Depois de um dia “estranho” voltei para o hotel e me encontrei com Alice e Samantha, as duas ainda tinham pique para dar um mergulho de piscina, porém eu estava cansada. Eu me deitei na cama e fui desarrumar minha mala, coloquei as roupas dentro de algumas gavetas. Tomei um banho e coloquei uma roupa confortável. Me deitei na cama, e peguei meu diário. Olhei ele desde a primeira folha escrita, e realmente eu era muito apaixonada pelo garoto Beck. Eu ria do que lia para mim mesma. Passei mais algumas paginas e li a primeira folha onde falava sobre o Justin, fiquei impressionada com o que eu podia escrever. Passando algumas paginas, vi uma foto minha e de Justin cobertos por sorvete, e na outra folha descobri qual era o motivo da lambança, lendo também que dormi com ele naquele dia. Onde descobri que o amava. Eu ria de mim mesma ainda. A faxineira que passar pensará que sou louca Pensei. Li a parte de quando cheguei na Inglaterra, e por fim encontrei o meu Homem. Príncipe. Amor da minha vida. E agora, meu noivo. Havia varias fotos minhas com Kyle, e de todas me recordo todos os momentos. Peguei essas fotos e as coloquei dentro da bolsa, incluindo a de Justin e de Beck. Por um momento parei e pensei... Será que ainda estão na cidade? Enquanto não faço nada nessa despedida de solteira e não vejo meu irmão, eu poderia tentar... Encontra-los. Mas não sei nada sobre o Beck, ele havia saído do Kentucky há muito tempo, acho que Justin ainda deve morar por aqui. Pelo menos acho.

Determinada nesse pensamento peguei uma bolsa maior e coloquei algumas roupas e coisas que seriam necessárias para usar. Escrevi um bilhete para Alice e Samantha, avisando que voltaria em um dia. Saí do quarto e fui em direção para a frente do hotel, esperando o carro ser trago, o manobrista não demorando, foi cavalheiro e abriu a porta do carro para mim, entrei, fechei a porta e dei a partida.

Fui a um hotel perto de onde ainda sabia que poderia ser a casa de Justin, e fiz minha inscrição na recepção, guardei minhas coisas no quarto, que por sinal era bem luxuoso, troquei de roupa e já estava pronta para sair de novo, mas ao abri a porta meu celular tocou. Olhei para a tela do celular, Amor, pensei e dei um sorriso bobo no ar.

- Olá Kyle – Eu disse com sotaque e um sorriso irradiante.

- Amor, já estou com saudades, sabia? – Kyle falou com sua voz grave e excitante pelo outro lado do telefone.

- Será apenas uma semana e meia e logo estarei em casa, ou melhor, na frente da igreja pronta para te ver ­– Sorri.

- Eu imaginei, e te vi linda no vestido branco, com um buque de rosas e seu sorriso com as covinhas a mostra. – Kyle soou suavemente, me fazendo ficar boba do outro lado da linha – Alias, Alice ligou dizendo que você saiu do hotel... Por que?

- Ahh, só vou reencontrar algumas pessoas deixadas pelo passado – Eu dei uma risadinha para descontrair, esse ai é ciumento.

- Que pessoas? – Ele parou – Não esta dizendo isso só para não me preocupar e esta indo para uma boate de Stripers, não é?

- Deixa de ser bobo, é um velho amigo, e Mike esta comigo, amor – Eu tive que mentir.

- Tudo bem então, manda um “alô” para o seu irmão. Amor, tenho que desligar, terei reunião agora, quando você chegar no hotel de novo, me liga! – Kyle pediu e ouvi um beijo estalado no telefone.

- Ligo sim, meu príncipe. Beijos, te amo. – Sorri.

- Amo mais, beijos gata. – E desligamos o celular.

Saí do quarto e fui buscar meu carro na frente do hotel, tirei a bolsa do ombro e entrei no carro. Coloquei os óculos escuros, dei a partida no carro e segui em direção da casa de Justin. O caminho não era tão difícil para mim, mas tinha medo do que iria ver, e se ele morreu? E se a mãe dele ainda estiver morando com ele e me expulsar? Bom, eu não saberia, se não tentasse.

