Kaya esperava Uruha na porta da escola.

– Kaya-chan! – sorriu Uruha descendo do carro e vindo na direção do garoto, que estava vestido como um garoto comum. – Sabia que é muito estranho você vestido assim?

– É a condição que meu irmão impôs Uruha-chan... Pelo menos na escola eu andar como um garoto. – riu

– Olá Kaya-chan, Olá Kouyou-kun – disse Sakito passando pelos dois.

– Ele fala com você? – perguntou Uruha.

– Sim, todos os garotos do grupo KEI falam comigo. – sorriu

A palavra grupo fez o sentir medo, o fazia lembrar do...

– Vamos entrar... – disse Kaya o puxando pela mão.

[...]

No intervalo...

– Uruha-chan, vamos nos sentar com os outros? –disse Kaya

– Mas eles...

– Eu fiquei sabendo que eles te defenderam numa briga, então não vão recusar uma aproximação sua.- disse Kaya puxando Uruha.

– Olá meninos! Trouxe o Kouyou-chan pra se sentar conosco.

– Bem-vindo! – sorriu Yomi

Sakito olhou sorrindo.

– Kouyou-kun, convido você pra se sentar sempre conosco. – disse Kai

– É isso mesmo! Mas você tem que ter um apelido! – disse Ruki.

– O Kaya-chan me chama de Uruha. – disse timidamente

– Então, repetindo o Yomi, Seja Bem vindo Uruha-kun! – riu Aoi

Tudo foi bem tranqüilo no intervalo. Tirando o fato de quando os DeG passaram por eles, Uruha se encolheu um pouco, mas ninguém parecia ter percebido.

[...]

– Uruha-chan, vamos à minha casa? – perguntou Kaya.

– Eu só tenho que esperar minha irmã chegar. Pra avisá-la.

– Tudo bem, espero aqui com você, meu irmão daqui a pouco vem também. – riu ele se encostando no muro da escola.

– Olha, só o Alien achou companhia. Ele ligou pra casa* – riu Kyo parando na frente deles.

– Mais um pra encher o saco... – Toshiya foi bem próximo a Kaya que se encolheu.

– Saí de perto deles... – gritou Mikaru, vindo com Ni~Ya, Ruka, Aoi e Miyavi.

– Ah... Mas os esquisitinhos já se juntaram aos viadinhos! – disse Kaoru.

Toshiya olhou pra Uruha, que se encolheu deixando as lágrimas correrem pelo rosto.

– Toshiya, só você pra conseguir uma ceninha dessa – gargalhou Die. – Só de olhar pro Alien ele chorou.

– Porque vocês não os deixam em paz – disse Ni~Ya empurrando Shinya, que era o mais próximo dele.

– Sem brigas! – gritou Mana, na porta do colégio.

– Sorte de vocês, que o diretor apareceu... – resmungou Kyo saindo e sendo seguido pelos outros. Só Toshiya continuou encarando Uruha com seu sorriso maléfico.

– Sai logo daqui! – gritou Ni~Ya.

Toshiya saiu sem responder.

– Uruha-chan o que houve? – perguntou Kaya indo pra perto do amigo

– Nada, nada, Kaya-chan , eu só tenho medo deles.. – disse Uruha limpando as lágrimas.

– Não vamos deixar eles chegarem perto de vocês, ok?- disse Miyavi – Não precisa ter medo deles, Uruha... E nem você Kaya. – continuou

– Se eles chegarem mais uma vez perto do meu irmão, eu mato eles - disse Mikaru

– Tudo bem, Nii-san. Uru-chan, você ainda quer ir pra minha casa? – perguntou Kaya

– Sim... - respondeu Uruha arrumando os óculos.

O carro da irmã do Uruha parou.

– Kouyou, vamos?

– Mayumi-san... Ele pode ir na minha casa? Depois eu e o Mikaru levamos ele. – perguntou Kaya.

– Tudo bem. Mas depois eu busco ele, não precisam levá-lo. – sorriu ela. – Se cuida, maninho.

