You Are All Your Hate escrita por CarolynNinne


Capítulo 2
Knook knook knookin' on my fuckin' door!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho, eu sei.
Capítulo super ranhoso, também sei.
Não é que seja importante, mas teve que ser para me ajudar a desbloquear para escrever a história.
Enjoy!



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Olhei para o relógio que estava no meu pulso direito. Nove horas. Finalmente.

Desatei o avental e tirei a t-shirt, arrumando-as no cacifo que me pertencia.

Esperei até que a pessoa do próximo turno chegasse. Aquilo não era só bem uma loja. Do outro lado da porta da sala era a entrada para um bar bastante popular pelo pessoal mais hardcore.

Sally – acho que era o nome da rapariga – deu um longo beijo no namorado e entrou dentro da loja. Deixei as chaves em cima do balcão e saí.

O ar da noite rodeou-me. Respirei fundo e caminhei para casa.

Carros passavam a alta velocidade por mim. Muitos deles iam em direção ao bar. É só pessoal hardcore e bandinhas.

Ouvi gritos de fãns enquanto caminhava tentando concentrar-me no silêncio.

– OH MY GOD! ANDY!

Fechei os olhos e parei. Não estava a ver a rapariga mas uma pontada de ódio e raiva começou a palpitar no meu peito.

Abanei a cabeça e continuei o caminho para casa.

Quando cheguei estava um papel em cima da bancada.

Filha, eu e o teu pai vamos passar a semana fora. Sei que é muito mau ir embora enquanto tu estás assim, mas precisavamos de espairecer.

                  Não faças nenhuma asneira,

                                       Amor,

                Mãe e Pai.

Amassei o papel e deitei-o no lixo. Abri o frigorífico e tirei uma das caixas transparentes. Abri a tampa e tirei uma fatia de queijo. Fechei a caixa e coloquei-a no frigorífico.

“ANDY! ANDY! ANDY!”.

Porra. O raio das raparigas estavam a enervar-me. E eu deixei de me enervar facilmente.

Respirei fundo e fui para o meu quarto.

Caí na cama. Nem me dei ao trabalho de me despir.

Adormeci.

***

Bateram à porta. Abri os olhos e rolei para o lado. Vi as horas. Fechei os olhos novamente. Ninguém merece.

Bateram mais forte da segunda vez. Coloquei a almofada em cima da cabeça para abafar o ruído.

Não consegui dormir mais. Bateram novamente. Levantei-me pronta para assassinar quem quer que fosse que estivesse a bater à porta àquelas horas!

Desci as escadas e fechei a minha mão num punho. Bateram com mais urgência agora.

– Merdinha. – disse baixinho para quem quer que tivesse do outro lado da porta. Fui buscar um copo, enchi-o com água, bebi a água toda, e só aí é que fui abrir a porta.

– Oi. Por acaso não viste ninguém a correr por aqui, não? – perguntou um rapazinho. Fechei a porta na cara dele e fui dormir.

Bateram à porta durante muito tempo, mas depois de me ter habituado ao som adormeci.

***

– Estou aqui para te salvar, Samantha. – olhei os olhos dele. Aqueles olhos azuis estavam a fazer-me sentir novamente, e eu não queria. Eu sabia o que vinha depois.

– Não me podes salvar. Tu sabes disso.

– Eu sei que juntos vamos conseguir.

– Não, não vamos! Estás a perder o teu tempo. – olhei para baixo. A grande distância que me separava do chão.

– Sam, eu amo-te. Ainda não percebes-te isso?

– Desculpa, mas não posso acreditar nisso. Tu não me conheces.

– Por que tu não deixas. Por favor, Samantha. Não desistas.

– Dá-me uma única razão para eu continuar com a minha vida patética. – olhei para ele e vi a dor nos olhos dele quando lhe disse aquelas palavras.

– Eu. – ele puxou-me para baixo e beijou-me. E eu, não sei como nem por quê, respondi.

***

Bateram na merda da porta. Outra vez. Olhei para o relógio. Mas ficaram a merda da noite toda a bater na porta? Ó, espera. Eu é que só consegui dormir mais dois minutos!

Desci e abri a porta ao rapazinho.

– Viste alguém a correr por aqui? – ele estava cansado. Pudera. Estar quinze minutos sem parar a bater na porta.

– Não.

– Custou muito dizeres isso?

– Yeah. Adeus.

Fechei a porta e fui comer. Olhei pela janela. O rapazinho estava a ir-se embora. Olhei para o carro preto dele. Se eu não estava em erro era um Camaro. Sorri. Eu amava aquele modelo de Camaro.

– Sam… pára. Já. – falei para mim.

Tinha que continuar em miséria e ponto final.


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Notas finais do capítulo

E então?
Muito mau mesmo, né?