Contrição De Snarkii escrita por Breno Velasco


Capítulo 29
Capítulo 029 - Jogo das perguntas


Notas iniciais do capítulo

Thiago "Snarkii" Ishida, capítulo 029. Preenchendo o vazio com perguntas, não é uma sábia decisão. Hehe... Não acha!? Boa leitura e Não esqueçam de comentar!



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08 de Setembro de 2005.

Um botão. Mortes. Até minha mãe? A pergunta foi feita: Imagine um botão que matasse uma pessoa aleatoriamente, você usaria esse botão para matar um desconhecido e salvar sua mãe? Nota-se que, não apertando o botão, sua mãe seria morta.

"Pergunta idiota" - Pensei, enquanto coçava a cabeça. Tinha que provar o contrário para o homem misterioso. Eu apertaria o botão, porém o homem não concordou.

Um motivo para ele acreditar... "Já sei!" - Disse, com satisfação.

- Simples. Eu prezo pela vida de minha mãe, pois eu já a conheço. Um homem desconhecido, obviamente, não me é familiar - Disse, cruzando os braços enquanto encostava na parede, como Killer fazia.

- Não necessariamente - Falou a voz grave - Não justifica que uma vida é melhor que a outra - Afirmou.

- Independente disso, a vida de minha mãe é a mais conhecida - Concluí.

- E se por exemplo, você matasse um cientista estudioso que descobriria a cura para o câncer, para manter sua mãe, que não fez nada de importante para a humanidade, viva?

- É uma possibilidade, óbvio. Porém, e se fosse um assassino e estuprador, que mataria muitas pessoas se eu não o impedisse? - Perguntei.

- É uma possibilidade. Porém, você não respondeu minha pergunta. O que te faz pensar que a vida de sua mãe é mais importante do que a vida de um desconhecido? - Perguntou novamente a voz grave.

- E o que te faz pensar que a vida de um desconhecido é mais valiosa do que a vida de minha própria mãe, que cuidou de mim e fez eu ser quem eu sou hoje? - Perguntei, concluindo o jogo.

- ...

- Então... ?

- Muito bem. Ganhou o primeiro jogo, por sorte. Esse foi fácil demais. Hehe... Aguarde mais, daqui 3 dias. - Disse a voz, desligando o microfone.

"Agora é só esperar" - Pensei, enquanto andava pela sala. Estava pensando em todas as perguntas possíveis, baseadas na primeira. Porém, os 3 dias se passaram rápido, e a pergunta foi mais chocante do que imaginei.

11 de Setembro de 2005.

"Cobra deve ter 75 anos... Killer tem 35... Meu pai deve estar com 64... Meu pequeno Viktor está com 11..." - Pensava sem parar, enquanto me preparava para o próximo jogo de perguntas, que um daqueles homens faria comigo.

"Snarkii" - Chamou uma voz grave familiar, enquanto eu olhava o horário que indicava 15:00 em ponto. "Boa tarde" - Disse ele. Ignorei-o, ficando no meio da sala, olhando para a cabine.

- Snarkii... Sempre direto em seus assuntos. Pronto para a próxima pergunta? - Disse a voz grave, que predominava.

- Sim, claro. - Respondi, coçando novamente a cabeça, como na última vez.

- Já que você é um cara que gosta de ser direto...

- ...

- ...Então vamos lá: Se Killer, aquele seu amiguinho que conhecemos muito bem, ameaçasse atirar em Gih, o que você faria? 1 - Impediria Killer, atirando nele. 2 - Permitira, num ato desesperado de não se ferir.

A pergunta era óbvia demais... Demais... E se eu optasse pela opção 1? Eu estaria protegendo a Gih. A opção 2 é muito confusa, é óbvio que eu não escolheria ela! Quem escolheria? Afinal de contas, não impedir um assassino frio e maniaco atirar em sua própria esposa, é raro e desumano.