Chegando perto da casa do “garoto”, percebi que haviam mais arvores e cobriam o lago que tinha ao lado, mas a vista era bonita. Aproximando-me cada vez mais, já podendo ver a casa que estava repletamente reformada, avistei alguém de longe, fui diminuindo a velocidade do carro e abaixei um pouco o meu óculos para reparar, já com o carro bem próximo a casa, parei e fiquei observando, e vi quem estava na frente da casa me olhava também, o homem se levantou e começou dando uns passos próximos do carro, eu desliguei o motor e com cuidado peguei minha bolsa e abri devagar a porta do carro, saí do carro e tentei reparar na pessoa. Talvez se fosse o Justin o reconheceria.

- É da imprensa? – Ele gritou. O que? Eu pensei. – Quem é você? – Ele gritou e se aproximou mais, e ao se aproximar eu quase gritei e quis me jogar no chão, mas ele também parou.

É O CANTOR, É AQUELE CARA QUE PIRA AS MENINAS... É O JUSTIN BIEBER, SE A ALICE ESTIVESSE AQUI ELA CORRERIA E COMERIA ELE VIVO.

­- Ronnie? – Ele disse meu nome e u já não sabia mais de nada.

Então liguei as evidencias Justin Drew? Justin Bieber? Justin... Drew... Bieber.  Será que tem um Junior também? Poderia ser filho.

- Não é possível – Justin me fitava, boquiaberto. Não, não era o filho, era apenas aquele garoto que eu era apaixonada.

- Justin – Eu sorri, mas o sorriso se desfez. Ele se aproximou de mim e me reparava como se eu não existisse, logo ele deu um grande sorriso e me abraçou, e eu retribui o sorriso.

- Ronnie, quanto tempo – Justin soltou-me e seus olhos estavam um pouco molhados – Eu pensei que jamais a veria novamente.

- Pensei o mesmo, mas... Aqui estou – Nós rimos bobos.

Ao rever ele, não sabia mais o que pensar, eu estava ainda perdida, é como se eu voltasse a ser uma adolescente, tudo aquilo voltou. Eu gostaria de saber o que Justin pensava, mas era difícil agora, alias crescemos, ele mudou, e pra melhor. Seus cabelos loiros estavam mais escuros, sua barba mal feita, o sorriso lindo continuava o mesmo, estava musculoso agora e famoso.

- Vem, vamos entrar, vamos conversar um pouco – Justin estendeu o braço e sorria.

- Claro, por que não? – Ri docemente. Tranquei a porta do carro e fui guiada por Justin, mas ainda estava boba porque Justin era o Justin, nossa, eu devo estar ficando maluca. Tudo voltou.

Justin abriu a porta da casa educadamente e entrei um pouco tímida. A casa era muito bonita por dentro assim como era bonita por fora.  Justin fechou a porta e se aproximou ao meu lado.

- Quer algo para beber? Café? Chá? Suco? Cerveja? Vinho? – Sorriu – Temos de tudo aqui.

- Café esta bom – Retribui com um sorriso tímido, mas também por estar ao lado de um astro teen. Eu não devia ser nada ao lado dele – Nossa, quem diria, que você... Drew se tornou o Justin Bieber – Eu ri.

- É até estranho você me chamar de Drew, faz tempo que ninguém me chama com o sobrenome do meio – ele riu de sua própria “piada” – Mas quem diria mesmo... – Justin me deu uma caneca quente de café , mas uma expressão mal entendida no seu rosto surgiu – Hey, você era a garota ignorante da lanchonete que encontrei hoje.

Eu cuspi um pouco de café – Ai desculpa – Disse sem garça pelo mal gesto – Era você? O estranho?

- Coincidência – Justin franziu os lábios – Por favor, não fique em pé, vamos para o jardim se sentar.

- Ah, claro – Eu estava atrapalhada ainda. Segui Justin novamente e quando abriu a porta, um belo jardim se deparava com o lago que corria atrás. Eu sorri ao ver tal beleza. – Nossa, que vista, que cena.

- Meu lugar favorito da casa, deve se lembrar desse lago quando... Estávamos juntos. – Justin se sentou no banco de madeira e eu o acompanhei.

- Me recordo sim, a beleza continua a mesma – Bebi mais um gole do café morno – O que tem feito todos esses anos... – Eu ri – Quero dizer, sem contar a musica.

- Ah, você sabe, sempre foi a música, mas eu me coloquei mais nessa área para ver se eu a encontrava.

- E não me achou? – Eu brinquei.

Justin riu da piada que alias nem tinha tana graça – Parece que finalmente acabou a minha busca – Ele sorriu – E você?

- Eu?

- Sim, o que tem feito esses anos

- Estudei  e me formei a alguns anos em arquitetura. Venho ajudando a carreira do meu pai, e agora Kyle – Um sorriso enorme veio ao meu rosto a falar sobre Kyle.

