The Child Of The Lightning escrita por lullaby of the silence


Capítulo 2
Capítulo Dois - Um dragão estraga minha formatura.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorou, mais saiu, com mais de três mil palavras, então não me matem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179513/chapter/2

–Ai!

–Não teria queimado se você ficasse quieta!

–Eu estou quieta! – respondi nervosa. – Mas isso tá muito quente.

Não dava pra ver a expressão da minha mãe na hora, mas eu podia apostar que ela estava revirando os olhos. Mas, se você estivesse no meu lugar, também ia reclamar.

Eu nunca fui de ir para festas. Talvez fosse o excesso de maquiagem, os vestidos apertados e o salto alto. Mas, pensando bem, eu usava muita maquiagem e vestidos apertados no hallowen. Então o problema era definitivamente o salto.

Aproveitei a saída da minha mãe e dei uma olhada no espelho, admirando os cachos nas pontas dos meus cabelos e as marcas das queimaduras leves que minha mãe tinha deixado nas minhas costas com o babyliss. Eu disse que não tinha sido culpa minha, mas ela era orgulhosa demais para admitir que tivesse errado. Me virei para olhar a maquiagem. Tudo bem, eu tinha certeza que o estojo havia sido completamente esvaziado no meu rosto, mas a maquiagem parecia tão leve e natural que eu estava irreconhecivelmente bonita. Arriscaria até a admitir que eu estou linda.

–Certo, maquiagem, cabelo... Falta o vestido. – Falou a minha mãe, fazendo barulho com as sandálias que arrastava pelo chão e entrou no banheiro segurando um cabide que tinha uma sacola preta pendurada, como aquelas de lavanderia.

–Me deixa adivinhar, ele está aí dentro.

–Engraçadinha. Vamos, tire essa roupa para eu colocar o vestido.

Fiquei calada e obedeci. Eu não sou nenhuma expert da moda e a minha mãe muito menos, mas ela era mais experiente no assunto, e eu não ia me arriscar a uma humilhação pública no último dia antes do resto da minha vida. Levantei os braços e prendi a respiração enquanto o vestido passava pelo meu pescoço e se ajeitava ao meu corpo. Não era tão ruim. Era um azul escuro lindo de um tom que eu não sabia identificar, mas minha mãe saberia dizê-lo junto com as suas variações em ordem alfabética. Antes que eu tivesse sequer a chance de sorrir, a minha mãe chegou com um salto alto de quinze centímetros. Soltei um muxoxo de tristeza.

–Sério mesmo? Eles são enormes!

–Tem que ser, o vestido é longo demais para usar um salto mais baixo. Agora para de choramingar a calce isso logo, a sua formatura será em duas horas!

Calcei aqueles instrumentos de tortura medieval e comecei a sentir medo de altura aqui em cima, o que é ridículo, mas sensato para alguém na minha situação. Engoli em seco e fui a passos lentos até a sala. Comecei a me desequilibrar na metade do caminho e abri os braços para aumentar o equilíbrio, o que só me fez parecer uma pata tonta que queria sair voando dali. Eu tropeçava, arranhava o salto contra a madeira e mal havia chegado à metade da sala. Abaixei os braços e tentei andar civilizadamente até a outra metade. Comecei bem: passos não muito largos nem muito curtos, queixo erguido, cara de tédio. Foi aí que a coisa toda deu errado. Eu não sei no que eu tropecei, no vestido, nos meus pés ou no próprio ar, mas sei que eu colidi com a parede, com toda certeza.

–Ai!

Essa vai ser uma longa noite.


Ω

–Minha nossa. Alexandra Torrez de vestido. Eu achei que não iria viver tempo suficiente pra ver essa cena. – Erick zombou quando me viu.

–Erick Jasper de beca e se formando. Achei que só os meus netos já muito xingados pela Jéssica veriam essa cena. – devolvi com um sorriso nos meus lábios lambuzados de batom.

