Que a verdade do meu coração seja dita! escrita por Poliana TH


Capítulo 27
Confusa. Agora tenha certeza disso!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês!
Divirtam-se!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179296/chapter/27

Fui até o meu quarto, deitei na cama e comecei a reler a carta em voz alta, queria decorar cada palavra... Bill... Sempre tão preciso no que queria dizer:

“Passou o tempo no meu pensamento. A minha cabeça não me deixa esquecer de você. Mesmo que eu queira seguir em frente não posso, pois você foi algo marcante. As coisas que aconteceu ou deixaram de acontecer não importa por que eu amo você e não a nada nesse mundo que me faça mudar de idéia, somente você me perdoando por algo que fiz de errado ou não, voltando para mim, me fazendo parar de chorar, pois eu não agüento mais ouvir sinos estridentes de lembranças. Só peço que me perdoe, fale comigo, seja minha amiga.

Não durmo, a noite não há magia, eu quero que você fique bem para eu ficar também. Me disseram para não desistir dos meus sonhos, então por favor não fuja só tenho você, que é a minha vida. Só quero você.

Mas não sei se isso é impossível, sei que te magoei, mas não fiz por mal. Já vi que você já se esqueceu de mim, mas não consigo fazer o mesmo. Não consigo te imaginar com outra pessoa e a prova, de que estou arrependido, é que vou tirar a minha vida por você.

Seja feliz Paula...”

Bill: - Pois você é a minha única felicidade...

Paula: - Bill! O que você faz aqui? – Levantei-me surpreendida.

Bill: - Assim que soube que você já tinha ido embora, eu vim para cá!

Paula: - Você tem que parar com essa mania de ficar entrando na casa dos outros sem avisar.

Bill: - Eu não consigo evitar. Principalmente quando se trata de você.

Nesse momento eu fiquei sem graça.

Bill: - Você disse que precisamos conversar, certo?

Paula: - Sim!

Bill: - Sobre o que?

Paula: - Não sei. Sobre tudo e ao mesmo tempo sobre nada... Eu ainda acho que isso é um pesadelo...

Bill se aproximou de mim e me abraçou. Isso era tudo que eu precisava, eu realmente estava precisando desse abraço.

Bill: - Agora eu voltei. Prometo nunca mais te deixar sozinha.

Paula: - Bill, sobre aquele dia na festa...

Bill: - Não precisa se preocupar, eu errei...

Paula: - Não eu errei!

Bill: - Nós dois erramos então! – Ele me abraçou mais forte.

Paula: - Queria que isso durasse para sempre.

Bill: - Ainda não descobri como faz parar o tempo – Ele riu abafado.

Paula: - Não precisa de tudo isso... Eu só quero ficar com você agora.

Bill: - Espera Paula – Ele me soltou e segurou em minhas mãos, ficamos um olhando para os olhos do outro.

Paula: - O que foi?

Bill: - Você está falando sério?

Paula: - Sobre o que?

Bill: - Paula, você está querendo voltar?

Paula: - Eu não disse isso... Bill ainda é cedo para isso... Eu... Eu...

Bill: - Tá, eu entendo. Desculpe, estou sendo precipitado.

Paula: - Eu preciso colocar a minha vida em ordem primeiro.

Bill: - E quando vai ser isso?

Paula: - Bill?

Bill: - Que?

Paula: - Tenha calma... – Falei passando o dedo no nariz dele.

Bill suspirou e fez uma cara de criança mimada que acabou de ouvir uma não após perguntar se poderia comer um doce.

Paula: - Para de fazer essa cara... Seu mimado! Você não vai me convencer.

Bill: - Se eu soubesse que iria me apaixonar por você eu não teria feito isso...

Paula: - Isso o que?

P.O.V. Bill

Falei demais agora. Será que vou ter que contar para ela tudo, dês do começo? Não me sentia preparado para falar.

Bill: - Na... Nada.

Paula: - Eu entendo que você não quer falar. Mas eu queria que não houvesse mais segredo ente nós dois.

Suspirei bem fundo não vi outra saída a não ser contar.

Bill: - Na verdade sempre soubemos da existência das 7 semi-deusas, eu e Tom, Georg e Gustav... Mas eu nunca imaginei que me apaixonaria por umas delas.

Paula: - Você sempre soube o que eu era? Quer dizer, aquele dia que acordei no hospital, você estava lá, do meu lado... Então nada foi por ironia do destino e sim tudo planejado?

