POV Gakupo

Eu beijava Megume. A garota ainda estava com aquela cara de sono, isso porque foi acordada pelas outras para vir até este quarto. Meiko estava com a cabeça no meu colo enquanto eu passava a mão nos seus cabelos. Miku e Rin estavam me abraçando pelas costas.Tão apaixonadas... é assim que eu quero que elas sejam.

Porém... Luka estava distante. Eu dividia a cama com 5 garotas e ela era a única que não se manifestava. Simplesmente olhava para mim, com uns olhos estranhos, como se estivese olhando para dentro de sua própria alma.

Depois de beijar a Megume, comecei a beijar a Miku, enquanto ela tirava a roupa, parecia estar animada. O prazer intenso me inundava cada vez mais, e eu sabia que elas também sentiam isso e assim eu construia a melhor noite da minha vida. Não conseguia me controlar, simplesmente passava a língua nos lábios da Miku enquanto retirava o resto da roupa que eu ainda tinha. Meiko fazia o mesmo. Eu estava ali, de frente a frente com a Miku, pronto para tocá-la, quando...

– N-não faça isso! - Gritou Luka - E-eu...- Ela hesitou - O que estou falando?! Eu...

– Faça comigo, Gakupo-sama - Droga. Meiko interrompeu a Luka - Eu te amo mais do que todas elas juntas!

Mentira. Nenhuma delas me amava ali. Embora eu tenha uma pequena impressão de que a Luka sentia alguma espécie de sentimento estranho que não é ódio. Esse poder que recebi era o melhor e o pior ao mesmo tempo.

Eu amava a Luka, mas também gostava muito da Meiko. Olhei para Megume, ela estava encolhida em um canto.

Meiko e Luka completamente lindas e nuas pularam pra cima de mim, literalmente. Miku e Rin olharam perplexas para a cena. Eu definitivamente não sabia por onde começar.

Eu as beijava, e elas me agarravam pelas costas. Parecia ser algo sem fim, sentia que eu perdia o controle do meu corpo, uma energia maior do que a minha sanidade poderia suportar, eu estava realmente louco. E elas também. Meiko abriu as pernas, só faltava gritar "Vamos, vamos fazer sexo agora!" Mas na verdade eu queria Luka, mas Meiko continuava ali, deitada e imóvel.

– Tem uma garota chegando! - Parei imediatamente o que estava fazendo (ou o que ia fazer) e vi que Rin (ainda com roupa, para minha infelicidade) Estava olhando para a janela e apontando.

Vesti-me e fui espiar na janela. Era uma mulher magra e alta com um vestido azul, que caminhava em direção ao portão. Ela respirava com dificuldade, provavelmente estava usando um espartilho apertado. Algo dentro de mim fazia com que eu não saísse jamais daquele quarto e ficasse eternamente com essas meninas, mas nada melhor do que mais uma...

Levantei-me com pressa. As moças não sabiam exatamente o que deveriam fazer.

– Venham comigo - Disse para elas - Vamos receber alguém.

Meiko, Luka e Miku vestiram suas respectivas roupas, Megume e Rin simplesmente me seguiram, já que infelizmente não haviam retirado as roupas ainda.

Todas elas passaram pela porta do quarto, Luka foi a última a sair. Eu segurei a sua mão. Murmurei em seu ouvido.

– Sei que você gosta de mim. - Falei para ela, não sabia de onde essas palavras estavam saindo - Mas não é por causa da maldição. É porque o seu coração realmente me ama, há uma parte dele que não foi afetada por tudo isso, tenho certeza. Você sempre gostou de mim, só tem vergonha de admitir. Eu percebi isso quando tinha 14 anos e você 12.

Nem eu sabia o que estava falando. Admito que foi algo desesperado, uma tentativa idiota de tentar abrir os olhos dela. Ela não deve ter entendido nada, afinal as mulheres aqui não sabem que estão sendo amaldiçoadas.

– Não sei do que está falando.