–Vocês dois não conseguem parar de discutir por uma noite? – Sarah interviu. Os cabelos dela estavam presos em um coque elaborado e o olhar era feroz para o irmão. Depois a expressão se suavizou e ela olhou para mim – Enfim. Alex, onde está a sua beca?

–Com a minha mãe, ela só foi falar com um colega. – respondi, olhando em volta. – Nem sabia que ela conhecia alguém aqui.

–Ah, bom. Vai ficar para a festa depois da cerimônia?

–Eu não queria, mas ela meio que me ameaçou. – eu ri quando ela revirou os olhos. – E você?

–Vou, mas por opção. Nunca participamos de nenhum evento aqui, eu estou curiosa pra ver como é, mas estou desacompanhada. Bem, estava até o Erick me convidar!

–Ah, eu só quis ser um bom irmão. – ele se exibiu. – Além do mais, ninguém quis vir comigo mesmo.

–Talvez se você fosse menos exigente... – Sarah comentou.

–Não sou exigente. Só não quero alguém do sexo oposto, tudo bem?

Eu ri junto com Sarah e afaguei o braço dele.

–Tá tudo bem, Erick. A gente acha alguém pra você.

–Estou esperando por isso, querida. – ele soltou um suspiro esperançoso e pôs as mãos no peito em um gesto dramático. Seus olhos cor de mel tinham lágrimas falsas enchendo-os. Eu ri.

Por Deus, nós não temos nada em comum e ainda somos melhores amigos. Nós nos conhecemos no primeiro ano aqui, numa visita do dia dos pais. Haviam atividades sendo realizadas e rostos felizes para todos os lados, excerto pelos nossos, já que nós éramos as únicas pessoas em todo o reformatório que não conheciam seus pais, por simples desinteresse deles de fazerem parte de nossas vidas pacatas e sem graças. Éramos nós três apoiados em uma parede conversando sobre como não precisávamos deles e como nossas vidas iam bem sem eles – nossa, parecíamos nossas mães falando! – e coisas do tipo. Somos amigos desde então: unidos pelo destino.

–Alex! – ouvi minha mãe chamando. Quando eu me virei ela estava vindo na minha direção com a beca em uma das mãos e o capelo em outra. –Desculpe pela demora e... Ah, oi crianças. – ela sorriu sem graça, cumprimentando Sarah e Erick.

–Sra. Torrez. – eles responderam em uníssono.

–Susan. Já falei: ou é Susan ou senhorita. Senhora me faz parecer uma velha e eu só tenho trinta e seis.

–Certo mãe, sem drama. – peguei a beca e comecei a vesti-la enquanto ela ajeitava o meu capelo, com um aviso soturno de que eu não estragasse os cachos que ela demorou duas horas para fazer. Observei que as suas mãos também tinham manchas vermelhas de queimaduras recentes. – Eu disse que aquilo estava quente. – falei, olhando para as suas mãos.

–Não importa, dói ficar bonita. A cerimônia já vai começar, então durante a festa eu vou ao seu quarto pegar as suas coisas, está bem?

–Ok. A porta está aberta! – gritei enquanto ela saia andando para o seu lugar.

–Não posso nem acreditar que isso está acontecendo. – murmurou Sarah, maravilhada. - Tiramos as piores notas de todo o ano letivo e ainda vamos passar? O diretor quer tanto assim se livrar de nós?

–Pode apostar nisso, colega. – respondi.

–Com licença. – o professor de química veio até nós, sorrindo. – Está quase na hora, vamos nos sentar?

–Claro. – eu segurei a mão de Erick e já íamos nos sentar em uma fileira próxima quando o professor nos interrompeu.

–Desculpe crianças, em ordem alfabética, temos lugares marcados.

–Ah, o dia mais estressante da minha vida e não vou ter uma mão para agarrar. – dramatizei.

