Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 10
Sol


Notas iniciais do capítulo

Oioi leitores! Mais um capitulo para vocês, que é totalmente dedicado a sayuri kokumai que mandou uma recomendação linda! Se quiserem um capitulo dedicado já sabem o que fazer... Espero que gostem!



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 Perséfone andava bem devagar. Eu estava acompanhando ela, mas era difícil ficar esperando ela me alcançar toda hora. Enfim, depois de andarmos um pouco ela resolveu começar a falar.

-Querida – ela disse – Como você sabe eu preciso voltar para o Olímpo hoje.

-Você devia ficar aqui – eu disse – Gosto da sua companhia, você me entende.

Ela sorriu.

-Eu sei! – ela disse passando a mão em meu cabelo – Mas é que eu só tenho essa época para ficar no Olímpo, preciso aproveitar.

Eu sorri tímida.

-Tudo bem – eu disse – Faça o que achar melhor. Quem sou eu para dar opiniões?

-Você vai ficar bem aqui – ela disse – Eu espero.

-Como assim, eu espero?

-Hades me prometeu que não iria machucar você, desde aquele dia você parece que está gostando daqui.

-E estou. – eu disse – É melhor do que ficar sem um pai e mãe, sem lugar para morar e sem comida.

-Eu entendo – ela disse – Mas você não sabe do que Hades é capaz.

-Vai dar tudo certo, eu garanto. – eu disse.

Ela sorriu.

-Se cuida, ok? – ela disse e me abraçou. Retribui o abraço.

-Pode deixar.

-Não importa o que aconteça, não chore – ela disse e eu confirmei com a cabeça.

-Consegui até aqui, posso agüentar quando tempo quiser – eu disse e sorri.

-Mais uma coisa – ela disse – O que há entre você e Nico?

Senti minhas bochechas arderem.

-Nada! – eu disse – Somos apenas amigos.

-Nico fica trancado aqui no Mundo Inferior, nunca saí, ele gosta de ficar aqui. Mas depois que você apareceu nem os amigos do acampamento ele vai ver mais. Ele gosta da sua companhia.

-Que bom... – eu disse – Isso é bom né?

-Claro que é! Ser inimigo de um filho de Hades é horrível, mas ser uma amiga? Ele vai te proteger independente de quem seja, vai matar qualquer um que te magoar. Filhos de Hades não tem muitos amigos, ele será só seu. – ela disse.

Eu sorri.

-Se filhos de Hades são assim – eu disse – Hades não é tão ruim assim.

-Fazer amizade com Hades é raro. – ela disse – mas ser amada? Só eu mesmo para conseguir isso.

Nós rimos.

-Perséfone – eu disse – antes de ir, eu posso te perguntar uma coisa?

-O que quiser – ela disse sorrindo.

-Eu sei que você sabe quem é minha mãe – eu disse e o sorriso dela sumiu – Quem ela é?

-Eu não posso te contar – ela sussurrou.

-Por quê? – eu quase gritei.

-Prometi a Hades que não contaria. – ela disse.

-Mais que raiva! – eu gritei – Estou cansada disso! Ninguém me pode dizer nada aqui, eu nunca vou saber quem é minha mãe!

-Sinto muito –ela disse – A única coisa que eu acho que eu posso te dizer é que sua mãe não é uma deusa.

-Como assim ela não é uma deusa? – eu disse – Ela é uma semi deusa?

-Ela é filha de um deus. – ela sussurrou olhando para os lados.

-Meu avô é um deus? – eu perguntei.

-Sim.

-Então minha mãe é um semi deusa! – eu gritei e ela me mandou ficar quieta.

-Sua mãe é filha de um deus com outro deus.

-Então minha mãe é uma deusa! – que confusão.

-Sua mãe não é considerada uma deusa! – Perséfone já estava brava e com medo de estar falando de mais.

-Ela é o que então? – eu gritei brava.

-Sua mãe é um ser mitológico!

-Igual à medusa e um minotauro? – eu disse.

-Não exatamente. Você logo ira saber. – ela disse – Eu tenho que ir, tome cuidado.

Ela sumiu em uma nevoa antes que eu respondesse.

Fiquei brava com ela, ela começa a falar e depois para! Quem faz isso?

