My Little Luck escrita por raquelsouza


Capítulo 19
Patience


Notas iniciais do capítulo

Minhas sinceras desculpas pela demora meu amores, a minha saúde e a minha criatividade não tem sido uma das melhores. D: Mas cá estou eu, com dor de cabeça, febre e dor no corpo postando esse capitulo. Eu não sou muito legal? :3 K Mil agradecimentos pelos reviews deixados no capitulo passado, e muito obrigada pelos leitores novos que eu recebi *-* E esse capitulo é dedicado a Kamila (milacavalcante) porque ontem foi o seu aniversário,(: Deixa eu parar de enrolação aqui.
Boa Leitura!
Obs.: Vocês podem ler esse capitulo ouvindo a musica Patience, dos Guns *-* e sim, sou viciada neles, k



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180614/chapter/19

Por um momento eu não tive reação nem uma, e Tracy continuava parada lá, na minha sacada, segurando a barra de proteção com tamanha força que os nós de seus dedos já estavam brancos.

Andei com certa presa para a barra de proteção da sacada de Annabeth, pulei e desci as escadas, posicionei na minha e subi. Enquanto pulava para dentro do meu quarto, olhei de relance para o quarto de Annabeth e vi que ela tinha fechado as cortinas.

Tracy fitava o vazio, mas várias lagrimas inundavam o seu rosto, borrando a sua maquiagem.

Seu cretino!

Eu já me odiava o bastante por enganá-la, agora me odiava ainda mais por fazê-la chorar.

– Tracy... – Comecei.

– Como você pode fazer isso, Percy? – Sua voz saiu fina, cheia de dor e raiva. – Eu venho aqui, querer fazer uma surpresa para o meu namorado e quando chego em seu quarto, vejo você beijando aquela novata vadia!

– Tracy não é...

– Não é o que eu estou pensando? – Ela me interrompeu.

Eu continuava parado ali, em pé no canto da sacada, eu não sabia o que fazer.

– Sabe Percy, eu sei que quando namoramos no ano passado você não gostava de mim, mas você sempre foi tão carinhoso, atencioso e fofo. Você era diferente de todos os garotos com quem eu já fiquei, você não me travava como uma vadia. – Ela dava pequenos soluços e limpava algumas lágrimas no rosto.

Talvez ela esteja fazendo um pequeno drama.

– Eu tenho sentimentos Percy! – Ela gritou. – Eu tenho sentimentos. Eu não sou apenas uma garota que deixa as outras pra baixo, não sou apenas uma garota que já ficou com a metade da escola.

Eu a olhava fixamente.

– Você não sabe a dor que eu estou sentindo, Percy! – Ela limpou uma lagrima solitária do rosto.

Tracy se virou para ir embora, mas segurei o seu pulso e a abracei forte.

– Por favor, não chora. – Eu disse.

Por mais que Tracy fosse irritante, eu sabia que ela tinha sentimentos.

– Você me traiu! – Ela disse me batendo.

Não me defendi, eu estava chocado demais para fazer alguma coisa.

Depois de um tempo me batendo e me chamando de vários palavrões, ela acabou cedendo e encostou a sua cabeça em meu peito.

Fiquei afagando-lhe o cabelo, depois a levei para minha cama, onde ela se deitou. Deitei atrás dela e fiquei mexendo a alça de sua blusa.

Será que ela me amava mesmo?

– Porque você fez isso? –Ela disse baixinho.

– Não sei. – Menti.

– Eu te amo, Percy. – Ela disse deixando uma lágrima descer. – Será que ainda não percebeu isso?

Limpei a lágrima em seu rosto sem dizer nem uma palavra.

Ela se alinhou perto de mim, dei um selinho nela.

Olhei para o quarto de Annabeth e agora as luzes estavam apagadas. Suspirei baixo, voltei o olhar para Tracy, sua respiração estava calma. Beijei a sua testa e minutos depois acabei dormindo.

Acordei com um vento frio atravessando o quarto, abri os olhos lentamente, e vi Tracy encostada na minha escrivaninha vendo um porta retrato, passei a mão no rosto e me levantei. Ela olhou pra trás e deu um meio sorriso.

Andei até ela e vi a foto que ela estava segurando.

Era uma foto da quarta série, nela estava eu, Nico, Bianca e Thalia fazendo chifre em Grover. Todos estávamos com um sorriso estampado no rosto, e estávamos bronzeados também.

– Essa foto foi tirada no campeonato de queimada.

– Eu sei, eu estava lá. – Ela disse sorrindo.

