagar, mas no ultimo instante, ela virou.

Olhei pro lado e me afastei dela.

– Não é certo, Percy. – Ela disse baixo.

– Eu sei.

Me virei para sair da água, e quando olhei pro relógio de Nico, já eram                quatro horas.

– Acho que já esta na hora de irmos. – Disse Nico.

– É, daqui a pouco já vai escurecer, e temos que fazer umas tarefinhas da escola. – Concordou Grover.

Arrumamos as nossas barracas em silêncio.

Quando terminamos, colocamos as coisas em nossos ombros e começamos a andar.

– Dê tchau para o seu pinheiro, Thalia. – Disse lembrando de quando Thalia era pequena e dizia que o pinheiro seria sempre o seu namorado.

[N/A: Não era isso que eu planejava pra fazer a parte do pinheiro, mas enfim...]

– PIIIIIIIIIIIIIIINHEIRO, MEU AMOR! – Disse ela correndo em direção a ele.

Ela o abraçou e fingiu que o beijava.

Annabeth riu baixo, junto com os outros.

– Vou sentir a sua falta, amor da minha vida. – Despediu-se ela de seu pinheiro.

Caminhamos para os nossos carros, dessa vez, Annabeth quase não tropeçou.

Quando chegamos nos nossos carros, despachamos as coisas e seguimos viajem.

Annabeth vinha comigo, e ninguém falava nada.

Ela inda estava molhada, só que com um vestido que Rachel emprestou para ela. Liguei o aquecedor quando percebi que ela batia os dentes.

– Obrigada. – Ela disse.

Apenas sorri para ela.

O silêncio constrangedor reinava ali.

Acabei que dirigir rápido até o condomínio que morávamos, parei em frente da casa de Annabeth e falei:

– Entregue, novamente.

Ela soltou um riso fraco.

– Obrigada, de novo.

– Disponha.

Ela se aproximou de meu rosto, mas por instinto, virei. Quase nós beijamos.

Quase.

Porque ela parou a 2 centímetros de distancia.

Ela se afastou constrangedoramente, sorriu, pegou a sua bolsa e saiu do carro.

Dirigir até o a garagem da minha e subi sem tirar as coisas do carro. Entrei no meu quarto e só fiz questão de trocar de roupa.

Me joguei na cama e fiquei olhando pro teto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse não foi um capitulo mega fodástico, mas é que eu tenho prova essa semana e minha cabeça está cheia de contas matemáticas e blá bla bla. Não me abandonem, eu prometo que o proximo capitulo vai sair bem melhor que esse, viu? >< Reviews por favor, seus lindos *-*
No próximo capitulo: Tracy vai tentar humilhar Annabeth na frente de todo mundo, será que ela irá conseguir? Mark também ira correr atras de Annabeth, o que será que vai acontecer?
Hmmmm, só lendo, é. K Enfim, beijos meus docinhos de coco :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Little Luck" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.