Back To The Dream. escrita por Jajabarnes


Capítulo 15
Algo me diz que ela não é confiável.


Notas iniciais do capítulo

Estou aqui com um capítulo atrasado! Era pra ter postado ontém, mas não deu. E cá estou eu postando dois hoje ;D
Ainda é POV. Susana.
Espreo que gostem!



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Despertei no dia seguinte com os beijos de Caspian em minhas costas descobertas.

            - Bom dia. – ele sussurrou em minha orelha.

            - Bom dia... – sorri. – Que horas são?

            - Não sei... Umas oito...

            - Oito?

            - Talvez sete e meia. – beijou minha nuca. Eu ri um pouco, esticando o braço para pegar minha roupa caída no chão ao lado da cama. A mão de Caspian deslizou por esse meu braço, colocando seus dedos entre os meus, trazendo minha mão de volta e segurando-a sobre a cama, impedindo-me de pegar o tecido branco. – Nananinanão... – cantarolou em meu ouvido em tom de brincadeira. Tentei pegar a roupa de novo, mas então Caspian segurou minha mão mais firmemente. Beijou minha face e afastou meu cabelo, beijando minha nuca e descendo pelas costas. Ofeguei levemente. Os beijos pararam, puxei o lençol e virei de peito para cima com o tecido verde escuro do lençol cobrindo-me até os seios. Encontrei o olhar de Caspian. Sorri de leve corando ao ver tamanha admiração em seus olhos.

            Caspian me abraçou, deitando a cabeça em meu ombro enquanto eu afagava-lhe os cabelos. Vários minutos de silêncio. Ele parecia estar perdido em pensamentos.

            - Acho que precisamos conversar. – sussurrou.

[...]

            Quarenta e cinco minutos depois nós já estávamos a caminho de onde os outros se encontravam. A conversa que Caspian e eu tivemos não revelou muita coisa além do que já se sabia e, por um motivo, nenhum de nós teve coragem de tocar no assunto “mãe do Rillian”. Durante aquela cavalgada flashes da noite anterior vinham a minha mente fazendo-me sorrir. Os lençóis bagunçados... Os beijos de Caspian... Seus toques que me faziam perder a linha do raciocínio...

            Foi quando aquela luz azulada apareceu a nossa frente de novo, agora mais fraca por causa da luz do sol.

            A estrela estava a nossa frente. Paramos e descemos dos cavalos. Ela deu um sorriso doce em direção a Caspian e andou até ele com os braços abertos.

            - Lilliandil, não. – ele a impediu antes que a loira o abraçasse e provavelmente beijasse.

            - Mas...

            - Sem “mas”.

            - Você disse que não poderia nos acompanhar ontem. Então o que está fazendo aqui agora? – perguntei séria, aproximando-me de Caspian, encarando-a. Chega de aturá-la quieta. Lilliandil permaneceu com aquela cara de sonsa.

            - Eu vim o quanto antes para acompanha-los. – disse a moça, mas algo nela soava fácil. O sexto sentido apitava...

            - Su – ele pôs a mão em meu ombro.       

            - Caspian, eu não quero que ela venha conosco. – falei calmamente. Ela riu fracamente.

            - Majestade, vai me impedir de viajar com meu próprio marido? – questionou. Meu queixo caiu e olhei para Caspian numa mistura obviamente falsa de surpresa e ultraje.

            - Você é casado com ela e não me contou?! – encarei-o. Caspian  prendeu o riso.

            - Susana, o que está fazendo? – ele questionou sem saber o que fazer. Encerei-o. Bufei, rolando os olhos.

            - Ela pode ser cínica e eu não? – perguntei. A estrela assumiu uma postura ofendida.

            - Assim você me ofende, majestade, eu não estou sendo cínica. – defendeu-se.

            - Ah, não? – aproximei-me dela cruzando os braços e analisando-a desafiadoramente. – Então prove.

            Ela ficou em silencio e pude perceber sua respiração acelerada.

