Perdida De Amor escrita por Leh


Capítulo 9
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeee genteee.....
Aqui tá o penúltimo capitulo da fic.
Como eu venho deixando claro em todos os post Perdida de Amor não me pertence, pertence a Lilian Peake, eu estou somente fazendo a adaptação.
Espero sinceramente que gostem....
Então vamos ao penúltimo capítulo da fic Perdida De Amor ....



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Foi apenas na manhã seguinte que a viagem de volta começou. O navio partiu do porto de Estrasburgo antes das seis horas da manhã e o barulho rítmico dos motores fez com que os passageiros despertassem todos à mesma hora. Isabella, exausta, continuou dormindo até que a batida na porta, anunciando a chegada do chá da manhã, trouxe-a de volta à vida.
A primeira coisa que ela viu quando se levantou da cama foi a camisola toda rasgada, no chão. Recolheu os pedaços de tecido e os colocou no colo, sentindo que as lágrimas lhe afloravam novamente aos olhos. Todavia, com resolução, colocou todas aquelas peças de seda dentro da caixa onde viera a camisola inteira como presente de Edward e abriu a porta para a garçonete que servia o chá.
O Comet estava em sua viagem de volta a Mainz. Isabella havia prometido a Jacob que deixaria que ele a fotografasse diante de locais antigos daquela cidade famosa.

Havia conseguido, durante o café da manhã, evitar o olhar de Edward. Não fora muito difícil, porque Edward não havia olhado na direção dela uma vez sequer. Depois do café da manhã, usando o chapéu que havia comprado, Isabella subiu para o convés superior, acompanhado de Jacob, Alice e Jasper Whitlock.

Todos se curvaram sobre o gradil de proteção do barco observando o cenário que passava. Estavam navegando rio abaixo, e Jasper Whitlock explicou que, lendo em alguns manuais turísticos, sabia que a navegação rio abaixo é muito mais rápida, devido à correnteza forte do Reno.


À tarde, ancoraram em Mainz. Quando desceram à cidade, Jacob levou Isabella para uma grande loja de departamentos. Com os olhos de quem conhecia os artigos, falou em alemão com a moça que os atendia, pedindo permissão para que Isabella experimentasse algumas peças. Escolheu algumas roupas e dali foram para diversos pontos da cidade, fotografar. . .

Quando Isabella se queixou de cansaço, Jacob a levou de volta à loja de departamentos onde havia comprado as roupas e pediu que ela se trocasse novamente, para mais fotos.


E assim foi. Depois pararam para tomar café num bar, ao ar livre, sob um céu realmente encantador, totalmente sem nuvens. Edward apareceu. Estava sozinho e, quando chegou perto, olhou para os dois com o olhar frio, inexpressivo. Quando Jacob o convidou a juntar-se a eles, limitou-se a balançar a cabeça, recusando o convite. Jacob perguntou:


— Que diabos houve com ele?


Isabella, lembrando-se numa fração de segundos de toda a cena horrorosa da noite anterior, em sua cabine, sentiu um calafrio de humilhação.

Balançou os ombros, fingindo ignorar o que teria havido com Edward. Quando disse a Jacob que gostaria de voltar ao Comet, ele tentou persuadi-la a mudar de idéia. Afirmou que ainda não tinham visto alguns dos pontos turísticos mais interessantes de Mainz, e ele não poderia perder aquela oportunidade. Porém, diante da insistente recusa de Isabella, Jacob concordou em levá-la de volta até o navio, de táxi, e voltar por conta própria para mais um passeio pela cidade.

Estava mais frio a bordo do navio do que na cidade. Estava também mais silencioso, já que a maioria dos passageiros não havia chegado. Depois de tomar um banho, Isabella foi até o salão de descanso e escolheu alguns postais entre os muitos que havia numa estante.

Ouviu, então, o ruído de passos descendo as escadas de metal. Eram passos seguros, firmes... e femininos! Não havia qualquer engano a respeito. Sentindo-se curiosa,
Isabella olhou para trás. Em pé, diante da mesinha da recepção de bordo, com uma mala de viagem na mão, estava uma loira incrivelmente bonita, mostrando uma segurança fora do comum. Era de estatura mediana, corpo muito bem feito, maneiras impacientes e tinha uma expressão curiosa, examinando a tudo e a todos, parecendo procurar alguém. Estava irritada por não encontrar ninguém da tripulação para atendê-la.

