Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 9
Sonhos e mais sonhos


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente! Esse capitulo está pronto desde ontem mas eu queria esperar mais um pouco para ver se eu ganhava mais reviews. Estou tãoooo feliz! 77 review e 5 recomendações em 8 capítulos! Não imaginava que a fic ia fazer tantoo sucesso. Espero que gostem desse capitulo.



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POV Sarah


Tudo era lindo. Nada ali era preto, o que quer dizer que eu não estava no Mundo Inferior. Eu estava mais velha, devia ter uns 16 anos. Eu corria, mas eu corria feliz, parecia que eu corria em câmera lenta no sonho. O vento batia em meu rosto fazendo meu cabelo, que estava maior, voar. Era uma sensação boa.

Eu estava rind. E corria em uma praia, não sei qual. Atrás de mim apareceu um garoto, ele também corria em câmera lenta rindo, um pouco atrás de mim.

Um tempo depois eu identifiquei esse garoto como o Nico. Ele também estava mais velho, só que não tinha mudado muita coisa. Usava as mesmas roupas pretas, a única diferença era que ele estava um pouco mais alto e musculoso. Estava lindo.

Percebi que nós devíamos estar brincando de pega-pega. Quem brinca de pega-pega com 16 anos? Enfim, Nico devia ser mais rápido que eu e quando eu estava chegando bem perto da água do mar ele conseguiu me alcançar.

Ele passou as suas mãos pela minha cintura e me fez parar. Ele me girou no ar e começou a jogar água em mim. Eu ria muito, de um jeito que eu acho que nunca ri, e Nico também ria. Eu estava feliz, e isso é uma coisa rara em minha vida.

Depois de ficarmos um tempo jogando água um no outro ele chegou bem perto de mim e me beijou, me beijou! Isso mesmo que você está lendo!

Eu retribuí o beijo, como se eu fizesse isso todo dia.

Ele me pegou no colo, me tirando da água, e me levou até a areia. Nós ainda estávamos nos beijando e rindo ao mesmo tempo. Quando chegamos à areia ele me colocou no chão.

Ele passou a mão no meu cabelo e riu. Eu não tinha ouvido a voz do Nico em nenhum momento. Ele estava chegando bem perto, para me beijar de novo. Por mais que eu ache o Nico um tarado, naquele momento eu queria que ele me beijasse.



Acordei em um pulo. Aquilo era um sonho? Não Sarah! Claro que não! Você estava com 16 anos em uma praia beijando o Nico! Como eu sou burra! Eu nunca vou sair desse lugar! E nunca vou beijar o Nico! Eu achei estranho, se Nico me beijasse hoje eu iria me assustar e depois iria bater nele, eu acho.

Olhei no relógio e vi que já era de manha. Levantei, tomei banho e coloquei uma roupa qualquer, tentei fazer de tudo para esquecer aquele sonho.

Do nada eu me perguntei como tinha chegado a meu quarto. Ontem a noite eu estava no quarto do Nico, nós vimos um filme, eu não me lembro do final do filme, não me lembro de mais nada. Acho que eu devo ter dormido, e Nico deve ter me levado para meu quarto, que fofo! Sarah! Nico não é fofo! Para com isso!

Fui até a sala de refeição para tomar café da manha, ninguém estava lá. Comecei a tomar meu leite e Nico apareceu na sala. Ele estava com um sorriso lindo no rosto.

Ele sentou ao meu lado e pegou um pão.

–Bom dia! – ele disse.

–Bom dia. – eu disse.

–Dormiu bem?

–Não. – eu disse. Senti-o olhar para mim, mas fiquei olhando para minha caneca.

–Por quê? – ele perguntou desconfiado e colocou suco em seu copo.

–Sonhei com você. – eu disse se uma vez e ele fez uma cara engraçada.

–Nossa, e isso não é bom? – ele perguntou.

–Não.

–Por quê? – ele estava triste.

–É ótimo, maravilhoso, perfeito enquanto dura, é como se tudo o que eu sempre quis na vida acontecesse em um só sonho. Mas é apenas um sonho. E me machuca todos os dias mais, saber que se não for em um sonho, nunca vai acontecer.

