A Esperança Dos Renegados escrita por Aldneo


Capítulo 12
CAPITULO X: Iniciação


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo deveria ser censurado!!!!!!
Mas tava com preguiça... rsrs



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Após o pleno anoitecer, o Senhor dos Cavaleiros caminhava junto com um de seus subalternos pelos corredores de seu castelo. Os dois caminhavam lado a lado e conversavam, porém sem se olharem. Seus olhos, através das máscaras metálicas que lhes cobriam o rosto, permaneciam fixos a frente enquanto seguiam com um caminhar altivo. O cavaleiro informava à seu senhor: “Os novos recrutas já foram imunizados e aguardam pela sua inspeção pessoal, meu senhor. Mas devo adverti-lo, nossos analistas dizem que estes não servirão muito mais do que para meros serviçais.” Antes que o Senhor dos Cavaleiros respondesse qualquer coisa, um outro cavaleiro se aproximara, curva-se e lhe pede atenção: “Meu senhor, trago informes de Malachie.”

O senhor se detém em sua caminhada e, com um gesto de sua mão, pede ao mensageiro que continuasse a falar, enquanto o adverte: “Seja breve.” O mensageiro, então, prossegue: “Ele lhe informa, meu senhor, que encontrou o rastro da ladra e que este o leva até o abrigo de Kutscher, ele já está a caminho e deverá chegar no local antes do amanhecer, provavelmente amanhã mesmo lhe enviará informações concretas a respeito do paradeiro da ladra e provavelmente também da relíquia roubada.” Ao ouvir os informes, o senhor comenta com um tom de satisfação na voz: “Muito bom, não poderia esperar menos de Malachie. Lhe agradeço o informe, mensageiro, agora vá cumprir com suas outras obrigações.” O mensageiro se curva novamente, diz um “Sim, meu senhor”, despedindo-se, e segue seu caminho.

Após o mensageiro se retirar, o senhor se volta para o subalterno que antes lhe acompanhava e dá prosseguimento a conversa que tinham: “Agora, Carinthius, continuando sobre os novos recrutas.” Ao que lhe é respondido: “Bem, meu senhor, como já o disse, eles o aguardam em sua sala de audiências para sua inspeção pessoal.” Os dois seguem até a sala em questão, ao se aproximarem da porta, Carinthius toma a frente e a abre, colocando-se de lado e curvando-se sutilmente enquanto seu senhor adentrava ao cômodo. No interior da ampla sala, uma espécie de escritório que apresentava todo um mobiliário de estilo antigo, o qual contava com sofás, mesas, armários e diversas decorações (tais como vasos e estatuetas), além de longas e belas cortinas e carpetes, dois cavaleiros ainda vistoriavam um grupo de jovens, cerca de uns 13 rapazes, que estavam parados, em pé, próximos uns aos outros, em três fileiras paralelas. Todos os jovens se apresentavam completamente nus.

Ao verem o Senhor dos Cavaleiros, os dois cavaleiros que inspecionavam os jovens se viram para ele, colocam a mão direita, fechada em punho, por sobre o peito e saúdam-no. Ele adentra o recinto e comenta friamente: “Então, estes são os nossos novos recrutas, deixem-me ver os relatórios.” Um dos inspecionadores leva até ele uma prancheta, a qual é friamente analisada. Os jovens, olham, de forma discreta, a imponente figura que se colocava diante deles, devido aos trajes pesados e, aparentemente, com diversas camadas, que usavam, a maioria dos cavaleiros pareciam bem maior que os 'homens comuns', porém o Senhor dos Caveleiros parecia ser ainda maior, as vezes dando a impressão de possuir até o dobro do tamanho da maioria deles. Após analisar os informes da planilha por alguns momentos, o Senhor a devolve e começa a caminhar próximo ao grupo de jovens observando-os. Alguns tentavam ver seus olhos através dos orifícios em sua máscara, o que parecia ser o único ponto onde se podia ver algo de humano em tal ser, outros simplesmente desviavam o olhar ou abaixavam a cabeça quando o percebiam se aproximar.

Após vistoriar a todos os jovens, olhando atentamente um por um, o Senhor chama novamente os inspetores e lhes diz algo, em baixo tom, de forma que apenas os três homens escutavam o que era dito, embora, muitos dos jovens tentassem, visivelmente, escutar o que estava sendo dito. Alguns até fecharam os olhos e viraram a cabeça na direção, tentando melhor apurar os ouvidos, mas o murmuro entre eles era realmente inaudível. Após a troca de informações, o Senhor se retira a uma outra sala que tinha acesso a partir daquele escritório, e os analisadores começam a orientar os jovens a saída. Quando o ultimo dos jovens, um que possuía longos cabelos negros, parcialmente encaracolados, e um bom porte físico, estava para sair, os analistas o detém. “Você não...” - eles dizem ao jovem - “...o Senhor dos Cavaleiros quer conversar contigo, pessoalmente.” O analista que lhe falava lhe aponta a porta da sala a qual o Senhor havia entrado. Todos saem. Apenas Carinthius, permanece do lado de fora da porta, vigiando-a.

O jovem se põe pensativo, e se demora alguns instantes tomando coragem, ele segue até a porta e, ainda um pouco temeroso, adentra a sala que lhe fora apontada. A sala estava escura, com as luzes apagadas. Ao entrar, ele ouve a voz de seu anfitrião: “Feche a porta por favor.” O jovem obedece e caminha mais alguns passos ao interior da sala, a penumbra era tal que mal se percebiam vultos naquele local. Ainda assim o jovem pressentia que estavam sós ali, apenas ele e o Senhor dos Cavaleiros. Ele se detém quanto o ouve falar novamente: “Seja bem-vindo, a partir de hoje você pertencerá a nossa irmandade, será um dos nossos, e este será seu rito de iniciação.” “Eu... eu não estou entendendo, meu senhor...”, o jovem comenta, um tanto confuso. O Senhor então começa a caminhar pela sala, ao redor do jovem, se aproximando cada vez mais. Era possível escutar seus passos, porém, agora estavam bem mais leves do que se ouvia anteriormente. Suas passadas já não estavam mais acompanhados do som metálico de suas vestes. O jovem então sente as mãos de seu anfitrião lhe envolvendo os ombros por detrás, percebendo também que as mãos estavam sem as luvas e logo se dá conta que o Senhor do Cavaleiros, assim como ele, estava completamente despido de suas vestes. Logo lhe é feita a proposta em um murmurio próximo a seu ouvido: “Seja meu esta noite, e a partir de amanhã, tudo o que quiser será seu.” O jovem não esboça reação ou resposta, ao que seu anfitrião o gira de frente para si, lhe acaricia o pescoço com uma das mãos, parando-a em sua nuca, o puxa suavemente para junto de si e o beija na boca. Ao perceber o consentimento do jovem com tal atitude, ele o abraça, os dois se envolvem, um nos braços do outro, e, em meio a penumbra daquela sala, o jovem se entrega...


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