Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura
Notas iniciais do capítulo
Olha eu aqui de novo!
Bom, tinha que postar por que tenho a maioria dos capitulos já prontos (isso é até o cap: 14), e é mto chato ficar esperando nee?
Boa leitura!
A semana passou mais rápido que Kaya queria. Mikaru não foi a escola nos últimos dias, já que a alergia sarou só na sexta. Miyavi acompanhou Kaya todos os dias, o que fortaleceu ainda mais ainda a amizade deles.
– Então hoje que vão para a casa do pai de vocês? – perguntou Miyavi parando, já haviam chegado na casa de Kaya.
– É,eu tenho que me arrumar... – Kaya fez uma careta. – E vou com meu melhor vestido. – riu.
– Seu pai não sabe que você é Gay?
– Não sei, mas quero que ele fique bem chocado.
– Kaya, você é hilário.. . Eu vou indo, pra você se arrumar.... – disse ele dando um beijo no rosto do outro.
– Tchau, Myv... – disse dando um beijo no rosto dele também.
Kaya entrou em casa e viu sua mãe rindo com Mikaru, que estava vestido com uma calça jeans rasgada, uma camisa de rock e uma jaqueta de couro, seu estilo habitual.
– Mãe, Mikaru, o que foi?
– Do jeito que seu irmão está vestido, seu pai vai achar que não compro roupas pra ele. – riu
Kaya deu sua risada super feminina. E subiu as escadas.
– Você vai vestido de lolita? – perguntou Mikaru.
– Vou. Quero só ver o que ele vai falar...
[...]
Kaya desceu com seu visual mais deslumbrante, com um vestido listrado cheio de babados e detalhes em prata, um lindo chapeuzinho, meia-fina e uma bota com o salto médio. A maquiagem impecável como sempre.
– Está perfeito, filho – sorriu Ayumi, que já estava saindo para trabalhar. – Tchau, meninos.
– Tchau mãe...
– Obrigado mãe... Hey, Mikaru...deixa eu passar lápis nos seus olhos.
– Só não tente arrancá-los com o lápis. – riu o menino.
– Tá bom. – Kaya abriu a mochila que trouxe do seu quarto. – Deixa eu pegar aqui...
– Kaya, como foi hoje na escola ou fora dela?
– Os DeG, brigaram com um menino da outra sala, do primeiro ano. E ele conseguiu socar muito o Shinya, aquele beiçudo. – disse Kaya.
– E o que os meninos do KEI fizeram? – perguntou ele se encolhendo vendo que Kaya já vinha com o lápis.
– Putz... Confie em mim pelo menos uma vez... Eu não vou furar seus olhos... – disse passando o lápis delicadamente na parte inferior dos olhos do irmão. – Os meninos não fizeram nada, estão ameaçados de suspensão, pelo Tio.
– Tá... – riu – E como terminou a briga?
– Os infelizes. São desonestos, o Toshiya segurou o garoto e os outros socaram ele.
– E o tio não fez nada? – perguntou Mikaru se afastando do irmão que já tinha terminado de passar o lápis.
– O tio nem chegou a tempo, e mesmo se chegasse não ia poder fazer muita coisa, por que era fora da escola.
A campainha tocou, e Mikaru foi atender.
– Atsushi-sama pediu que eu viesse lhes buscar – disse um homem vestido com um terno, que fez uma cara de que não gostou quando o viu.
– Sei... Kaya, vamos, pega minha mochila. – disse Mikaru saindo.
– Sim, Nii-san
Kaya saiu saltitando e entregou a mochila para o irmão.
O homem, que era o motorista, ficou um pouco chocado com a aparição de Kaya, mas como de praxe, não comentou, abriu a porta do carro e esperou que os dois garotos entrassem.
[...]
Chegando....
– Casa legal... – disse Mikaru olhando a mansão a frente.
– Bonita... – disse Kaya
– Bom, senhores, chegamos.. – O motorista parou o carro, desceu e abriu a porta para os meninos. – Atsushi-sama os espera no hall principal.
Os garotos saíram do carro, e foram até a porta
– Você toca a campainha. – disse Kaya arrumando o vestido.
Mikaru tocou a campainha e a porta foi aberta por uma empregada, que como o motorista, se assustou com a aparência de Mikaru, e ainda mais de Kaya.
– Podem entrar... Tatsuya-san, Keike-san. – disse fazendo reverencia. – Sigam-me. – continuou a mulher andando sendo seguida pelos meninos.
– Atsushi-sama, seus filhos chegaram... – disse ela parando antes de entrar no Hall.
– Deixe os entrar... – disse o homem com um tom sério, sentado numa poltrona.
Mikaru e Kaya entraram um pouco tímidos, a ultima vez que viram o pai eles tinham respectivamente 4 e 3 anos.
O homem olhou os filhos com um olhar surpreso.
– Keike....Tatsuya.... – ele sorriu.
– Olá pai... – disse Kaya tímido. – Quanto tempo... Nee.
