Gina já estava a três dias sem usar qualquer tipo de droga, estava mais palida e magra que o comum . Tom já estava preocupada com a raiva, porém sempre que ele iria em seu quarto ela o tratava de forma sem educação passando assim a maior parte do tempo em seu quarto.

Ela estava deitada e como de costume pensava em Harry e no seu passao que até hoje nunca ninguém sabia ao certo. Estava perdida em seus pensamentos até que alguém bateu na porta.

- Ruiva. – era Tom, o velho dono do bar em que Gina morava e trabalhava.

- Oi Tom. – ela disse com a voz seca por falta de uso.

- Você vai sair desse quarto agora, nem que eu tenha que te tirar a força. Apesar de tudo você vive aqui para cantar no meu bar e nem isso você faz mais, sei que você teve uma crise e que estava no hospital, mas se faz dias e você só fica aqui dentro desse quarto. Ou você trabalha ou você vai embora.  – o tom de voz do velho era bravo porém Gina sentiu alguma coisa a mais ali, alguma coisa como preocupação.

- Ta, estou indo. – ela respondeu.

Gina levantou-se e se olhou no espelho, sua aparência estava horrivel mas ela realmente não ligava.

O bar estava cheio como sempre porém Gina não encontrou nem Harry, Neville ou Draco. Ela se sentou em uma mesa afastada e pegou uma bebida qualquer, até que um cara entrou no bar, sua roupa era toda preta e ele usava um capuz que tampava toda a visão de seu rosto, ele se sentou próximo a mesa em que a ruiva estava e retirou um pó do bolso que Gina reconheceu sendo cocaína.

Ela de alguma forma se sentiu feliz talvez ele pudesse dar um pouco a Gina e a única coisa que ela realmente precisava no momento era uma garrafa de Vodka e algumas fileiras de cocaína.

- Ei, pode me dar um pouco? – perguntou ela sem jeito.

O homem a olhou porém mesmo assim ela não conseguiu ver seu rosto o que de certa forma a deixou incomodada. Estava prestes a cheirar cocaína de um cara que sequer poderia ver o rosto e no fundo isso não a dava medo, na verdade ela sentia adrenalina em tudo isso.

- Venha aqui. – o homem sussurrou e Gina se sentou ao lado.

O homem não identificado formou fileiras na frente de Gina que ela aceitou de bom grado. Logo ela estava em sua forma habitual, uma drogada bêbada, escolheu uma música que a fazia se lembrar de Harry.

I Hate Everything About You - Three Days Grace

Every time we lay awake

After every hit we take

Every feeling that I get

But I haven't missed you yet

Every roommate kept awake

By every sigh and scream we make

All the feelings that I get

But I still don't miss you yet

Only when I stop to think about it

I hate everything about you

Why do I love you?

I hate everything about you

Why do I love you?

Every time we lay awake

After every hit we take

Every feeling that I get

But I haven't missed you yet

Only when I stop to think about it

I hate everything about you

Why do I love you?

I hate everything about you

Why do I love you?

Ela batia o pé no ritmo da música e em alguns momentos soltou risadas que nem ela mesmo saberia dizer o motivo. A droga fazia efeito em seu organismo e ela já estava dançando e balançando a cabeça como se fosse uma louca, talvez ela realmente fosse. Os bêbados presentes ali estavam indo a loucura e isso a divertia, causar prazer em pessoas a deixava de certa forma feliz. Assim que terminou a música a ruiva desceu do palco rindo avisou a Tom que iria dar uma volta. Tom que percebeu a alteração dela preferiu não dizer nada.

Ela saiu como sempre sem rumo, estava rindo das pessoas que passavam e logo várias perceberam seu estado. Algumas atravessavam a rua, outras se encolhiam mas no final tudo causava certa diversão a garota. Estava tudo indo bem, dependendo do ponto de vista em que se enchergam a sitação, até que Gina esbarrou em alguém. Seus olhos foram subindo até que ela se deparou com a pessoa que menos queria ver: seu pai.

- Gina?  - perguntou o Sr. Weasley.

- Papai. – respondeu Gina não se contendo e rindo.

- Você está drogada? – ele perguntou.

- E isso importa? – ela respondeu debochada.

- É claro que sim, isso não é certo. – ele disse.

Gina tinha admitir que seu pai é um bom ator, principalmente quando o papel é interpretar um bom pai.

- Ok, vamos acertar os relógios para não chegarmos atrasados a nenhum lugar. Vamos deixar de encher a cara e se divertir porque o papai ta mandando.  – ela disse rindo.

Sr. Weasley levantou a mão e acertou em cheio o rosto de Gina com um tapa.

- Você não é mais minha filha. – ele disse cuspindo as palavras.

- Ops, acho que você já disse isso. – a ruiva respondeu.

- Eu errei quando comparei você com sua mãe. Você é bem pior que ela, talvez seja igual seus irmãos. – ele disse vermelho.

- Meus irmãos que você teve o prazer de dar o sumiço não é? Ah, já sei eles também eram seu desgosto. – Gina disse agora séria.

- Não fiz nada disso. – respondeu o homem.

- Faz um favor para a humanidade? Morre. – ela disse seca e empurrou seu pai saindo correndo.

Estava feliz demais até se lembrar dos seus irmãos, não precisava ser lembrada de uma coisa que atacava seus pensamentos todas as noites. Afinal ela era culláda, sempre foi.

A ruiva andou até uma rua onde encontrou um senhor sentado na calçada. Ele tinha longos cabelos brancos e sua barba era gigante, ela de alguma forma viu a figura de seu avó ali porém não poderia dizer se ambos se pareciam por nunca ter conhecido nenhum de seus avós.

- Posso me sentar? – ela perguntou.

- Sua mãe nunca te ensinou que não se fala com estranhos? – ele perguntou porém a ruiva percebeu que havia uma certa alegria por ela estar falando com ele.

- Não tenho família. – ela respondeu e isso não doeu, pela primeira vez.

- Então sente-se. – o Sr. Respondeu chegando para o lado.

Gina se sentou e acendeu um cigarro.

- Sabia que faz mal fumar? – o velho disse.

- A coisas bem piores que sequer me alertaram. – ela disse dando uma tragada em seu cigarro.

- Por exemplo? – perguntou.

- Amor e Sonhos, nunca vi coisa mais perigosa que isso. – ela respondeu pensativa.

- Só são perigosos quando não se sabe lidar com eles. – ele respondeu.

Gina pela primeira vez olhou para o rosto e percebeu as marcas do tempo e da vida ali. Seu rosto era coberto por rugas e havia várias cicatrizes que ela queria descobrir que onde vieram.

- Como assim? – perguntou.

- Já parou para pensar que hoje em dia pessoas se apaixonam e se desapegam em um piscar de olhos? Elas não sabem amar e simplesmente dizer que o amor que é o ruim da historia e seus sonhos sempre vão se tornar impossiveis se você não correr atrás. – ele explicou dando um sorriso bondoso.

- Está querendo falar que não devo desistir dos meus sonhos por mais complicados que sejam? – perguntou.

- Exatamente. – ele sorriu.

Gina agora tinha uma certeza: Iria atrás de Harry.