–Ok Alex, acho que vemos você no baile. – ele olhou para mim e fez um beicinho. Depois abriu os braços e gritou: – Abraço em grupo! – ele passou os braços em volta de mim e Sarah e nos puxou para um abraço coletivo antes que pudéssemos pensar em retribuir, mas no minuto seguinte estávamos nos abraçando e rindo, todos os três. Depois o professor nos guiou para nossas cadeiras.

Eu tinha uma aversão enorme em ficar próxima ao diretor porque, assim como a filha dele, ele é uma pessoa insuportável. O diretor Dimitri Delay não era um homem novo, provavelmente era mais velho do que a minha mãe, mas ainda sim esbanjava a beleza dos seus anos dourados. Ele e Jéssica eram os projetos perfeitos da Barbie e do Ken – se estes fossem pai e filha.

Então dá pra imaginar o quão agradável foi sentar na frente do diretor e vê-lo discursar durante duas horas sobre as baboseiras de sempre: que esse era o começo de nossas vidas e de preferência ele adoraria que elas não fossem passadas em uma penitenciária de segurança máxima, etecétera. Somente as mesmas coisas que são faladas em palestras motivacionais para delinquentes juvenis. Eu passei o tempo todo sacudindo os pés, estralando os dedos ou fazendo qualquer coisa que a minha hiperatividade pensasse em realizar. Era difícil se concentrar no diretor ou em seu discurso maçante quando as letras no cartaz atrás deles – que deviam ser algo como “Formandos de 2010” ou o nome do reformatório, não sei dizer com certeza – ficavam brincando de “pula carniça”.

Voltei a prestar atenção quando percebi que todos aplaudiam ao fim do último discurso, o de nossa representante de turma. Aplaudi também, por falta do que fazer, e respirei fundo enquanto ele começou a chamada dos nomes. Não conheci as primeiras pessoas que ele chamou, deviam ser de turmas diferentes. Só reconheci o garoto corpulento que estava duas cadeiras à minha esquerda, o seu nome era Albert e ele estudava em minha turma. Por que ele estava ali mesmo? Parece que tinha dado um tiro numa moça ou coisa assim...

–Torrez, Alexandra! – falou o diretor com seu tom de falsa emoção. Levantei da cadeira com a expressão neutra, mas as minhas mãos estão frias e tremendo e a única coisa que eu tenho em mente não é a platéia aplaudindo, não é o “UHUL!” que eu escuto alguém –provavelmente Erick – gritar, as risadas que vieram em seguida ou nada desse tipo. O pensamento “Não caia do salto, sua tonta!” era tudo em que eu me concentrava.

O diretor sorriu para mim, mas o sorriso não escondia a frieza de seus olhos. Sorri com a mesma intensidade para ele e segurei o meu diploma, enquanto me virava para a foto. Dessa vez, sorri de verdade, mas olhando para minha mãe que estava enxugando as lágrimas. Então tudo pareceu valer à pena: as queimaduras, o vestido apertado, o excesso de maquiagem e até aturar Jéssica Delay durante três longos anos.

A minha mãe estava feliz, então eu também estava.


Ω

Tudo bem, eu não sou do tipo de pessoas que gosta de coisinhas bonitinhas e arrumadas, brilho e mobílias que custam o preço do aluguel da minha casa, mas... Uau.

A quadra de basquetes parecia um salão de festas daqueles que vemos em séries onde as noivas escandalosas gastam os olhos da cara para ter o casamento perfeito. Tinham cortinas de seda cobrindo o teto e outras dessas com glitter descendo até o chão nos cantos da quadra. Tinha um globo de espelhos enorme que girava espalhando pequenas esferas de luz pelo local e estrelas pendiam de fios no teto. Havia mesas espalhadas próximas às paredes para dar espaço aos adolescentes que queriam dançar. Garçons fardados serviam as mesas com salgadinhos, tinha uma mesa para seis tipos diferentes de ponches e encostado em uma das paredes tinha um palco profissional onde a banda contratada tocava música animada.

