Running Away escrita por Sunset


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiê, então... A Bia e os sets de roupas foram feitos por mim o resto todo pertence a Titia Steph.



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Meu pai entrou no meu quarto em um rompante, o “não bater na porta” era motivo de brigas entre nós. Se bem que não precisávamos de motivos para brigar. Eu raramente via meu pai, fui criada pelos empregados da casa e nunca quis ninguém no lugar deles, cada um tinha um papel especial e um espaço exclusivo em meu coração.

Ele me pegou pelo braço e me arrastou porta a fora, eu estava de pijama, me preparando para dormir . Me debati, gritei até minha garganta doer , esperneei, mas nada o fez parar. Ele me jogou sobre o ombro e me levou para a noite fria de Forks, Washington. Estava praticamente nevando e eu vestia apenas uma calça de moletom, uma babylook e meias.

Em frente a nossa casa estava um carro de vidros escuros, dele saíram dois homens enormes. Eu não entendi o que se passava, mas continuei tentando me soltar. Eu queria voltar para dentro de casa, para o quente. Fui passada para um dos homens que me apertou mais que o necessário na transferência para seu ombro. Entrei em desespero.

Esses homens me colocaram no carro com sorrisos maliciosos que me deixaram enjoada. Entraram nos bancos da frente e o carro partiu. Eu perguntava, gritava, mas estava em um monologo. Nenhum deles se deu ao trabalho de virar ou me mandar calar a boca.

Estávamos praticamente saindo da cidade, quando eles diminuíram para fazer a curva, foi a minha deixa. Aproveitei que a porta não estava travada e me joguei do carro. Arranhei todo o meu braço, mas não tinha tempo para verificar o que mais havia se estragado. Corri em direção às árvores. 

Conseguia ouvir os passos dos dois brutamontes atrás de mim, mas estavam muito distantes, se é que minha audição não estava me enganando.  Eu sentia o vento gelado rasgando meu rosto e braços,  a adrenalina pulsava em minhas veias, mas nada disso me ajudava. Meus pés já cansados davam sinal de que não iriam agüentar muito mais.

Em meio à mata começou a se formar um clarão, e nele havia uma casa, uma enorme casa. Dela saiam três pessoas. Um homem enorme que segurava outro, com cabelo cacheado, em um abraço de aço e uma mulher loira. Forcei mais minhas pernas, rezando para que pelo menos agüentassem chegar até a mulher loira. No processo o homem de cabelos cacheados conseguiu se soltar do abraço e me lançou um olhar descrente, como se me questionasse. Eu devia estar realmente terrível, pela cara que ele fez. Depois disso ele correu na direção oposta a mim.

Percebi que minhas pernas não iriam me sustentar por muito tempo e me joguei nos braços da mulher e como que por reflexo, ela me abraçou, me puxando para si. O homem enorme se pôs em uma postura protetora em frente a nós duas, provavelmente prevendo que eu devia estar fugindo de algo.

Então eles irromperam das sombras. Eu estremeci e apertei a mulher como num pedido silencioso de socorro, ela de imediato me aperto mais, de uma forma quase maternal. Ouvi meu nome sendo chamado, mas me recusei a olhar na direção dos brutamontes. Percebi pela visão periférica que o homem que antes se fez de escudo para nós, agora caminhava na direção dos meus carrascos.

Me senti sendo puxada para dentro da casa, meu corpo já não respondia tão bem às minhas ordens, não sabia quanto tempo eu ainda aguentaria.  Dentro da casa, tudo estava decorado com pequenas velas cor de rosa.  O ambiente era claro e muito amplo, lindamente decorado. Ouvia os zumbidos de vozes em algum lugar perto de nós, mas não sabia do que se tratava.

De repente, ao nosso lado estava outra mulher com traços de fada, ela assim que me viu voltou-se para trás e chamou por “Carlisle”. Segundo depois um belo homem loiro apareceu. Assim que ele me viu andou que elas me levassem para um dos quartos. Uma outra garota morena, com o braço enfaixado apareceu, ela estava sendo abraçada por um homem de cabelo acobreado que me olhou de forma curiosa, como se estivesse tentando me ler.

Quando percebi estava sendo deitada em uma cama enorme, bem parecida com a minha, que agora parecia tão distante. Só então senti a dor. Quase tudo doía, meus pés, minhas pernas, meus braços, meu rosto. Tentei sentar, mas fui impedida de forma delicada pela fadinha. 

-Hey, fique quietinha aí. Descanse, Carlisle já vem cuidar de você.- Disse ela.

Busquei fôlego e força não sei de onde e falei.

-Não os deixe me pegar.- mesmo pra mim, isso foi apenas um sussurro, não podia saber se ela havia ouvido.

- shh, ninguém vai levá-la daqui. Você está segura. Agora descanse, vou sair pra você dormir um pouco. – A ideia de ficar sozinha no quarto não foi agradável, mas bem quando eu ia reclamar a mulher loira chegou.

- Alice, pode ir, eu vou ficar aqui com ela. – Disse. Alice era o nome da fadinha, bom... Ao menos uma eu já sei.

Alice veio até mim e beijou minha testa. A loira sentou-se em uma poltrona perto da cabeceira da cama.

Acabei pegando no sono. Acordei com algo extremamente gelado tocando meu braço. Não chegava a arder, mas latejava um pouco. Ao abrir os olhos vi que a mulher loira, meu anjo da guarda, estava ali ao meu lado, mexendo no meu cabelo, enquanto um homem que lembrei ser Carlisle cuidava de meu braço que já estava devidamente enfaixado.

- Oi Bianca, não é?!- Perguntou ela.

- Sim.- respondi quando achei a minha voz.

-Eu sou a Roselie, mas me chame de Rose.

-Brigada, por me salvar.

- Agora você está segura.- Disse ela e depois piscou. A forma como ela falou isso transmitindo segurança.

- Bianca, eu sou Carlisle. Seu braço ainda dói?- Quando ele falou dor, percebi o olhar preocupado que Rose lançou em minha direção

- Só lateja um pouco.

-Algo mais dói?

-Meus pés. Na verdade minhas pernas latejam, mas acho que é pela corrida.

- Desde onde você correu? – Ele me olhou intrigado, começando a trabalhar em meus pés.

- Desde a estrada. – Falei. Mas ao perceber o olhar de espanto que ele e Rose trocaram perguntei- Isso é muito longe?

-Isso é bem longe!

Carlisle começou a mexer nos meus pés e só quando ele pediu que Rose sentasse perto para que eu pudesse apertá-la foi que lembrei que corri esse “bem longe” de pés descalços, ou melhor, de meias. Depois de retirar o que sobrou das meias, começou a retirar os espinhos, pedrinhas e folhinhas que se grudavam na sola ralada de meus pés. Doeu e muito, Rose ficou ao meu lado, segurando minha mão e fazendo movimentos circulares em meu braço bom, numa tentativa não muito eficaz de me distrair.

Depois de acabada a sessão tortura, Carlisle me fez tomar um remédio, segundo ele para que  nada infeccionasse e também para parar a dor.   Rose me embalava com se eu fosse um bebê, e era exatamente como eu me sentia.Não percebi quando, mas apaguei.


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Notas finais do capítulo

Então, resolvi postar mais um capítulo, o que acharam? Estão gostando? Quero saber, hein!? SHUSH Beijos e até amanhã ;)



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