Seus olhos finalmente encontram Isabella, que voltou-se imediatamente, dando atenção aos postais. Alguma coisa dentro dela lhe dizia que não devia se envolver com aquela mulher. Era uma completa estranha e, como tal, não tinha qualquer direito de abordar o navio. Todavia, a mulher parecia não ter qualquer intenção de se amedrontar pelo desdém demonstrado por Isabella.

— Por favor, desculpe-me... Você é inglesa? — perguntou a moça. Isabella voltou-se, notando que o sotaque da jovem era forte.

— Não vejo ninguém na recepção. Será que você poderia me informar onde posso encontrar o comandante Cullen?Sem que soubesse exatamente por que, Isabella sentiu seu coração bater violentamente. Procurou manter a calma, respondeu:

— Infelizmente, senhorita, pelo que eu sei, não temos ninguém a bordo que se chame Cullen. Eu sei que este é o nome da companhia de navegação, e talvez a senhorita esteja confusa. . .

— Não, eu não estou confundindo nada. . . — A jovem pareceu estar morrendo de raiva, mas continuou: — Ele está a bordo, sim. Estou falando do comandante Edward Masen Cullen, o dono da companhia. Ele está me esperando. . .

Isabella segurou-se ao balcão da recepção. Levou uma das mãos à cabeça, esperando que isso fizesse passar a tremenda vontade de desmaiar que estava sentindo. Depois de se recompor parcialmente, disse:

— Você é... — não conseguiu terminar a pergunta que pretendia fazer. Temia a resposta, mas sabia que ia ouvir aquela informação mais cedo ou mais tarde. E a resposta à sua curiosidade veio instantânea:

— Sou uma amiga pessoal dele. Meu nome é Tânia Denali. . . 
Agora ela podia ter a certeza de que era realmente de Edward Masen que a jovem estava falando. . . Edward Masen Cullen. Agora, todo o mistério estava solucionado. Por alguma estranha razão, alguma razão que só ele conhecia, Edward havia decidido não revelar sua identidade a nenhum dos outros passageiros, dos seus próprios navios! Ouviram-se novos passos nas escadas de metal. Desta vez eram firmes, seguros. . . porém masculinos! E familiares aos ouvidos de Isabella. Tânia Denali voltou-se e disse:

— Edward! Querido... com um olhar rápido, Edward Cullen percebeu que Isabella finalmente sabia de tudo a respeito dele, mas seus olhos frios não tinham nenhuma sombra de remorso. Na verdade, ele parecia pouco se importar com a presença de Isabella naquele momento.

A mala que Tânia trazia numa das mãos foi baixada ao solo e seus braços foram imediatamente ao pescoço de Edward Cullen, forçando a cabeça dele para baixo. Então, ela o beijou e os braços de Edward apareceram por detrás da cintura da jovem, como se realmente gostasse de abraçá-la. . . Depois que o beijo terminou, os dois conversaram um pouco, em holandês. Ele abriu a porta do salão de recepção e, enquanto Tânia entrava diante dele, Edward lançou a Isabella um olhar frio. Ela ficou ali, imóvel, chocada e completamente desnorteada.

Lá de fora, através das janelas de vidro da sala da recepção, Isabella continuava a observar os dois, completamente hipnotizada. Viu quando Edward anotou o nome deTânia na lista de passageiros, quando ele apanhou a mala dela, fechando atrás de si a porta do salão de recepção. Quando passaram por Isabella, ela notou que os dois ainda falavam em holandês. Edward desceu as escadas em direção às cabines.
Sem sentir o chão, Isabella caminhou pelo salão de repouso do navio. Foi até o painel de avisos e consultou a lista de passageiros que Edward Cullen havia afixado ao local antes de descer com a garota. Sim, ali estava: "Srta. Tânia Denali. Cabine 32". Isso queria dizer que ela ia ficar numa cabine separada, bem longe de Edward. Talvez fosse até possível que ele pedisse a Isabella que vagasse a cabine que ocupava, para que pudesse ficar com a namoradinha bem ao lado. E Isabella ficaria bem mais à vontade distante dele. . .

