Mirai No Majin Buu escrita por jdredalert


Capítulo 1
Um Futuro de Paz e Prosperidade


Notas iniciais do capítulo

Eram tempos de paz, onde a humanidade finalmente começava a se reerguer depois de tantos anos de caos e violência. Três anos haviam se passado desde que Trunks havia salvado seu futuro, mas mesmo assim o jovem continuava a treinar arduamente, alheio ao fato que muito em breve teria suas habilidades novamente postas à prova.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180087/chapter/1

Paz. Como era bom poder usufruir do verdadeiro significado desta palavra. O ano era 788, três anos depois dos malignos Androides N°17 e N°18 terem sido derrotados. O reinado de caos, morte e destruição criado pelos dois guerreiros criados pelo diabólico Dr Gero havia finalmente chegado ao fim, e as pessoas da Terra iam lentamente se adaptando à vida como ela era antes. As cidades iam pouco a pouco sendo reconstruídas, os negócios voltando a dar certo e a vida se tornando mais feliz. Já não era mais perigoso sair nas ruas, as crianças podiam voltar a brincar nos parques e ir para as escolas, bem como os adultos podiam também voltar a trabalhar. O mundo estava voltando aos eixos.

A Corporação Cápsula também estava se levantando pouco a pouco. Embora já não pudesse mais contar com a ajuda de seu pai, ainda assim Bulma jogava a empresa para frente, retornando pouco a pouco aos negócios. Era muito bom poder estar de volta a vida normal e deixar de se esconder no subterrâneo, enquanto reparava a máquina do tempo construída para seu filho Trunks e rezava para que ele estivesse bem. Os tempos haviam mudado novamente, igual a época em que Goku e os outros estavam vivos...

Bulma encontrava-se atarefada naquela manhã. Uma vez que a Corporação Capsula ainda estava se reerguendo desde o período negro dos Androides, era natural que ainda tivessem poucos funcionários. A cientista carregava uma pilha de papéis pesadíssima sobre seus braços, encontrando grandes dificuldades para conseguir sequer abrir uma porta. Quando finalmente conseguiu chegar à sua sala, ela desequilibrou-se por um instante e os diversos documentos voaram em todas as direções.

– Ah, mas que saco! – ela praguejou, irritadiça – Onde é que esta o Trunks nessas horas que mais se precisa dele?

Ela começou lentamente a catar todos os papéis que haviam se espalhado por toda a extensão da sala para só então coloca-los em cima de sua mesa onde iria ler cada um deles e assinar alguns contratos. Até currículos se acumulavam entre aquela pilha de documentos.

Ah garoto... sempre sumindo quando não deve... Onde será que se meteu?

Enquanto Bulma se atolava no trabalho, Trunks estava em outro lugar. Desde o seu retorno do passado que não havia deixado de treinar um único dia sequer, aumentando sempre seus próprios poderes. A responsabilidade como guardião da Terra agora era exclusivamente sua. Já não havia mais Goku, Gohan ou Vegeta para lutar, nem Esferas do Dragão para ressuscitar ninguém, então tinha que manter seus poderes sempre o mais afiados fosse possível.

Naquela manhã, o jovem meio-Saiyajin encontrava-se no deserto árido de Gizard, o mesmo local onde Vegeta ia para poder explorar o máximo de seus poderes. A área era completamente inóspita, rodeada por uma cadeia de montanhas rochosas e era o lugar ideal onde ele poderia utilizar toda sua energia para treinar despreocupadamente. E era exatamente o que ele estava fazendo naquele instante.

As rochas tremiam diante de seu poder, rachando-se em pedaços e se elevando no ar em resposta ao ki do jovem rapaz que o elevava sem parar, seu corpo se envolvendo com uma aura dourada que disparava pequenas faíscas de eletricidade ao seu redor e elevava seus cabelos ao alto, mudando a cor natural deles de lavanda para loiros, bem como seus olhos mudavam para verdes. Havia exprimido seus poderes ao máximo, permanecendo assim o máximo de tempo possível. Então, após estar satisfeito com os próprios resultados, ele baixou seu ki até voltar a forma base novamente.