Talvez o interrogador queria que eu pensasse dessa forma para eu me confundir. A opção 1 é óbvia demais, e a opção 2 é difícil demais. Se eu respondesse a 1, seria muito clichê e óbvio. Talvez ele estivesse esperando a 2... Ou não. Ou ele armou tudo isso, para eu pensar dessa forma, porém esperando uma resposta 1.

Ou... Bem, é uma hipótese ridícula mas, talvez o interrogador fosse Killer. Mas por que seria ele? Bem, ele estava agindo estranhamente nos últimos anos, impaciente com tudo e com muita raiva.

Se o interrogador fosse realmente Killer, e se eu respondesse a 1, ele iria achar natural. Se eu respondesse a 2, ele iria se surpreender, e ia se sentir orgulhoso de alguma forma. Ou... Descobriria que eu pensei dessa maneira inteira, para sua satisfação, descobrindo que eu o desvendei.

"Deus..." - Pensei, enquanto segurava forte meu cabelo, apertando-os com força e raiva. Precisava dar uma resposta. Não queria demonstrar que estava pensando demais. 15 segundos depois, finalmente dei minha resposta conclusiva.

- A resposta é a 2!! - Gritei, enquanto olhava para os dois homens misteriosos.

- Por que escolheu a resposta 2, Snarkii? - Disse a voz aguda, enquanto o homem da voz grave, provavelmente saia daquela sala.

- Pois devo ser fiel a Killer, independente de outras pessoas que cruzem meu caminho.

Nesse momento, o homem misterioso apareceu com Gih, e disse com sua voz grave modificada:

- Diga isso na frente dela Snarkii... Diga!

- Gih... - Disse - Está familiarizada com a pergunta?

- Q-Que pergunta!? - Perguntou, com um tom desesperado.

- ... - Esperei, enquanto o homem cuchichava em seu ouvido.

- Sim Snarkii. O que tem ela? - Perguntou.

- Eu escolho a 2. Devo seguir as ordens de Killer, independente de sua vida...

- S-Snarkii... - Disse ela, num tom decepcionante.

- É apenas isso que devo dizer.

- M-Ma-- Foi interrompida pelo homem, que levara ela novamente para uma, provavelmente, sala.

- ...

- Snarkii - Disse a voz grave, que havia voltado - Sua pergunta foi a correta. Porém, por que escolheu ela? - Perguntou.

- Devo seguir as ordens de Killer a qualquer custo. - Respondi.

- Certo. Por recompensa em acertar a resposta de primeira, te darei um intervalo de 6 dias. No seu aniversário, uma nova pergunta virá, ainda mais difícil.

- Tudo bem...

- Só isso. Espere até lá.

A luz da cabine se apagou, e um silêncio contínuo se estabeleceu na sala, até se passar 6 dias. "Será que eu fiz algo de errado?" - Perguntando para mim mesmo, lembrando de Gih, que se decepcionou.

Deitei na cama, e cruzei meus braços, apoiando a cabeça em minhas mãos. Olhei para o teto cinza, com tristeza e arrependimento. Isso se passou por dias e dias.

No dia 16, levantei da minha cama de costume, após ter dormido muito mal, durante 2 horas. Fui ao banheiro e lavei meu rosto. Saí do banheiro, e me deparei com um homem apontando um tranquilizante em mim. Ele atirou, e fui atingido no pulso.

Pude dar alguns passos em sua direção, passos curtos, antes de cair, estendendo a mão em sua direção. Meios olhos foram se fechando levemente, enquanto a visão de minha cama foi escurecendo.

17 de Setembro de 2005.

Meus olhos se abriam levemente, quando percebi que estava deitado em uma maca. Uma luz era apontada em meu olho, fazendo com que eu curvasse minha cabeça para a direita, tentando abrir meus olhos.

Lá, vi uma porta se abrindo, onde Killer e Cobra, saíam de lá. "K-Killer?" - Perguntei, enquanto estava amarrado na tal maca. "Lembra do Projeto, Snarkii?" - Disse Killer, rindo bem baixinho, com um tom irônico.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em breve e Espero que tenham gostado!



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