As águas do rio, através da janela, corriam com a mesma rapidez que o tempo que ainda restava de férias. Três dias mais até que chegasse a Amsterdam; três dias ainda olhando para aquele homem, por quem tão perdidamente se apaixonara. E, durante todo esse tempo, ele estaria se divertindo alegremente ao lado da mulher de quem se tornaria noivo muito em breve. Como poderia ela ver tudo aquilo? Seria capaz de resistir? Mesmo que não tivesse condição de resistir, não lhe restava alternativa.


Tudo o que, talvez, pudesse fazer, seria olhar para o outro lado quando Edward e Tânia estivessem juntos, até que o navio chegasse a Amsterdam e cada um seguisse novamente seu caminho.Isabella começou, então, a se lembrar de todas, as coisas que Edward sabia e fazia a bordo. Por isso é que ele sabia tanto! Por isso é que era um homem tão estranho, tão enigmático, tão diferente dos demais! Por isso é que ele possuía uma chave mestra de todas as cabines, podia pedir o café da manhã quando bem entendesse, podia mandar colocar música nos alto-falantes, enfim, era o todo poderoso a bordo daquele navio. E, naturalmente, tinha sido também por isso que o comandante do Evening Star, o outro barco da mesma empresa, o tinha saudado tão efusivamente. Simplesmente porque Edward era o patrão, o dono da companhia.

Tantas coisas começavam agora a se encaixar nos devidos lugares. Agora entendia como Edward havia conseguido fazer com que o navio se atrasasse no outro dia, em Mainz, enquanto a procurava pela cidade. Também entendia por que ele havia ficado tão nervoso quando ela vira seu passaporte aberto sobre a cama, na cabine dele. . . Agora sabia por que Edward sempre se negava a fornecer qualquer informação mais pessoal a seu respeito. . . Sim, compreendia tudo.


Mas, uma dúvida ainda restava: por que ele teria viajado assim, completamente incógnito? Teria apenas desejado passar suas férias em paz, sem ser importunado por nenhuma mulher interesseira que porventura lhe aparecesse à frente? Afinal de contas, Edward era um homem muito rico. . . Se Jane Volturi houvesse descoberto quem realmente era, provavelmente não teria brincado com ele como um gatinho, mas usado de todas as artimanhas possíveis e imagináveis para realmente capturá-lo.

Talvez Edward pensasse que Isabella também teria corrido atrás dele se descobrisse quem ele era realmente. Por isso, procurava esconder tanto os pormenores sobre sua vida particular. . .

Isabella permaneceu em sua cabine até ouvir o sinal para o jantar. Havia se vestido sem nenhum cuidado especial, usando pouca maquilagem. Enquanto caminhava pelos corredores, em busca da escada que levaria ao salão de refeições, imaginava como ficaria agora a arrumação na mesa de Edward Mansen, para acomodar a nova convidada que, sem dúvida, iria se sentar a seu lado. Afinal de contas, ele era o sr. Edward Masen Cullen, e teria que acomodar a nova convidada condignamente.
Ao chegar a seu lugar, porém, Isabella notou que o lugar de Edward à mesa estava vago, e ele estava sentado com sua namoradinha numa mesa para dois, num canto quase escondido do salão. Isabella se sentiu perdida, nervosa, enciumada, agindo mecanicamente...
Jane veio se juntar a seus pais, que já estavam sentados à mesa, e, quando notou que o lugar de Edward estava vago, correu os olhos pelo salão, procurando por ele.Quando percebeu onde Edward estava sentado, rosto colado ao rosto de Tânia, sentiu um arrepio correr pela espinha, o que foi notado por todos os outros passageiros, inclusive por Isabella. Jane procurou disfarçar, e sentou-se. Durante alguns instantes, algumas dezenas de pares de olhos se puseram alternadamente em Isabella, Edward, Tânia e Jane.

Jane, porém, não resistiu à tentação. Levantando-se, ali mesmo em seu lugar, gritou:
— Edward! O que está fazendo aí, querido?

Tudo indicava que, se o pai de Jane não a tivesse puxado, ela provavelmente teria ido até a mesa de Edward exigir uma explicação. Evidentemente a mocinha não sabia ainda que aquele era o todo poderoso sr. Edward Masen Cullen!

