La Chatte...

Levantou-se da cama devagar, era primordial que não fizesse barulho algum, senão todo seu trabalho iria pelo ralo. Com cuidado retirou o paletó dele que repousava sobre o divã, procurou entre os bolsos, enfim o achou, o passe. Por sorte ele era do baixo escalão, logo o cartão magnético não era nominal. Com cuidado agachou-se e pegou o longo vestido vermelho, foi até o banheiro, olhou-se no espelho. Sua face corada denunciava que acabara de ter uma intensa noite de sexo, e os cabelos estavam mais do que bagunçados, com os dedos os ajeitou novamente em um coque. Quando saiu do banheiro estava um pouco mais apresentável, e ele ainda dormia como um bebê. Não podia reclamar A.J havia proporcionado uma bela noite a ela. Pegou sua bolsa que descansava no aparador e com cuidado abriu a porta. Ele remexeu-se entre os lençóis, mas não acordou. Ótimo. Os corredores estavam vazios, algo não muito raro, os clientes do Hilton prezavam a discrição. Pegou o elevador e foi rapidamente em direção a entrada. Deveria esperá-la ali, mas como sempre estava atrasada.

La Colombien

Em vão tentava acalmar-se. Mas sabia que ele lhe perseguia. Seria cômico se não fosse trágico. Por que de todos os lugares do mundo, ele estava ali? Veneza, Seoul, Paris. Não podia suportá-lo. Era incomodo e lhe causava dor. Com cuidado ajeitou sua gravata borboleta e a bandeja em sua mão. Estava tão próxima ao banheiro, talvez devesse se esconder ali. Com cuidado abriu a porta e a trancou. Logo observou a fechadura ser forçada, não demoraria a abri-la.

_Abra esta porta, Louise. – sua voz era imperativa.

_O banheiro está ocupado senhor, o banheiro masculino encontra-se ao lado. – lhe respondeu indiferente.

Contudo a resposta que obteve foi sua lasciva gargalhada, ele logo abriria a porta, precisava falar com ela.

Le réunion

Ela estava demorando. Não era difícil caminhar rapidamente com aqueles saltos agulha, a fenda do longo vestido vermelho tinha sido um trunfo. Jogou os negros cabelos enquanto passava por um grande grupo de magnatas, não era charme. Só queria esconder seu rosto, porém aqueles olhos encararam os seus. Lembrou-se que ele sempre a chamava de chatte, ele adorava seus olhos verdes. Grande patife. Kiseop era um grande enganador. Mesmo agora quando a encarava e sentia seu corpo arder em desejo, não se entregaria, estava em uma missão. Ele aproximava-se mais e mais, um membro desgarrado do grupo, e ela tentava fugir, afinal por que estava demorando tanto? Seu celular vibrou dentro da pequena bolsa, escondeu-se atrás de um vaso de belas plantas e o atendeu.
_Onde você está? – estava seriamente brava.

_Fui encurralada pelo SiWon, estou no banheiro, mas ele está arrombando a porta. – a outra respondia lamentando-se.

_Eu acabei de ver Kiseop. Você sabe o que isso significa? – perguntou temerosa.

_The Clover está aqui... – a outra suspirava pesadamente.

_Louise, não sei se você está preparada... – dizia quando foi interrompida pela outra.

_Nem pense nisso Bruna Dumais. Eu estou pronta. – respondeu a outra prontamente.

_Livre-se dele e me encontre na ala 5 do Cassino, entendido? – antes que a outra pudesse responder desligou o pequeno aparelho. Ouvia passos se aproximando, teria que se mover rapidamente se não quisesse cair na teia de armadilhas de Kiseop.