[...]

Na casa do Kaya

– Mãe, chegamos! – gritou Mikaru se jogando no sofá.

– Que bom! – disse a mulher descendo as escadas

– Mãe, esse é o Uruha, meu amigo.

– Olá! Sou Ayumi – sorriu a mulher – Prazer em conhecê-lo.

– O prazer é meu – sorriu o garoto.

– Vem, aqui! – Kaya puxou ele escada acima

[...]

– Deixa eu cortar seu cabelo? – perguntou Kaya fazendo um biquinho

– Deixo...mas não muito curto.... Minha irmã gosta dele comprido.

– Que tal do tamanho do cabelo do Mikaru? Ou melhor do Miyavi-kun?

– Do Miyavi... – sorriu o nerd.

– Então mãos a obra! – Kaya abriu a gaveta e pegou uma tesoura. Uruha fechou os olhos

– Até parece que eu vou cortar suas orelhas – riu Kaya pegando uma mecha do cabelo do outro e cortando.

[...]

– Olha como já ficou diferente... – disse Kaya levando o pra frente do espelho.

– É mesmo... – disse Uruha passando a mão no cabelo.

– Quer mudar a cor? Eu tenho descolorantes e tintas de várias cores... – disse Kaya indo até o banheiro buscar as tintas e o descolorante pra mostrar pro garoto.

– Ah, não sei, que cor você acha que vai ficar legal? – perguntou Uruha

– Loiro, você ficaria lindo loiro. – riu Kaya

– Kaya-chan, posso fazer uma pergunta?

– Pode, qualquer uma..

– Por que seu cabelo é tão curto?... Tipo você...

– Ah... – Kaya mudou a feição. – Foi um pouco antes de eu vir pra cá, eu me sentia um lixo, por causa daquilo, e cortei com raiva.

– Desculpe por perguntar...

– Ah não foi nada – o sorriso voltou a face do menino – Então vamos começar!

[...]

– Olha ai! Está prontinho! – disse Kaya terminando de pentear o cabelo dele.

– Uau... – disse Uruha passando a mão no cabelo molhado. – Obrigado Kaya! –disse ele dando um beijo no rosto do outro.

– Você é meu amigo, e amigos são para essas coisas! Se quiser mais alguma coisa é só pedir.

– Obrigado mesmo...

– Uru-chan, você pode me responder uma coisa?... – perguntou Kaya se sentando na cama.

– O quê? – Estranhou Uruha.

– Foi alguém do DeG que fez aquilo com você?

Uruha ficou pálido...se contasse pra alguém o Toshiya podia descobrir e cumprir a promessa.

– Pode falar, juro que não vou contar pra mais ninguém! – disse Kaya levantando a mão.

– Foi...

– O grandão, não é mesmo? Aquele que chegou mais perto de nós... Nee? – disse Kaya olhando o garoto que já estava com os olhos cheios de lagrimas.

– Foi... – era a única coisa que Uruha conseguia dizer.

– Não precisa chorar não.... Ninguém vai ficar sabendo por mim, mas a qualquer momento, você vai ter que contar.

– Ele disse que iria me matar, se falasse que foi ele pra alguém.

– Mas por isso mesmo que você tem que contar, para que alguém possa fazer algo!

– Acho melhor deixar tudo como está.... Eu não vou andar por aí sozinho... Há como evitar ele, e ele também não fará nada na escola, por que o diretor sempre está de olho no grupo dele. – Uruha limpou as lágrimas

– Bom, pelo ângulo que meu tio sempre está vigiando eles, você está certo. – disse Kaya indo para perto do amigo. E segurando o ombro dele. – Agora vamos mostrar o visual novo pro Mikaru . – continuou puxando Uruha pelo braço pra fora do quarto.

– Tá bom...

[...]

– Nossa, como você ficou mais bonito! – disse Ayumi.

– Ficou bem diferente, agora parece um V-keier – disse Mikaru – Só falta tirar os óculos.