- Desculpe, não conheço Kyle, mas arquitetura é uma ótima área – Justin estava sendo gentil, com certeza.

- Sim, é uma ótima área. E, ah sim, Kyle é meu – suspirei – Noivo.

Justin deu um sorriso e balançou a cabeça como se tivesse entendido, mas havia algo estranho.

- E quando será o casamento? – Ele voltou a me olhar.

- Daqui duas semanas – Sorri e fitamos o paraíso por um momento em silencio – É incrível como tudo isso está acontecendo.

- O que? – Justin sorriu, e o olhei, reparando o sol batendo em seu rosto mostrando o brilho dos seus olhos... Uau – O que? Não vai me contar?

Eu acordei dos pensamentos – Você é cantor, eu estou noiva, tudo passou tão rápido poxa, e aqui estamos depois de vários anos sem se falar.

- Na verdade eu sempre te escrevia, mas você nunca me respondeu – Justin disse, mas eu estava confusa, PIS nunca recebi nenhuma carta, e sempre conferia.

- Eu não te respondia, porque... – Justin me interrompeu.

- Era a sua intenção que eu sofresse mais um pouco? Ou bem mais? A minha passagem de adolescente para adulto foi a pior parte da minha vida, eu sempre buscava um jeito de te ter de volta, mas você parecia não querer o mesmo, Ronnie. É isso? – Justin se virou para mim, mas agora com uma expressão séria, e mostrando toda sua dor durante os anos que não nos víamos. Mas eu não tinha culpa, eu queria o mesmo que ele, eu só não podia fazer nada. E eu que sou a ignorante?

- Olha aqui, nunca foi a minha intenção que você sofresse, mas eu não poderia me lamentar para sempre. E nunca o respondi, pois não recebi NENHUMA de suas cartas. Talvez tenha sido um erro ter vindo a te encontrar, parece que a fama te subiu a cabeça. – Eu me levantei já irritada, e Justin segurou meu braço.

- Não vá – Ele me segurava forte – Parece que... Sei lá. Eu voltei no tempo, e fiquei revoltado com isso  - Ele desviou o olhar, e percebi que realmente estava arrependido, Justin soltou meu braço, como se fosse para mim partir – Eu soltei seu braço, mas realmente não quero te perder de novo.

Ele ainda sente algo por mim? Depois dessa, parecia mais uma indireta, talvez um pouco reta demais.

Eu me sentei de volta – Eu não sabia que sofreu tanto, e para mim não foi fácil também. Por isso estou com Kyle, ele me ajudou muito com você – Eu sorri e deixei a caneca de café na mesinha ao lado – É bom tê-lo de volta – E o abracei.

***

Justin e eu ríamos contando as boas novas, enquanto andávamos sobre a beirada do lago, o por do sol era lindo e os grilos já começavam a cantar.  Obviamente o convidei para o casamento, e claro que ele aceitou a participar do casamento. Depois de anos eu teria que chama-lo não?

- Que tal uma volta de canoa? – Justin sugeriu.

- Melhor não. Eu tenho que voltar para o hotel, hoje foi um grande dia.

- Poderia voltar amanhã, tomarmos café da manhã juntos. Terminar de contar as noticias, aliás quero saber de tudo o que fez estes anos, você só me contou de 5 anos? Faltam mais 5 – Nós rimos,

- Eu ficaria lisonjeada – Eu sorri e tirei o cabelo do rosto.

- Posso te acompanhar até o hotel? –Justin se ofereceu.

- Não é necessário, estou de carro e nem é tão longe – Fui modesta. Eu gostaria que ele fosse.

- Irei te acompanhar até a frente então, é o mínimo que poderia fazer. – Justin sorri e fomos voltando devagar para frente da casa. Fazendo alguns comentários sobre o assunto. Paramos na frente do carro, mas a hora corria e eu acabava nem percebendo. Ao olhar ao relógio percebi que já haviam se passado mais de 1 hora por causa de pequenos comentários, como tínhamos coisas para falar!

- Justin, esta ficando tarde, eu realmente preciso ir.

- Tem razão, foi bom ter conversado com você – Ele sorriu e eu abri o carro, já entrando.

- Obrigada por hoje, me diverti.

- O mesmo, até amanhã Ronnie. – Justin me deu um beijo estalado no rosto e se afastou do carro quando eu liguei o motor.

Não demorando muito estava no hotel. Coloquei minha bolsa na poltrona e me joguei na cama. O que houve? Perguntei a mim mesma. Não sei.