Os Perigos Da Sala Precisa escrita por Ju Black, isa_c_bella


Capítulo 8
Todos podem mudar.




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Capitulo nove.

Todos podem mudar.

Era segunda-feira. A chuva tinha parado, e o sol entrava nas janelas do colégio, trazendo alegria a todos.

Hermione e Rony conversaram bastante, até que Hermione resolveu tirar uma conclusão e perdoar o ruivo. Ela ainda pensava que o beijo tinha sido proposital. Rony até tentou explicar que beijo não fora dado por ele, e sim por algo que o possuiu, mas desistiu, concordou e prometeu que aquilo, nunca mais iria se repetir.

Ele aproveitou e pediu a garota em namoro, que ficou tão feliz, que se esqueceu da comida do Bichento. Por isso o gato ficou ronronando para todos que passavam perto da lareira.

Gina ainda continuava brava com Rony. Toda vez que ele aparecia, ela arrumava um motivo para sair de perto dele.

Harry, Rony e Hermione estavam saindo da aula de defesa contra as artes das trevas, que, graças ao professor Snape, acabara muito tarde, devido ao excesso de lições em sala que ele passara.

- Tchau Mione! A gente se vê mais tarde! – Disse Rony, dando um beijinho na testa da garota.

- Mas a detenção com o Draco, não começa só daqui á uma hora? – Perguntou colocando o livro na mochila.

Rony olhou de cara feia, ao ouvir o primeiro nome do Malfoy.

- Sim! Mas Harry vai tomar banho e eu vou mandar uma coruja aos gêmeos. Vou encomendar um produto deles.

- Ah! Então tudo bem! Até logo. Vou te esperar acordada.

- Não precisa amor! Pode dormir, vai saber que hora o louco vai nos deixar sair daquela sala infernal!

- Tudo bem! Boa noite. – Disse abraçando Rony e sorrindo para Harry.

Ela saiu, tombando o corpo, por causa do peso de sua mochila.

- Cara, você já vai mandar a sua coruja pros gêmeos?

- Já! Vai querer alguma coisa?

- Acho que não! Comprei bastante coisa deles, quando a gente foi no Beco.

- Beleza! Ah! Você quer usar o banheiro dos monitores? – Perguntou Rony, amarrando os cadarços do tênis.

- Claro! Aquele banheiro é demais!

- Tudo bem... Então você precisa dizer a senha, que é: água com sabor.

- Pode deixar! – Disse Harry emprestando um pergaminho á Rony. - Deve ser genial, ser monitor! Você tem sorte! – Exclamou Harry.

- Que nada! É uma chatice... A gente tem que ajudar os burrinhos do primeiro ano.

- Não fala assim! Você já foi do primeiro ano... – Disse Harry rindo.

- É! Mas eu não era burro! Eu lutei em um xadrez bruxo humano!

- Não seja convencido, cara! – Disse Harry dando tapa no braço pálido de Rony.

Harry disse a senha e entrou no banheiro gigante. O que ele mais adorava naquele banheiro era que a banheira era do tamanho de uma piscina. Harry abriu algumas torneiras, deixando a água azul e cheia de bolhas com cheiro de baunilha.

A água não estava fria. Nem quente. Estava na temperatura ideal, para Harry ficar se sentindo aconchegado.

- Ah! Olá Harry! – Harry olhou para trás, e nada viu. – Você nunca mais vem me visitar. Agora fica de beijinhos com a ruiva esquisita! – Harry olhou para os dois lados, e não viu ninguém, novamente. – O tonto! Olha para cima!

Harry olhou e viu Murta dançando no ar.

- Oi! Você é louca? Quer me matar de susto?

- Acho que quero! Assim, você poderia me fazer companhia! Prometeu que me visitaria mais vezes, mas não apareceu! – Disse fingindo um choro estridente.

- Você anda tão solitária assim, que está apelando para o assassinato? – Brincou Harry molhando os cabelos.

- Não estou solitária! Estou namorando!

Harry tentou não rir, mas não teve resultado. Riu alto, fazendo a própria risada ecoar pelo banheiro de mármore.

- Não estou de brincadeiras! Estou em um relacionamento muito sério! – Repreendeu Murta. 

- Sei! Com o pirraça?

- Não seja tolo! Não namoraria alguém tão desprezível, quanto o Poltergeist! – Ela fingiu socar o vitral. – Estou namorando o senhor Thomas!

