Eu acordei ao som de Good Charlotte, “The Anthem” (Música velha, eu sei, mas não deixou de ser foda). Virei-me e desliguei o despertador. Levantei e fui fazer a minha higiene diária. Coloquei uma roupa qualquer e desci para tomar café.

–Bom dia, mãe. – dei um beijo em sua bochecha e juntei-me a ela na mesa.

–Bom dia, querida, dormiu bem? – ela perguntou.

–Dormi. Bom dia, peste. – eu disse quando vi meu irmão descer correndo as escadas.

–Tô atrasado, tchau! – ele pegou a mochila que estava no sofá e foi embora na mesma velocidade que apareceu.

–Esse garoto me preocupa, às vezes. – minha mãe disse olhando para a porta que Josh deixou semiaberta.

Terminamos de tomar o café. Despedi-me dela e fui andando para a escola. Cheguei lá e logo avistei a Charlie e o Matt.

–Bom dia, meus amores. – disse pulando nas costas dele.

–Bom dia, vaquinha amada do meu coração. – ele respondeu.

–Bom dia, filhote de cruz credo. – falou Charlie.

–O amor de vocês por mim é enorme, né? – eu perguntei dando risada.

–Você nem imagina o quanto. – Matt me largou no chão cuidadosamente assim que o sinal bateu.

As aulas passaram devagar, e eu não via a hora de chegar em casa. Quando o último sinal finalmente bateu, guardei minhas coisas, dei tchau para Charlie e Matt e fui direto para casa.

–Oi, mãe. – gritei quando cheguei em casa e fui direto tomar banho.

Fiquei um tempo lá no meu quarto enquanto esperava ela terminar o almoço. Nesse tempo fiquei admirando o som do mensageiro dos ventos. É, aquele sininho que coloca na varanda e quando bate um vento sai um som bonito, era melhor ainda com a paisagem. As ondas batendo na areia da praia e aquele som que acalmava, relaxava…

–Angie! Desce, filha, vem almoçar. – minha mãe chamou.

Fiquei feliz, tinha macarrão para o almoço, o prato favorito do papai.

Depois do almoço, fui para o meu quarto fazer a lição de casa, e mais tarde, decidi ir à praia. Coloquei um biquíni e saí.

Quando cheguei lá fiquei feliz ao constatar que estava vazia. Estendi uma canga na areia, me deitei e coloquei os fones do ipod no ouvido, impedindo que eu escutasse qualquer coisa.

Eu já estava havia algum tempo lá, quando sinto alguém esbarrar em mim.

–Oh, olha pra onde anda… – tirei os fones do ouvido rapidamente, e quando olhei para cima, vi um rosto que me era mais ou menos familiar.

–Me desculpa, eu estava realmente distraído, eu não… – mas ele parou de falar quando percebeu que eu estava olhando para ele abobalhada.

Tipo, o garoto era moreno, tinha os olhos castanhos mais bonitos que eu já tinha visto e ele era simplesmente lindo.

–Hm, tá tudo bem com você? – ele perguntou estendendo a mão e eu segurei me apoiando nela para levantar.

–Eu tô bem, mas eu já te vi em algum lugar? – eu ainda estava meio boba.

–Acho que já deve ter ouvido falar de mim, meu nome é Zayn, Zayn Malik. – ele disse apertando a minha mão. Mas quando viu que eu ainda não reconhecia resolveu esclarecer mais ainda. – Da banda One Direction. – quando ele disse isso, parece que deu um estalo na minha cabeça.

–Ah, sim. Meu nome é Angelyn, Angelyn Moore. – e apertei sua mão.

–Bom, Angelyn – ele falou sem soltar a minha mão. – Me desculpe por ter esbarrado em você.

–Tudo bem. – soltei sua mão. – Eu tenho que ir, agora. – ia me abaixar para pegar as minhas coisas, mas ele segurou o meu cotovelo.

–Você quer me dar o seu número? – ele perguntou com um olhar pretensioso.

–Me desculpe? – eu disse não acreditando no que ouvia.

–Seu número de telefone?

–Escuta, a gente nem se conhece direito, e eu não vou dar o meu número para um completo estranho. – eu falei completamente indignada pegando as minhas coisas. – Boa tarde, senhor Malik. – e sai andando com toda a classe e dignidade (leia-se: esbarrando em qualquer pedrinha que aparecesse no meu caminho).

P.O. V Zayn

Primeiro eu fiquei sem ação, tipo, nenhuma outra garota nunca recusou um pedido daqueles vindo de mim. Mas no momento em que vi ela sair toda desajeitada, percebi que ela não era igual a nenhuma outra garota.

Vi ela entrando em uma casa a beira daquela praia e guardei o seu nome na minha mente: “Angelyn”.