 Depois de minha conversa com Perséfone fui até sala onde Nico me esperava. Caso você não saiba o castelo de Hades é como se fosse uma casa, ou uma mansão. Tem quarto, cozinha, banheiro, sala, lavanderia, tem tudo.

 Nico estava sentado no sofá vendo alguma coisa na TV.

-Ela já foi? – ele disse quando me viu.

-Já.

-Agora que a festa começa! – ele disse se levantando.

-Como assim? – eu perguntei rindo.

-Meu pai teve que sair, volta depois! – ele disse fazendo uma dancinha esquisita.

-Mas tem um monte de fantasmas aqui! – eu disse.

-Que se dane!

-Quando que ele volta?

-De noite – Nico disse – O que quer fazer?

-Nada.

-Quer ir à piscina? – ele disse parando de dançar.

-Desde quando aqui tem piscina? – eu disse. Realmente, eu não me lembro de ter visto uma piscina.

-Desde que eu me mudei para cá e pedi uma piscina.

-Eu não sei... – eu disse.

-Tem até um sol de mentirinha... – ele disse.

-E POR QUE VOCÊ NUNCA ME DISSE ISSO? – eu gritei.

-Calma! Eu pensei que você já sabia!

-Ver o sol é o que eu mais quero na vida! – eu gritei.

-Tudo bem – ele disse levantando as mãos – Vamos para a piscina.

 Depois de nos trocarmos fomos para a piscina. Nico começou há nadar um pouco e eu fiquei tomando sol. SOL! Coisa mais linda desse mundo! Eu te Amo sol! Não importa se você é falso!!!!

 -Você não vai entrar? – ele perguntou.

-Não. – eu disse.

-Por favor – ele disse – Eu não gosto de ficar na piscina sozinho.

-Ninguém gosta – eu disse fechando os olhos.

Estava esperando ele reclamar de alguma coisa, mas eu não ouvi nada. Depois de um tempo senti duas mãos molhadas me levantando no ar. Abri os olhos rapidamente e vi Nico me carregando no colo. Comecei a gritar e a me balançar, tudo para ele me colocar no chão.

-Me solta Nico! – eu gritava e ele ria. Quem que ri em uma situação dessas?

Quando percebi Nico já estava saltando para a piscina. Senti a água fria me tocar. Fiquei um tempo lá embaixo só observando Nico, com meu olhar “eu vou te matar”.

 Quando não agüentei mais subi a superfície e comecei a bater nele.

-Seu idiota! – eu gritei e ele começou a rir mais ainda.

-Calma! Você precisa aproveitar! – ele disse.

Continuei batendo nele, nem devia estar machucando, mas ele pareceu se irritar. Ele segurou minhas mãos me impedindo de bater nele.

-Vai! – ele gritou fingindo que estava bravo – Me bate agora!

Eu sorri.

Tentei me livrar só que ele é mais forte. Me joguei em cima dele, tentando afundar ele, consegui, ele ficou lá embaixo por um tempo, mas depois conseguiu subir.

-Eu não vou fazer a mesma coisa com você – ele disse – Porque você é apenas uma garota.

-O que você tem contra as garotas?

-Elas são fracas, indefesas.

-Eu só não ganho de você porque você tem experiência! – eu gritei.

Ele sorriu.

-Garotas são delicadas – ele disse. – É fácil fazer o que vocês quiser com elas.

-Errado! – eu disse – Sabemos lidar com os homens.

-Errado – ele disse chegando mais perto de mim – Vamos usar você como exemplo: eu consigo te deixar irritada ou brava, consigo fazer você rir, consigo te deixar triste, mas é uma coisa que eu não quero tentar. – a esse ponto ele já estava bem perto de mim – Consigo te deixar confusa, com vergonha...

-Todos conseguem. – eu disse bem devagar, já que ele estava bem perto de mim, sem camisa, e eu estava tentando prestar atenção nele.

-Principalmente os homens – ele disse – Principalmente eu. Se deixar eu consigo te deixar apaixonada por mim. – ele segurou meu queixo me trazendo para perto dele.

 Ele começou a se aproximar. A distancia entre nós era bem perigosa. Eu queria parar, fugir, mas não conseguia, será que ele iria conseguir me deixar apaixonada?


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Notas finais do capítulo

Vocês querem me matar, né? Huhsuahauhsua! Mandem reviews e recomendações!!! Beijinhos!