- Claro... E ele é cego ou tem problemas mentais? – Zombou.

- Não fale assim! Ele é seu amigo! – Disse Murta, enquanto Harry esfregava o shampoo no cabelo.

- Meu amigo? Sinto muito, mas não conheço nenhum Thomas! – Disse Harry tentando parar de rir.

- Dino Thomas! Ele não é mais seu amigo? – Ninguém chamava o Dino de Thomas, por isso Harry estranhou, ao ouvir.

- Dino? Thomas? Esta brincando! Vocês estão de namorico? – Perguntou Harry, engasgando com a saliva.

- Namorico? Claro que não! Estamos NAMORANDO! Quero dizer... Eu estou namorando com ele... Mas ele não esta namorando comigo... Sabe como é?

- Não! Não sei! Você é tão ridícula Murta! Sabia disso? – Perguntou Harry roxo.

- Você diz que é meu amigo! Imagina se não fosse! Ia estar tentando me matar.

- Pensei que você já estivesse morta! – Riu Harry.

- Mais que conversa de doido!

- É claro que é de doido! Estou conversando com você!

- Como você é criança!

- Sou mais velho que você!

- Não é! Eu morri há muitos e muitos anos atrás! – Disse Murta jogando o cabelo ensebado para trás da orelha.

- Esquece pirralha! Bom... Porque você está tão apaixonada pelo Dino?

- Não é Dino! É Didi!

- Que seja! Porque você está tão apaixonada pelo... Di...Di? – Disse Harry brincando com as bolhas de sabão.

- Ele tem me visitado bastante... O coitado está tão solitário como eu. Ás vezes ele vai até o meu banheiro para chorar e desabafar um pouco. Ele é um garoto do bem... Tenho muita dó dele. Tenho mais dó dele, do que tenho de mim.

Harry olhou para o teto. Ele também estava com dó do Dino. Primeiro a Gina e depois a Hermione. O garoto parecia estar sofrendo bastante.

- Sabe o que ele me disse? – Murta fez uma pergunta retórica. – Ele me disse que aquela sua amiga sabichona, do cabelo ruim...

Harry a interrompeu.

- Agora o cabelo dela não é ruim... Eu sei que antes parecia uma palha, mas agora está com cachos bem definidos. 

- Tudo bem! Então... Ele me disse que a sua amiga sabichona, do cabelo com cachos bem definidos usou ele para fazer ciúmes, para seu amigo ruivo bonitão.

- O Rony?

- Não sei o nome! Só sei que a sua amiga espertinha, usou o meu pobre Dino! Ela é uma garota sem coração! Isso sim! E eu conheço outra pessoa sem coração!

- Quem?

- Você! Dino me disse que você roubou a namorada dele. A ruiva esquisitinha, irmã do ruivo bonitão!

- Ah! Você esta me deixando confuso! Diga os nomes! – Disse Harry, perdido na conversa.

- Não sei os nomes! Eu só sei que você roubou a garota que era do Dino!

- Não roubei! Eles tinham terminado, quando eu a pedi em namoro! – Disse um Harry bravo.

- Tudo bem Harryzinho! Não precisa ficar bravo comigo! Eu sou sua amiguinha de banheiro, não sou? – Perguntou ela, pousando o braço no ombro de Harry. Mas ele logo deu um mergulhou para se afastar dela.

- Não! Agora me dê licença! Preciso sair daqui e secar meu corpo! Vai já, para outro banheiro!

- Eu não vou sair daqui!

- Que droga Murta! Preciso me arrumar logo! Tenho que me trocar logo para me encontrar com o Rony e...

- Ah! Acho que agora decorei! O Ronee é o bonitão musculoso, dos cabelos ruivos, perfeitos?

- Ér... Sim! Quero dizer... Não! Ele é o gordinho ciumento!

- Sei... Para mim, aquilo não é gordura e sim músculo!

- Você não sabe de nada garota! Mas eu estou falando sério! Vai embora! Tenho que ir ver o Draco, por causa do Snape e...

- Ah! Drak é o loiro bonitão, musculoso e charmoso?

- É Draco! E todo mundo é musculoso para você?

- Sim!

- Eu também sou? – Perguntou sorrindo.