– Desculpe-me por desaparecer por tanto tempo... – ele se levantou e se aproximou dos dois.– Eu nem sei quem é quem... – sorriu.
– Eu sou o Tatsuya... – sorriu Kaya, até agora o pai dele não falou nada sobre o visual.
– E eu sou o Keike... – disse Mikaru tentando sorrir.
– Vocês devem estar se perguntando por que eu desapareci por tanto tempo...
– Disse que voltaria, pra me buscar... – Mikaru o encarou com olhos interrogativos.
– Não pude cumprir a promessa... Fui egoísta a ponto de pensar só em minha empresa, e deixei vocês em segundo plano, perdi muita coisa, eu sei... Mas queria pelo menos recuperar um pouco do que passou.
– Será que conseguirá? – perguntou Mikaru
– Não sei, vale a pena tentar. Não é mesmo?
O silêncio se fez por alguns segundos. Até que Mikaru fosse abraçar o pai, ele sempre fora o mais ligado á ele, e aquilo falava mais alto do que qualquer sentimento de ódio em seu coração.
Atsushi se surpreendeu com a reação do filho, mas retribuiu o abraço.
Ele puxou assunto com o menino, para saber mais sobre eles.
– Como estão as coisas? – perguntou ele soltando Mikaru do abraço.
– Estão indo... – sorriu Mikaru olhando o pai como se fosse um ídolo.
– E você Tatsuya, não vai falar nada?
Kaya parecia um pouco desligado, e olhou para o pai um pouco curioso, por que ele não tinha comentado ainda sobre seu visual.
– Você foi a única pessoa que não criticou meu visual, nem com o olhar. – disse ele mexendo no próprio cabelo.
– Você é livre para escolher qualquer coisa, Tatsuya... Eu não posso te criticar por nada, não estive ao seu lado na hora das suas decisões. – disse Atsushi chegando perto de Kaya.
– Você não vai ficar com ‘nojo’ de mim, mesmo eu sendo ...
– Não, Tatsuya... Você é meu filho, e isso não vai mudar... – sorriu abraçando o filho. – Não importa como você esteja vestido, ou se gosta de meninos ou de meninas...
– Obrigado... – disse Kaya abraçando o pai e o enchendo de beijo na bochecha.
Mikaru ficou rindo da cena.
[...]
Uruha estava sentado na varanda de sua casa esperando o Ruki chegar, a rua estava bastante movimentada, e ele parecia relaxar por ver tanta gente, e por estar no lado da irmã.
– Nee-chan, você vai ir comigo? – perguntou o garoto segurando a bolsa da guitarra.
– Não posso maninho, tenho que ir fazer um trabalho, e só vou voltar á noite.
– Mas eu não quero ficar sozinho aqui... Eu tenho medo... – gaguejou o garoto.
– Calma Kou... Por que você não dorme na casa de um de seus amigos? Garanto que pode ser divertido. – sorriu ela.
– Mas, eu...
– O Kaya-kun não vai?
–Ele foi pra casa do pai dele... Só volta segunda.
– Então vamos fazer assim, você fica lá e quando eu chegar eu te ligo e você me passa o endereço. Ok?
– Ok... Assim é melhor... – ele sorriu
Ruki vinha sorridente e parou na frente da casa.
– Yo Uruha-chan vamos? – falou
–Tchau Mayumi-nee chan. – ele deu um beijo no rosto da irmã e correu perto do amigo.
– Tchau Maninho... – Mayumi entrou para a casa.
...
– Uruha-chan... Vamos por aqui – perguntou Ruki puxando Uruha por um caminho alternativo.
– Tá bom...- disse ele olhando ao redor
– Mas o que essas coisinhas estão fazendo aqui? – disse Die que estava encostado na parede de uma casa, fumando...
– Não enche... – disse Ruki puxando Uruha para o outro lado.
Uruha queria correr dali o quanto antes, por que...
– Olha quem está aqui... –disse Toshiya saindo da casa.
Ruki e Uruha aceleraram os passos. Fazendo os dois mal encarados rirem
– Têm tanto medo do Toshiya assim? – disse Die.
– Deixa, eles, não tô a fim de brigar hoje... Vamos logo.... – disse Toshiya dando um tapa no ombro do outro e seguindo na direção contrária dos outros dois
– Ok, leader... – disse Die o seguindo.
....
– Uru-chan, o que houve? Você está tremendo... – disse Ruki soltando o amigo.
– Nada...eu... Eu... – disse o garoto gaguejando.
– Quer tomar um sorvete? Antes de irmos?
– Qu...e..Quero... – disse ele apertando os dedos...
– Yo! Ruki-kun, Uruha-kun! – disse Ni~Ya se aproximando carregando seu baixo de maneira desengonçada. – Como estão?
– Vamos ir tomar sorvete, quer vir junto?
– Opa! Claro... – sorriu arrumando a bolsa do instrumento.
Os três foram até a sorveteria do parque e ficaram lá conversando por alguns minutos.
– Bom, valeu meninos, mas tenho que ir antes que o Sakito surte e ache que eu não vá pro ensaio. – disse o garoto se levantando e saindo.
