Samantha Roberts - O Infiltrado escrita por Duda Chase


Capítulo 4
Amigos perto, inimigos mais ainda


Notas iniciais do capítulo

Essa Sam e suas ideias ...



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Sócrates é poderoso. Ele sabe lutar, e muito bem. Ele é inteligente. Mas o pior de tudo, ele era meu irmão. E sendo meu irmão a pessoa pode saber todos meus pontos fracos, afinal, somos da mesma família. Mas sendo assim, eu não poderia fazer o mesmo com ele? Sócrates mexeu com algo sagrado para mim: família. Ele iria pagar.

Agora eu tinha meus suspeitos. Uns que eu adoraria que fosse, pois isso só daria motivo para eu brigar com ela. Eu disse ela? Ah, ignore. É suspeito, vamos deixar no anônimo. Mas tinha outros que me doeria muito saber que fosse o comparsa de Sócrates. Pena que eu não posso escolher meus inimigos.

Demorou até que todos se acalmassem. Matt foi para a enfermaria logo cedo, acho que Jenny quebrou seu nariz. Não vou fingir que não gostei disso. Quando Jenny queria, ela poderia ser pior que uma filha de Ares com TPM que levou um chute do namorado e que acabou de levar uma peça da Alex. Todos nós fomos dispensados para nossa rotina de acampamento que, aliás, estava morrendo de saudades.

Quando me levantei de minha cadeira, minha primeira ação foi correr e dar um abraço gostoso em Nick. Ele fez o de sempre quando nos abraçamos. Beijou o topo de minha cabeça e depois põe meu cabelo atrás da orelha. E depois a minha reação de sempre. Sorrio para ele e solto meu cabelo.

- Credo, Sam! – Nick reclamou. – Você tem traços muito bonitos, mostre eles. Sério, estou achando que isso é T.O.C. seu. – Ele riu.

Bufei.

- Você sabe muito bem que eu odeio por o cabelo para trás da orelha e ainda faz isso, chatão!

Aí ele fez biquinho e carinha de cachorro. Já falei para ele para de fazer isso. Nesse relacionamento só eu posso fazer cara de cachorro, ok? Revirei os olhos, ele sempre consegue tudo o que quer de mim. Cara chato. Pus minha franja para trás da orelha. Tentei controlar minha mãe para ela não coloca-lo no lugar automaticamente. Eu posso controlar o cérebro de várias pessoas ao mesmo tempo, mas eu não consigo deixar minha franja quieta. Que coisa. Aí que agonia!

- Bem melhor. – Nick disse e me deu um selinho.

Peguei sua mão.

- Argh, bando de melados! – Jenny disse enquanto abraçava Victor. – Eles me fizeram ficar vela, amor! Pode isso?

Nós rimos. Já íamos sair para começar a treinar quando a gótica ficou bem na frente da porta.

- Com licença, queremos passar. – Grasnei.

Ela levantou as mãos e saiu da porta. Mas ela era a Queen, não iria deixar só nisso.

- Claro, vejo que você necessita de muito espaço a mais. – Ela comentou.

Larguei a mão de Nick e fui em direção a ela. Nick me agarrou pela cintura e me puxou para trás. Queen também iria pra cima de mim, mas Nick abriu os braços e se pôs entre nós.

- Caramba! Chega, vocês duas! – Ele gritou. – Cansei disso. Vocês vão acabar me matando um dia! Literalmente, isso se eu me enfiar na briga de vocês duas de novo. – Ele olhou para mim. – Você é minha namorada – Ele se virou para a filha do Hellboy. – e você é uma das minhas melhores amigas! Poxa, eu queria muito que vocês se dessem bem.

Jenny riu e se sentou em cima da mesa.

- Nossa, que déjà vu! – Ela disse. – Onde é que eu vi isso mesmo, Nick? Minhas pessoas mais próximas que se odeiam... pena que elas não podem se apaixonar depois. Não é muito bom estar desse lado da moeda, né?

- Ah, cale a boca, Jenny! – Ele mandou. Aí ele fez a cara de que teve uma ideia e teve uma conversa silenciosa com Jenny. Descobri tarde demais. – Agora!

Nick foi para trás de Queen e só senti Jenny me empurrar pelas costas.

- Agora vocês duas se abracem! – Nick mandou e empurrou Queen também em minha direção.

Tenho de admitir que foi uma boa tentativa. Tentativa. Ás vezes eles se esquecem de quem sou filha. Peguei o braço e Jenny e a puxei para frente, fazendo com que ela tropece em meu pé. Depois passei por baixou dos braços de Queen, que estava sendo empurrada para perto de mim e resistindo também. Sai correndo pela porta da Casa Grande.

