Nos já estavamos conversando no carro a uns 5 minutos, ela dirigindo feito uma maluca mais ainda não haviamos tocado no assunto de minhas teorias, apesar de eu já ter percebido que ela estava louca de curiosidade, levando a conversa para este rumo pra eu ter que falar logo. 

Ela já tinha me dito abertamente que lia mentes, e que apenas ela fazia isso, apesar de algumas outras pessoas da família dela terem outros "dons" também, mais ela não entrou muito em detalhes sobre isso. Ela disse que não consegue ler a MINHA mente, somente a MINHA mente, e eu apesar de ter gostado dessa informação me sentir super anormal. Eu estava vendo o meu tempo acabar, ela ia me perguntar abertamente a minha teoria e eu teria que falar, depois de tanta coisa que ela havia me explicado não tinha como eu negar nenhuma resposta a ela agora. 

-Iai Edward, você nçao acha que está na hora de me contar sua teoria não? - ela disse isso tentando ser brincalhona, mais seu rosto estava enrijecido, como se realmente importasse muito para ela. 

Ela ainda estava esperando a minha teoria mais recente, e eu ainda estava relutante em falar, até que seus olhos se tornaram gentis, e eu não consegui ficar calado. Ela estava me hipnotizando. 

-Eu não vou rir, Edward

-Eu acho que não, tenho medo de que fique com raiva 

-É tão ruim assim? - ela ainda estava com olhos gentis, tentando me convencer a falar 

-muito, muito ruim 

Ela esperou, eu não falei nada, ainda pensando nas palavras que teria que revelar para ela o que eu achava que era o seu segredo.

-Continue.- sua voz era calma 

-Eu não sei por onde começar, mais vou falar logo de uma vez. Bem, do começo então. Eu não inventei nada sozinho, não tirei de nenhum livro ou filme, na verdade eu estava na praia no sábado, sabe a praia que eu te convidei mais você não pode ir e eu estive com uma amiga antiga, da família. - eu arrisquei olhar para ela e Bella estava parecendo confusa, sem entender ainda aonde a história terminaria, vai ver eu estou errado e não é nada do que eu concluir. - Bem, o pai desta minha amiga é um ancião quileute, e você sabia que eles tem várias lendas por lá? Bem, eu fui caminhar com esta amiga e ela estava tentando me assustar e estava contando umas lendas. Ela me contou uma... - eu hesitei.

-Continue.- ela disse, a confusão de seu rosto já havia desaparecido e ela estava tentando controlar sua expressão, tentando parecer indiferente, mais não deu muito certo para mim. 

-Sobre vampiros...- eu não consegui olhar no rosto dela neste momento, mais pude perceber suas mãos se apertando no volante. 

-Imediatamente pensou em mim? - ainda tentando parecer indiferente. 

-Na verdade você foi citada, você e sua família.

Bella estava séria, estava apenas olhando a estrada e imediatamente eu senti vontade de proteger Leah, ela me disse que não deveria me contar a história e eu já estou entregando ela dizendo que ela me contou. 

-Bem, na verdade minha amiga só achava que era uma supestição maluca do pai dela, ela não acreditava que eu acreditasse nela. - isso ainda não estava me parecendo suficiente, eu tinha que proteger mais Leah - tah certo, ela foi obrigada a me contar, a culpa foi minha, eu a obriguei. 

-Porque? Como ? 

-Um pessoal do nosso grupo falou sobre você, iai um menino do grupo de Leah falou que você nao PODIA ir para La Push, iai eu fiquei curioso sobre a proibição, eu consegui ficar sozinho com Leah e arranquei a informação dela. 

-Arrancou a informação?

-Eu dei em cima dela, na verdade não foi pra tanto, nao dei EM CIMAAAAA dela, eu fiquei de frete ... e saiu melhor do que eu esperava

-Gostaria de ter visto isso.- Ela estava dando uma risadinha sombria. - E você me acusou de deixar as pessoas tontas, tadinha desta Leah. O que você fez depois? depois que recebeu a informação? 

-Eu pesquisei um pouco na internet

-Te convenceu ? - sua voz não demostrava interesse mais suas mãos ainda estavam segurando forte o volante

-Nem um pouco, tinha um monte de coisa diferente, nada se encaixava e tinha bastante besteira na net também, então eu simplismente decidir que não me importo.

-Não se importa? - seu tom de voz me fez olhar, finalmente sua mascara de indiferença foi quebrada, seu rosto estava mostrando total incrédulidade com um toque de raiva, a raiva que eu temia. Então eu tentei falar da forma mais calma possível. 

-Não, eu não me importo com o que você é.

De forma dura e rispida ela disse as próximas palavras

-Então você simplismente não se importa que eu seja um mosntro? que não seja humana ?

-Não

O carro ficou em silêncio por um minuto, até eu perceber que tinha que falar algo para ela não continuar com raiva, ela estava séria demais, olhando para frente, as mãos travadas ao volante

-Você está com raiva, eu não devia ter dito nada.

-Não, você deveria ter dito, eu queria saber o que você estava pensando... mesmo que seja uma loucura.

-Então eu estou errado de novo?

-E isso importa?

-Eu estou certo?

-Isso importa, Edward?

-Tá certo, na verdade não importa não, a questão é que eu estou curioso.

 Ela havia se acalmado mais, acho que a frase "estou curioso" a interessou 

-Curioso com o quê ? 

-Quantos anos você tem? 

-17 - ela respondeu rapidamente 

-A quanto tempo você tem 17 anos? 

Seus lábios se retorceram enquanto ela olhava a estrada 

-A algum tempo - admitiu 

-Tudo bem - isso indicava que ela estava mais aberta para conversa, afinal estava admitindo coisas. Eu estava sorrindo abertamente, feliz por ter conseguido uma resposta que realmente importava, e ela me olhou, um olhar cauteloso, preocupado, eu abri mais o meu sorriso e lhe lancei mais uma pergunta. 

-Não dê risada... mais como pode sair durante o dia? 

Ela riu, e riu bastante 

-Mito 

-Queimados pelo sol? 

-Mito

-Dormir em caixões? 

-Mito ... Na verdade eu não posso dormir. 

-Nunca? 

-Nunquinha - ela se virou para me olhar, pensativa. Seus olhos cor de mel, tão claros fizeram eu perder o fio da meada, e eu me recusei a para de olha-la, até que ela desviou o rosto 

-Você ainda não fez a pergunta mais importante - sua voz agora era ríspida e quando ela virou para mim de novo seus olhos eram frios 

-Qual? 

-Qual, Edward? Não está preocupado com a minha dieta ? - ela perguntou sendo sarcastica 

-Ah, isso... 

-Sim, isso . - Sua voz fria. - Quer saber se eu bebo sangue? 

-Bom, a Leah me disse sobre algo a respeito

-O que a Leah disse? 

-Disse que você e sua família não deveriam ser perigosos, que vocês caçam e bebem sangue de animais. 

-Ela disse que não eramos perigosos ? - a voz dela era cética 

-Não exatamente, ela disse que não DEVERIAM ser. Mais os quileutes ainda não os querem na terra deles, por segurança. 

Mais um silencio pertubador, até que eu quebrei... 

-Iai? eles tem razão? sobre os animais? 

-Els tem boa memoria. 

-Mais não fique muito confiante, e nem despreocupado. 

-Como assim ? 

-Nós tentamos Edward, realmente tentamos, mais acidentes podem acontecer, nós ainda somos perigosos, as vezes cometemos erros, por exemplo eu, estando aqui, sozinha com você ainda mais em um ambiente fechado. 

-Isso é um erro? 

-muito perigoso !