Edward não deu a mínima atenção aos gritos de Jane. Nem sequer virou o rosto para ela. Para Isabella parecia claro que ele, agora, estava tratando Jane com o mesmo desprezo com que a havia tratado antes.
Não demorou muito para que todos os passageiros se dessem conta de que aquele homem realmente era muito mais importante do que fizera crer até então. Ainda que Isabella tivesse mantido aquela informação em segredo total, quando o jantar terminou, cada passageiro parecia estar totalmente consciente de que o proprietário da empresa estava a bordo! É possível que quando Tânia chegou a bordo, algum outro passageiro a tivesse ouvido perguntar pelo comandante Edward Masen Cullen, e essa pessoa provavelmente teria passado a informação adiante, para todos os demais.
Jacob estava atrasado para o jantar. Quando ele chegou, começou a contar quanto havia se divertido em seu passeio pelas partes menos conhecidas da cidade de Mainz sozinho, porque Isabella havia se recusado a acompanhá-lo.
Durante toda a noite Isabella tentou evitar que seus olhos procurassem o casal que se sentava a sós, naquele cantinho tão confortável do salão de refeição do navio.
Mas, vez por outra, seus olhos encontravam Edward e Tânia, bem juntinhos um do outro, tão envolvidos em sua própria conversa que pareciam estar sozinhos a bordo.
Ficou um pouco ao lado da sra. Clearwater, e o resto do tempo sentada no bar, junto com Jacob. Ela nada mais teria a perder. Não importava nem um pouco a Edward se ela mantinha ou não amizade com o fotógrafo Jacob Black. Jacob bebia bastante, como era seu costume, mas Isabella conseguiu ficar num único drinque todo o tempo que esteve ali, no bar, ao lado dele. 
Quando sentiu que sua cabeça latejava demais, desculpou-se com Jacob e desceu para sua cabine.

No radinho emprestado por Edward, Isabella procurou o conforto da música. Finalmente seus ouvidos sintonizaram algo familiar, reconhecendo os sons da Sinfonia Inacabada, de Schubert. Recostou a cabeça no travesseiro e deixou que a música a dominasse inteiramente, como a única maneira de vencer a dor de cabeça provocada pela confusão de pensamentos que dominara sua mente até aquela hora. Talvez isso também a ajudasse a esquecer sua infelicidade, pelo menos por alguns minutos.
Mas sua paz não durou muito. Edward estava com a chave girando na fechadura da cabine ao lado, e ela ouviu a voz de Tânia. Ambos conversaram em holandês, mas não foi necessário que Isabella entendesse para interpretar os risos de alegria dos dois, os ruídos de copos e talheres. E, com esses sons, entendeu também que eles haviam trazido alimentos e bebida para a cabine de Edward...
Podia sentir o cheiro de fumaça de cigarro que saia pela janela de Edward e, trazido pela brisa, penetrava pela janela da sua cabine. Ela sabia que Edward não fumava. Portanto, devia ser Tânia. . .
O som da música que vinha do radinho era uma forma de fugir àqueles ruídos que a irritavam tanto. Aumentou o volume até não poder mais e concentrou-se ao máximo na música.Quando a sinfonia terminou, Isabella ouviu os sons mais íntimos das vozes vindas da cabine de Edward. Para fugir àquele sofrimento, foi ao banheiro, no fundo do corredor, para um banho repousante. Quando passava diante da porta de Edward, Tânia saiu, com Edward a acompanhá-la.Quando terminou seu banho, Isabella entrou na cabine e foi depositar suas coisas sobre a cama, deixando a porta aberta. Quando voltou para fechá-la, descobriu que Edward estava ali, em pé, com as mãos na cintura.

— O que você deseja? — disse Isabella, surpresa. 

Repentinamente ela se arrependeu de estar vestida apenas com seu penhoar sobre a camisola, ficando assim tão vulnerável aos olhos dele.


— Quando a vi, há alguns minutos no corredor, estava pálida como uma folha de papel. Aconteceu alguma coisa?


— Não, absolutamente nada!


Edward se aproximou dela, acariciou-lhe o queixo e disse:



— Pois eu seria capaz de apostar que aconteceu alguma coisa com você. . . — E a abraçou, apertando bastante e dizendo: — Se for alguma coisa relacionada comigo.