            - Caspian! – chamou ela. – Sou sua esposa, vai deixá-la me tratar assim? – perguntou ofendida. Caspian parou ao meu lado.

            - Você não é minha esposa, não tenho nada com você e... – corrigiu ele.

            - Temos um filho juntos! – apelou ela fazendo drama. – será que você esqueceu de todo o nosso amor? De todos os nossos momentos lindos? – lagrimas banharam seu rosto. Ela está pedindo para apanhar...

            - Ah, por favor, garota, enxugue essas lagrimas, piranha não chora! – falei com tédio, jogando o peso do corpo para uma das pernas, olhando para o bosque. Ela ficou boquiaberta por alguns segundos, mas logo assumiu a pose de quem nunca se abala.

            - Já percebi que não sou bem vinda aqui. – disse. Joguei a cabeça para trás.

            - Finalmente!

            POV. Caspian.

            Eu não sabia o que fazer. Se eu deixasse era possível Susana voar para cima de Lilliandil e se eu interferisse provavelmente sobraria para mim. Acho que já era hora de sabe o que estava acontecendo.

            - Susana, o que foi isso? Por que está agiu assim?

            - Tem alguma coisa errada com ela, Caspian. – falou, mudando de assunto calmamente.

            - Por que você implica tanto com ela?

            - Tenho meus motivos – ela parou. – Está defendendo ela?

            - Não, só estou tentando entender você! – senti um arrepio. Era como se alguma magia nos rodeasse. Susana também sentiu e Lilliandil assustou-se com o nada, cobrindo a boca com a mão, abafando um grito e com os olhos arregalados de pavor. A magia vinha dela... Susana cambaleou par ao lado... E IA PARA SUSANA!

            Abracei Susana contra mim de forma protetora. Encarei Lilliandil, agora furioso.

            - O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM ELA?!

            A estrela tremia e estava pálida.

            - Eu... Eu tenho que ir! – e então a luz azul voltou rapidamente ao céu. De onde nunca deveria ter saído.

            - ESPERA! – mas já era tarde, ela já tinha ido. Voltei minha atenção a Susana. Ela respirava com um pouco de dificuldade. – Su? Su? O que ela fez com você?

            - Não sei... – sussurrou. – Ela vai aprontar alguma, Caspian.

            - Lilliandil não vai aprontar nada, Susana, isso é coisa da sua cabeça. – falei cansado, mas logo me arrependendo. Susana afastou-se de mim. Sim, eu não devia ter dito aquilo, mas era praticamente impossível imaginar Lilliandil fazendo algo errado, algo mau. Susana me fitou com as sobrancelhas unidas.

            - Coisa da minha cabeça? – ela sorriu sem humor – Talvez seja coisa da minha cabeça também o que acabou de acontecer aqui... Toda aquela magia no ar...

            - Só digo que Lilliandil nunca fez mal a ninguém e não há motivos para fazer agora. – argumentei enquanto Susana caminhava para seu cavalo e montava-o.

            - Não adianta defende-la, Caspian, não vai mudar minha opinião a respeito dela. – falou lá de cima.

            - Susana, me escuta, para de implicar com ela, vais ser melhor para você! – argumentei de novo. Susana suspirou.

            - Caspian, algo me diz que ela não é confiável. – explicou. Ela falava serio, mas eu ainda não via fundamento para tanta desconfiança.

            - Desça desse cavalo, Su, vamos conversar direito... – pedi.

            - Conversar para quê se você não acredita em mim? – perguntou calmamente com os olhos marejados.

            - Eu não disse que não acredito.

            - E nem precisava, Caspian. – ele mordeu o lábio inferior antes de continuar a falar. – Vamos, temos que encontrar Rillian. – e pôs o cavalo a trote.

            - Su, espera... – pedi, mas já era tarde, o cavalo já estava a galope. Fui até o meu xingando-me, montei e a segui.


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Notas finais do capítulo

Vou correndo postar o proximo, um cap. muito especial!
Beijokas!!