Back To The Dream. escrita por Jajabarnes


Capítulo 6
O Futuro somos nós que construímos.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa se demorei... Leiam as notas finais ok?
Até lá!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179942/chapter/6

- Aqui. Fomos atacados aqui. – disse Julia. Estávamos a pouco mais de dez quilômetros de distancia do Rio Veloz, em uma pequena clareira espremida pelas arvores.

- Não há nada aqui. –disse Edmundo.

- E não podemos verificar uma possibilidade de rota de cada vez. – concluiu Pedro. – Teremos que nos dividir.

- Não acho isso uma boa ideia... – murmurou Lucia, mas foi ignorada por nossos irmãos.

- Será o melhor jeito mesmo. Cobriremos uma área maior. – assegurou Edmundo.

- Ótimo! Então, vejamos... – Pedro estendeu seu mapa sobre a relva (cada um de nós tinha um mapa, por precaução). – em duplas ou em dois grupos de cinco?

- Duplas. É mais rápido. – Caspian falou rapidamente.

- Ok. Lucia e Nicolas, vocês irão para Leste. Eustáquio e Jill para Oeste. Edmundo e Natalia para o Sul. Caspian e Susana para o Norte. Sobrou Julia e eu... – ele pensou. – Podemos checar a Arquelândia e a Calormania...

- É uma boa ideia. – disse Edmundo.

- Mas como vamos nos comunicar? – perguntou Natalia.

- As árvores... – Lucia sorriu.

- Pedro, Eustáquio e Jill não conhecem Narnia, você não acha perigoso deixa-los sozinhos? – perguntei e ele assumiu a expressão pensativa de novo.

- Não se preocupe Su, a gente se vira. – disse Eustáquio em tom despreocupado.

- Ela tem razão, não podemos deixa-los vagando por ai sem saber onde andam. – Pedro argumentou. – Então a Susana vai com a Jill e o Caspian com o Eustáquio. – Pedro não percebeu o olhar reprovador que muitos lançaram a ele. Aposto que todos, com exceção de Pedro, perceberam o clima pesado e espaçoso que ficou entre mim e Caspian quando Aslam disse que Rillian era o herdeiro do trono, filho do Rei antecessor, ou seja, de Caspian.

- Não, Pedro, não se preocupe. Nós damos um jeito. – argumentou Jill com um leve sorriso.

- A Jill tem razão, Pedro. – apoiou Eustáquio, percebendo o clima. – Vamos ficar bem.

- Eu não queria, mas já que insistem... – cedeu Pedro.

- Então vamos! – chamou Nicolas.

- Quais as coordenadas, Pedro? – questionou Edmundo.

- Bom, iremos procura-lo por toda Narnia e arredores, se precisarmos de ajuda, chamamos, se o acharmos, chamamos. – disse. – Simples assim.

- Eu esperava algo mais emocionante do que isso, mas tudo bem. – Edmundo deu de ombros. Suspirei. Para mim, procurar o filho de Caspian com sabe-se-lá-quem já estava emocionante demais.

Nos despedimos dos outros, montamos em nossos cavalos e partimos para o Norte logo após Edmundo e Natália seguirem na direção contraria. O primeiro trecho de nossa busca fizemos a galope cortando por entre as arvores. Aos poucos fomos desacelerando.

- Então... – comecei. – Qual é o plano? – estávamos com nossos cavalos lado a lado, andando em um ritmo lento.

- Eu pensei em verificar nos vilarejos, atrás de pistas... – respondeu Caspian, olhando para o caminho a nossa frente.

- Pelo que sei, o vilarejo ao Norte mais próximo fica a dois dias de viagem partindo de Cair Parável, mas como partimos de Veloz, que fica mais atrás de Cair, talvez leve três dias... – dei minha hipótese.

- Talvez sim, mas com os cavalos poderemos diminuir esse tempo. – complementou. Assenti. Um silêncio pairou entre nós e seguimos com poucas palavras até o cair da noite. Paramos e acendemos uma fogueira, como o silencio permaneceu deitei sobre a relva posicionando-me para um merecido descanso. Caspian sentou fitando as chamas que crepitavam sobre os gravetos e, pelo que tudo indicava, não iria falar nada.

Não, não estou com raiva de Caspian, como eu disse as possibilidades mudam totalmente, depois de tudo explicado, acontece que Caspian está afastado de mim, por medo talvez, ou vergonha, ou insegurança, não sei. Sei apenas que ele não poderá tão longe de mim assim principalmente agora. Se eu não for a mãe de Rillian, não quero correr o risco de perder um minuto sequer com Caspian.

- Su? Está acordada? – ouvi sua voz e ela estava perto. Virei para o outro lado e encontrei Caspian sentado ali.

- Estou... – respondi sentando, sem tirar os olhos dele.

- Acho que precisamos conversar... Não é?

- É... – desviei o olhar para a grama. – Você ficou tão afastado depois que Aslam contou Caspian... – abracei os joelhos, sussurrando.

- Pensei que você não quisesse tal aproximação... – justificou-se.

- Por que não iria querer? -  perguntei olhando em sua face com um fraco sorriso, porém ele olhava para o chão.

- Você pareceu... Com raiva quando soube da existência de Rillian...

- Na verdade eu me senti traída, mas tudo se explicou Caspian. – eu tinha um leve sorriso nos lábios. Ele finalmente olhou em meus olhos.

- Então... Você não está com raiva ou magoada?

- Não há por que ficar.

- Mas... Eu não sei se você é a mãe dele...

- Nem eu sei, Caspian, não sabemos por que ainda vai acontecer, está no futuro e o futuro somos nós que construímos. – sorri. Caspian fez o mesmo e se aproximou de mim até alcançar meus lábios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, ficou curto, mas é que eu estou sofrendo de um bloqueio de criativida aqui em BTTD, enfim, vou fazer o possível para continuar logo ;D
Gente, dêem uma passadinha na minha nova fic, ela se chama Tale As Old As Time (tradizundo: Conto tão antigo como o tempo) tbm é de ACDN e Suspian, logico! Espero vcs lá!
Beijokas e não eskeção dos comentarios!