Bill: - Sim! Antes de você me conhecer, eu já te observava à muito tempo atrás. Eu sei o tanto que você sofria pela rejeição dos seus pais, entendo o seu sofrimento e principalmente entendo o porquê você se jogou daquela ponte. Quando eu vi você se jogando eu me aprecei para te pegar... Mas você já estava desmaiada... Estava tendo uma overdose... Então te levei para o hospital... Fiquei muito aflito, eu não poderia deixar você morrer, aos poucos fui percebendo que não era só por causa que você era uma das semi-deusas que eu não queria que você morresse, mas sim por que eu já sentia algo por você. No começo eu queria negar isso, mas foi inevitável, o amor falou mais alto... – As palavras iam saindo da minha boca sem que eu percebesse, Paula olhava para mim prestando atenção em cada palavra que dizia.

Paula: - E você só fala isso agora para mim? Poderia ser tudo diferente... Não teríamos que passar por isso agora...

Bill: - Não! – A interrompi – Se eu te contasse antes não ia fazer a menor diferença...

Paula: - Por quê?

Será que eu falava ou não? Isso realmente estava sendo difícil para mim...

Paula: - Bill, eu te fiz uma pergunta.

Bill: - Eu... Eu ouvi... Paula... Eu ia ter que fazer aquilo do mesmo jeito. Eu ainda não entendo o porquê eles me atrapalharam de fazer isso.

Paula: - Como assim? Tom, Georg e Gustav sabiam disso tudo dês do começo?

Bill: - Sabiam... Mas... – Caramba, eu tinha que achar aas palavras certas para isso.

Paula: - Tá, você não quer falar é isso? – Ela olhou para baixo.

Bill: - Não fique triste comigo. – A abracei novamente. Mas quando já estávamos desfazendo os abraços, vi uma mancha no ombro dela, do lado esquerdo, quase no pescoço.

Paula: - O que foi, tem algo no meu pescoço? – Ela falou levando a mão até o local.

Bill: - Não... Quer dizer, sim! Mas já sei o que é.

Paula: - O que?

Bill: - Venha, vou te mostrar.


P.O.V. Paula

Bill estava tentando esconder algo de mim, tinha certeza disso, porem eu não queria forçá-lo a contar. Ele me abraçou, mas quando já estávamos nos separando percebi que ele olhava para o meu pescoço o que me intrigou um pouco.

Paula: - O que foi? Tem algo no meu pescoço? – Falei levando a mão até o local, achando que tinha algo.

Bill: - Não... Quer dizer, sim! Mas já sei o que é.

Paula: - O que? – Perguntei curiosa.

Bill: - Venha vou te mostrar. – Ele me levou até o espelho que tem no meu quarto, que dava para ver o corpo inteiro.

Me posicionei em frente do espelho e Bill ficou logo atrás, porem muito próximo da minha costa, eu sentia a respiração dele no meu pescoço. Ele colocou o meu cabelo para o lado direito e encostou um dedo em algo que parecia ser uma mancha ou até mesmo uma tatuagem.

Ele ficava passando o dedo por cima da marca como se quisesse pintá-la, mas ao invés disso ele estava me causando arrepios, o que me fez entortar um pouco a minha cabeça.

Paula: - Bill? – Ele demorou um pouco para responder, parecia que ele estava distraído olhando fixamente para o desenho.

Bill: - O que?

Paula: - Essa marca, o que é isso? Não me lembro dela... O que ela faz aí?

Bill: - Quando as semi-deusas descobrem os poderes delas elas ganham uma marca, mostrando o que elas estão sentindo. Esse símbolo é chamado de Cruz da Confusão... Você realmente está confusa com o que está se passando na sua vida.

Paula: - Ela vai ficar ai para sempre?

Bill: - Não sei direito, mas acho que sim! Elas também podem mudar de forma ou de cor.

Paula: - Cada dia que passa descubro algo novo!

Bill: - Você deve estar com fome e cansada...

Paula: - Não, só um pouco cansada.

Bill: - Vou deixar você descansar então. - Ele já estava se afastando, indo em direção da porta.

Paula: - Não! Bill espera.

Bill: - O que foi?


Paula: - Não me deixa sozinha.

Bill deu um sorriso malicioso e veio ao meu encontro. Pegou em uma das minhas mãos e me levou até a cama. Ele se sentou e eu deitei em uma das pernas dele.

Bill: - Paula me responde uma coisa? – Ele falava acariciado o meu cabelo.

Paula: - Pode falar. – Eu já estava quase dormindo.

Bill: - Você confia em mim?

Paula: - Bill... Eu... – Suspirei – Sim Bill confio em você!

Ele continuou brincando com o meu cabelo até que dormi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
O próximo capítulo vai ter algumas surpresas...
Bjssssssss!!!
Caso não apareça a imagem, esse é o link que mostra a marca que tem na Paula: http://forgetthefear.blogspot.com.br/2010/09/cruz-da-confusao.html



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Que a verdade do meu coração seja dita!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.