– Mas ai eu não enxergo nada... – disse Uruha

– Nada que a lente de contato não resolva! Eu já disse! – Kaya saltitava de um lado pro outro – E todas as pessoas vão te notar!

Uruha ficou envergonhado.

– Hora de lanchar meninos – disse Ayumi sorrindo e se levantando, indo pra cozinha.

Mikaru levantou do sofá num pulo, parecia que a comida iria fugir.

Kaya puxou Uruha .

– Vamos antes que ele acabe com tudo.

[...]

– Obrigado Kaya... Por me ajudar com o cabelo...

– De nada. Amanhã quero ver você de lente de contato!

– É , tenho uma lá em casa, eu nunca usei... – riu

– É isso que eu quero ver! – riu Kaya abrindo a porta para o outro.

– Até amanhã Mikaru, Kaya, Ayumi-sama... – disse fazendo uma sutil reverencia e saindo.

[...]

– Kou?! É você mesmo? – perguntou Mayumi mexendo no cabelo dele.

– Gostou?! O Kaya-chan que arrumou – disse ele sorrindo

– Está lindo..... O Kaya realmente é um amor.... Você agradeceu á ele?

– Sim... – sorriu – Nee-chan, sabe onde estão minhas lentes? – disse ele colocando o cinto.

– Ah, estão no meu quarto... Guardei lá antes que você as perdesse... – riu a Mayumi acelerando o carro.

[...]

No outro dia...

– Mãe... Eu posso ir sozinho, a escola é aqui perto... Não custa nada... – disse Kaya fazendo bico.

– Não... Sozinho não...Seu irmão disse que tem valentões na escola...

– Vocês tem sempre que me fazer lembrar disso... Eu não sou tão idiota!!! – Kaya se sentou no chão com as mãos na cabeça, chorando.

– Tatsuya... Meu anjinho... – Ayumi se abaixou tentando consolar o filho. - Mas é melhor você ficar, eu não posso te levar, e o Keike está com febre.

– Mãe... O Miyavi vai passar por aqui daqui a pouco, e só deixar o Kaya ir junto... – disse Mikaru no alto da escada.

– Keike, vai se deitar... Você ainda está com febre... – disse Ayumi. – Tatsuya, vamos esperar o seu amigo lá fora então.

Ayumi levantou o filho, que já estava vermelho por chorar.

– Desculpa, meu anjinho? – disse a mulher abraçando o filho.

– Tudo bem... – ele se soltou e foi até a porta sendo seguido pela mãe.

Depois de alguns minutos Miyavi vinha passando.

– Yo! Kaya-chan! Mikaru me ligou para eu ir com você....Vamos? – disse se aproximando.

– Vamos. – Kaya acenou para a mãe e seguiu Miyavi.

– O que foi Kaya? Você parece ter chorado? – perguntou Miyavi o encarando

– Minha mãe não gosta que eu vá pra escola sem o Mikaru. – disse Kaya quase sussurrando.

– É por que você é mais delicado e o mais doce, ela não quer que te machuquem, certo? – sorriu Miyavi.

Kaya voltou a chorar.

– O que foi Kaya? – perguntou Miyavi parando.

– Nada, eu só não queria ser tão frágil. Eu só queria saber me defender... – disse limpando as lágrimas.

– Mas... Você tem todos nós do grupo podemos te proteger, lembra de ontem, nee? – disse Miyavi se aproximando e limpando as lágrimas do outro.

– ahaamm... Mas eu queria – disse ele segurando a mão do outro.

– Você aprenderá com o tempo, agora vamos, senão vamos chegar atrasados. – sorriu Miyavi.

[...]

Na escola...

Kaya fez com que Miyavi esperasse por Uruha na porta da escola.

– Você vai se surpreender com o Uruha-chan!- sorriu

– O que você fez com ele? – perguntou Miyavi

O carro da Mayumi parou e Uruha desceu com a nova cor e o novo corte do cabelo, roupas mais modernas e sem o óculos gigantes.

– Oi Kaya-chan, Miyavi-kun - disse ele se aproximando.