– Finalmente – ele disse em voz alta, enquanto catava seu colete jeans do chão empoeirado e o vestia novamente – depois de muito treino, eu consegui obter controle no segundo nível do Super Saiyajin. Ainda que a Terra se encontre em paz, eu não posso negligenciar os meus treinos em momento algum... Agora é a minha responsabilidade cuidar deste Planeta.

Ele prendeu novamente seus longos cabelos num rabo de cavalo, enquanto se preparava para voltar para casa. Estava exausto, mas só de pensar em ter que ajudar sua mãe com a burocracia da empresa, ele já desanimava. Passar mais algumas horas debaixo do sol escaldante de Gizard não parecia tão ruim perto de ter que exercer as funções de vice-diretor da Corporação Cápsula. No entanto, Trunks não podia deixar de ajudar sua mãe. Depois de tudo que havia acontecido, e seus esforços para construir uma máquina do tempo – um feito impossível para a maioria dos seres humanos do mundo – ajudar sua mãe era o mínimo que poderia fazer em agradecimento. Ele sorriu ao pensar nela, liberando parte de seu ki e rasgando os céus em alta velocidade, envolvido por uma aura transparente.

Deslocando-se pela vasta imensidão dos céus, Trunks pôde ver orgulhosamente o trabalho de restauração de diversos povoados e cidades menores. Haviam diversos tratores e guindastes carregando materiais de construção e vigas metálicas, pouco a pouco transformando um punhado de ruínas num local habitável outra vez.

Fico feliz em saber que as pessoas estão refazendo suas vidas... dentro de pouco tempo, acredito que a normalidade terá se reestabelecido entre a população da Terra.

O resto da viagem de volta pra casa foi bastante tranquila. E quando entrou no espaço aéreo da Capital do Oeste, rumou diretamente para a Corporação Cápsula, o grande prédio em formato esférico que já estava completamente reconstruído.

– Mãe! Estou de volta! – ele anunciou, enquanto sorria contente ao entrar na sala de Bulma.

– Trunks! Meu filho, aonde você se meteu a manhã inteira? – ela perguntou, num tom de como quem iria começar um sermão – Eu tive que assinar, carregar e fazer a triagem de uma pilha de documentos completamente sozinha! Você poderia ter ficado aqui e me dado uma mão, não acha?

– Ah... me desculpe mãe, eu apenas saí para treinar – ele respondeu, um pouco sem graça – Se eu soubesse que você estava precisando de minha ajuda, teria ficado por aqui...

– Tsc... Você é igual ao seu pai, sempre deixando tudo de lado para poder treinar... Eu queria poder entender o que se passa na cabeça dos Saiyaijns... Mas não precisa ficar com essa cara. Depois de anos administrando este lugar e também sobrevivendo aos Androides, uma pilha de papéis não é um monstro de sete cabeças.

O sorriso de Bulma alegrou Trunks novamente, que se sentia um pouco culpado por deixar sua mãe com toda a carga de trabalho sozinha. No entanto, era um mal necessário, afinal não iria nunca abdicar de sua responsabilidade para com os treinos. Proteger a Terra era algo mais importante do que tomar conta dos negócios da família.

Bulma levantou-se de sua cadeira e só então Trunks pôde notar que ela estava muito bem arrumada. Usava uma calça social e sapatos de salto alto, além de uma blusa que o jovem guerreiro não se recordava de ter visto a mãe usar em nenhuma ocasião – supondo assim que era nova. Por cima, estava seu tradicional jaleco branco de cientista. Ela não deixou de notar o olhar de seu filho, o conhecendo muito melhor do que ninguém neste mundo.

– Estou bonita? – ela perguntou em tom retórico.

