Considerações Sobre O Amor escrita por camila_guime


Capítulo 1
Considerações sobre o amor


Notas iniciais do capítulo

Feito na esperança de que fosse reconfortante e apreciável!
Boa leitura!



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Considerações sobre o amor.

1 – Você sempre demora a perceber quando ele chega, isto quando percebe.

2 – Você nunca sabe dizer quando exatamente isso aconteceu.

3 – Quando você está sofrendo de “amor verdadeiro”, quando é perguntado ou quando procura saber, você nunca consegue dizer o motivo.

4 – O “amor verdadeiro” não se baseia em razões ou características supérfluas ou mundanas para agir sobre alguém.

5 – As razões e a lógica do amor fogem à compreensão do homem.

6 – O amor não bate duas vezes na mesma porta e não se engana sobre a quem deve chegar.

7 – O amor precisa ser agarrado, educado, nutrido, conquistado e desenvolvido. Como criar uma criança.

8 – Como criar um filho, manter o amor é tarefa para a vida inteira, enquanto ele ou você durarem.

9 – O amor se transforma no pior monstro que alguém poderia guardar dentro de si, dependendo da forma como foi tratado.

10 – O amor se divide de diversas formas, e pode acontecer, igualmente, diversas vezes.

11 – Não. A consideração nº. 10 não desconsidera a consideração nº. 6.

12 – O amor se diferencia nas relações em que ele atua. Entre pais, entre pais e filhos, entre amigos, entre irmãos, entre estranhos, e entre você e alguém, para/com Deus, deuses e divindades diversas, etc.

13 – Mas para cada uma dessas espécies de amor, ele só ocorre uma vez, podendo até durar mesmo que sofrido, mas, caso seja destruído, nunca há a cura total.

14 – As considerações nº. 12 e 13 justificam as considerações nº. 10 e 11.

15 – Há muitos sentimentos parecidos com o amor, logo, ele pode ser facilmente confundido.

16 – Você nunca tem pensamentos ruins sobre alguém quando você a ama. Se tiver (seja sincero consigo mesmo), desconsidere imediatamente a possibilidade de estar amando este “alguém”.

17 – Quando você está amando alguém, de fato nada mais importa, por que se for verdadeiro e recíproco, sempre há de haver paciência, flexibilidade, persistência, determinação, dedicação e esperança.

18 – O fato de nada mais importar quando se ama não significa ignorar todo o resto, pelo contrário, tem-se de buscar a solidificação de sua própria vida para poder manter um amor (como na consideração nº. 8), por isso a paciência, flexibilidade, persistência, determinação e esperança.

19 – Não fuja do amor. É o primeiro conselho básico para evitar o desenvolvimento do monstro na consideração nº. 9.

20 – O amor precisa ser vivido. Fale e faça. Nada nunca vai ser ignorado por aquele que se ama.

21 – O amor realmente deixa as pessoas um pouco idiotas. Então não tenha vergonha de falar ou fazer algo que a outra possa vir a achar ridículo (ou que você mesmo ache), por que ela também estará sobre efeito a mesma dose de “idiotice”, ou se não estiver, você fez sua parte.

22 – Nunca, em hipótese alguma, deixe de falar algo inspirado pelo amor, o que quer que seja! O amor não é só cego, ele também pensa, e dentro de nós está sujeito às nossas subjetividades, e isto pode implicar em más interpretações de nossa parte, então diga!  (E por mais que o outro sinta o mesmo, ou não, ele não tem como adivinhar o que você sente) Deixe sempre tudo bem claro!

23 – Às vezes você pode ter várias experiências. Tudo bem, até aí. Mas o amor espera realmente que na hora certa, você consiga identificá-lo e parar.

24 – É fato que na grande maioria das vezes, mesmo depois de encontrado, a pessoa não permanece com o amor por muito tempo, que dirá para a vida inteira.

25 – O amor é natural de todo ser vivo, só que sua ciência é completamente abstrata, subjetiva e relativa.

26 – Prova da sobre-realidade do amor é que ele nos faz acreditar em coisas que a própria razão desconhece. Praticamente tudo!

27 – É um dos poucos (ou ousando mais, o único) sentimento que pode englobar todos os outros e fazer você sentir as mais absurdas sensações.

28 – Cada um vê o amor de um jeito diferente do outro.

29 – Não há estudo que o explique em sua totalidade, ou pelo menos uma verdade global de uma pequena porcentagem do amor. O que se pode fazer é constatar alguns fatos que se repetem para uma considerável parte.

30 – O amor pode te fazer ficar supersticioso ou mais desgarrado que nunca.

31 – Satisfaça o amor, pois ele pode te edificar assim como te destruir, e não importa o quão teimoso você seja e jure que não faz diferença. Se não fizesse, você não tentaria se justificar, nem pensaria mais nisso.