- Você não! Você é carne e osso, Harry! – Harry jogou o sabonete pro lado, frustrado. – Mas não se preocupe! Você é uma boa pessoa! É isso que importa! Para mim, é só isso que importa. Mas não na vida! Na vida não é assim! É pela aparência que as pessoas te julgam...

- Muito obrigado, Murta! De coração. – Disse Harry, no tom de uma mistura de ironia e inocência. – Falando em pessoas boas, você acha que a madame Marieta é uma boa pessoa? 

- Eu sei muita coisa sobre ela! E a única que eu vou te dizer é que ela não é uma boa pessoa!

- Você a conhece?

Mais que qualquer outra pessoa!

- Então me conte! Conte tudo que você sabe!

- Não posso abrir a boca.

- Você esta de que lado Murta? Do bem ou do mal? – Disse Harry ansioso.

- Do bem é claro! Mas também não sou tola! Se eu abrir a boca, posso me prejudicar seriamente!

- Querida amiguinha de banheiro... VOCÊ ESTÁ MORTA! M-O-R-T-A! Não pode se prejudicar mais ainda! Conte! Tudo!

- Vou embora! Tchauzinho Harry!

Ela deu uma volta e mergulhou em uma privada.

- Entendi seu esquema Murta! Se mandarem você descer, você irá subir. Mas se mandarem você subir, você irá descer! – Falou Harry com os próprios miolos.

Ele se trocou e se apressou. Ele não estava com vontade de ir, mas queria distrair a cabeça, para não ficar pensando nas palavras da Murta.

Ele foi até a sala e encontrou Rony encostado na porta, tamborilando os dedos na madeira.

- E ai cara? Pensei que você nem ia vir!

- Desculpa a demora, mas a aquela chatinha da Murta, ficou me infernizando! – Harry contou à Rony sobre a bibliotecária.

- Mas eu sempre achei aquela mulher de cabelos rosa, esquisita! Ela deve estar planejando alguma coisa com o Malfoy!

- Não fale besteira Ron! Draco é um cara do bem agora!

- Você também? DRACO? É Malfoy! Malfoy! O pai dele tentou te matar! – Disse ficando vermelho.

- E daí? Ele não é o pai dele!

- É sim! É sim! Ele é um garoto do mau! MAU! Ele continua sendo egoísta, ignorante, metido, preconceituoso, arrogante e excêntrico!

- Pára Rony! Quem está sendo preconceituoso e ignorante é você! – Disse Harry aumentando o tom. – Agora ele é um dos nossos, cara! Firmeza?

- NÃO! CLARO QUE NÃO! Um dos nossos? O que você bebeu? Ele é seu arquiinimigo! Você está muito sem noção hoje! 

- Não estou! A Luna está transformando ele em um cara do bem!

- Ou ele está transformando a Luna em uma garota do mal!

- Cala a boca e entra! – Disse Harry empurrando o ruivo sardento, para dentro da sala.

A sala estava idêntica ao professor Snape. Fria e assustadora. Havia apenas uma luz acesa na sala. E as carteiras haviam sido tiradas e substituídas por bonecos de ferro, iguais aos da armada de Dumbledore.

Harry conseguiu notar, três coisas esquisitas. A primeira era que Draco sorria de orelha a orelha. A segunda era que a mão direita de Luna estava entrelaçada na esquerda de Draco e a mão direita da loira estava pousada na cintura dele. E a terceira era que Draco estava lendo o Pasquim.

Harry entrou devagar, tentando não fazer barulho, para não acabar com o clima fofo dos loirinhos. Mas a estupidez em pessoa, entrou batendo o pé com força no chão.

- Rony! – Sibilou Harry. Mas já era tarde demais. Os pombinhos já tinham se assustado.

- Ah! Oi Harry! – Disse Luna. – Oi Rony-Rony!

Rony não gostou do seu novo apelido, mas respirou fundo e respondeu.

- Oi Love-Lovegood! – Disse tentando parecer meigo.

- Boa noite Harry... Você não se incomoda de eu te chamar assim? – Perguntou Draco, se levantando e estendendo a mão.

- Não! Mas eu também vou te chamar de Draco!

Os dois riram e Rony lançou um olhar fulminante a Harry, que por si, fingiu que não viu.

- Quanto a você, também posso te chamar de Ronald, ou Rony?

- Não pode não! Chame-me de Weasley, ou se preferir, Traidor do Sangue! Não era assim que você costumava me chamar?

- Cara! Vamos esquecer nossas rixas? Eu sou outro Draco agora!