– Sim, está sim!

– Que bom. Tenho uma reunião agora, preciso fechar contratos com investidores. Agora é tempo de reestruturar o Mundo, e podemos faturar bastante nesse processo. Se conseguirmos alcançar nossas metas, talvez em cinco anos no máximo estejamos com nossa empresa tão solidificada quanto ela era antes de seu nascimento! Enquanto eu vou lá, porque você não toma um banho e fica aqui tomando conta das coisas?

O jovem de cabelos violeta sorriu para a mãe, imaginando que talvez realmente estivesse precisando de um banho. Mesmo assim, a conduziu até a saída da sala como o cortês e bom filho de sempre, dando-lhe um suave beijo na testa. E, quando ela deixou o escritório, ele desabou sobre sua poltrona, pegando mecanicamente o controle remoto da tv dentro de uma das gavetas para em seguida liga-la.

O jovem se recostou, com os braços cruzados atrás da cabeça e com ambos os pés em cima da mesa, numa atitude desleixada que com certeza arrancaria comentários de desaprovação de sua mãe se esta estivesse presente. E então, foi mudando os canais aleatoriamente. Assistir televisão não era algo que ele gostasse de fazer, embora em sua visita ao passado o fizera em companhia dos demais Guerreiros Z. No entanto, enquanto passeava pelos canais, uma propaganda lhe chamou um pouco a atenção.

“...e não percam no programa desta noite, o ex-lutador Mr Satan irá falar sobre o atual Torneio Mundial de artes Marciais!

– Mr Satan, o que pensa do novo torneio que está sendo organizado?

– Acho que ele contará com a presença de muitos lutadores poderosos, mas nenhum que se iguale a mim em meus tempos de glória...

Esta noite, a entrevista completa!”

Trunks deu um leve sorriso ao ver que o Mr Satan de sua linha temporal havia de alguma forma conseguido sobreviver aos Androides. Este era velho e calvo, mas ainda usava o mesmo uniforme de lutador marrom e branco da época do passado, além de aparentar ter a mesma personalidade egocêntrica de sua contraparte mais jovem que havia conhecido.

Mas será possível que até aqui este sujeito não muda?

Trunks então pensou como seria interessante se seus amigos ainda estivessem vivos em sua própria linha temporal. Poderiam todos participar deste Torneio, se enfrentando por puro divertimento ao contrário das situações de vida ou morte que havia passado durante o Torneio de Cell e também durante a luta contra Bojack e seus lacaios. Uma pena, pois agora que era tão poderoso, não haveria a mínima graça em competir sabendo que iria ganhar. Naquele instante, o sangue Saiyajin falou mais alto e Trunks desejou ter um oponente poderoso para enfrentar.


* * *

Já era noite quando Bulma entrou em casa, eufórica. Em seu rosto estava estampada uma expressão de felicidade que não era vista há muito tempo. Ela correu até a sala, onde Trunks estava relaxando sentado no sofá, trajando apenas uma camiseta regata e um calção. Seus longos cabelos cor de lavanda ainda estavam molhados do banho que havia tomado apenas há alguns instantes, e ele tranquilamente escutava uma música de melodia suave no rádio.

– Ah Trunks! Isso é ótimo!! – ela chegou fazendo festa, com seu sorriso indo quase de orelha à orelha.

– O que houve mãe? Você está tão contente! Fechou bons negócios na reunião?

– Você não vai acreditar! Por acaso está sabendo do Novo Torneio Mundial de Artes Marciais?

– Eu vi algo a respeito hoje mais cedo na tv... O que tem ele?

– O Torneio será o primeiro a acontecer desde a época dos Androides, e tem como objetivo inspirar novamente as pessoas da Terra. Vai ser um evento de enormes proporções, muito maior que qualquer outro Torneio de Artes Marciais que aconteceu até hoje e adivinhe só, a Corporação Capsula vai ser um dos investidores do evento!

