See The Unseen escrita por Melinda Springs


Capítulo 2
Supermercado


Notas iniciais do capítulo

Oii! =D
Então, primeiro de tudo, obrigada pelos reviews *-* . Eu postei a história completamente descrente, achando que ninguém leria, então fiquei realmente feliz quando li as opiniões e elogios de vocês. Muito, muito obrigada, mesmo!
Bom, chega por aqui. Afinal, ninguém tem paciência pra ficar lendo essas notas, né? xD



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I left my job, my boss, my car and my home
I´m leaving for a destination I still don´t know

Destination Calabria – Alex Gaudino

A casa alugada pela Central era branca.

Tinha dois andares, um pequeno jardim na frente e um caminho de pedras levando até a porta de entrada. Nenhum muro separava o jardim da rua, e apenas arbustos dividiam as laterais, impedindo os vizinhos de modificarem meu jardim e vice-versa.

Entrei na casa. Deparei-me com um pequeno corredor, o qual terminava em uma escada. Em ambas as laterais havia uma porta. A porta esquerda levava à cozinha, enquanto a direita levava a uma sala de estar. A cozinha era ampla. O piso era de mármore branco e as paredes, brancas também. As bancadas eram pretas, contrastando com todo o ambiente descolorido, e a geladeira era de um tom preto puxado para prata. O jogo de cores (ou a ausência dele) me agradou.

A sala de estar não era tão fria. O piso era de madeira e as paredes eram beges. Havia dois quadros pendurados, um grande e um pequeno. O grande exibia uma paisagem paradisíaca, uma cachoeira no meio de uma floresta iluminada pela luz do sol. No pequeno, havia uma cesta de flores coloridas pintada à óleo. Ambas as figuras eram bonitas.

Os sofás eram macios, a televisão era de plasma e havia uma lareira no canto, que provavelmente seria o suficiente para aquecer o cômodo no inverno. De fato, era bem aconchegante.

Subi as escadas, ainda segurando minha mala, e a deixei no maior quarto que encontrei lá em cima. Havia uma cama de casal king-size, uma cômoda, uma penteadeira e um armário ocupando uma parede inteira. Além disso, era o único quarto da casa que tinha banheiro próprio. A única suíte, no caso.

Desfiz minha mala e guardei tudo no armário. Por sorte, Theon havia tomado o cuidado de instalar um cofre no chão, escondido pelo piso de madeira que, na verdade, era solto. Ficava oculto também por um pufe lilás.

Suponho que, naquela casa, o cofre era a única coisa realmente segura. Guardei as pastas da missão e meus documentos dentro dele e troquei de roupa para ir ao supermercado. Eu precisava comprar alimentos, produtos de limpeza e utilitários, como copos, pratos e talheres, que não vieram junto com a mobília da casa.

Tive que ir caminhando, visto que meu carro, providenciado pela Central, só chegaria no dia seguinte. Por se tratar de uma cidade pequena, não tive que andar muito. O supermercado ficava pouco além da praça central, que ficava a dois quarteirões de distância da minha casa. As ruas estavam vazias, enquanto a praça, o supermercado e o bar principal da cidade estavam cheios.

No supermercado, uma garota começou a falar comigo.

– Você não é daqui, é? – Ela perguntou. Tinha minha altura, os cabelos eram curtos, castanhos e os olhos eram cor de mel. – Sou Cassie Pierce, trabalho na Lilac’s, a loja de acessórios.

– É uma das lojas que circulam a praça, certo? – Perguntei, sabendo exatamente de qual loja ela falava. Minha memória era perfeita, e eu era ótima observadora. Meu trabalho exigia que eu o fosse. – Fiquei interessada no anel que vi na vitrine. – Inventei, lembrando-me dos objetos em exposição na vitrine da loja. – Sou Arya Black, acabei de chegar na cidade.

– Morando sozinha?

Assenti.

– Como consegue dinheiro? – Ela fez a pergunta mais irritante para se responder. Normalmente, a Central cuidava de tudo: me arrumava um emprego, ou me colocava em alguma universidade. Dessa vez, eu estava por conta própria.

– Meus pais faleceram recentemente, sou a única herdeira. – Menti, prática. - Eu esperava que, me mudando, suportar a perda ficasse mais fácil.

Cassie assentiu, me olhando com certa pena. Sempre conte com o truque dos pais mortos para ganhar uma pessoa.

– Cass, por que a demora? Alguém tem que cuidar da loja. – Uma voz mau humorada me chamou a atenção. Cassie olhou para o homem que a repreendia com raiva. Tive que girar o corpo para ver quem era.

Qual foi minha surpresa ao me deparar com a versão adulta do garoto da foto 3x4. Ali estava o alvo.




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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Primeiro: Eu pensei seriamente em colocar a foto de um ator que eu imagino perfeito para o "cara da foto 3x4", mas fiquei em dúvida: Fazer isso restringiria a imaginação de vocês e, embora no próximo capítulo haja uma descrição um pouco detalhada dele, ainda assim daria espaço para a mente de vocês imaginarem o cara do jeito de vocês. Então, vocês escolhem: Com foto ou sem foto?
Segundo (e último, juro): As letras de música no inicio do capitulo, por hora, não se relacionam tanto com a história. Só coloco aquelas que me lembram alguma coisa: seja a personalidade da Arya, do "alvo", ou mesmo o que ainda vai acontecer. Então, sim, as músicas PODEM dar dicas do que acontecerá na história.
Sorry pela nota gigantesca e, se você leu até aqui, você é foda! (y)