–Vamos também Uru-chan? – disse Ruki se levantando. – Senão o Aoi vai se estressar mais rápido que o normal. – riu
– Ruki-kun... Você tem certeza que vai querer usar minha musica? Os outros não vão reclamar? – perguntou Uruha acompanhando o menor.
– Não, eles nunca escrevem, só fazem a melodia.... – sorriu. – é assim desde o começo do colegial.
Os dois foram caminhando para a casa do Aoi. Ensaiariam lá.
– Ruki, vocês sempre se conheceram?
– Sim, Uru-chan... Nos conhecemos desde o primário. Posso fazer uma pergunta?
– Pode.... – sorriu.
– Por que se mudou pra cá?
– Eu estava num orfanato... Meus pais morreram quando eu era pequeno e minha irmã não podia cuidar de mim, então fiquei lá até ela encontrar uma casa, para que ficássemos juntos.
– Nossa, deve ser muito ruim não ter pais...
– Não sinto falta, eu era muito pequeno. Praticamente não os conheci...
– Até que fim chegaram! – gritou Kai que estava na janela.
– Fizemos uma parada... – disse Ruki fazendo sinais para o covinhas abrir a porta.
Os recém chegados entraram e encontraram Aoi com a feição mais agressiva do mundo.
– Pensei que tinham entrado no DeG. – reclamou
– Aoi-san, a culpa foi minha, eu quis tomar sorvete.... – Uruha falou decidido.
– Tá bom... –resmungou Aoi. – Te dou um desconto,por ser novo no grupo.
– Então vamos ensaiar logo, nee – disse Reita pegando o baixo.
– Vamos lá na garagem. – Aoi apontou para a esquerda. - O Kai montou a bateria lá. – disse saindo na direção apontada.
Eles foram correndo para lá, com direito a Ruki pulando sofá, Kai derrubando o abajur, Reita gritando, e Uruha rindo de tudo.
[...]
– Yo, Sakito-chan! – gritou Ni~Ya na porta da casa.
– Yo! Ni~Ya-kun, achamos que não viria...
– Eu encontrei o Uruha e o Ruki tomando sorvete, e eles me convidaram... – sorriu o loiro.
– Ni~Ya, você é um verdadeiro passa-fome e vive alegre. – disse Hitsugi aparecendo na janela.
– Hey, tirou a metade dos piercings? – perguntou
– A maioria inflamou... Tive que tirar senão, ficava sem meu rosto. – riu
– O mais perigoso você deixou...
– Qual?
– O da língua... Se você levar um soco meu, engole piercing, língua e lábio. – riu
– Sem graça.... – disse o ruivo
– Entra logo, Ni~Ya! – gritou Yomi empurrando Hitsugi.
– Ok... Já estou entrando... – disse.
...
– Então que música, Yomi, qual das três músicas você quer cantar? – perguntou Ruka, girando a baqueta.
– Boys Be Suspicious*. Minha voz, modéstia parte, fica perfeita nessa música. – falou
– Ok. Então vamos á batalha! – gritou Sakito, fazendo os outros rirem, ele não costuma agir desse jeito.
[...]
Kaoru dedilhava a guitarra impaciente, esperando Kyo escolher a música
– Puta que pariu, Kyo... Anda logo que já estou de saco cheio desse lenga-lenga... – reclamou
– Cala a boca.. Me deixa pensar!... – gritou Kyo em resposta.
– Devíamos escolher uma mais leve... – sugeriu Shinya, que parecia o único que estava calmo.
– Por um acaso meu nome é Takanori? Eu odeio musica lenta.... – esbravejou Kyo.
– Eu mando nessa porra, e escolhe logo a merda da musica, antes que eu espanque os dois -disse Toshiya apontando para Shinya e Kyo.
Shinya se calou, e Kyo bufou...
– Escolhe uma merda de musica lenta, que é mais fácil de ensaiar... – gritou Die
– Tá, eu queria que essa merda aqui fosse só pauleira, mas dá pra fazer um ritmo leve também... – gritou Kyo jogando a letra na cara do Die.
– Seu merda.... – reclamou.
– Vá pro inferno... – disse Kyo
[...]
Miyavi estava sentado na cama, como violão no colo e anotando num caderno.
– A-re re-a-dy to lo-ve? ... – cantarolou dedilhando o violão.
– Filho? – disse a mãe dele abrindo a porta.
– Sim, mãe...
– Ouvi você tocando... O que pretende fazer? – sorriu a mulher.
– Sei lá... Tô improvisando ainda... – sorriu.
– Quero ser a primeira pessoa a ouvir sua nova canção, certo? – disse saindo
– Tudo bem, Mãe... – riu, voltando sua atenção novamente para o caderno.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E sim! é o Atsushi Sakurai do Buck Tick, aquele lindo.
* Boys be suspicious foi escolhida pela minha amiga Natsumi.Por ser uma das Músicas mais legais do Nightmare.
Não tem muita coisa interessante nesse cap... mas é só pra deixar vocês curiosos!