–Isso sim é uma festa! – Erick gritou acima da música, erguendo os braços de animação. Os olhos de Sarah brilhavam enquanto ela explorava o salão com eles e eu só fique lá parada, olhando tudo boquiaberta.

–Tudo bem, Jéssica pode não ser a melhor presidente do corpo estudantil, mas sabe com certeza como dar uma festa daquelas. – Sarah chagou perto de mim para falar. – Agora eu me arrependo de nunca ter ido a um baile dessa escola.

–Sarah, eles estão ali! – Erick agarrou o braço da irmã e apontou para uma mesa. Tinham dois garotos e uma garota lá, que acenavam para eles, chamando para que sentassem.

–Já vamos! – Sarah acenou de volta. – Hey, Alex, não quer sentar com a gente?

–Nem os conheço! – respondi, dando um passo para trás.

–Ah, até parece que você é tímida! – debochou Erick. – Vamos, nós apresentamos você, Ally.

Argh, como eu odeio esse apelido. Erick o inventou só para me constranger, tenho certeza, mas nunca reclamei. Os gêmeos me agarraram pelos braços e me arrastaram até lá tão depressa que achei que tinha quebrado o salto.

–Gente, essa é a Alex, nossa melhor amiga. – começou Sarah. Acenei timidamente com a cabeça, abrindo um pequeno sorriso.

–Oi.

–Alex, esses são Jared, Drake e Amy, conhecemos eles na banda da escola.

–Nós estaríamos tocando hoje – Amy comentou, batendo um par de baquetas na mesa. – Mas Jéssica contratou essa banda em algum lugar, daí nos dispensou.

–Amy, eles não tem culpa disso, quer parar de reclamar? – o garoto que Sarah apresentou como Jared a repreendeu. – Não querem sentar?

Agradecemos e sentamos. Enquanto conversávamos, eu parei para olhá-los um pouco melhor. Amy era baixinha, tinha as bochechas cobertas de sardas, e era ruiva, mas a superfície do seu cabelo foi pintada com um preto sem brilho e seu vestido parecia ser de alguém muito mais alto. Drake era pálido e tinha cabelos naturalmente escuros, com um olhar vago que encarava as líderes de torcida dançando no meio da pista, e Jared era o mais extrovertido e falante do grupo, definitivamente. Ele fazia perguntas, soltava piadinhas e comentava sobre o que falávamos, demonstrando-se verdadeiramente interessado no assunto. Acho que se Amy e Drake não estivessem ali, nem teríamos percebido, por que eles pareciam meio desconfortáveis e deslocados e não tentavam chamar atenção. Jared tentou colocá-los na conversa duas vezes, mas eles se esquivavam, tinham um encontro de olhares e viravam o rosto.

Acho que eu e Jared éramos os únicos que sentiram o clima pesado que pairava sobre o ambiente, por que Sarah e Erick continuavam conversando como se nada estivesse errado. Daí uma música começou a tocar e Sarah sorriu.

–Eu adoro essa música! – ela segurou o braço do irmão – Por favor, só essa música!

–Tem mais dois caras na mesa, por que justo eu? – Erick reclamou, sem sucesso. Sarah agarrou seu braço e arrastou o irmão para a pista de dança.

–Dançar parece uma ótima idéia, você não acha Amy? – sugeriu Jared. Ela corou e sacudiu a cabeça, nervosa. – Oh, está bem. – ele se virou para mim. –Quer dançar, Alex?

Pisquei atordoada. Uma formatura e um garoto me convidando para dançar, tudo no mesmo dia? Eu preciso me sentar. Oh, já estou sentada. Pois bem.

–Claro. – sorri, sem jeito. – Adoraria.

Ele sorriu em resposta e deu a volta na mesa para segurar minha mão, depois me conduziu para a pista. Ele olhava para os dois amigos que tinha deixado sozinhos na mesa.

