Levantei e fui até a porta, tentei ouvir alguma coisa, mais a música estava muito alta, a sombra ainda estava lá, eu é que não iria abrir vai que é um tarado¿

Quêm é¿ - perguntei

A unica pessoa que teria coragem o suficiente para vim aqui chamar você para dançar¿ - falou uma voz, abri a porta dando de cara com ...

David Preston – falei sorrindo, David era a única pessoa, depois da minha irmã e meus pais, que eu mais amava no mundo.

Haylle Benacci – falou ele e me deu um selinho.

Entra e vou logo avisando que você não vai me levar lá pra baixo de novo, eu já fiz o que tinha que fazer e pronto – falei fechando a porta, ele se jogou na minha cama e pegou a garrafa de vodka.

Está afogandoas magoas na vodka¿ - disse ele debochado.

Eu não tenho magoas para afogar e me dá isso aqui – subi em cima dele, e era um deita e rola, mais eu ainda não tinha conseguido pegar a garrafa, de repente a porta se abri e ficamos congelados.

Haylle¿ - perguntou uma voz conhecida, olhei para trás e era a minha irmã acompanhada dos Tokio Hotel.

O que é¿ - perguntei na mesma posição que eu parei, sentado sobre o quadril do David de frente um pro outro, as pernas dele estavam caidas pela borda da cama,  e eu estava inclinda sobre ele que tinha escondido a garrafa sobre os traveseiros.

Os garotos tem um convite para nos fazer – disse ela entrando e os garotos atrás.

Que tipo de convites¿ - perguntou David se apoiando nos cotovelos.

Cala boca que não é com você – falei empurrando ele devolta deitado.

Haylle dá pra você sair de cima do David, os garotos estão ficando constrangidos – falou Hayden sentando num sofá branco.

O que vocês nunca viram duas pessoas transando¿ - falei maliciosamente, me movimentando sobre o quadril do David, eles arregalaram os olhos quando David soltou um gemido embaixo de mim, mais isso foi por que eu belisquei ele.

A cara dos garotos estava muito agraçada pra mim segurar o riso por mais tempo e eu cai na gargalhada, seguida por Hayden e David, sai de cima do David e cai na cama puxando o traviseiro para tapar a minha calcinha.

Eles querem saber se nós gostarimos de ir ao show deles, é a gravação do DVD Humanoid City Live e vai ser aqui em milão – disse depois que se recuperou das gargalhadas.

Sério¿ Quando vai ser¿ - perguntei me sentando e olhando pro porco espinho, ele tinha um olhar, sei lá ... triste.

Daqui a trés dias no Mediolanum Forum – falou ela animada.

Claro adoraria – falei, o porco espinho não olhava pra mim e aquilo me incomodou um pouco.

Beleza – falou Hayden levantado e agarrando o braço do Ta ... Tom – Vamos a festa nós espera.

Tchaul pessoal vejo vocês daqui a pouco – falei pra eles e sairam.

Você vai descer¿ - perguntou David animado.

Sim – falei suspirando e tirando a blusa ficando só de calcinha – Agora vem aqui e me ajuda a colocar o vestido de volta.

David me ajudou a colocar o vestido, fiz a maquiagem de novo, destacando meus olhos e amarrando meus cabelo em um rabo de cavalo.

Como estou¿ - perguntei dando uma voltinha.

Você vai bolar as escadas com esse salto – falou ele rindo.

Você bem que gostaria – falei sorrindo – Agora vamos que a vodka me deixou meio alta e eu quero dançar.

A casa estava lotada, vi o porco espinho e o gordinho encostados no bar, o tarado deançando com a minha irmã e o do cabelo bonito eu não achei . Assim que o tarado ve viu ele se afastou um pouco da minha irmã, fiz um sinal de “ Não esquenta” e pisquei pra ele.

David você trouxe minha garrafa¿ - perguntei enquanto desciamos as escadas.

Não – disse ele me abraçando pela cintura – Você quer que eu vá la pegar¿

Não, bora ali no bar tomar uma dose ai a gente vai dançar – falei, chegamos até o bar, fui até a prateileira das bebidas, destampei uma vodka e dei um gole longo, os garotos só observavam – Arg.

