VI

– A-Aidou-senpai? – perguntei chocada demais para acertar nas palavras

– Anda! Vamos embora, esse lugar tem cheiro de cachorro morto. – disse Aidou tampando o nariz

Eu não queria, eu não conseguia deixar Zero-kun.

Eu o amava mais que minha própria vida e depois de hoje tive mais certeza desses meus sentimentos tão fortes por ele. Como iria encarar Kaname-senpai depois de tudo que vivi com Zero-kun?

– Eu não vou a lugar nenhuma com você Aidou!

– Não dificulte as coisas Cross! Quer dizer, Yukki-sama. – disse Aidou pegando no meu braço e me tirando daquela sela a força.

– Está machucando Aidou-senpai... – gritei

– Porque está gritando? Ninguém ira te ouvir aqui e posso fazer o que quiser com você... – disse Aidou apertando meu rosto.

O que estava acontecendo com o Aidou-senpai?

Ele não é desse jeito. Seria sede por sangue ou eu apenas conheci o lado bom de Hanabusa Aidou?

– Me largue Aidou-senpai! – ordenou a frágil Yukki

– Para que? O que irá fazer? Me matar?

– Ela não. Mas se encostar mais um dedo nela, terei que arrancar sua cabeça!

Era ele. Fique perplexa em vê-lo novamente. Não teria que embora e deixá-lo novamente.

Me soltei dos braços de Aidou e sai correndo para um lugar seguro naquele enorme salão.

Eles começaram a lutar. Aidou lançou um de seus poderes com gelo e Zero esquiva-se com uma espada. Eles ficaram assim por um bom tempo.

– Chega de lutarmos igual criança Zero! – pedi Aidou se afastando de Zero

– E quem disse que estou lutando feito uma criança Aidou?

Nesse intervalo de tempo que Aidou recuou-se, Zero aproveitou a situação para atacar.

Fechei meus olhos para não ver essa cena, eu era fraca com sangue. Com certeza iria vomitar ou algo parecido.

Ouvi o barulho de alguém sendo arremessado contra a parede e de uma espada cortando algum objeto. Quando abri meus olhos, Aidou estava com um corte horrendo em sua barriga e jorrava sangue de sua boca.

Segurei para não desmaiar vendo tal cena e fiquei forte.

Zero ria sem parar

– Maldito. O que fez comigo? – perguntou Aidou gemendo.

– Nada. Só é um presentinho pro seu Kaname-senpai aprender a não levar a minha garota!

– Você não vai levar a Yukki nem por cima do meu cadáver.

– Ótimo, não irá demorar. Porque do estado que está não irá durar muito... – riu Zero da expressão de dor dele.

– Você pagará caro por isso Kiryuu Zero...

– E eu me importo? Uma divida a mais ou mais divida a menos, eu irei pro inferno mesmo.

Zero ia matar Aidou-senpai. Por mais que ele quisesse me morder, eu convivi com ele.

Era com se ele fosse da minha família e não podia ficar de braços cruzados vendo um familiar morrendo e por minha culpa!

– Zero-kun...

– O que foi Yukki?

– Não o mate, por favor.

– Esse cara ia te atacar e eu te prometi que ia matar todos que lhe fizesse mal.

– Por favor Zero-kun... – pedi

Zero suspirou pesadamente. Sabia que aquilo era uma coisa que estava fora dos conceitos psicóticos

Ele largou sua espada no chão e pegou Aidou pela cola de sua blusa. Tinha certeza que Zero queria vê-lo morto.

– Dessa vez você teve sorte, cachorrinho.

– Obrigado Yukki-sama por me salvar.

– Ei. Eu estou falando com você merda! – disse Zero dando baita tapa em Aidou – Dá próxima vez que você ou seus amiguinhos podres vieram atrás da Yukki, irei matar todos vocês. Entendeu?

– Entendi. Apenas me solte Zero...

– Entendeu mesmo? – disse Zero dando um olhar mortal para Aidou. Ele apenas assentiu.

Zero o derrubou no chão e Aidou saindo correndo dali.

Estava assustada com tamanha maldade que Zero continha em seu coração, mas estava feliz por ficar pelo menos um pouco ao lado dele.

Zero me olhou ainda com ódio e a única coisa que podia fazer era abraçá-lo. Estava feliz que não ia precisar ver Kaname novamente, mas Zero pelo jeito não estava assim

– Zero-kun... – disse o abraçando.

– Você ia voltar para seus amiguinhos podres não é Yukki? – sussurrou Zero no meu ouvido.

–... Fiquei sem palavras.

– Isso que você quer? – perguntou Zero novamente me abraçando forte

– Zero-kun não é nada disso. - tentei me explicar

– Yukki...

– Sim. – respondi calmamente

– Eu não a melhor opção para você.

O olhei perplexa. O que ele queria dizer com isso?

Ele não estava cogitando em me deixar ou estava?

– O que quer dizer com isso? – perguntei com medo

– Quer dizer, eu quero que você vá embora.

Meu coração se partiu em mil pedacinhos.

Porque ele fez isso?