The price of evil... escrita por Laís


Capítulo 23
It's no fun but I've been here before.


Notas iniciais do capítulo

E aí meu povo. Então, queria agradecer à Carol Shadows que recomendou a fic, MUITO OBRIGADA MESMO ~dançando scream de felicidade~ (EU SEI QUE ISSO VAI TE ATINGIR MAY SHADOWS) Então, eu me esforcei muito pra fazer um bom capítulo, mas ficou meio morto, prometo que os próximos terão mais emoção (E COMO TERÃO) e percebi também que quase ngm deixou review no cap passado. SENTIRAM FALTA DO BIXA SEVENFOLD NÉ? Fiquem tranquilas, eles estarão aqui com mais frequência. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/178165/chapter/23

Juro que estava me esforçando ao máximo para me incluir mais nas brincadeiras idiotas dos meninos. Falando desse jeito até me sinto um adolescente tentando se enturmar, mas não é bem assim. Os outros já estavam agindo como se Lisa nunca tivesse existido, o que me incomodou um pouco, talvez apenas eu fosse o idiota da história.

-Zacky, os estudos comprovam que os gordos têm o documento bem pequeninho. –Gates ria alto como uma criança, o fluxo de álcool em seu organismo já estava bem elevado.

-Menor que o Johnny é impossível. –Matt gritou. É, ele também não estava em seu melhor estado.

Eu poderia continuar quieto no meu canto só assentindo como eu havia feito nos últimos dias, mas tenho que deixar tudo isso pra lá. Joguei uma almofada em direção ao Goku fazendo com que sua bebida derramasse em sua regata branca.

-Mas que porra, gordo! Eu amava essa camisa! –Reclamou.

-Você tem milhões idênticas a essa.

- Claro que não! Elas têm sentimentos! Seria o mesmo que te trocar por outro gordo qualquer! Não quero mais saber de você, agora vou ficar com o homem das sombras. –Disse ao se encolher ao lado de Matt.

-Desculpa meu amor, vai fazer greve de sexo? –Todos riram e continuaram com as brincadeiras.

Nesse pouco tempo que havia passado, Brian me falou que havia terminado com a Michelle, mas pelo visto reataram, mais uma vez. Shadows parecia feliz com a Val, o que me era bom, aliás, ela sempre nos acompanhou e ajudou com o que podia. Johnny andava meio estranho e também nos apresentou uma garota certo dia desses, Lei... Ah, não lembro, mas algo do tipo. 

-Ei, vocês já viram as fotos de quando o Johnny trabalhava como anão de jardim? E ele ainda tinha aquele cabelo de unicórnio de estimação da Barbie. –Matt e Brian riam e falavam baixinho um no ouvido do outro. Bêbados.

Passou um tempo até que o baixista baixinho –olha que engraçado- cogitasse a possibilidade de fazer um Streep. E eu ainda achava que ele estava sóbrio. Mas por sorte, Larry chegou antes que essa tragédia acontecesse.

A propósito, hoje íamos conhecer nosso novo baterista. Eu sabia que todos nós seríamos legais com ele e faríamos de tudo para que ele se sentisse bem com a banda, mas de toda a forma era difícil, o vazio que o Rev deixara estava ali e sempre estaria, e de qualquer forma, o vazio da nossa antiga baterista também. Mas era o sonho do Jimmy e iríamos fazer isso por ele.

-Poderia dizer que isso aqui fede a macho, mas não é o caso de vocês, certo? –Larry sempre muito educado.

-Essa é minha casa, então evite me xingar as minhas prostitutas dentro dela, ok? –Brinquei.

-Não quero saber. Ilejay, vem cá. –Disse ao virar-se para a porta que permanecia aberta.

Um rapaz mago –muito magro- entrou na sala de forma desajeitada.

-Esse é o Richard, tentem preservar a virtude dele, por favor. –Antes mesmo que Larry fechasse a boca por completo, o Gates já estava pulando no pescoço do nosso baterista.

-Minha nova Barbie chegou! Que felicidade!

Nem sei descrever a cara que o rapaz que estava sendo agarrado fez.

-Eu te avisei. –Larry bateu em seu ombro. –Agora preciso ir, divirtam-se com a nova Barbie. –Ironizou.

-Eu vou colocar um laço no seu cabelo... A minha outra Barbie é mais peituda, mas eu gosto de diversificar, não precisa se sentir mal, ta bom?

O que passava pela cabeça daquele garoto eu nem imagino.

Agora as coisas tinham que ir pra frente, a banda ia voltar e eu também.

Xx

Gregory havia trazido camisetas e moletons novos pra mim, junto com outros objetos de higiene pessoal. Arrumei meu cabelo da melhor forma que pude com um rabo de cavalo alto, já que ele estava mais seco e desidratado que o normal.  Vestia uma camiseta branca sem estampas, a calça de um moletom preto e chinelos. Preciso admitir, eu estava horrível, mas era o melhor que eu podia fazer.

Pode ser ingenuidade, mas eu esperava que Simon viesse. Precisava que ele viesse.