— Deixe-me em paz! Se você pensa que eu sequer penso em você, está muito enganado. Não acho que você possa ter duas mulheres ao mesmo tempo. Sua noivinha está a bordo. . . Não está satisfeito com isso? Saiba que eu sei também quem você é agora, e isso, para mim, faz muita diferença. . .


— Sim, talvez faça diferença mesmo. Agora, que você sabe quem eu sou, deve estar arrependida de não haver cedido à minha pressão ontem à noite. Afinal de contas, se você tivesse concordado, poderia extorquir dinheiro de mim agora para que eu a mantivesse calada, não é mesmo?


— Pois eu acho que você é simplesmente um espião! Um espião sujo que se esconde sob o nome de sua mãe, viajando como um passageiro qualquer a bordo de um de seus próprios navios, ouvindo todas as nossas reclamações, fazendo com que nós disséssemos tudo o que há de errado sobre sua maldita frota de navios de turismo. . .


Embora pálido Edward parecia perigosamente calmo. E disse:



— Acho melhor você ficar calada, mocinha. Eu poderia simplesmente fechar a porta desta cabine e abusar de você quanto quisesse. Ninguém ficaria sabendo e, mesmo que alguém soubesse, você seria acusada de tentar se aproveitar de uma situação para me tomar dinheiro. . .


— Não se preocupe. . . Não precisa ter medo de mim. Eu não o tocaria por todo dinheiro do mundo, sabendo da opinião tão baixa que tem a meu respeito. . .


No dia seguinte, quando a viagem já prosseguia em direção a Amsterdam, Isabella estava no convés, em companhia de Alice e Jasper Whitlock, quando viu Jane Volturi.
Ela estava recostada sobre o gradil de proteção, sozinha, com uma expressão que mostrava que havia descoberto tudo a respeito de Edward e Tânia. Parecia desolada e entregue ao sofrimento. Para Isabella, era um claro indício de que Edward havia conseguido levar duas mulheres ao desespero, durante aquela estúpida viagem de férias.
Mais tarde, depois do jantar, quando o navio se achava ancorado no porto de Colónia, Jacob saiu para a cidade. Convidou Isabella a acompanhá-lo, mas ela novamente recusou. A idéia de conhecer a cidade de Colónia à noite lhe parecia interessante, mas visitar todos os bares da cidade em companhia de Jacob era coisa diferente...
Se ao menos o convite tivesse partido de Edward. . .
Mas esse pensamento a abandonou em segundos. Isabella jamais poderia esperar que o proprietário da linha de navegação "Cullen", um milionário de importância capital na Holanda e até na Europa, fosse novamente se envolver com ela, uma simples professorinha de música da Inglaterra. . . Não. . .Durante a tarde, Isabella havia conversado com a sra. Clearwater, e ela dissera que o aparecimento de Tânia a bordo, em Mainz, parecia algo combinado nos mínimos detalhes.

Algo destinado a tirar Edward de uma enrascada, já que estava mais ou menos envolvido com as duas moças: Isabella e Jane. Agora que a noivinha chegara, ele estava fora da confusão. A sra. Clearwater achava que o aparecimento de Tânia era, portanto, algo que realmente parecia arranjado. . .Sim, talvez a sra. Clearwater tivesse razão. Afinal, o envolvimento dela com Edward estava se tornando complicado. 
Ele devia estar perfeitamente ciente das reações que provocava em Isabella, com seus beijos, seus carinhos, sua presença. . .Isabella estava nervosa, em meio a toda aquela confusão de pensamentos. Repentinamente, ouviu passos e risos de vozes que se tornavam cada vez mais familiares: Edward e Tânia. Passaram por ela, no salão de repouso, e fingiram nem notar sua presença. Foram sentar-se no bar, onde Edward começou imediatamente a fazer brincadeiras com a garota que servia as bebidas, falando em holandês.


Ao lado de Isabella, a sra. Clearwater, que fingia ler atentamente uma revista, levantou os olhos e disse:

— É interessante notar, querida, que a namoradinha do sr. Mansen. . . digo, do sr. Cullen não está usando o anel de noivado que ele comprou para ela.

— Ora, isso não me parece tão importante. Afinal de contas, ele parece tão seguro do amor dela que não precisa se apressar para oficializar tudo num noivado.