– Nossa mãe! Isso é ótimo! Meus parabéns – Trunks sorriu para a mãe, satisfeito que as coisas estivessem dando certo.

– Mas não é só isso! O Torneio irá oferecer ao campeão uma recompensa, uma gorda recompensa! Mais de quinhentos mil para o primeiro colocado! Com este dinheiro poderíamos finalmente alavancar nossos negócios e decolar de vez! Por isso eu pensei em você participar do Torneio para que possamos ganhar este dinheiro!

Trunks ficou surpreso com o que acabara de ouvir. Participar daquele Torneio realmente não estava em seus planos, porém ele conhecia a mãe muito bem para saber distinguir um pedido de uma determinação. Mesmo assim, ainda tentou argumentar.

– Mas mãe... eu não sei se eu quero competir...

– Ora, mas como não? – ela retrucou, exageradamente exasperada – Durante a sua época, o Goku não deixava de participar de um Torneio de Artes Marciais sequer! Por acaso você não se sente instigado pelo desafio lutas? Pensei que os Saiyajins gostassem de lutar!

– O problema é justamente esse, mãe... não vai haver desafio. Por mais que os lutadores da Terra sejam poderosos, mas eles não se comparam com a força de um Super Saiyajin... e eu já estou num nível mais avançado ainda que o normal... Não acha que vai ser injusto?

– Ora Trunks, não pense por este lado. Temos que reerguer o negócio da família outra vez! Mal temos empregados, e pegamos diversos empréstimos nesses programas de auxílio que o Governo do Mundo está oferecendo às pessoas para que elas voltem a ter vidas normais. Com o dinheiro do prêmio poderíamos quitar todas as nossas dívidas e ainda iria sobrar um pouquinho para investir na Corporação Capsula! Pare de pensar bobagens tudo bem?

O jovem não podia negar que o que sua mãe dizia tinha coerência. Embora estivessem funcionando, a Corporação Cápsula ainda estava muito fragilizada e coberta de dívidas. Os cem mil do prêmio ajudariam bastante nos negócios. E se os negócios fossem bem, definitivamente Bulma ficaria feliz, e para Trunks nada era mais importante que a felicidade e o bem estar de sua mãe.

– Tudo bem então, está decidido. Eu irei participar do Torneio de Artes Marciais – o jovem sentenciou, em meio a um sorriso.

– Eu sabia que podia contar com você meu filho! Agora, posso te pedir dois pequenos favores.

– Ora, mas é claro mãe, o que a senhora quer?

– O Torneio tem como objetivo entreter as pessoas depois de anos de caos, então por-favor vê se não vai agir que nem seu pai e sair derrotando todos os adversários com um golpe só. Ofereça ao público um espetáculo, tudo bem?

– Hmm... tentarei ao máximo conter a minha força. E qual o outro favor?

Corte esse seu cabelo. Você tem que se manter apresentável, já que é o atual vice-diretor da Corporação Cápsula.

Trunks tocou os próprios cabelos, que estavam soltos e passavam da linha dos ombros. Eles cresciam muito rapidamente, mas mesmo assim o jovem Saiyajin sentia pena de cortá-los. Ele realmente gostava da própria aparência com os cabelos cumpridos.

– Farei isso depois do Torneio, tudo bem? – ele perguntou, sorrindo. Era seu preço, por participar de um evento que já sabia que seria o vencedor.

– Tudo bem. Mas não pense que eu vou esquecer. Agora irei tomar um banho e descansar. Você devia fazer o mesmo. As inscrições começam amanhã, assim como as lutas preliminares para definir os oito classificados. É bom que você esteja com o corpo em perfeito estado.

Trunks sorriu novamente, achando engraçada aquela preocupação da mãe no que se dizia respeito à lutar. Era como se ele realmente fosse se desgastar para derrotar seus adversários. Ele se limitou a dizer um “mãe...” sem muita emoção, como se quisesse chama-la de volta para a realidade. E então, quando ela deixou a sala, ele se afundou novamente no sofá olhando fixamente para o teto.