Xx

Analisei minha imagem no espelho, os olhos claros que eram a única parte no meu corpo que me agradava agora estavam cobertos por olheiras profundas, o cabelo escuro já estava um pouco grande, ultimamente não tenho tido muito tempo pra reparar em coisas do tipo. Peguei uma calça jeans qualquer, meus tênis e uma camisa do Led Zeppelin.

Era sábado e a confeitaria estaria fechada, a maioria dos meus trabalhos para a faculdade já estavam feitos e eu senti uma melhora no estado de saúde do meu pai. Talvez ele estivesse bom o suficiente pra ficar sozinho em casa.

Sim, agora estou me sentindo um estúpido, procurando alternativas que justifiquem o porquê de estar me arrumando para rever Clarisse.

Eu não deveria, mas eu queria e não sei se aguentaria ficar me martirizando pensando em como seria e se eu poderia vê-la novamente.

Sai de casa sem chamar atenção de Mack, o que não foi algo muito difícil já que ele estava enfurnado mais uma vez no quarto de hóspedes que havia virado uma espécie de sótão, revirando coisas antigas. Talvez agora ele estivesse vivendo apenas de lembranças.

A delegacia era um pouco distante, então caminhei boa parte do percurso até decidir pegar um táxi.

Chegando ao meu destino, observei bastante o lugar. Respirei fundo e pensei no que eu iria encontrar ali.

Talvez minha breve reflexão tenha durado mais tempo que o esperado, percebi isso ao ver um guarda se aproximar de mim perguntando o que eu queria.

-Veio visitar algum detento ou fazer alguma denúncia rapaz?

-Clarisse... –Não lembrava seu sobrenome, mas pela expressão de desaprovação do guarda ele sabia de quem eu estava falando.

Esperei em uma sala até ser conduzido à outra que era totalmente fechada e nada diferente do que eu via nos seriados de investigações policiais.

Então eu não podia mais voltar, eu iria revê-la. Tudo que eu mais pedi, o que eu mais queria, agora iria acontecer, mas não parecia mais tão encantador.

Meus devaneios foram interrompidos pela imagem de um alguém debruçado sobre a mesa que havia no centro da sala.

Ela estava ali.

Assim que o guarda fechou a porta, a garota levantou-se rapidamente com o barulho e seus olhos pairaram sobre mim.

Meu coração parecia querer saltar e por um momento eu já não sabia mais o que fazer.

Ela estava um pouco diferente.

O cabelo preso caia em um só lado do ombro, estava um pouco mais comprido e sem as pontas azuladas. Seu olhar já não era o mesmo, parecia desgastado, cansado. A pele estava sem sobra de dúvidas mais pálida.

Passamos um bom tempo apenas nos encarando, até que ela sorriu. O sorriso continuava da mesma forma. Apesar de eu estar tentando não demonstrar emoção alguma, foi impossível não sorrir de volta.

-Simon! Eu sabia que você viria. –Disse ao se levantar vindo em minha direção. Estava algemada e agora eu podia perceber que ela havia emagrecido, suas curvas, que eu sabia que existiam, estavam disfarçadas pela roupa larga.

-Você recebe visitas algemada? –Perguntei meio evasivo.

-Tive uns problemas recentemente. –Deu de ombros. Assenti.

-Por que me chamou? – Coloquei a mão nos bolsos ao ver que ela estava se aproximando.

-Não é óbvio? –Disse ao chegar mais perto.

-Não. Explique.

-Simon. –Suspirou. – Eu senti sua falta.

-Deveria ter pensado nisso antes de me deixar sozinho te procurando no meio de tanta gente naquela maldita noite.

-Desculpa, mas eu precisei...

-Precisou? –A interrompi. –Precisou fugir por fama ou por que era uma assassina? Por que você não falou nada? Nós te ajudamos!

-Por isso mesmo, eu não queria que minha carga sobrasse pra vocês. Se soubessem poderiam ser acusados também.

-Não importa. Você deveria ter falado e de qualquer modo, você fugiu! Eu nem sabia o seu nome, não fazia ideia se iria te ver de novo algum dia...

-É, mas você me beijou!

-Até onde eu sei beijar alguém não é crime.

-Mas você estava namorando com a vadia da Isabelle! –Agora ela já não estava tão na defensiva, eu deveria imaginar já que o seu pavio era bem curto. Era até engraçado vê-la tentando gesticular com as mãos algemadas.

-Eu não namorava com a Isabelle, sua louca! E não a chame de vadia, por que foi ela quem ficou comigo quando você fugiu.

-O que? Não a chamar de vadia? Ta de brincadeira comigo? E se vocês não namoravam por que na primeira vez que eu pus os pés naquela confeitaria ela me mandou ficar longe de você?

-Ela te falou isso?

-Com todas as letras! Ela é uma filha da puta, entende isso? Então não vem defender aquela vadia na minha frente.

-A vadia que você ta falando é a minha namorada e a garota que ta se dividindo em três pra me ajudar a cuidar do meu pai e da confeitaria.

