Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 6
Momentos


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo!
Bom, tinha que postar por que tenho a maioria dos capitulos já prontos (isso é até o cap: 14), e é mto chato ficar esperando nee?
Boa leitura!



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A semana passou mais rápido que Kaya queria. Mikaru não foi a escola nos últimos dias, já que a alergia sarou só na sexta. Miyavi acompanhou Kaya todos os dias, o que fortaleceu ainda mais ainda a amizade deles.

– Então hoje que vão para a casa do pai de vocês? – perguntou Miyavi parando, já haviam chegado na casa de Kaya.

– É,eu tenho que me arrumar... – Kaya fez uma careta. – E vou com meu melhor vestido. – riu.

– Seu pai não sabe que você é Gay?

– Não sei, mas quero que ele fique bem chocado.

– Kaya, você é hilário.. . Eu vou indo, pra você se arrumar.... – disse ele dando um beijo no rosto do outro.

– Tchau, Myv... – disse dando um beijo no rosto dele também.

Kaya entrou em casa e viu sua mãe rindo com Mikaru, que estava vestido com uma calça jeans rasgada, uma camisa de rock e uma jaqueta de couro, seu estilo habitual.

– Mãe, Mikaru, o que foi?

– Do jeito que seu irmão está vestido, seu pai vai achar que não compro roupas pra ele. – riu

Kaya deu sua risada super feminina. E subiu as escadas.

– Você vai vestido de lolita? – perguntou Mikaru.

– Vou. Quero só ver o que ele vai falar...

[...]


Kaya desceu com seu visual mais deslumbrante, com um vestido listrado cheio de babados e detalhes em prata, um lindo chapeuzinho, meia-fina e uma bota com o salto médio. A maquiagem impecável como sempre.

– Está perfeito, filho – sorriu Ayumi, que já estava saindo para trabalhar. – Tchau, meninos.

– Tchau mãe...

– Obrigado mãe... Hey, Mikaru...deixa eu passar lápis nos seus olhos.

– Só não tente arrancá-los com o lápis. – riu o menino.

– Tá bom. – Kaya abriu a mochila que trouxe do seu quarto. – Deixa eu pegar aqui...

– Kaya, como foi hoje na escola ou fora dela?

– Os DeG, brigaram com um menino da outra sala, do primeiro ano. E ele conseguiu socar muito o Shinya, aquele beiçudo. – disse Kaya.

– E o que os meninos do KEI fizeram? – perguntou ele se encolhendo vendo que Kaya já vinha com o lápis.

– Putz... Confie em mim pelo menos uma vez... Eu não vou furar seus olhos... – disse passando o lápis delicadamente na parte inferior dos olhos do irmão. – Os meninos não fizeram nada, estão ameaçados de suspensão, pelo Tio.

– Tá... – riu – E como terminou a briga?

– Os infelizes. São desonestos, o Toshiya segurou o garoto e os outros socaram ele.

– E o tio não fez nada? – perguntou Mikaru se afastando do irmão que já tinha terminado de passar o lápis.

– O tio nem chegou a tempo, e mesmo se chegasse não ia poder fazer muita coisa, por que era fora da escola.

A campainha tocou, e Mikaru foi atender.

– Atsushi-sama pediu que eu viesse lhes buscar – disse um homem vestido com um terno, que fez uma cara de que não gostou quando o viu.

– Sei... Kaya, vamos, pega minha mochila. – disse Mikaru saindo.

– Sim, Nii-san

Kaya saiu saltitando e entregou a mochila para o irmão.

O homem, que era o motorista, ficou um pouco chocado com a aparição de Kaya, mas como de praxe, não comentou, abriu a porta do carro e esperou que os dois garotos entrassem.

[...]

Chegando....


– Casa legal... – disse Mikaru olhando a mansão a frente.

– Bonita... – disse Kaya

– Bom, senhores, chegamos.. – O motorista parou o carro, desceu e abriu a porta para os meninos. – Atsushi-sama os espera no hall principal.

Os garotos saíram do carro, e foram até a porta

– Você toca a campainha. – disse Kaya arrumando o vestido.

Mikaru tocou a campainha e a porta foi aberta por uma empregada, que como o motorista, se assustou com a aparência de Mikaru, e ainda mais de Kaya.

– Podem entrar... Tatsuya-san, Keike-san. – disse fazendo reverencia. – Sigam-me. – continuou a mulher andando sendo seguida pelos meninos.

– Atsushi-sama, seus filhos chegaram... – disse ela parando antes de entrar no Hall.

– Deixe os entrar... – disse o homem com um tom sério, sentado numa poltrona.

Mikaru e Kaya entraram um pouco tímidos, a ultima vez que viram o pai eles tinham respectivamente 4 e 3 anos.

O homem olhou os filhos com um olhar surpreso.

– Keike....Tatsuya.... – ele sorriu.

– Olá pai... – disse Kaya tímido. – Quanto tempo... Nee.

– Desculpe-me por desaparecer por tanto tempo... – ele se levantou e se aproximou dos dois.– Eu nem sei quem é quem... – sorriu.

