Contrição De Snarkii escrita por Breno Velasco


Capítulo 2
Capítulo 002 - O "Velho" Cobra


Notas iniciais do capítulo

Thiago "Snarkii" Ishida, Capítulo 002. Nem tudo é o que aparenta ser, talvez um simples velho não seja tão fraco assim. Boa Leitura, e não esqueçam de comentar!



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18 de Novembro de 1989.


Ele estava na minha frente, bem na minha frente. Mas quem era "ele"? Era alguém importante ou um simples velho que possuia muito dinheiro e tempo de sobra? "Bem vindo ao inferno" disse ele... Mas o que tal frase significaria?


– Inferno?

– Sim meu jovem! Quando aqui se entra, todas as esperanças são perdidas.

– E se eu ainda tiver esperanças?

– Aí você acaba igual eles. - Disse o velho Cobra, apontando para uma pilha de corpos carbonizados, no canto da área.

– Encantador...

– E não é!? Você é um jovem bem forte hein! A maioria fugiria daqui o mais depressa possível.

– Já vi coisa pior na TV.

– Com certeza... Mas me diga, você quer seus pais de volta?

– Claro né!

– Mas você não tratava sua mãe com arrogância? E seu pai? Nem ligava pro coitado!

– ...

– Mas eu sei como você se sente.


Ele estava conversando comigo, mas por interrupção, um homem chegou ao seu lado e lhe entregou um papel. Ambos mencionaram um tal de Killer... Talvez fosse alguém importante. O Velho olhou o papel com cuidado, e entregou para mim.


– Preencha com carinho...

– Preencher? Mas pra quê esses dados?

– Pra entregar pro Killer, ele que possui o segundo cargo mais respeitado por aqui. Eu possuo o primeiro.

– Hum... Com o quê eu vou preencher isso!?

– Com o sangue.

– !?

– Hehe, brincadeirinha, toma esse lápis - Disse Cobra, entregando o lápis para mim.

– Tá, vou preencher então, desde que isso traga minha família de volta...

– Com certeza.


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Nome: Thiago Ishida Nascimento: 17/09/74

Tipo sanguíneo: O+ Problema Cardíaco: Não

Pele: Caucasiano Olhos: Verdes Cabelo: Preto

Físico: Médio/Normal Altura: 1,76 Peso: 72 kilos

O que faz diariamente: Estudo, saio com meus amigos, etc.

O que gostaria de fazer diariamente: A mesma coisa

Sexo: Masculino Orientação Sexual: Heterossexual


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Tinha terminado de escrever. Mas pra quê servia aquilo? Independente disso, entreguei para o Cobra. O Velho pegou o óculos e começou a ler, mas apenas deu uma lida rápida e entregou para um de seus homens.


– Ishida, esse homem vai te levar até o Killer.

– Quem é Killer?

– Você vai ver quando chegar lá.

– Tá, mas quando vou ver meus pais?

– O tempo voa para aqueles que não se importam com o mesmo. Apenas fique calmo, faça o que o Killer mandar, que vai dar tudo certo.

– ... Você tem sorte de eu não estar puto suficiente pra te matar agora mesmo.

– Puto você está! Só te falta coragem! Hahahaha... Vá até Killer, é uma ordem. Mas antes disso, esse homem vai te deixar num lugar parecido com uma floresta. Lá, você vai ter que achar uma flor azul com uma carta. Com essa carta que você entra na casa do Killer.

– Precisa dessa viadagem toda?

– Se você soubesse para o que é, acharia altamente necessário.

– ...


Depois de falar com Cobra, o homem, vestido de branco, me acompanhou até a suposta localização de Killer.

Foi naquele momento que lembrei dos carros brancos, e a van liderando-os. Havia muita coincidência entre as cores... Entre as situações... Só podia ser isso! E a Gih? Será que ela está bem?

Segundo ele, estávamos na metade do caminho... Foi quando um grupo armado invadiu a área. Nós começamos a correr, até o local de destino. Poucos segundos depois, estávamos fora de perigo.


– Ah... O que foi aquilo!?

– Calma, aquilo foi o Comando Vermelho.

– Comando Vermelho? Que merda é essa?

– Basicamente, lutamos por nossos ideais aqui dentro dessa favela. O Comando Vermelho, eles, querem apenas possuir dinheiro, contratar prostitutas e viverem numa vida boa. E nós, do Comando Azul, queremos que todos vivam bem, sem perder suas respectivas honras e conquistas, e que decidam o que querem ser da vida. A favela é dividida em dois por esses dois Comandos. E há o comando paralelo também, que é o Comando Amarelo, que serve como proteção para toda a favela, e não está em luta com nenhum comando.

– Ah mas, pra quê essa briguinha toda!? Nem é necessário!

– É, mas veja nossa história da humanidade, Snarkii... O mundo só consegue viver em paz, depois de conflitos. Essa é a parte podre da humanidade, e assim vai ser pra sempre.

– Se você pensar desse jeito, é bem provável que seja pra sempre mesmo.

– Acorde do seu sonho e viva a realidade, que é essa.

– ...

– Pronto, chegamos aqui. Agora vou voltar para a proteção de Cobra, e pessoalmente, te desejo boa sorte.


O Homem havia dito aquelas palavras, e me deixou. Vi que realmente parecia uma floresta, estava escura, com muitas árvores tampando a passagem do Sol. Não estava tão escuro como em noite, mas não estava tão claro como de dia e de tarde.

Meu relógio mostrava que eram 11:20 a.m. Comecei a procurar pelas flores azuis... Andei, passei por muitas árvores e por muitas plantas que eu nunca havia visto na minha vida. Encontrei algumas flores azuis, mas não possuíam nenhuma carta, então continuei a andar.

Passei por uma casa, que parecia uma cabana sofisticada. A casa era feita de madeira, havia duas janelas, uma porta... Bem simples por fora.

Talvez aquela fosse a moradia de Killer. Decidi então pegar alguns galhos e formar uma trilha. Eu iria buscar as rosas, e se eu achasse, voltaria pelos mesmos galhos que coloquei, e assim foi. Andei bastante, já eram 11:45 a.m, mas finalmente tinha achado as rosas e a carta.

Peguei ambas e carreguei comigo até a casa de Killer, seguindo os galhos que serviram como trilha. Parte desses galhos sumiram, então demorou mais tempo para chegar até a casa.

Eram 11:55 a.m quando finalmente cheguei até Killer. Me posicionei na frente da casa, e bati na porta para que Killer atendesse.

A porta se abriu, e um homem saiu da casa, mirando uma arma na minha cabeça.


– O que você quer aqui?

– V-vim falar c-com o Killer.

– Eu mesmo. Quem é você?

– I-Ishida.

– Snarkii?

– ...

– Mil perdões! Venha, vamos entrando!


Killer tinha uma aparência sofisticada, comparada aos dos outros homens de Cobra. Killer usava terno e gravata pretos. Tinha olhos azuis e era loiro, e possuía uma cicatriz perto do olho, passando a sombrancelha direita dele.

Entrei na casa de Killer, e por dentro era muito bonita e confortável. Ele indicou um sofá onde eu poderia sentar, e assim ocorreu. Killer perguntou pra mim, enquanto tomávamos café:


– Você está com fome?

– Bastante...

– E sua família, sente falta dela?

– Claro né! É por minha família que eu estou aqui!

– Você vai achar eles... Mas antes, preciso de um favor seu.

– Qual?


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo em breve. Espero que tenham gostado!