Estava muito confusa. Passou pela porta, indo em diração a sala de entrada. Tive vontade de puxá-la para aquela cama, trancar a porta e jogar a chave pela janela.

***

Como todos os dias recebia muitas mulheres, coloquei uma espécie de trono (uma das peças mais antigas da mansão) ali, onde me sentava e tinha uma vista da entrada. Sempre me sentava ali quando ia receber alguma garota, como agora. Megume ajoelhou-se aos meus pés e Miku também, Luka e Meiko ficaram em pé, uma de cada lado. Rin ficou por trás do trono. A porta se abriu mostrando uma das imagens mais magnifícas que já vi.

A garota que entrara era simplesmente linda, tinha os olhos escuros, meio azulados, que combinavam com seu vestido. Ela tinha cabelos loiros ondulados e um rosto lindo, mas logo mudou de expressão, algo que eu não sabia descrever, quando pôs os olhos em Miku. Mas depois voltou com a mesma expressão serena. Estendi minha mão para ela. Percebi que a garota exitou mas logo me deu a mão, levantei-me e percebi que ela era quase da minha altura, mas isso não importava agora.

Inclinei minha cabeça na direção da sua, enquanto a agarrava pela cintura. Nossos rostos estavam cada vez mais próximos um do outro. Ela tremia por dentro, era muito fofa, estava louco para beijá-la...

Faltava apenas milímetros para os meus lábios tocarem os dela, vi que seu rosto perdia a cor. Sem exitar beijei seus lábios. Fora só um pequeno beijo. Ela deu um pulo para trás, passando a mão na boca.

Mas depois me agarrou de novo, e eu estava gostando daquilo. Nossos lábios estavam precionados, e eu queria seduzi-la. Não olhei para suas mãos, que continuavam sempre na mesma posição, até que...

Senti uma pontada terrível no peito. Foi tudo muito rápido, olhei para minha roupa e vi que ela estava suja de sangue, estava sentindo uma dor terrível. Olhei para a garota, quer dizer... ela tinha tirado a peruca, era um homem! E com uma faca na mão.

– Finalmente... acabei com você, monstro! Volte para o inferno!

Gritou o cara. Espera. CARA. Eu beijei um cara!!!!!!!

– AAAAAAAAAAH! Yaoi!

Tentando conter a dor eu olhei para a porta da mansão de onde vinha a voz. Era um pivete de mais ou menos 14 anos, loiro, baixinho, kawaii. Cara de retardado.

Senti que minhas pernas não me aguentavam mais, cai no chão. Já estava começando a agonizar... A lâmina só poderia estar envenenada. Olhei para os lados. O cara tinha corrido e dado um abraço na Miku, que eu percebi que estava voltando a si, logo o reconheceu e gritou ”Kaito!” retribuindo o abraço e o beijando. As outras mulheres que estavam presas voltavam a si também, e sairam correndo pela porta aberta da mansão.

Quanto mais eu sentia que meu corpo estava morrendo, mais mulheres recuperavam a razão e saiam correndo, para a liberdade. Eu tentava estancar o sangramento, em vão. Kaito saiu correndo puxando Miku, o garoto loiro deu um beijo na bochecha de Rin, bem perto de seus lábios. Eles deveriam ser irmãos... ou algo mais. Megume e Meiko passaram correndo por mim, como se eu fosse invisível. Até Meiko fugira, a que sempre dizia que me amava enquanto eu a possuía. Olhei para os lados. Todas as mulheres saíram menos... Luka.

Ela foi a última a voltar a si, tentei chamá-la, mas minha voz não saia... Ela olhou para mim com um olhar de pena? Amor? Eu não sabia, entre todas essas mulheres Luka era a única que me conhecia fora da mansão.

Estava com pouco tempo, sentia a vida deixando o meu corpo...

Luka andava vagarosamente em direção a porta, com os olhos fixos em mim.

“Espere! Não se vá, Luka! Eu ainda não disse que... que... eu te amo.”

Este foi meu último pensamento até tudo se apagar.

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