Sorri para ela e dei um beijo em sua bochecha.

– Que horas tem? – Indaguei.

– 5h30.

– Quê? – Indaguei assustado.

Eu não acordava tão cedo assim.

– Dormimos cedo ontem.

A olhei nos olhos e o seu sorriso se desfez,  ela desviou o olhar.

Me senti um cretino mais uma vez, por fazê-la chorar.

– Eu vou tomar um banho, ok?

Ela assentiu levemente.

Fui para o meu closet e peguei uma calça jeans qualquer, uma blusa branca de manga e entrei no banheiro.

Tomei um banho rápido, pois tinha que levar Tracy a sua casa ainda para trocar de roupa.

Sai debaixo do chuveiro e me vesti, escovei os dentes e sai do banheiro. Vi Tracy sentada na cama olhando o vazio.

Pigarreei e ela me olhou.

– Vai assim pra escola?

– Não. – Disse indo para o meu closet novamente.

Peguei uma jaqueta de couro  e uma blusa de manda comprida xadrez azul.

– Qual você quer que eu use?

Ela me olhou um pouco assustada, depois riu e apontou pra a camisa xadrez.

– Porque você está pedindo a minha opinião?

– Ter uma opinião feminina sempre ajuda, não?

Ela riu um pouco mais alto, e eu acompanhei a sua risada.

– Vamos, eu vou te levar na sua casa pra você trocar de roupa.

Ela se levantou e dirigiu-se para a porta, mas antes de sair, eu segurei a sua mão e a virei para mim.

– Está tudo bem entre a gente, não está?

Ela engoliu em seco e colocou uma mecha para trás.

– Eu prometo que aquilo não vai mais se acontecer, ok?

Ela abriu um sorriso um pouco grande.

– Promete?

– Prometo.

Ela ficou na ponta dos pés e se inclinou para me beijar, o beijo foi normal. Não se comparava com o beijo de Annabeth. Me repreendi mentalmente por está pensando em outra garota enquanto beijava a minha própria namorada.

Nos separamos e ela tinha um olhar um pouco mais feliz do que agora apouco, posso até dizer que ela estava planejando algo.

Eu estava estacionando o carro na frente da casa de Tracy, e durante todo o percurso não falamos absolutamente nada.

Saímos do carro, Tracy ia a frente, paramos na porta enquanto ela revirava a sua bolsa atrás da chave. Assim que a achou, abriu a porta e entrou.

– Espera um minuto, ok?

Assenti devagar, sabendo que esse um minuto levaria horas.

Sentei no sofá enquanto Tracy sumiu para o seu quarto.

A sua casa era bem bonita, seu pai era Embargador da cidade, e por isso eles moravam em uma mansão. Na sala tinha dois sofás, uma mesa de centro com uma TV LCD plana na parede, vasos caros decoravam a sala de estar, na parede tinham pequenos quadros com fotos de família. Um lustre pendia no teto e uma escada enorme levava para os quartos.

[N/A: Eu sou péssima pra descrever locais, I’m sorry.]

Fiquei esperando pelo o que pareciam horas, mas quando Tracy desceu, ela estava absolutamente linda.

Ela estava usando uma blusa branca de seda, uma minissaia de cintura alta rosa, uma  sapatilha preta clássica, argola de ouro e o seu cabelo estava trançado em uma espinha de peixe.

Sorri ao ver-la, mesmo que não a amasse.

Ela veio até mim e beijou o meu rosto, deixando uma leve marca de batom.

Segurei a sua mão, e saímos de sua casa. Ela andou até o meu carro e entrou, logo em seguida eu entrei também.

Dirigi rapidamente até a escola, pois tínhamos mais ou menos, sete minutos para entrar.

Assim que cheguei, Tracy saiu do carro e se encostou no mesmo, lançando sorrisos falsos para todo mundo, fui até ela e segurei a sua mão meio receoso pois estava com medo que Annabeth visse. Tracy me puxou para um selinho rápido, depois andamos para dentro da escola.

Vi de relance uma cabeleira loira correndo para dentro da escola, e logo em seguida, Thalia e Bianca correram atrás da pessoa.

Logo pensei em Annabeth, e o modo de como eu a fiz confessar que sentia alguma coisa por mim.

Cretino!

Foi a primeira palavra que me veio a cabeça.

Como eu poderia fazer isso com ela?

Olhei para todos e vi o olhar reprovador de Grover e Nico, que logo entraram escola também.