- Não é!

- Cara! Agora você namora a Granger, Thomas não é mais garanhão, Longbottom está com tudo em cima e Harry e sua irmã estão namorando! Todos podem mudar! Então, porque eu não posso?

- Porque você nunca vai mudar! – Rony tirou a capa do uniforme e jogou no canto da sala.

- A minha loirinha está me ajudando com isso! Ela está me colocando nos eixos!

- Que seja! Você nunca vai mudar! Sempre será o Malfoy! Agora, vamos acabar logo com isso!

Draco ficou um pouco intimidado, sorriu trincando os dentes.

- Ér... Tudo bem! Harry! Pelo que eu vi na outra aula com o Snape, você aprendeu a executar o feitiço estupório, sem convocar. Então acho que você pode se sentar e desfrutar essa noite quente com a Luna e o Pasquim dela.

- Ah! Valeu! – Harry sentou ao lado de Luna e começou a folhear o Pasquim especial sobre Hipogrifos.

Draco parecia se esforçar ao máximo para ajudar Rony, mas o ruivo não tinha conseguido nada.

- Ah! Isso é inútil!

- Você consegue! Pare de pensar na Granger e se concentre no feitiço que você quer executar!

- Quem te disse que eu estou pensando na Mione?

- Eu também estou apaixonado! Sei como é difícil manter os pensamentos, no lugar. – Disse Draco olhando para Luna.

Rony até tentou não sorrir, mas o que Draco dissera era a mais pura verdade, então Rony teve que sorrir e concordar com a cabeça.

- Você quer dar uma pausa e ir beber água?

- Vou beber! – Disse sério.

- Ah! Eu já vou ir me deitar! Se cuida querido! – Disse Luna beijando o Malfoy.

- Boa noite Lu...

- Boa noite Harry!

- Boa noite Luna!

Ela saiu no estilo Luna: Saltitando.

- Desculpa pelo meu amigo! Ele é cabeça dura!

- Ele tem motivos para ficar assim comigo! Eu xinguei muito a família e namorada dele. Mas agora estou muito arrependido.

- Não se preocupe!

- Não! Você não entende! Eu preciso me preocupar! Eu precisar ficar consciente de que não fui uma boa pessoa. Eu fui tão mal! Para todos! Eu fui realmente terrível, e você não tem idéia do quanto eu me arrependo por isso! Sinto ódio de quem eu era. E agora, faço de tudo para mudar! Tudo mesmo! Eu quero ser uma pessoa do bem! E a culpa é toda do meu pai! Não toda! Porque parte dela também é minha! Mas era ele que influenciava o mal em mim! Mas agora ele está em Azkaban! Não preciso mais preocupar com ele!

- Sinto muito! Eu realmente não quis que ele fosse para aquele lugar horrível!

- Ah! Você quis sim! Até eu queria! No começo, eu fiquei um pouco um irritado... Tudo bem! MUITO IRRITADO! Mas eu percebi que ele mereceu aquilo! Ele foi mal! E ele é mau! E sabe o que é pior nele? – Disse Draco, socando o boneco. – Ele quer que eu seja igual ele! Ele queimou meu braço! Foi ele quem fez a minha iniciação! Eu juro pela minha vida que se eu tiver um filho a última coisa que eu vou fazer, vai ser queimar ele quando ele fizer dezesseis anos! Ele deixou aquela cobra em mim! Você acha que é legal se olhar no espelho e saber que você faz parte da comunidade que mata várias pessoas? Eu já tentei tirar isso! Mas é impossível! – A voz triste de Draco, mudou para desesperada, ele tentou não mostrar, mas estava para chorar. – Desculpe!

- Tudo bem, cara! Pode desabafar! – Disse em tom de consolo.

- Bom! Resumindo... Ele é um monstro! Eu... Quando ele voltar eu vou querer passar para ele tudo o que a Luninha me ensinou! Vou ensinar para ele o que é amor! Mamãe vai me ajudar com isso! Eu sei... Eu estou mudando mesmo! Eu posso mudar! Sei que posso! Eu não quero mais ser conhecido como Malfoy e sim como Draco. Porque agora eu aprendi a viver. Eu sinto sangue quente correndo nas minhas veias. E aprendi que tenho coração e que posso ligá-lo com a minha alma e com a minha mente!