-Sua namorada? Eu não acredito nisso! Você é um idiota! E... Cuidar do Sr. Mack? O que aconteceu com ele? –Sua expressão mudou de raiva para preocupação e ela parecia bem menos agressiva.

-É, Clarisse. Ele está muito doente, mas se você se importasse não teria ido embora.

-Mas que porra, eu já disse que eu precisei ir embora. –Berrou. – O que ele tem?

-Não interessa e em minha opinião, essa conversa já foi longe demais. –Me virei em direção à porta.

-Não, Simon. Espera. Por favor. –Falou pousadamente, o que me fez travar.

-O que você quer? Pedir desculpas, tudo bem, desculpas aceitas, agora tchau. –Falei, mas não movi um músculo para sair da sala.

-Eu não to pedindo perdão, não é uma coisa que eu goste de fazer. Quando você tiver que me desculpar, simplesmente o fará, eu não irei pedir. Só queria dizer que eu não me arrependo de ter ido embora, nem de não ter falado quem eu era. E você entenderia se pensasse com mais calma. Seria insano e injusto se eu tivesse falado algo. Não me arrependo de nada, Simon. Mas eu estou aqui novamente e se quiser conversar sabe onde me achar. –Falou de forma calma e vazia. Com certeza ela era a número um em fazer isso.

Suspirei e sai da sala, mas pude a ouvir gritar.

-Espero que saiba fazer curativos, sua namorada ta precisando, nada mais justo você ajudar ela já que ela é tão bozinha, não é?

Entrei ali magoado, como parte do elenco bonzinho que foi traído e agora inexplicavelmente me sinto culpado.

Sai da delegacia e percebi que do outro lado da tua havia uma praça, fui até lá e me joguei no primeiro banco vazio. Precisava de algumas informações.

Isa havia dito que estávamos namorando quando Clarisse apareceu lá pela primeira vez.

E o que ela quis dizer com “espero que saiba fazer curativos”?

E pensando melhor, não podia julgá-la, contar a verdade teria sido um problema não apenas para ela, mas para mim e meu pai também.

Ótimo, agora eu estava esquecendo toda a minha mágoa somente por causa daquelas palavras. Isabelle sempre teve razão, Clarisse não passa de uma manipuladora.

Xx

Talvez eu devesse procurá-la novamente. Talvez? Com toda a certeza eu deveria procurá-la. Não sabia o que estava acontecendo, não sabia se ela estava bem, ou em que havia resultado toda aquela história. Foi lamentável que os meninos tenham tomado conhecimento da verdade daquela forma, mas ela deveria saber que uma hora ou outra isso iria acontecer.

Eu ainda estava pensando seriamente no que iria fazer de agora em diante, mas como prometido, nunca revelei uma só palavra sobre o que Lisa havia me contado.

Clarisse, seu idiota. O nome dela é Clarisse!

Os meninos agiam como se ela nunca tivesse existido, mas eu podia perceber que um elo da corrente faltava. Outro elo.

Ligar pra ela no dia em que foi levada foi a ideia mais idiota que eu tive, o celular dela acabou ficando, mas para a minha surpresa não foi Zacky que atendeu, mas o Gates e minha  mania de sair falando tudo de uma vez acabou me resultando horas de explicações.

Só aí eu parei pra perceber o tal triângulo amoroso que estava debaixo do meu nariz o tempo inteiro.

Eu precisava de um tempo dos meninos, precisava sair sem que eles percebessem que eu estava indo atrás dela, mas talvez agora isso fique um pouco mais difícil já que precisamos “testar” o Ilejay, ensaiar com ele e ter a certeza de que ele pode fazer parte do Avenged.

Mas irei achá-la o quanto antes.

Xx

-Eu não quero saber! Preciso dela fora das celas. –Berrei.

-Isso que você ta me pedindo é absurdo, Isabelle! Sabe o quanto eu trabalhei nesse caso? –Sua expressão era totalmente confusa.

-Sei e por minha causa conseguia encontrá-la. E também sei que é um caso bem pessoal pro senhor, não é pai?

-Cala a boca. E de qualquer forma a teria encontrado sem sua ajuda.

-Pai, por favor, eu prometo, ela não vai fugir. –Falei como a filha manhosa, era sempre assim que eu conseguia as coisas com o meu pai, caso contrário, partia pra chantagem. –Ou talvez seja melhor que ela e a mamãe saibam sobre sua história com a outra Wooden Brown.

-O que você pretende fazer? –Suspirou derrotado.

-O senhor verá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

IMPORTANTE GALERA: Tipo, vcs prestaram atenção que o aniversário da clarisse seria no mesmo dia que o do Rev? Ou seja, 09 de fevereiro e se nós formos levar ao pé da letra a fic e o tempo, não daria certo, então, tentem imaginar que ela ficou com eles lá na época que o Mike Portnoy, seu n me engano, ficou na banda, então não levem o tempo muito em consideração, isso é importante até mesmo pro futuro da fic que eu vou preparar, estamos entendidas minhas vadias lindas?
Gostaram? Ou preciso reconsiderar o fogo em praça pública?