Minha primeira aula seria de Trigonometria, e provavelmente seria a de Annabeth também, pelo o que me lembrava, ela tinha os mesmos horários que eu.

– Eu vou ali, e já volto. – Disse soltando a mão de Tracy.

Corri para a sala e vi que as coisas de Annabeth estavam em sua carteira, olhei para o vestiário feminino e vi Thalia e Bianca entrarem, corri até lá e entrei assim mesmo. Ignorando os olhares de outras pessoas.

– Annabeth! – Gritei.

Vi Thalia aparecer na minha frente.

– O que você quer? – Disse.

– Falar com a Annabeth, onde ela está?

– O que você tem na cabeça, Percy? Primeiro você vai até a sacada de Annabeth e a beija, depois aparece com a vadia da Tracy.

– Eu preciso me explicar a Annabeth. – Disse sem paciência.

Annabeth apareceu de trás de uns armários e me olhou. Andou até Thalia e disse com a voz embargada:

– Deixa que eu cuido disso.

Thalia olhou para Annabeth por um momento, e relutante, saiu.

Bianca tinha saído também, pois ouvir outros passos atrás de mim.

Agora era eu e Annabeth.

Ela me fitava com raiva, e nem um de nós dois queria falar uma palavra.

Eu não sabia o que dizer.

– Você é um vagabundo, cretino e idiota, Percy! – Gritou.

– Eu sei. – Disse eu, baixo.

– Porque você fez isso, ein?

Coloquei a mão no rosto e balancei a cabeça.

– Você é sempre assim? Quer ficar com duas garotas ao mesmo tempo? – Perguntou ela virando-se para trás.

Eu poderia dizer que não, que a amava, que terminaria com Tracy pra ficar com ela e aquelas baboseiras todas. Mas algo em Annabeth me forçava a dizer a verdade.

Eu estava completamente sem palavras, e eu nunca tinha ficado sem palavras com nem uma garota.

– Percy, só me faz um favor. – Disse ela colocando o dedo em seus lábios. – Fique longe de mim, se já sofrer por Mark é ruim, imagine eu sofrer por você também... Nunca mais encoste um dedo em mim, nunca mais me iluda. Pelo o meu bem, e pelo seu, combinado?

Balancei a cabeça positivamente, há pesar de não confirmar nada.

Sai do vestiário e fui para a sala, entrei e me joguei na carteira.

Fitei o teto a aula toda, e na hora no refeitório, me sentei na mesa do time. Pois eu não tinha coragem de encarar Annabeth.

Já era de tarde e eu estava arrumando a minha bolsa para o acampamento. A minha barraca já estava enrolada no canto do quarto, e eu só estava colocando a roupa necessária pra passar um dia.

Olhava de vez em quando para o quarto de Annabeth, e via que a sua cortina estava fechada. Me perguntava se ela iria conosco.

Uma hora depois Nico e Thalia buzinaram na frente de casa, desci com a bagagem toda e fui para a frente.

– Annabeth não vem? – Perguntou Nico.

– Não sei, eu tentei ligar para ela mas o celular dela estava desligado. – Disse Thalia saindo do carro.

– Vai em que carro as coisas? – Indaguei.

– No do Nico, as comidas e as barracas vai no meu. – Disse Thalia.

Coloquei a minha bolsa no carro do Nico e a minha barraca no carro da Thalia.

Thalia foi para a frente da casa de Annabeth e tocou a campainha. Logo depois alguém atendeu e ela entrou.

– Quem vai com a gente?

– Rachel, o namorado dela e Henry. – Disse Bianca

– E a Jully?

– Ta vindo aí.

Esperamos por cerca de meia hora, até que Rachel e o seu namorado chegaram.

– E aí pesadelo ruivo! – Disse eu.

– Oi Percy. – Disse ela descendo do carro. – Obrigada pela carona, pai.

O pai dela deu um aceno com a cabeça e foi embora.

– Cadê Thalia? – Perguntou Rachel.

– Ta lá dentro conversando com a Annabeth.

– Ah. – Ela me lançou um olhar rápido e depois desviou.

Passaram-se mais quinze minutos e Thalia veio carregando uma bolsa, e Annabeth veio logo atrás.

–Beleza, vamos então? – Perguntou Grover.

– Vamos. – Disse Bianca.

– Vamos primeiro separar os grupos.

– Grover, Henry, Ian e Rachel no meu carro. – Disse Nico.

– Bem, como o meu carro ta cheio, acho que só vai dá pra ir Bianca e Jully no meu. – Disse Thalia.

– Percy, você vai dirigir cara, tudo bem? – Disse Nico.