Torneio de Artes Marciais é...? Hmm... por mais que eu saiba que não passa de um evento quase que beneficente, mas minhas últimas experiências com este tipo de competição não foram muito agradáveis... só espero que eu esteja me preocupando à toa. Afinal, o que poderia acontecer de tão ruim num evento simples como este? Melhor deixar esses pensamentos pra lá.

* * *

As trevas envolviam por completo toda a extensão daquele ambiente metálico. Um lugar frio, artificial e sem vida onde até mesmo o ar era proveniente de exaustores e maquinários. O lugar perfeito para abrigar aquela coisa. Enorme e em formado esférico, como um enorme ovo repleto de artérias e veias pulsantes, que emanava um brilho rosado sobrenatural. Diante dele, uma pequena criatura gargalhava sem cessar, contemplando-o como se aquilo fosse o que havia de mais belo no mundo.

– Depois de todo este tempo... depois de todos esses anos... finalmente cumprirei a vontade de meu pai... em breve você será revivido... e este Universo tremerá diante do terror de seus poderes!

A pequena criatura era extremamente repugnante. Não chegava nem a nem meio metro de altura, com uma cabeça desproporcional ao tamanho do seu corpo minúsculo, onde brotavam alguns pequenos fiapos de cabelo soltos. Os olhos eram um tanto quanto projetados para fora, como os de um sapo e haviam dois longos segmentos que se estendiam para fora do queixo. A pele era marrom amarelada, e tanto a cabeça quanto os braços eram bastante enrugados, sendo seus membros superiores bem finos. Trajava vestes estranhas, uma longa capa laranja por cima de algo que lembrava uma camiseta preta e um vestido azul piscina longo que chegava até os pés, que estavam calçados com pequeninos sapatos que pareciam feitos de couro. Na cintura, havia uma enorme fivela branca com um “M” em alto-relevo.

Tão asquerosa quanto era de se olhar, aquela criatura com certeza emanava uma pesada aura de maldade, sorrindo diante do enorme ovo pulsante enquanto seus olhos disparavam centelhas de pura malícia.

Uma porta automática deslizou às suas costas, fazendo um som característico do maquinário hidráulico, a sala sendo iluminada por fraco facho de luz obstruído por uma sombra que possuía uma silhueta humanoide.

– Mago Babidi... os preparativos estão prontos para que possamos trazer a criatura de volta – disse aquele que havia acabado de entrar na sala, com um tom de voz tão maligno quanto do pequeno ser de cor marrom – Tudo que precisaremos agora é de uma grande quantidade de energia. Permita-me utilizá-la agora.

– Não se precipite, Daburá – respondeu o pequeno, olhando diretamente para o ser alto e musculoso parado diante dele – Mesmo com toda a energia que você possui, isso não seria suficiente para trazer uma criatura tão poderosa de volta à vida. Precisaremos de muito mais força do que isso.

O ser cruzou os braços, no momento em que o enorme ovo emitiu mais um de seus lampejos de luz rosada, iluminando assim o corpo do recém chegado. Aquele era tão horripilante quanto o pequeno, ou talvez ainda mais. Sua pele era vermelha, com enormes orelhas se projetando para os lados e pequenos chifres brotando em suas têmporas. No meio da testa, havia um “M” idêntico ao do cinturão do pequeno mago, como se houvesse sido tatuado lá. Seus olhos eram amarelos de pupilas verticais, e além de possuir uma pequena quantidade de cabelo preto em sua cabeça, a criatura chamada Daburá usava um cavanhaque. Fisicamente, ele com certeza se assemelhava e muito aos tantos retratos do Diabo em pessoa pintados ao longo da história. Usava vestes azuis e botas brancas, assim como uma longa capa e parecia ser extremamente poderoso.

