See The Unseen escrita por Melinda Springs


Capítulo 1
Missão


Notas iniciais do capítulo

Olá, amoores *-* Será que alguém vai ler? Será? :3
Então, não tenho muito o que falar na primeira nota que escrevo nessa história... Só que, como é o primeiro capítulo, não tem ação nenhuma. Só dei certa introduzida em tudo. O próximo vai ser bem melhor!



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Why must we fall apart to understand how to fly?
I will find a way even without wings

End Of The Dream - Evanescence

Agente 13, apresente-se imediatamente na sala G.

Aquela voz irritante da secretária ecoou por todos os auto-falantes do prédio principal, fazendo com que todos me olhassem curiosos na sala onde eu estava. Suspirei, larguei os papéis que estava lendo e corri para a sala G, imaginando o que eles poderiam querer comigo.

Abri a porta da sala sem bater, sabendo que quem quer que estivesse lá dentro, estava me esperando. De fato, os três homens estavam em silêncio, olhando uns para os outros. Cena estranha.

- Pois não? – Perguntei, olhando de um por um. Gideon, meu antigo treinador, sorriu para mim, parecendo feliz em me ver. Theon, o diretor do setor para o qual eu trabalhava, estava sério e aparentemente preocupado. O terceiro homem, que reconheci ser Lyon, o dono da CEAA, não demonstrava emoção alguma.

- Ela é sua melhor agente? – Lyon perguntou a Theon, decepcionado e visivelmente irritado. Cerrei os punhos com força para não dizer nada de que me arrependeria depois. Se aquele cara resolvesse me expulsar da CEAA, seria meu fim.

- Senhor, Arya Black é a melhor agente que poderia pedir. Não a subestime, a garota realmente tem habilidade. – Theon me defendeu, surpreendendo-me. Ele sempre me criticava. – Acredite, ela é perfeitamente capaz de executar qualquer missão que tenha para ela.

Cruzei meus braços e me encostei na porta, mais interessada. O dono da Central tinha uma missão para mim? Finalmente eu teria um pouco de ação.

Lyon parecia incerto, mas acabou dando de ombros.

- Que seja, vou acreditar em você, Theon. É fato que o seu setor tem se destacado nos últimos tempos. Senhorita Black, está disposta a aceitar a missão que tenho a lhe dar? Não lhe direi qual é antes que me responda. Portanto, pense bem no que vai dizer.

Acho que o velho realmente não sabia nada sobre mim.

- Estou disposta a aceitar, senhor. – Confirmei, cordial. Lyon assentiu, satisfeito.

- Ótimo. Arrume suas coisas, você será levada ao aeroporto em meia hora. Lá, um avião particular da Central estará lhe esperando para lhe levar a Little Springsview. Receberá as instruções e informações da missão no caminho. Agora, vá.

Surpresa, apenas obedeci. Andei apressada para meu quarto, onde, por sorte, encontrei minha mala já arrumada. Eu sempre a deixava pronta para ocasiões em que tivesse que sair repentinamente. Ocasiões como a que eu me encontrava.

- Você não acha melhor pedir alguma informação?

- E correr o risco de irritar o velho? Não. – Respondi. – Pensei que você estivesse vigiando seu irmão mais novo. Como ele está?

- Bem. Ainda não foi encontrado. Está escondido na...

- Não me conte! – Apressei-me a dizer. – Eu serei enviada quando ele for encontrado, lembra? Acha prudente me contar o esconderijo dele?

Ela me olhou descrente.

- Você pode ser cruel, fria, indiferente, mas jamais faria mal a uma criança inocente, Arya. – Falou, como se estivesse me contando o óbvio. – Confio em você. Você sabe muito bem que a Central não precisa realmente encontrá-lo.

- Sei? – Perguntei, realmente em dúvida. Aquele garoto era procurado desde que a irmã mais velha dele faleceu. A Central estava passando pelo inferno para encontrá-lo.

Enquanto eu torcia para que isso não acontecesse.

- Se precisassem mesmo, teriam colocado sua equipe em ação. No entanto, nesse exato momento, Zoey Bleens está na praia tomando sol, Shane Lockstream está em uma lanchonete dando em cima das garotas, Lana White está brincando com as crianças de uma creche e Sean Dreshner está dormindo no quarto dele.

- Você quer parar de ficar seguindo minha equipe? – Eu me irritei. – Aliás, por que não volta a vigiar seu irmão? É mais seguro para nós duas. Ninguém aqui vai continuar confiando em mim se descobrirem que falo sozinha...

- Você não fala sozinha.

-... ou com fantasmas. – Terminei a frase. – Agora, vá.

Ela desapareceu sem contestar e eu voltei a meus afazeres. Vesti uma roupa confortável para viagem e fechei minha mala. Levei-a até o estacionamento, onde Lyon me esperava acompanhado de dois homens de preto.

Ele não falou comigo, apenas se dirigiu a um SUV preto e entrou no banco da frente. Fez sinal para que eu entrasse no banco de trás. Obedeci e o motorista pisou fundo no acelerador. Chegamos ao aeroporto em menos de dez minutos.

Lyon fez sinal para que um dos homens de preto pegasse minha mala, enquanto o outro me guiava para o avião particular da Central. Entrei em silêncio, e observei-os retornar ao carro. A porta do avião se fechou e pude ouvir a voz do piloto:

- Senhorita Black, peço-lhe que fique sentada e coloque o cinto até que a decolagem termine. Sob sua poltrona há uma maleta, onde o Sr. Lyon colocou tudo o que queria que você visse.

Ele parou de falar, então deduzi que estava arrumando tudo para a decolagem. Sentei-me na única poltrona que havia ali e coloquei o cinto. Puxei a maleta que estava, de fato, sob a poltrona e a abri.

Havia cinco pastas finas dentro da maleta, cada uma das cinco contendo vários papéis. Acima de todas as pastas estava um pequeno bilhete.

O avião começou a se deslocar, dirigindo-se à pista de decolagem. Fechei a janela para não me desconcentrar e desdobrei o bilhete.

“Ao agente escolhido para realizar a missão, desejo sorte.

Você será enviado para a pequena cidade Little Springsview, onde deverá se instalar como nova moradora em um bairro de classe média. Deve conhecer a vizinhança, fazê-los confiar em você. Ao mesmo tempo, deve procurar por este homem:”

Havia uma foto 3x4 de um garoto de, no máximo, 13 anos. Abaixo, uma observação:

“Não sabemos como ele se parece atualmente, só sabemos que tem entre dezoito e vinte anos. Cuidado.”

Por último, a ordem de sempre:

“Descubra tudo sobre ele, depois mate-o.”

Guardei o bilhete na maleta, pensativa. Era comum me enviarem para matar alguém, ou simplesmente levar a pessoa a um lugar seguro, mas era raro que me mandassem descobrir tudo sobre a pessoa antes de matá-la. Afinal, se eu o mataria, por que precisava de informações?

Apenas olhei o conteúdo de cada pasta, constatando que havia informações sobre cada instituição e estabelecimento da cidade para a qual eu iria. Havia, também, informações sobre alguns moradores, provavelmente os mais importantes.

Guardei a maleta debaixo da poltrona e fechei meus olhos. Eu definitivamente estava interessada naquela missão.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Mereço reviews? *-*