Ele me olhou como se não entendesse nada.

–E o que você sonhou? – ele perguntou.

–Por que a gente sempre acorda na melhor parte do sonho? – eu disse mudando de assunto, não queria dizer. Ele percebeu isso e suspirou.

–Para correr atrás e realizá-lo. – ele disse. Eu sorri. – Sabe, eu também sonhei com você.

Eu estranhei. Droga! E se ele teve o mesmo sonho que eu? Agora que eu disse que sonhei com ele, ele já sabe o que eu sonhei! Droga! Fingi ficar curiosa.

–Serio? – eu disse – Então me conta como foi.

–Eu não me lembro – ele disse simplesmente. Olhei para ele curiosa.

–Então como sabe que sonhou comigo? – eu perguntei quase rindo. Já sabia que ele estava inventando sobre o sonho, ele não tinha sonhado comigo.

–Eu acordei feliz! – ele disse e desviou o olhar, aproveitei a oportunidade que ele não estava vendo e sorri que nem uma idiota, por que isso esta acontecendo?

Dei uma risada forçada, sabe; para ele penar que eu tinha achado que era uma outra cantada.

Hades e Perséfone não apareceram para o café. Perséfone iria ir embora em alguns dias, nem sei qual.

Eu e Nico fomos treinar um pouco, só golpes eu não queria me machucar de novo.

–Falando em sonhos – Nico disse do nada, mesmo que nós tínhamos falado sobre sonhos há uma hora – Qual é seu sonho?

–Eu não quero falar sobre ele. – eu disse me defendendo de um golpe dele.

–Eu não quis dizer sobre esse sonho, dessa noite – ele disse desviando de meu golpe – Quero saber o que sempre quis fazer. Seu sonho.

–Ah! – eu disse parando de lutar – Meu sonho é idiota.

Ele fez uma cara fofa.

–Por favor!

Eu suspirei.

–Não ria de mim – eu disse – Mas meu sonho é ser beijada na chuva.

Fechei os olhos com medo da reação dele. Mas era a verdade, eu sempre quis ser beijada na chuva. Meu primeiro beijo foi em uma festa, não teve nada de romântico. O que me fez pensar: como eu vou viver minha vida aqui no Mundo Inferior? Vou ter que casar com um fantasma? Ou ser solteira para o resto da vida?

Tentei tirar esses pensamentos idiotas de minha cabeça.

–E o seu sonho? – eu disse rápido, antes que ele comentasse sobre o meu sonho.

–Que chovesse no aqui no Mundo Inferior. – ele murmurou bem baixinho, mas eu ouvi.

Bufei, outra cantada não! Fingi rir outra vez e ataquei-o, ficamos lutando por uns 6 segundos até eu cair, isso é um recorde! Ele me ajudou a levantar.

–Eu dormi ontem em seu quarto? – eu perguntei do nada.

Ele sorriu.

–Sim. – ele disse.

–Você não abusou de mim, né? – eu disse brincando e ele riu.

–Não, pode ficar tranqüilo, só te levei até seu quarto.

–Como?

–No colo? – ele disse como se fosse obvio.

–Eu sou pesada? – eu disse do nada, de novo.

–Não! – ele disse rindo.

–Teve ironia nessa frase? – eu perguntei desconfiada.

–Não, você é mais leve que um papel.

Sorri com o elogio, eu acho que foi um elogio.

–Posso atrapalhar – alguém disse, olhei para o lado e vi Perséfone.

–Claro! – eu disse.

–Eu preciso falar com a Sarah – ela disse – Já estou indo embora.

–Até que fim! – Nico disse.

Perséfone bufou.

–Preciso falar a sós! – ela disse dando ênfase em “sós” – Agora saia daqui seu emo!

–Eu não sou emo! – ele gritou.

Nico bufou e começou a andar, mas logo se virou.

–Sarinha! – ele gritou – Depois eu te encontro na sala, ok?

–Ok! – eu gritei.

Olhei para Perséfone e sorri.

–Precisa ser tão agressiva? – eu perguntei.

–Não o suporto. Não sei como tenho que agüenta-lo aqui. – ela disse. - Que tal dar uma volta?

Apenas afirmei e a segui.







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