– Eu sou o Tatsuya... – sorriu Kaya, até agora o pai dele não falou nada sobre o visual.

– E eu sou o Keike... – disse Mikaru tentando sorrir.

– Vocês devem estar se perguntando por que eu desapareci por tanto tempo...

– Disse que voltaria, pra me buscar... – Mikaru o encarou com olhos interrogativos.

– Não pude cumprir a promessa... Fui egoísta a ponto de pensar só em minha empresa, e deixei vocês em segundo plano, perdi muita coisa, eu sei... Mas queria pelo menos recuperar um pouco do que passou.

– Será que conseguirá? – perguntou Mikaru

– Não sei, vale a pena tentar. Não é mesmo?

O silêncio se fez por alguns segundos. Até que Mikaru fosse abraçar o pai, ele sempre fora o mais ligado á ele, e aquilo falava mais alto do que qualquer sentimento de ódio em seu coração.

Atsushi se surpreendeu com a reação do filho, mas retribuiu o abraço.

Ele puxou assunto com o menino, para saber mais sobre eles.

– Como estão as coisas? – perguntou ele soltando Mikaru do abraço.

– Estão indo... – sorriu Mikaru olhando o pai como se fosse um ídolo.

– E você Tatsuya, não vai falar nada?

Kaya parecia um pouco desligado, e olhou para o pai um pouco curioso, por que ele não tinha comentado ainda sobre seu visual.

– Você foi a única pessoa que não criticou meu visual, nem com o olhar. – disse ele mexendo no próprio cabelo.

– Você é livre para escolher qualquer coisa, Tatsuya... Eu não posso te criticar por nada, não estive ao seu lado na hora das suas decisões. – disse Atsushi chegando perto de Kaya.

– Você não vai ficar com ‘nojo’ de mim, mesmo eu sendo ...

– Não, Tatsuya... Você é meu filho, e isso não vai mudar... – sorriu abraçando o filho. – Não importa como você esteja vestido, ou se gosta de meninos ou de meninas...

– Obrigado... – disse Kaya abraçando o pai e o enchendo de beijo na bochecha.

Mikaru ficou rindo da cena.

[...]


Uruha estava sentado na varanda de sua casa esperando o Ruki chegar, a rua estava bastante movimentada, e ele parecia relaxar por ver tanta gente, e por estar no lado da irmã.

– Nee-chan, você vai ir comigo? – perguntou o garoto segurando a bolsa da guitarra.

– Não posso maninho, tenho que ir fazer um trabalho, e só vou voltar á noite.

– Mas eu não quero ficar sozinho aqui... Eu tenho medo... – gaguejou o garoto.

– Calma Kou... Por que você não dorme na casa de um de seus amigos? Garanto que pode ser divertido. – sorriu ela.

– Mas, eu...

– O Kaya-kun não vai?

–Ele foi pra casa do pai dele... Só volta segunda.

– Então vamos fazer assim, você fica lá e quando eu chegar eu te ligo e você me passa o endereço. Ok?

– Ok... Assim é melhor... – ele sorriu

Ruki vinha sorridente e parou na frente da casa.

– Yo Uruha-chan vamos? – falou

–Tchau Mayumi-nee chan. – ele deu um beijo no rosto da irmã e correu perto do amigo.

– Tchau Maninho... – Mayumi entrou para a casa.

...

– Uruha-chan... Vamos por aqui – perguntou Ruki puxando Uruha por um caminho alternativo.

– Tá bom...- disse ele olhando ao redor


– Mas o que essas coisinhas estão fazendo aqui? – disse Die que estava encostado na parede de uma casa, fumando...

– Não enche... – disse Ruki puxando Uruha para o outro lado.

Uruha queria correr dali o quanto antes, por que...

– Olha quem está aqui... –disse Toshiya saindo da casa.

Ruki e Uruha aceleraram os passos. Fazendo os dois mal encarados rirem

– Têm tanto medo do Toshiya assim? – disse Die.

– Deixa, eles, não tô a fim de brigar hoje... Vamos logo.... – disse Toshiya dando um tapa no ombro do outro e seguindo na direção contrária dos outros dois

– Ok, leader... – disse Die o seguindo.

....

– Uru-chan, o que houve? Você está tremendo... – disse Ruki soltando o amigo.

– Nada...eu... Eu... – disse o garoto gaguejando.

– Quer tomar um sorvete? Antes de irmos?

– Qu...e..Quero... – disse ele apertando os dedos...

– Yo! Ruki-kun, Uruha-kun! – disse Ni~Ya se aproximando carregando seu baixo de maneira desengonçada. – Como estão?

– Vamos ir tomar sorvete, quer vir junto?

– Opa! Claro... – sorriu arrumando a bolsa do instrumento.

Os três foram até a sorveteria do parque e ficaram lá conversando por alguns minutos.

– Bom, valeu meninos, mas tenho que ir antes que o Sakito surte e ache que eu não vá pro ensaio. – disse o garoto se levantando e saindo.