- Parabéns Draco! Fico muito feliz por você! Mas continue se orgulhando de ser um Malfoy. Se orgulhe de ser filho do seu pai. Levante os braços, olhe para o céu e agradeça por tê-los por perto! Porque um dia eles vão embora... – Harry olhou para os pés. Ele estava quase chorando, ele sustentou o olhar por alguns segundos. Ele queria tanto ver os pais deles. Era tudo tão difícil! – Ele pode ter errado... Mas todos erram! Errar é humano... E perdoar é ainda mais!

Os dois deram aquele riso fraco sabendo que a qualquer hora eles poderiam cair no choro, feito duas criancinhas no jardim de infância. Não só Draco sentia um alivio no peito como Harry também.

Rony entrou com a camisa molhada. Provavelmente tivera certo acidente com a água.

- É melhor você irem embora! Já são duas da manhã! – Disse Draco.

- É isso que vamos fazer, não é Harry? – Disse Rony secamente.

- Aham... Tchau Draco! A gente se vê não é cara?! – Perguntou Harry dando um tapa amigável no ombro dele.

- Claro! Vamos tentar marcar um dia, para nós três, irmos tomar uma cervejinha no Três Vassouras! Pode ser?

- Sim! Só preciso ver com a minha ruiva!

- Eu vejo com a minha loira.

Os dois riram.

- E eu vou ver com o meu relógio, a hora que a gente vai sair daqui - Disse Rony olhando um relógio inexistente em seu pulso.

- ACORDA! VOCÊ DORME MAIS QUE A MINHA VÓ! – Harry nem precisou colocar os óculos para definir, quem era a criatura pulando em cima dele. Os cabelos ruivos o denunciaram.

- Rony! O que você quer? – Perguntou Harry com a voz embriagada de sono.

- Você tem que ver! Já colocaram no mural, que Hogsmeade vai abrir no sábado! Demais não é? – Rony saiu de cima de Harry e foi para a janela. – Convidei Mione para um encontro romântico no Três Vassouras...

Harry colocou os óculos e viu Rony, olhando as nuvens que dançavam pelo céu.

- Excelente, para você! – Disse com mau-humor matinal.

- Ah! Gina pediu para Luna que pediu para a Hermione que pediu para mim, te entregar essa carta...

Rony cortou o ar, balançando a carta com força, na mão pálida. Harry fez o máximo de força para poder entender o que estava escrito. A visão dele ainda estava embaçada.

Harry,

Eu sei que você vai ficar um pouco desapontado com essa carta, mas ela é necessária.

Você já deve estar sabendo que Hogs, vai abrir para os alunos sábado, então...

Faz bastante tempo, que eu não fico com as minhas amigas, da minha série, então eu pensei em sair com elas, sabe?! Uma tarde de garotas: compras, doces enfeitados, e gatos (animais.). Espero que você não fique triste... Temos meses, para ficarmos juntos! Ou seriam anos? (RISOS).

Eu fiquei sabendo que talvez você fosse sair com o Rony e o Draco, então vamos fazer o seguinte, você sai com os seus amigos, e eu com as minhas amigas! Pode ser?

Te amo mais que tudo!

Beijos Gina (Ruiva doida, que está loucamente apaixonada pelo menino dos cabelos desengonçados e perfeitos!)

Harry fechou a carta, junto com os olhos. Como Gina era perfeita, ele pensou. Ela ficou toda preocupada porque queria sair com as amigas, que meiga! Harry abriu os olhos e viu Rony encostado no beiral da porta, com cara de ansioso.

- E ai? O que é que ela quer?

- RON! É particular!

- Que seja! Mais saiba que eu não eu não vou ir me encontrar com o metidinho do Malfoy!

- Problema é seu! Pois eu vou! – Disse Harry como se estivesse falando com uma pedra.

Rony pareceu ficar bastante magoado.

- Isso ai! É problema meu! Quem liga, para o que o pobre Rony pensa? Porque agora o famoso Potter é amigo do rico Malfoy! E o pobre Weasley é um inútil!

- Rony! Pare de ser ciumento!

Tarde demais. Rony saiu, deixando a porta bater com força.

- Ótimo! – Ironizou Harry sozinho. – Quando resolvo um problema com o Malfoy, crio um com o Rony.

Ele jogou o pijama no canto do quarto, realmente irritado.

- Preciso acabar com aquele monstrinho irritante do Rony, chamado Ciúmes!


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