– Está dizendo que nem mesmo com os poderes que o senhor me deu, não serei capaz de despertar esta criatura sozinho? – ele repetiu, soando um tanto quanto incrédulo – Mas que tipo de monstro é esse? Como faremos então para poder trazê-lo de volta à vida?

– Eu já tomei minhas providências, Daburá – Babidi sorriu malevolamente, estreitando seus enormes olhos – Por sorte existe uma poderosa raça guerreira neste planeta, os Saiyajins... Ao menor sinal de uma luta estes Saiyajins aparecem, como formigas são atraídas pelo açúcar... Recentemente, fiquei sabendo que o povo da Terra irá realizar um evento, um Torneio de Artes Marciais... é lá onde encontraremos a fonte de poder que procuramos... só iremos precisar canalizar a energia do combate diretamente para o Ovo... e então, finalmente depois de tantos anos... Majin Buu reviverá para destruir toda esta Galáxia!

Daburá sorriu ao ouvir o plano maligno. A ideia da destruição e da morte de pessoas inocentes por toda a galáxia parecia agradar e muito a ele.

– Então devo supor que me inscreverei neste Torneio para poder lutar contra os tais Saiyajins, afinal de contas os terráqueos não são fortes o bastante para fazê-los exprimir todo o seu poder.

– Não precisa se preocupar com isto também, Daburá... eu também já pensei nisto. Existe alguém que pode participar deste Torneio em seu lugar. Lembre-se que a sua função é estar sempre comigo e me defender, até que Majin Buu possa ser revivido.

Existe... alguém? Mas senhor Babidi, quem poderia ser tão poderoso?

– Ora... mas que curiosidade, Daburá! Por acaso teme que eu tenha encontrado alguém que supere os seus poderes?

– É claro que não, Mago Babidi – retrucou Daburá, com um maléfico sorriso confiante em seus lábios – Eu como o poderoso Imperador do Mundo dos Demônios não temo a ninguém. Apenas gostaria de saber quem seria este guerreiro tão poderoso que você está se referindo...

– Pois saiba que para sua sorte, Daburá, o guerreiro está aqui entre nós. Venha, meu caro servo... faça o favor de se apresentar a nós...

Logo, uma outra silhueta humana saiu detrás do imenso ovo, parando logo atrás de Babidi e permanecendo assim oculto nas sombras. Daburá abriu bem seus próprios olhos, observando-o com um certo espanto, porém incapaz de dizer qualquer coisa.

– Pois bem Daburá... este será o nosso competidor no Torneio Mundial de Artes Marciais... Pelo que eu fiquei sabendo, a Terra esteve imersa num terrível período de caos durante os últimos anos, assolada por Androides assassinos que foram capazes de matar até mesmo estes Saiyajins que viviam aqui... no entanto, um deles sobreviveu e se tornou forte o bastante para lutar contra eles e vencê-los. Tenho certeza que mesmo tendo sobrado somente um deles, a luta entre nosso novo aliado e o Saiyajin será o bastante para que Majin Buu possa reviver! Agora resta apenas aguardar, Daburá... dentro de dois dias nossos objetivos terão sido alcançados! Depois de todos estes anos, finalmente nós destruiremos tudo e todos que se opuserem às nossas ambições!

Babidi gargalhou outra vez, ao mesmo tempo em que o ovo emitiu mais um facho de luz rosada, preenchendo toda a escuridão daquela sala por alguns instantes, revelando três rostos com olhares carregados da mais pura maldade e más intenções.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E assim termina o primeiro capítulo do meu mais novo trabalho. Este foi bem tranquilo e sem ação, pois o que eu mais queria transmitir era a ideia de uma era pacífica onde a humanidade se reconstrói em meio às ruínas. As coisas começarão a esquentar à partir do segundo capítulo! Aguardem! =D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mirai No Majin Buu" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.