–Vamos também Uru-chan? – disse Ruki se levantando. – Senão o Aoi vai se estressar mais rápido que o normal. – riu

– Ruki-kun... Você tem certeza que vai querer usar minha musica? Os outros não vão reclamar? – perguntou Uruha acompanhando o menor.

– Não, eles nunca escrevem, só fazem a melodia.... – sorriu. – é assim desde o começo do colegial.

Os dois foram caminhando para a casa do Aoi. Ensaiariam lá.

– Ruki, vocês sempre se conheceram?

– Sim, Uru-chan... Nos conhecemos desde o primário. Posso fazer uma pergunta?

– Pode.... – sorriu.

– Por que se mudou pra cá?

– Eu estava num orfanato... Meus pais morreram quando eu era pequeno e minha irmã não podia cuidar de mim, então fiquei lá até ela encontrar uma casa, para que ficássemos juntos.

– Nossa, deve ser muito ruim não ter pais...

– Não sinto falta, eu era muito pequeno. Praticamente não os conheci...

– Até que fim chegaram! – gritou Kai que estava na janela.

– Fizemos uma parada... – disse Ruki fazendo sinais para o covinhas abrir a porta.

Os recém chegados entraram e encontraram Aoi com a feição mais agressiva do mundo.

– Pensei que tinham entrado no DeG. – reclamou

– Aoi-san, a culpa foi minha, eu quis tomar sorvete.... – Uruha falou decidido.

– Tá bom... –resmungou Aoi. – Te dou um desconto,por ser novo no grupo.

– Então vamos ensaiar logo, nee – disse Reita pegando o baixo.

– Vamos lá na garagem. – Aoi apontou para a esquerda. - O Kai montou a bateria lá. – disse saindo na direção apontada.

Eles foram correndo para lá, com direito a Ruki pulando sofá, Kai derrubando o abajur, Reita gritando, e Uruha rindo de tudo.

[...]

– Yo, Sakito-chan! – gritou Ni~Ya na porta da casa.

– Yo! Ni~Ya-kun, achamos que não viria...

– Eu encontrei o Uruha e o Ruki tomando sorvete, e eles me convidaram... – sorriu o loiro.

– Ni~Ya, você é um verdadeiro passa-fome e vive alegre. – disse Hitsugi aparecendo na janela.

– Hey, tirou a metade dos piercings? – perguntou

– A maioria inflamou... Tive que tirar senão, ficava sem meu rosto. – riu

– O mais perigoso você deixou...

– Qual?

– O da língua... Se você levar um soco meu, engole piercing, língua e lábio. – riu

– Sem graça.... – disse o ruivo

– Entra logo, Ni~Ya! – gritou Yomi empurrando Hitsugi.

– Ok... Já estou entrando... – disse.

...

– Então que música, Yomi, qual das três músicas você quer cantar? – perguntou Ruka, girando a baqueta.

– Boys Be Suspicious*. Minha voz, modéstia parte, fica perfeita nessa música. – falou

– Ok. Então vamos á batalha! – gritou Sakito, fazendo os outros rirem, ele não costuma agir desse jeito.

[...]

Kaoru dedilhava a guitarra impaciente, esperando Kyo escolher a música

– Puta que pariu, Kyo... Anda logo que já estou de saco cheio desse lenga-lenga... – reclamou

– Cala a boca.. Me deixa pensar!... – gritou Kyo em resposta.

– Devíamos escolher uma mais leve... – sugeriu Shinya, que parecia o único que estava calmo.

– Por um acaso meu nome é Takanori? Eu odeio musica lenta.... – esbravejou Kyo.

– Eu mando nessa porra, e escolhe logo a merda da musica, antes que eu espanque os dois -disse Toshiya apontando para Shinya e Kyo.

Shinya se calou, e Kyo bufou...

– Escolhe uma merda de musica lenta, que é mais fácil de ensaiar... – gritou Die

– Tá, eu queria que essa merda aqui fosse só pauleira, mas dá pra fazer um ritmo leve também... – gritou Kyo jogando a letra na cara do Die.

– Seu merda.... – reclamou.

– Vá pro inferno... – disse Kyo

[...]

Miyavi estava sentado na cama, como violão no colo e anotando num caderno.

– A-re re-a-dy to lo-ve? ... – cantarolou dedilhando o violão.

– Filho? – disse a mãe dele abrindo a porta.

– Sim, mãe...

– Ouvi você tocando... O que pretende fazer? – sorriu a mulher.

– Sei lá... Tô improvisando ainda... – sorriu.

– Quero ser a primeira pessoa a ouvir sua nova canção, certo? – disse saindo

– Tudo bem, Mãe... – riu, voltando sua atenção novamente para o caderno.



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Notas finais do capítulo

E sim! é o Atsushi Sakurai do Buck Tick, aquele lindo.
* Boys be suspicious foi escolhida pela minha amiga Natsumi.Por ser uma das Músicas mais legais do Nightmare.
Não tem muita coisa interessante nesse cap... mas é só pra deixar vocês curiosos!