– Uruha? – se espantou Miyavi

– Eu mesmo... – riu tímido.

– Você tá foda! Foda mesmo! Até tá parecendo o Ruki, na parte de estilo, é claro! – gritou Miyavi, chamando a atenção de todos que ainda não entraram na escola.

– Myv, menos, por favor! – falou Kaya carinhosamente.

– Ganhei outro apelido... – riu – Mas cara vai ficar bem louco na apresentação de talentos...

– Apresentação de talentos? – perguntaram os novatos.

– É, as aulas de música são pra isso! A cada dois meses temos que apresentar uma canção feita por nós. E eles escolhem o melhor, que irá para as finais do fim do ano letivo. E ganham a chance de gravar um single. – sorriu Miyavi

– Que legal! Eu adoro cantar!!! – saltitou Kaya – E já escrevi muitas músicas! – continuou.

– Mas eu não sei cantar... - disse Uruha com um tom de desespero.

– Você toca alguma coisa? - perguntou Miyavi

– Ah.... Minha irmã me ensinou há tocar um pouco guitarra...e

– Perfeito! Você pode entrar em uma das bandas... – sorriu Miyavi. – Mas ainda temos tempo pra ver isso, então vamos entrar logo!

[...]

Na aula de música...

Uruha estava bem animado com a aula, até que percebeu que os DeG estavam lá também, Kaya percebendo se sentou do lado do amigo e segurou a mão dele

– Finge que eles não existem, olhe só pra professora. – sorriu

– ahamm... – Uruha ficou olhando só pra frente.

– Então queridos, como já sabem daqui a três semanas teremos o concurso. As bandas ou solos já estão organizados? – perguntou a mulher.

– Profe... O nosso grupo precisa de um vocalista... Mas deixo claro que é uma banda metal.... – gritou um dos alunos do fundo da sala.

– Professora, meu irmão canta, ele não veio hoje, mais acho que iria se enquadrar perfeitamente nessa banda – disse Kaya com a mão levantada.

– Tudo bem, depois fale pra ele ir conversar com o Hayato.

– Okay.

– Professora, nossa banda está sem um guitarrista já que o Ken mudou de escola – disse Ruki com cara de coitado...

– O Kouyou sabe tocar guitarra – eles não se chamavam por apelido na sala. Então Miyavi gritou o nome dele apontando.

Uruha se encolheu quando Kyo se aproximou e o observou.

– Olha o ALIEN tentou mudar o visual pra gente não conhecer ele... – riu

Os outros da sala, exceto o grupo KEI, riram

– Cala a boca! – gritou Kaya.

– Olha aqui esquisitinho, não me manda calar a boca, senão eu te soco.- disse Kyo indo pra cima de Kaya.

– Hey, garotos sem brigas – interviu a professora levando Kyo para o lugar dele.

– Se você ameaçar o Tatsuya de novo eu te quebro no meio! – gritou Miyavi se levantando

– Takamasa-san... Pare com isso você também! – disse a professora

– Ok... Professora... - Miyavi se sentou novamente e virou para Kaya- Tudo bem, Kaya-chan?

– Sim, obrigado... – disse o garoto quase sussurrando.

Ele enfrentou o Kyo verbalmente, isso já era uma evolução.

– Então o Kouyou-san fica na sua banda... – continuou a professora apontando para Ruki.

– Sim... – ele balançou a cabeça em afirmativa.

– Então se reúnam para decidir os dias de ensaio, mostrar as letras. Vocês têm 40 minutos. – disse ela se sentando.

Miyavi virou pra conversar com Kaya.

– Kaya-chan, você vai se apresentar sozinho? – perguntou.

– Vou sim, Myv... As músicas que eu gosto é muito diferente do que muitos daqui gostam.... E você vai tocar sozinho também?

– Vou, eu toco violão e Gigpig... E meu estilo é próprio... – gabou.

– Só quero ver então....

– Vamos apostar? Se eu ganhar você me paga uma pizza, se você ganhar eu te pago...

– Um vestido lolita!

