Contrição De Snarkii escrita por Breno Velasco


Capítulo 32
Capítulo 032 - Grite mais alto!


Notas iniciais do capítulo

Thiago "Snarkii" Ishida, capítulo 032. Para quê ler essa história, se ela não é verdadeira? Desligue agora seu computador--Você está s-sendo manipulado! En-En-Entretanto, ligue a TV, e sintonize no canal Gl--Gl-- para assistir o programa que TODOS estão assis--tindo. Assim, você fará parte da hu-humanidade.O Governo determina, o Governo prevalecerá! A mídia N-Não manipula! Boa leitura e Es-Es-pero que G-Gostem!



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19 de Agosto de 2006.

"Finalmente" - Pensei, enquanto desligava a TV e ouvia o irritante som do maldito telefone. Longe da casa de Killer, agora moro em um apartamento, no Rio de Janeiro, mas isso não importa.

Me levantei cansado, após ter feito musculações, e fui atender tal telefone. "Notícias ruins como sempre" - Pensei comigo mesmo, enquanto coçava meu olho com olheira, devido a noites mal durmidas durante todo o ano.

- "Alô?" - Perguntou o homem, que eu já sabia quem era.

- "Diga logo a notícia ruim, Douglas" - Disse.

- "Notícia ruim!? Pelo contrário Snarkii. Depois de um ano de busca, conseguimos achá-los" - Falou Douglas, provavelmente empolgado.

- "Acharam!?" - Gritei perguntado pelo telefone.

- "Sim, não estão muito longe. Estão perto dos limites da cidade, próximo a campos e montanhas. É o único prédio grande lá" - Informou.

- "Quando você vai me buscar?" - Perguntei, enquanto olhava para o relógio que mostrava 14:50.

- "Daqui 10 minutos. Esteja pronto" - Afirmou ele.

- "Ótimo, esperarei" - Disse, já desligando o telefone.

Comecei a tremer, cada parte de meu corpo tremia, principalmente minhas mãos. Ria silenciosamente, num tom maligno. Meus olhos, antes cansados, agora viam perfeitamente, eu estava agitado demais.

Corri em direção ao banheiro, fechei e tranquei a porta. Rapidamente, tirei minha roupa, e entrei no box, em seguida ligando o chuveiro.

Aquela água fria e gelada, que eu tanto gostava, agora escorria por cada parte de meu corpo. Com a mão apoiada na parede, olhava para baixo, tentando me acalmar das sádicas risadas.

Calmo, e sem mais tremedeiras, olhei para cima, onde deixei a água escorrer pelo meu rosto, tirando minha expressão cansada. Desliguei o chuveiro, onde permaneci lá por poucos instantes, pensando sobre o momento de dor que foi esse ano.

Peguei a toalha, me enxuguei, e enrolei a mesma sobre meu corpo, ocultando a parte da minha barriga e das pernas. Em seguida, rapidamente, fiz a barba e passei um gel no meu cabelo, penteando-o logo em seguida.

Feito, abri a porta, e lá encontrei ele. "Pai, as compras estão aqui" - Disse Viktor, meu filho, agora com 12 anos de idade. Me ajoelhei, peguei as compras e as deixei de lado. Coloquei a mão em sua cabeça e disse: - "O pai precisa sair agora... Resolver assuntos inacabados. Voltarei em breve, espere por mim".

"Onde você vai ir?" - Perguntou, com um olhar curioso. "Quando você for mais velho, entenderá" - Respondi, com uma pequena mágoa.

Me levantei, fui ao meu quarto e me troquei. Queria estar apresentável. O interfone tocou. Pedi para meu filho avisar que eu já estaria indo.

"Ironia, não?" - Disse, enquanto segurava um terno preto e uma calça, da mesma cor. Era perfeito para a ocasião. Vesti tais roupas, que eu já conhecia desde meu primeiro encontro com ele... Sim, ele.

"Killer..." - Sussurrei para mim mesmo, enquanto me via no espelho. O interfone tocou novamente. Na gaveta, peguei meu celular, cigarro da marca Legends e minha arma Colt M1911 com Silenciador.

Peguei um único cigarro, e o acendi, colocando-o na minha boca em seguida. "Finalmente..." - Disse baixinho, enquanto ia em direção da porta de entrada. Abri, e lá vi Douglas, Arbok e Alex.

"Huh!?" - Me assustei, deixando meu cigarro cair no chão. Arbok e Alex me abraçaram, como companheiros. Ambos velhos, se locomoviam com dificuldade, mas apenas para aparentar cansaço, o que não tinham.

Após o abraço, conversamos um pouco, disfrutando do momento de felicidade, para lançar perguntas normais como: "Estão tudo bem?" ou "O que andaram fazendo?".

Descendo as escadas do apartamento, fiz uma pergunta incomum, que obviamente precisava fazer.

- Onde está meu pai? - Perguntei, olhando para baixo, descendo as escadas.

- Não temos notícias dele desde aquele incidente - Disse Arbok, sem hesitar.

- Huh!? - Me assustei, com uma expressão triste.

- No momento em que você caiu na água, Jack, seu pai, saiu do carro e correu em direção oposta. Tentamos impedir mas... Ele disse que era importante - Concluiu Alex, falando normalmente.