Nossa parecia que você tava bebendo água – falou o gor ... Gustav.

É o costume fofinho – falei devolvendo a garrafa – E ai por que vocês não estão dando uns pegas em alguém¿

Ninguém me chamou atenção – falou o gordinho.

Eu tenho que ficar de olho no Tom pra ele não passar o rodo em alguém – falou ... Bill, lembrei o nome dele, seus olhos não estavam mais triste, mais dava de ver que ele estava escondendo isso atrás de uma mascara de despreocupação.

Há ... Ok! – falei e saiu com David, fomos até o meio do povo e começamos a dançar, eu rebolava contra ele, ele passava a mão sobre meu corpo, onde nenhum ousa tocar, nós rebolavamos até o chão, as pessoas fizeram uma roda ao nosso redor, tinha vários olhares sobre nós, mais o único que parecia me chamar era o do porco espinho e lá estava de novo aquele olhar triste.

A música acabou e eu fui tomar água, David sumiu mais eu sabia o que ele estava fazendo e aonde, procurei o porco ... quer dizer Bill, mais não o achei, vi o fofinho conversando com uma garota no bar e fui até lá.

Oi Gustav – falei.

Oi Haylle, essa é a Glenda – disse ele me apresentando a garota.

Na verdade agente já se conheçe, nós estudamos juntas – até que ela era legal, mais não nós falavamos muito.

Oi – falou ele timida.

Oi – falei sorrindo – Cadê o seu amigo porco espinho¿

Quêm¿ - perguntou ele confuso.

Desculpe, o Bill¿ - falei sem jeito.

Há ele foi por ali – disse ele apontrando para a porta que dava para o jardim de trás.

Valeu – falei me despedindo dele.

Segui para o jardim e não tinha niguém além do Bill sentado na beira da piscina.

Oi – falei sentando ao seu lado.

Oi – falou ele com a voz sem vida.

Tudo bem¿ - perguntei preocupada, ele falava como alguém que tinha comido e não gostou - e eu não estou falando de comida.

Sim eu só ... estou cansado – disse ele sem olhar pra mim.

E por quê não vai embora¿ - perguntei incomodada com sua indiferenção.

Sei lá – falou ele e suspirou.

Ficamos em silêncio, olhei em volta e não tinha ninguém, a música que vinha lá de dentro era alta e estava começando a me irritar com seu jeito.

Ok! – falei levantando para ir embora.

Espera – disse ele segurando meu pulso, quando sua mão tocou minha pele passou uma corrente eletrica pelo meu corpo, ele soltou rapidamente um pulso e o lugar onde ele tinha tocado ficou formigando – Desculpe eu só tó irritado com ... com a música alta.

Hum – foi a única coisa que eu consegui dizer, pois ainda sentia o eco daquela corrente que passou pelo meu corpo.

Eu sinto muito – disse ele me olhando nos olhos pela primeira vez essa noite, seus eram de um olhos castanhos bem escuro, sua boca era carnuda, seu rosto não tinha uma marca de nada, ele tinha um piercing no nariz, na sombracelha e um na língua, percebi quando ele falou.

Tá tudo bem¿ - fiquei hipnotizada com o movimento da sua boca.

Eu sei um lugar onde a música alta não vai te incomodar  ... vem – falei puxando ele pra dentro, passamos pela pessoas bebada, subimos as escadas e fomos até a sala de música.

Nossa – falou ele olhando ao redor.

Sentei na caderinha do piano e fiquei olhando pra ele, um pouco mais alto que o tarado, magrinho, seu estilo era bem louco, correntes, couro, unhas pintadas e muito preto.

Você sabe tocar¿ - perguntou ele de repente.

O quê¿ - perguntei assustada.

O piano – ele riu, quase suspirei com a sua risada, parecia a risada de um anjo ... mais o que eu tó pensado, eu nunca pensei em um garoto assim. Senhor me acode.

Há sim ... sei – falei um pouco desorientada, sacudi a cabeça pra ver se tirava esses pensamentos doidos.

Você pode tocar alguma coisa pra mim¿ - perguntou ele sentando no sofá a minha frente.

Claro – começei a tocar Baby da Britney.