32 – “O amor é universal”, pela sua singular capacidade de se adequar a qualquer barreira ou impedimento e dificuldade natural, ou mesmo criada pelo próprio homem.

33 – Você encontra amor de um canto a outro do planeta, mesmo no mais distante e impróprio confim, é só saber identificá-lo ou apenas sentir.

34 – Sim, o amor pode esperar, contanto que ele saiba que ele é querido e que estão tentando arranjar um jeito de acomodá-lo, nem que isso dure vidas. Senão, sua força padece e o monstro começa a consumi-lo (relembrando a consideração nº. 22).

35 – Na consideração nº. 6, onde o amor não bate duas vezes na mesma porta, não significa dizer que ele não vá tentar todas as brechas e as janelas para conseguir entrar.

36 – As pessoas deixam passar seu grande amor e passam a vida inteira sem ele ou com um sentimento menor, tentando se satisfazer, muitas vezes sem saber onde deixaram sua chance passar batido, ou mesmo sem perceber que um dia ela havia passado.

37 – O amor, tão diferente da racionalidade humana, porém, é uma das pouquíssimas coisas no mundo que pode manter um ser humano lúcido.

38 – Ainda que a consideração nº. 37 seja relevada, quando amando, você tem todo direito de se sentir meio doido.

39 – Sim. Você vai sorrir para o nada e nem se dar conta, vai ver um filme romântico e vai lembrar da sua situação real, vai passar horas do seu dia pensando nisso, vai achar que está concentrado em outra coisa quando, subitamente, o amor vai pintar por seu cérebro e te distrair, e muito provavelmente você nem vai perceber, dentre outras incontáveis situações.

40 – E o que realmente importa não é se todos a sua volta vão concordar com seu amor, inclusive outros que você ama e que te amam também, o que dá força e sentido ao seu amor é o quão empenhado e comprometido você é para/com ele, (e não quantos concordam).

41 – Se algum dia uma certeza absurda lhe disser que está amando, por mais “improvável” que seja, ignore as imposições e implicações contra, por que elas sempre existem, não só para o amor, e se você der mais importância a elas, nada você vai conseguir. (Relembrando as considerações nº. 17, 18 e 22).

42 – Ah, claro, o amor não tem idade, e isso logo indica que você pode levar uma vida inteira e só encontrá-lo no final, assim como pode conhecê-lo muito jovem, e seus caminhos serem distanciados um do outro no decorrer do tempo, você tendo identificado-o ou não, sempre é uma possibilidade.

43 – E o tempo... Vale ressaltar que ele passa para tudo, o amor não está isento de sofrer as consequências desse fator, e os fins vão depender dos meios. (Consideração nº. 34).

44 – Nunca acredite quando lhe disserem que você deve estar enganado, que deve ser algo passageiro e não tão importante assim, no caso de você contar para alguém que acha que está amando, por que primeiro, essa pessoa teve experiências diferentes da sua, segundo, determinar se está amando ou não é uma decisão que só cabe à própria pessoa que ama, pois cada um vê o amor do seu jeito. (Consideração nº. 28).

45 – Seja paciente e complacente com seu amor. Cada pessoa passa por situações ou circunstâncias cujo peso, dificuldade ou indecisão são medidas de acordo com a carga singular que cada um pode acarretar, ou seja, pode ser fácil para você, para o outro não. O momento torna tudo relativo (daí um exemplo para a subjetividade da decisão).

46 – Na maior parte dos casos, nosso amor não corresponde à metade de tudo aquilo que idealizamos, por que as idealizações partem de uma lógica que persegue a perfeição e o consenso da maioria (ainda que se tente negar), quando na verdade, na realidade, perfeição e unanimidade são coisas praticamente impossíveis, ilusórias.

47 – O mais curioso, porém, é que seu amor corresponderá a tudo que você realmente precisar, mesmo que você nem saiba identificar o que seja.

48 – Por que os olhos enganam, e o amor não enxerga, só sente.

49 – Se mais pessoas fossem lúcidas ou sensíveis o suficiente para perceber, agarrar, cuidar e levar pela vida seu amor, com certeza mais pessoas seriam felizes.

50 – As considerações poderiam perdurar por incontáveis declarações, pois os pensamentos sobre o amor são infinitos, discutidos desde antes de receber este nome, e indo muito além do que este tempo de agora pode mensurar. Sem falar que as “verdades”, tão maleáveis e variantes, não parariam. Também, ninguém é capaz de saber tanto do amor para abreviá-lo até um número finito de considerações. Enquanto se pensa muito, pode se estar perdendo a chance de estar amando. As palavras esgotariam, e ainda assim, o amor não teria sido conceituado, por que este intento é uma das mais brilhantes tolices do homem...

...


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Notas finais do capítulo

OBRIGADA POR LER!
Se gostarem ou se identificarem podem comentar comigo!
Mila.



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