- Entendo... - Respondi, chateado.

Descemos todas as escadas e saímos do apartamento. Andamos um pouco pela rua, onde lá estava uma Limousine preta. Entramos. Fiquei sentado no canto esquerdo, como de costume.

Abrimos a janela, todo mundo, enquanto eu fumava. O motorista deu a partida no carro. Então, Douglas começou a falar.

- Snarkii, temos contato visual de Killer e de Cobra naquele prédio.

- Hm, quem são os informantes? - Perguntei.

- Eles - Disse Douglas, enquanto apontava para trás, mostrando unidades vermelhas aliadas, em motos.

- Então eles estão do nosso lado - Afirmei, sorrindo.

- Sim. Prosseguindo, a última vez que vimos eles foi ontem, dia 18.

- Certo. Distância?

- Da onde estamos até a localização deles, 15 quilômetros.

- Aliados deles?

- Comando Azul.

- Comando? Hehe... - Disse, num tom de deboche, já sabendo a verdade.

- Meu querido Douglas... - Disse Alex - Nunca existiu Comando Azul e nem Comando Vermelho. Apenas apelidamos eles assim para ser mais conveniente, e fácil. - Concluiu, com um sorriso.

- Quem são eles então? - Perguntou Douglas.

- O Comando Azul, na verdade, é o governo americano. Killer e Cobra são os líderes desse "comando", tendo suas unidades como sendo americanos, e não brasileiros. O Comando Vermelho, é a resistência que lutava contra o Projeto Snark do governo. Arbok era do governo, ele sempre soube de tudo. - Afirmou Alex, cruzando os braços.

- Porém, minha arrogância foi maior. Pensei que os Azuis estavam certos, e não busquei saber o que Arbok queria me dizer - Falei, enquanto olhava para Arbok, que me confortava com seu olhar calmo.

- Que seja. - Interrompeu Douglas - Tenho informações sobre Killer e Cobra. Se quiser ouví-las... - Concluiu.

- Com certeza. Diga. - Respondi.

- Killer foi cobaia do Projeto Snark I, a primeira tentativa de criar o Soldado perfeito. Com apenas 10 anos de idade, tiraram seu sangue e injetaram em alguns soldados. Todos morreram.

- Morreram?

- Sim. O sangue era muito puro para eles, assim como sua consistência genética modificada. Por isso, o resultado foi esse.

- Hm...

- Os cientistas do governo, encarregado por esse projeto, descobriram o erro. Killer era novo demais, ele precisava ser maior, no mínimo 30 anos de idade.

- Huh.

- Mas Killer já foi usado. Por isso, usaram você.

- Interessante. Então é fato que eu e Killer somos irmãos?

- Sim. Killer é filho de Jack, assim como você.

- Huh... - Suspirei, tentando manter o controle, após me lembrar de tudo que ele havia feito. - Então por que ele fez isso comigo? - Perguntei.

- Isso é você que resolve com ele. Ainda não sei. - Respondeu Douglas.

- Huh... Tudo bem. Dê-me mais informações.

- Cobra é o agente mais perigoso do Pentágono. Ainda velho, cumpre seu trabalho, tentando coletar seu sangue para criar o soldado perfeito.

- Filho da puta, pra mim, ele não passa de um velho tarado.

- Mais perguntas?

- Sim. Me explica o que é o Projeto Snark. Ainda tenho minhas dúvidas mas--

- Snarkii, chegamos - Disse Douglas me interrompendo, apontando para um prédio gigantesco.

- Huh. Vocês vão comigo? - Perguntei, olhando diretamente para Arbok e Alex.

- Com certeza - Responderam os dois, ao mesmo tempo.

Descemos do carro, fechando a porta silenciosamente. Tomei a liderança, subi os poucos degraus que possuía antes da entrada do prédio, e abri a porta de vidro. Olhei discretamente para uma recepcionista, ainda observando o ambiente detalhado e caprichado da sala.

"Onde está Killer?" - Perguntei, sem olhar para ela, ainda observando o ambiente da sala. Percebi algum movimento por parte dela. Vi que ela havia pegado um comunicador.

Sem hesitar, porém impressionado, segurei minha arma com a mão direita e mirei para a esquerda, onde ela estava. Sem mexer minha cabeça, atirei, atingindo seu crânio. Seu corpo voou para trás, encostada na parede, descendo levemente até o chão, formando um rastro de sangue na parede.

"Era bonita, que pena" - Disse Arbok, apagando seu charuto. "Eu comia" - Falou Alex, debochando da maldita recepcionista. Me aproximei de um pequeno interfone, posto perto do elevador, e gritei: - "Killer!!".

Um silêncio se estabeleceu, até que unidades azuis, minhas atuais inimigas do governo, apareceram, saindo dos elevadores. Cerca de dez unidades. Eles apenas miravam para mim, esperando algo.

Uma voz conhecida saiu do interfone, dizendo: - "Grite mais alto, irmãozinho". "Killer..." - Pensei, enquanto observava discretamente as unidades mirando em mim.


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Notas finais do capítulo

O Fim está próximo... Próximo capítulo em breve e Espero que tenham gostado!



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