- Outra hora vocês conseguem, novatos! – Gritei.

Como eu tinha feito aquilo? Não tinha durando nem dois segundos, foi muito rápido. Eles devem estar morrendo de raiva de mim. Fui para a primeira aula do dia: esgrima com todo meu chalé.


A reunião de manhã já foi a minha cota máxima de raiva de Sócrates. Briana ficou ensinando golpes e defesas para meus irmãos, eu já fiquei treinando sozinha com os bonecos-alvos. No estado em que eu me encontrava, era capaz de eu decepar a cabeça de Briana.

Sócrates idiota. Flap. Um corte no peito do boneco. Eu tenho é vergonha de compartilhar o mesmo sangue que ele. Zap. La se vai o braço direito do boneco. Acho que eu vou parar de ficar pensando nele, ou vai acabar os bonecos da Arena de Combates.

Uma mão pousa no meu ombro. Virou meu corpo e ponho a espada embaixo no queixo da pessoa. Depois eu vejo que é a Briana. Que susto!

- Calma! Eu vim em missão de paz! – Ela disse e tirou a minha espada de seu pescoço. – Vamos, nossa hora acabou. Aula de luta contra Telquines agora.

- De quem é o próximo horário? – Perguntei.

- Hmm, acho que chalé 13. – Ela respondeu.

Parece que uma lâmpada acendeu em cima de minha cabeça.

- Conheço essa cara. – Briana disse. – Vou deixar você aqui. Não a mate, ok?

- Não prometo nada.

Ela revirou os olhos e saiu. Fiquei treinando com os bonecos mais um pouco. Terminei com aquele boneco que eu havia amputado o braço de uma vez, ela não servia mais pra nada mesmo.

Ouvi um desembainhar de espada logo atrás de mim, que arrepiou todos os pelos de minha nuca.

- Meu horário. Saia daqui, nerd. – Queen disse atrás de mim.

Vamos por meu plano em ação. Ah, vai me custar muita paciência isso.

- Ah, Queen. Na verdade eu fiquei aqui por sua causa. Você sempre treina sozinha ... quer treinar comigo hoje?

Queen cruzou os braços.

- O quanto Nick está te influenciando a isso? – Ela perguntou.

- Um pouco, mas seria legal poder lutar com alguém de meu nível. Dá última vez que você lutou comigo quase morri... – Tentei persuadi-la.

Ela riu.

- Vamos para a arena.

Fomos para o centro da Arena de Combates. Só estávamos nós duas lá, isso me deixa muito mais a vontade para lutar.

Queen rodou sua espada na mão e ficou em posição de luta. Também rodei a espada em minha mãe. Humpf. Ela acha que só ela tem talento com a espada?

Dei o primeiro passo e acertei minha espada na dela. Ela prendeu minha lâmina e tentou me chutar no peito. Larguei a espada, segurei seu pé e o puxei para frente. Ela é boa, só se desequilibrou e não caiu. Peguei minha espada de novo e tentei acerta-la pelas costas. Ela se virou e desviou a golpe com a lâmina de sua espada.

Ficamos quase nos matando por volta de uma hora. Eu já estava com um pequeno corte no braço e ela na bochecha.

Queen me deu um golpe na altura do pescoço. Virei meu corpo e com a espada puxei o pé dela, fazendo com que ela caia no chão. Cravei minha espada no chão até o punho, bem do lado do pescoço dela.

- Rendida. – Anunciei.

Ela riu. Dei a mão para ela se levantar.

- Com isso estamos empatadas em quatro rendições cada uma. Vamos um tudo ao nada agora? – Ela perguntou.

- Ah, não. Estou super cansada e ainda tenho que ir para a aula de escalada agora. – Falei. – Hmmm, senta com a gente na fogueira.

Ela estranhou o convite, isso porque ela era vindo de mim.

- Certo. Até a fogueira. – Ela se despediu e saiu.

Eu já estava saindo também. Aí chegou o chalé de Apolo para treinar. Esperei por Jenny. Ela vindo com sua espada, que a propósito ela odiava. Nesse trio a espadachim era eu. Ela era a arqueira. Ela odiava trocar de lugar.

Ela veio para meu lado.

- Eu estou vendo isso mesmo? – Ela perguntou. – Você e Queen treinaram juntas e não se mataram?

Eu ri.

- Isso mesmo. – Respondi.

- O que houve? Ela estava... sorrindo. São amigas agora? – Ela perguntou.

- Nada. Eu odeio ela. Só estou de olho nela. – Falei.

- Não entendi.

- Sabe como dizem. ‘’ Mantenha seus amigos perto e seus inimigos mais perto ainda. ‘’








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Notas finais do capítulo

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