Instantes depois, a sra. Clearwater viu quando Edward saiu com Tânia pela rampa de desembarque do navio. E, logo em seguida, ela mesma decidiu descansar em sua cabine, deixando Isabella sozinha, entregue a seus pensamentos e a sua tristeza.Edward e Tânia voltaram logo, e disseram a um dos passageiros que haviam saído para um passeio a pé, aproveitando a linda noite que fazia.

Isabella ainda estava de costas para eles, mas podia ouvir claramente, pelos sons dos passos, que Edward e Tânia estavam se aproximando dela. Edward ocupou a cadeira que até há poucos minutos era ocupada pela sra. Clearwater, e Tânia se sentou ao lado dele. Os dois estavam bem diante dela, mas Isabella se recusava a levantar os olhos.

Fingia ler um livro tão atentamente que nem parecia notar a presença do casal.


Ela permaneceu ali sentada, de cabeça baixa, sentindo a presença de Edward e Tânia, e sentindo também a provocação que a mulher lhe lançava, vez por outra, conversando em inglês e chegando, inclusive, a mencioná-la pelo nome. Elas não haviam sequer sido apresentadas, e isso, para Isabella, era intrigante. Por que teria Edward dito a Tânia o seu nome? E por que, em determinado momento, ele insistiu em oferecer a Isabella um drinque? Por que se levantou do lado de Tânia, uma vez, e veio sentar-se ao lado dela? Tudo isso a confundia, mas Isabella estava cansada demais para coordenar os pensamentos.


Já era tarde, e Isabella achou que seria melhor encontrar uma forma de se livrar daquela situação desagradável e voltar à sua cabine para descansar. O dia seguinte marcaria o final da viagem, seria a despedida, e ela voltaria à sua vida normal. Então, resolveu pedir licença a Edward e Tânia e se retirou.Estava descendo as escadas de ferro, quase chegando ao nível do corredor, quando ouviu um ruído lá em cima e vozes. Era Jacob que chegava. A julgar pela maneira como falava, ele deveria estar novamente bêbado.

— Onde está minha garota? Quero minha garota para me ajudar a dormir. . .


Ouviu então a voz de Edward, dizendo firme, frio, sem demonstrar nenhum sentimento:


— Sua garota acaba de descer para descansar. E acho melhor o senhor procurar sozinho o caminho de sua cabine e não amolar mais ninguém...


— Ora, o todo-poderoso sr. Cullen está me dando ordens! Pois fique sabendo que eu paguei por esta viagem e ninguém aqui tem o direito de me dar ordens! Onde está minha garota?


Isabella estava ficando nervosa, ouvindo aquelas vozes, assustada diante da possibilidade de ter que enfrentar Jacob novamente naquele estado lastimável. Continuou caminhando para sua cabine a passos largos, mas ainda ouviu quando Edward disse:


— Se não for imediatamente para sua cabine serei forçado a chamar um membro de minha tripulação para que trate do senhor. E, se insistir em não se comportar de maneira decente, terei que ordenar que o expulsem do navio. . .


Isabella chegou à sua cabine e fechou a porta. Não pretendia deixar que Jacob sofresse mais, nem que Edward ordenasse que o expulsassem do navio. Mas a cabeça lhe doía muito, e não havia mais nada que pudesse fazer para livrar Jacob daquele homem frio e calculista. Afinal, não tinha mesmo nada a ver com Jacob. Seus problemas pessoais já eram demais para que ela se envolvesse ainda mais com o fotógrafo.

Deitou-se por alguns momentos antes de vestir a camisola e se preparar para dormir. Ficou com os olhos abertos e as luzes apagadas, ouvindo o rádio de Edward. Lá fora, com a janela da cabine aberta, ouvia barcos passando e, vez por outra, o apito de um navio. . . Dormiu assim, minutos depois, em meio à confusão de pensamentos que lhe percorriam a mente confusa. Dormiu deixando o rádio ligado e sem trocar de roupa...


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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH o segredo foi revelado... Edward Masen e na verdade Edward Masen Cullen....
esse e o penúltimo capítulo... E dependendo da opinião de vocês eu posto o ultimo capítulo amanhã.... ou eu posso segura-lo um pouquinho mais pra deixar a todos curiosos...
Eu posso afirmar que ele irá surpreender vocês...
Quem gostou comenta.... e quem não gostou comenta também....
Então Bjokssss
Até o próximo e ultimo capítulo....