Bem Vindo Ao Mundo Real. escrita por LuluuhTeen, Luisa Druzik


Capítulo 2
Capítulo I: Explicações




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Isso não é um diário, é uma história de terror.

Quero enfatizar que isso conta um dia da minha vida, mas não pode ser chamado de diário, por quê? Porque em um diário você escreve tudo de bom que aconteceu no seu dia. O que você vai ficar sabendo não é nada bom. Quero também avisar a todos que tem medo de fantasmas, espíritos, assombrações e palhaços que saiam da sala, não seria nada legal se alguém tivesse um ataque, seria? Vou começar a contar o que aconteceu.

Era um dia normal, todos na escola, estudando, eu no meu canto. É difícil escrever sobre sua morte. Não desejo isso à mais ninguém, mesmo sabendo que algumas pessoas são as culpadas de eu estar passando por isso. Elas estão sofrendo o suficiente. Acho que depois que você enfatiza que está morta fazendo algumas visitas fica mais fácil das pessoas se arrependerem. Posso dizer com toda a certeza, morrer não é a melhor coisa que existe, é ótimo, mas eu ainda prefiro comer um lanche no Mc’ Donald’s e me divertir indo ao cinema. Não que isso seja algo como: “Nossa, morrer é horrível!”. Não é. Você vive a mesma vida de antes, a mesma idade de antes, ou, a idade que desejar viver. Não existem muitos adolescentes aqui onde estou. A maioria é criança. Parece que os adultos não gostaram muito da sua infância e resolveram re vive-la.

O bom é que 3 a cada 100 desejam ser como eu. Aproveitar sua faze de dúvidas e contradições. Não foi só por isso que resolvi ficar como morri. Eu também quis atormentar algumas pessoas. Para isso, eu não poderia parecer 20 anos mais velha ou 10 mais jovem. Elas não entenderiam. Não me enxergariam e não ligariam tanto quanto estão ligando. Minha nossa, como é divertido vê-las sofrer. Se eu soubesse que seria assim, teria me deixado morrer mais cedo. Eu nunca fui muito interessada em ter filhos, casar, ter um emprego. Sempre quis escrever. Ser feliz fazendo o que gosto e sozinha. Agora, tenho todo o tempo do universo e toda a minha juventude e criatividade.

Sinceramente, não acho que poderia melhorar. A não, eu esqueci que aqui não tem Mc’ Donald’s. Nem cinema. Ou melhor, tem, só que posso dizer que não é tão divertido assistir filmes de terror quando se está morto. Romances? Nem pensar, aqui não tem amor, todos são pessoas que só ficam pensando no que poderiam ter feito antes de morrer. Aventura? Posso dizer que não tem muita graça, por que se a pessoa tivesse morrido no filme, nós veríamos.

Nós quem? Ora, nós, os Controladores! Nós controlamos todos que passam por aqui, algumas pessoas depois de mortas são designadas para algum “trabalho”, o meu, é tecnicamente o cargo chefe. Eu sou A Diretora. É um trabalho entediante até que você começa a pegar opniões e quando eu estou feliz deixo a coisa rolar e as pessoas serem ‘elas’, é aí que dá tudo errado: bombas, ataques terroristas, vulcões, furacões, depois de um desastre desses eu fico muito nervosa e então demora muito tempo para eu deixar as coisas fluírem por si só. 

Mas voltando a minha morte. 

Eu estava na escola, um dia normal. Eu, num canto do refeitório, os garotos me olhando como se eu ainda fosse uma novidade. Carne fresca, ainda sangrando. Mesmo depois de um ano e meio eu continuava sem me enturmar. Hoje você diria que eu sofria bulliyng, mentira, eu me afastava. Achava tudo uma futilidade. Garotas chorando por garotos? Somente nos meus livros, é o que eu pensava.

A professora de literatura me chamava de: ‘Uma nova classe nos talentos literários.’ Ou ‘Uma escritora de sucesso na história da escola.’, mas como toda lenda, eu tinha uma história trágica por trás de tanto sucesso.Naquele dia, um dos garotos mais corajosos se aproximou.

Eu subi meu olhar e logo depois baixei novamente para meu livro. O garoto puxou o livro de cima da mesa e eu o empurrei. Ele era um pouco mais alto que eu, então não conseguia alcançar meu livro que ele havia levantado acima da cabeça.

- Um beijo e eu devolvo. – Ele disse com um sorriso idiota. Eu não iria beijá-lo. Tentei pensar rápido, um tiro certeiro. Dei-lhe uma joelhada entre as pernas e ele deixou cair meu livro. Eu juntei do chão, peguei minha bolsa e sai do refeitório com muitos olhares me seguindo. Ótimo. Eu era simplesmente a esquisita barraqueira, de novo. Corri até o único lugar onde ficava em paz.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo daqui a 2 minutos. Reviews?



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