Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 5
Trato


Notas iniciais do capítulo

Oioi! Como vão! Adorei os reviews do capitulo passado, só que vieram menos que os outros =(
Espero que gostem!



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Ok! Depois de tudo o que eu passei eu merecia mesmo aquele quarto? Tipo, ele era enorme! Tinha uma cama de casal, um armário com varias roupas de marca e do meu tamanho! E o melhor: o quarto não era preto! Ele era azul, a coisa mais fofa do mundo!

Fiquei bem mais tranqüila depois de conversar com Perséfone, ela me garantiu que eu não iria ser torturada ou coisa do tipo. A única coisa que eu preciso me acostumar é todos aqueles fantasmas me olhando em todo lugar.

Eu fiquei pensando se eu queria mesmo ir embora de lá, eu planejava fugir, mas não sei como. Para onde eu iria? Iria passar fome, frio, calor, não ia ter onde dormir, ok! Eu seria uma mendiga. O que é melhor? Ser uma mendiga no mundo dos mortais, ou ter luxo no inferno? Eu não faço a menor idéia, as duas possibilidades são horríveis, mas eu vou optar por ficar aqui no Mundo Inferior mesmo. Alem do mais, eu estou segura, longe dos monstros, tenho comida, um quarto lindo, uma mulher que quer me proteger e um novo amigo muito gato.

Nunca vou admitir isso para o Nico, mas ele é a coisa mais perfeita que pode existir. Aqueles olhos e cabelos negros, aquele sorriso encantador dele que me faz derreter todinha...

Chega! Foco! Foco Sarah! Você está no Mundo Inferior! Seu pai acaba de morrer, você está sendo vigiada por fantasmas, não sabe quem é sua mãe, ou o que sua lagrima faz... E fica dando mole para um garoto!

Minha vontade é de morrer, mas morrer ou não morrer é a mesma coisa, parece que eu não tenho como fugir daqui mesmo...

Depois de apreciar meu belo quarto decidi ir falar com o Nico (O que foi? Ele é minha única companhia!). O quarto dele fica bem na frente do meu. Bati na porta, esperei um pouco.

–Pode entrar! – ouvi a voz de Nico.

Entrei no quarto. Como eu disse: tudo aqui é preto! Desde as paredes até a colcha de sua cama. Tudo preto. Isso me da medo. É bem estranho. Dói até os olhos.

–Oi! – ele disse. – Não agüentou ficar longe de mim por muito tempo, né?

–Não!

–Então se arrependeu do que disse e veio me pedir desculpas?

–Não. Eu gostei do que eu disse. Sua cara foi hilária.

–Não estou acostumado com patadas.

–E eu não estou acostumada com cantadas. – eu disse sentando em sua cama.

–Não entendo como uma menina tão bonita não leva cantada. – ele sentou ao meu lado. Encarei-o, já que ele tinha acabado de me dar outra cantada indireta.

–Se um garoto me acha realmente bonita ele vai me contar e não dar indiretas.

–Mas o garoto pode ter medo do que ela pense a respeito. Não podemos chegar já dizendo o que achamos da garota. Temos que dar indiretas para ela perceber que ele está interessado.

–Concordo com você. Esse é o tipo que um garoto educado e cavalheiro, e não do tipo idiota, estúpido e canalha.

–Isso foi uma indireta?

–Não! Magina! Foi uma direta mesmo!

–Nossa! Me machucou!

–Essa é a intenção!

–Da para parar de me dar patada?

–Então para de me dar cantada.

–Ok! – ele disse – Estamos quites.

Ela riu.

Ficamos um tempo em silencio.

–Parece que você está gostando daqui... – ele disse sem olhar para mim.

–É... Não é o melhor lugar do mundo... Mas é melhor do que ficar sendo torturada...

Ele riu

–Concordo.

Ficamos mais um tempo em silencio.

–Quero que conheça outra pessoa. – ele disse.

–Quantas pessoas você quer que eu conheça?

Ele riu.

–Só essa.

–Quem?

–Meu pai.

Fiquei paralisada. O que? Conheceu o homem que quer minha lagrima? Nem pensar! Ele quer me matar! Só não me mata por que eu tenho essa lagrima! Não e não! Prefiro morrer! Não! Não prefiro morrer! Se eu morrer vou ter que falar com ele e eu não quero isso!

–Sarah? – Nico disse. – Está tudo bem?

Voltei para o mundo e olhei para ele.

–Eu não quero conhecer Hades.

–Por que não?

– 1-Eu já o conheço. 2- Ele quer me matar. 3-Ele vai gritar comigo. 4-ele vai insistir que eu chore.

–Claro que não! Eu não vou deixar! Perséfone conversou com ele e ele prometeu não te machucar, agora ele quer conversar com você.

–Eu não quero.

Ele levantou e me deu a mão.

–Vamos! – ele disse.

–Não! – soltei a mão dele.

–Sarah! Ele não vai te machucar!

–Vai sim.

Ele bufou.

–Você vai e pronto! – ele disse.

–Não vou!

–Você vai! Nem se eu tiver que te arrastar.

–Duvido.

–Agora que você duvidou, eu vou fazer mesmo.

Ele me pegou no colo como se eu fosse a coisa mais leve do mundo.

–Não! Nico! Me solta! – eu berrava enquanto ele ria. – Cadê todo aquele cuidado que você teve comigo quando me conheceu?

Ele riu mais ainda.

–Você que pediu para que eu não desse mais cantadas.

–Isso não tem nada a vê com ter cuidado comigo.

–Se eu não posso te dar cantadas, não posso ser cavalheiro, daí eu não tenho todo aquele cuidado com você! Você que escolheu!

Eu bufei.

Tentei me soltar mais uma vez, mas desisti, o jeito é encarar Hades de uma vez.



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Notas finais do capítulo

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