–Tudo bem com eles? – perguntei.

–Hã? Ah, mais ou menos. – ele suspirou – Só estão sendo uns orgulhosos cabeças duras.

–Ah, claro. – baixei os olhos.

–Desculpe pela falta de atenção, é que eu não quero separar a nossa banda só por que eles não querem mais se olhar nos olhos.

–Uhum.

O clima desconfortável que estava na mesa agora recaiu sobre nós. Não queria me meter na vida amorosa de ninguém e essa conversa foi totalmente constrangedora. Jared pareceu notar meu desconforto por que logo foi começando uma conversa acalorada e soltando uma piadinha entre as frases. Com o tempo, eu comecei a rir das piadas e participar das conversas, até perceber que uma música lenta tinha começado a tocar.

–Por que nós não, hã, vamos nos sentar, hein? – falei, tentando a todo custo sair daquela situação.

–Por quê? – ele sorriu.

–Nada, só quero sentar um pouco.

–Algum problema?

–Problema? Não, imagina! Nenhum problema.

–Então acho que podemos dançar mais uma música.

–Hã, tá. Sem problemas.

Alguém lá em cima não vai com a minha cara. Respirei fundo e dancei com os olhos vidrados nos meus pés o tempo todo. Tudo bem, eu vou morrer de vergonha oficialmente em cinco, quatro, três...

–Posso interromper?

Quando eu me virei tive que conter a risada. Ele não estava incrivelmente ridículo... Estava pior. Bem parado atrás de mim, com um terno de gravata borboleta, barba por fazer e um boné de baseball dos Yankees¹ estava o treinador Willians.

–Hã...

–Tá tudo bem, Jared. – eu sorri para o treinador. –É um amigo meu.

–Ah. Bom, se você quiser ficar a sós, posso ir buscar alguma coisa pra você beber. – ele sugeriu, alternado os olhares entre mim e o homem mais velho.

–Eu adoraria.

–O que vai querer?

–Surpreenda-me.

Eu e Willians o observamos sair andando, tentando entender como perdeu a sua garota para um cara velho e de barba, talvez. Me virei para ele.

–O que está fazendo aqui?! – perguntei para Willians. Ele ajeitou o chapéu e olhou para mim.

–Ah, só queria ver com meus próprios olhos você tropeçar no salto e derrubar o diretor. É, parece que perdi a minha noite.

Tá, eu tive que rir. Ele é o único cara do mundo que consegue tirar onda com a minha cara sem levar uma boa surra depois disso.

–E a aposta com o professor de matemática? – comentei enquanto andamos para uma parede, desviando dos casais e das líderes de torcida que dançavam em seus vestidos mínimos.

–Está vendo aqueles dois mortos? – ele apontou para Sarah e Erick dançando. Eles estavam rindo.

–Parecem bem vivos pra mim.

–Pois é, perdi a aposta. E quem é o garoto?

–Jared. É um amigo dos gêmeos, me apresentaram há uma ou duas horas atrás, é um cara bem simpático.

–“Um cara bem simpático”. – debochou Willians enquanto se encostava na parede. – Você se ouviu falando? Está caidinha, Torrez.

–Acabei de conhecê-lo, me dê uma folga, velhote.

–Há, velhote. Não ouvia essa há algum tempo. E aí, como está a—

Do nada, pareciam que tinham soltado uma bomba do outro lado do ginásio. Seja lá o que causou uma abertura enorme na parede oposta, também causou uma onda de choque que fez as minhas pernas tremerem, então acabai caindo no chão. Me virei para ver o que era e a única coisa que consegui distinguir foi a poeira. Passos pesados adentravam no ginásio. Não uma, mas três cabeças de um lagarto horrendo surgiram no meio da poeira. Elas não olharam para as pessoas correndo ou para a maravilhosa – e cara – decoração que haviam destruído.

Elas olharam para mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews?? :)