– Isso é mais caro do que uma pizza!

– Então eu te dou uma guitarra?

– Ok, trato feito! – disse ele estendendo a mão para outro.

– Trato feito! – disse Kaya apertando a mão dele.

– O que vocês estão cochichando ai? – perguntou Ni~Ya se intrometendo

– Não te interessa, seu fofoqueiro.... Por que não vai cuidar da sua banda? – riu Miyavi

– A banda já está com tudo preparado, seu baka.... – sorriu Ni~Ya

– Eu posso fazer uma pergunta? – Kaya olhou para os dois.

– Pode sim, Kaya-chan. – respondeu Ni~Ya

– Por que o grupo KEI está todo dividido?

– Por que as bandas podem ter até cinco integrantes.... E o nosso grupo tem treze pessoas. - disse Ni~Ya aumentando o tom de voz, para que os integrantes do DeG escutassem. – Com muito talento.... Aliás.

– Vocês não param de provocá-los... - Kaya riu.

– Por que eles sempre torraram nossa paciência... Eles sempre se acharam os donos da escola só por que são um pouco melhor de vida ... – disse Miyavi rodando um lápis

Kaya olhou para trás e viu Toshiya vindo na direção onde Uruha estava sentado rabiscando um papel junto com o Ruki. Parecia que ia assustar o outro.

Rapidamente, Kaya se levantou e foi ao lado do amigo.

– Kaya-chan... Você vai se apresentar sozinho? – perguntou Uruha.

– Sim, e vocês já organizaram o que vão fazer? – Kaya tirou a atenção de Uruha para que ele não visse que Toshiya estava tão perto, e se assustasse realmente.

Toshiya passou direto e saiu da sala. Fazendo com que Kaya ficasse mais tranqüilo.

Miyavi e Ni~Ya vieram também perto dos que desenhavam.

– Iremos apresentar uma música que o Uruha escreveu! – disse Ruki. – Ele me mostrou a letra e eu gostei.

– Nee... Está aqui Kaya-chan, me fala o que achou? – disse Uruha pegando o caderno na mochila e o entregando para Kaya. Tinha o costume de andar com seu caderno de musica.

“A laughing voice sinks in the eardrum is soiled

And Violence rapes me…..”*

– Gostei da música, no que você se inspirou? – perguntou Ni~Ya que lia junto com Kaya.

– Num filme... – disse Uruha olhando para Kaya.

– Você escreve bem, Uruha-chan! – disse Kaya devolvendo o caderno. Kaya sabia que na verdade aquela música era uma maneira de dizer o que tinha acontecido, por entrelinhas.

[...]

Miyavi levou Kaya até a porta de casa.

– Kaya-chan, você pode ligar pra mim, se o Mikaru ainda não estiver bem amanhã. – sorriu Miyavi.

– Okay, Myv-kun. – disse Kaya acenando e abrindo a porta de casa.

...

– Okusan.... Cheguei!!! – disse Kaya saltitando.

– Tatsuya... Meu anjinho, como foi a escola? – perguntou Ayumi.

– Foi legal! Nós temos que nos apresentar em um show de talentos.

– Que bom meu amor... – ela sorriu para o filho.

– Vou contar pro Mikaru! – disse subindo alguns degraus da escada.

– Seu pai ligou....- disse ela um pouco sem animo – Vem buscar vocês na sexta pra passar o fim de semana com ele.

– Mas... Ele nunca veio atrás de nós, como nos encontrou? – Kaya parecia impressionado.

– Ele ficou sabendo que estamos morando aqui, e conseguiu o telefone. Quer se reaproximar de vocês. - disse pegando a bolsa. – Agora tenho que voltar para o trabalho, o almoço está no forno, tudo bem? – ela foi saindo e acenou pro filho. – Qualquer coisa, me liga. – fechou a porta

– Tá... – disse ele acenando também. – Não sei se quero vê-lo... – ele continuou subindo a escada resmungando. – Com certeza ele vai fazer um infeliz comentário e acabar com tudo.