– Aham. – Concordei.

Olhei pra Annabeth e o seu rosto estava virado para o outro lado da rua.

– Annie, – Disse Bianca colocando a sua mão no ombro dela. – tudo bem se você for no carro de Percy?

– Não tem outro jeito? – Perguntou ela com a voz um pouco grossa.

Bianca fez um gesto negativo, Annabeth suspirou e olhou para mim.

– Ok então, né?

Entrei para casa e peguei a chave em cima da mesa, voltei e tirei o carro da garagem.

Todos estavam se acomodando dentro do carro  só Annabeth que estava parada em frente da sua casa com os braços cruzados.

– Vem?

Ela revirou os olhos e deu a volta no carro, entrou e olhou pra janela.

Dirigir em alta velocidade até a barreira, onde tive que dá o meu documento para poder passar.

Annabeth ainda não falava comigo, olhei para ela pensando no que dizer, até que o guarda me devolveu o meu documento.

Ele agradeceu e eu segui em frente.

– Olha Annabeth, eu não agüento mais esse clima entre a gente.

– Se você não fizesse tanta burrada nós não estaríamos assim. – Disse ela ríspida.

Suspirei.

– Annabeth, eu não queria fazer isso.

– Mas fez.

– Por favor, me perdoa?

Ela me analisou por uns 4 minutos, depois virou o rosto novamente para a janela do carro.

– Porque ela? Ela é mesquinha e não faz o seu tipo, porque?

– Vocês não a conhecem como eu a conheço.

– Ela é um monstro, não tem sentimentos.

– Ela tem sentimentos. – Eu disse baixo.

Ela me olhou em duvida.

– Como você sabe?

– Ontem, quando eu entrei no meu quarto, ela começou a chorar...

– Quem te garante que isso não era um show dela?

– Dava pra ver que ela falava a verdade.

Ela  tossiu levemente.

– A gente não foi feito um pro outro, Percy. A gente é tipo água e óleo, nunca se misturam quando estão juntos.

– Não acredito que seja assim.

Ela arqueou a sobrancelha.

– Tem certeza?

A fitei por mais um tempo, depois voltei a dirigir.

Vi o caminho que levava ao nosso acampamento, entrei no mato e Annabeth segurou o banco do carro com força.

Sorri malicioso e pude perceber que Annabeth gelou.

– Calma, eu não sou um ninfomaníaco. – Disse sorrindo. – A não ser que você queira.

Ela sorriu amarelo para mim, e logo quando viu o carro de Thalia estacionado na mata, relaxou.

Saí do carro juntamente com Annabeth, ela foi ao encontro de Bianca.

– Como foi a viajem? – Perguntou.

– Acho que normal. – Ela sorriu.

Vamos? – Disse Nico descarregando as coisas do carro.

Eu, Grover, Ian e Henry pegamos as barracas enquanto Thalia, Grover, Nico, Rachel, Jully e Annabeth carregavam as bagagens.

Começamos a andar e eu fui para o lado de Annabeth.

– Tem um problema. – Ela disse alto o suficiente para que nós ouvíssemos.

– Qual? – Perguntamos todos juntos.

– Eu não tenho barraca.

– Não tem problema, você divide com o Percy. – Disse Grover.

– Não tem outra alternativa? – Ela perguntou.

– Não! – Responderam todos.

Ainda estávamos andando pela mata e Annabeth já tinha tropeçado umas 6 vezes.

– Quando vocês disseram que iam acampar, vocês não estavam brincando, né? – Perguntou.

– Porque? – Perguntou Henry.

– Olha só de mato que tem aqui! – Ela disse apontando para frente.

Cheguei mais perto dela e disse:

– Welcome to the jungle, baby! – Disse colocando o braço em volta do seu ombro.

Ela riu baixo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem quer matar a autora levanta a mão! o/ o/ o/ KK Ai gente, me desculpem, eu sei que vocês queriam que Tracy se ferrase bonito, mas eu precisava fazer isso, *risos* E gente, eu não sei quando eu vou postar o próximo capitulo, pode ser daqui a 2 dias, 3 ou uma semana. Isso vai depender muito da minha saúde e criatividade. E tem também as provas que eu vou ter depois do carnaval, a nova diretora tirou os trabalhos e agora eu vou ter que estudar MESMO pra poder passar D: E respondendo uma pergunta, o Mark vai parecer daqui a uns 2 ou 3 capitulos, ok? Enfim gente, vejo vocês no próximo capitulo, beijos eu cupcakes :* amo todos.