Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 44
Vocês não merecem um titulo.


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas! *Cara muito brava*



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POV Sarah



Nós passamos a tarde inteira seguindo o Nico, de acordo com ele o Mundo Inferior ficava um pouquinho longe, acho que ele se enganou, mentiu ou está perdido, porque se continuar assim eu deito no chão e morro aqui mesmo de cansaço.

–Já chegamos? – eu perguntei pela milionésima vez, o que estava irritando aos dois.

–Vai demorar um pouquinho – Nico disse.

–Você disse isso a um tempão! Por que não paramos para almoçar, ir ao banheiro e vamos de ônibus?

–Não tinha pensado nessa opção.

Chutei a canela dele com raiva, o que fez ele gritar de dor. Sentei do chão e fiquei esperando ele parar de me xingar.

–Acabou? – eu perguntei.

–Sim, vamos almoçar.

Eu chamaria mais aquele almoço de janta, porque eram seis da tarde. Fomos até uma lanchonete e nos matamos de comer, já que não sabíamos se comeríamos outra vez.

Nico pagou enquanto eu e Gabriel procurávamos algum ônibus que iria para o Monte Lykavittos, em Atenas. Acabamos achando um que sairia daqui uma hora e a viagem demoraria 2 horas. Quase matei o Nico de novo, só de lembrar da idéia que ele queria ir a pé.

Bom, depois disso ficar tudo muito chato e nada de interessante.

Nós viajamos duas horas em um ônibus bem confortável, o que fez todos dormirem, e chegamos ao tal monte.

Ele era lindo, tenho que admitir, e não faço a menor idéia do porque desse lugar bonito ser a entrada para o inferno, mas enfim.

Nico me deu uma capa, para quando entrássemos no Mundo Inferior, ninguém me reconhecesse.

A entrada ficava na base da montanha. Nico disse algo em grego antigo e uma porta de abriu no chão. Entramos e demos de cara com o caronte.

–Olá – Nico disse. – Pensei que estava na entrada de Hollywood.

–Eu estou em todos os lugares – ele disse todo sombrio.

–Queremos ir até o Tártaro. – Nico disse.

Me escondi naquela capa, com medo que alguém me reconhecesse. Caronte estranhou o fato do filho de Hades estar indo para o Tártaro e não para o encontro com seu pai. Gabriel de três dracmas e assim nós entramos no barco, indo até o Tártaro.






POV Leo



Eu e Liz ficamos com o caminho mais fácil. Por um lado isso é muito bom, mas só de lembrar que a Sarah e o Nico vão juntos, fico roxo de ciúmes.



Pegamos o mesmo barco no porto. Como Gabriel disse, ele ainda estava com os poderes de Poseidon. Entramos no barco e cada um foi para um quarto, já que estávamos muito cansados.

Tive um sonho estranho, onde eu vi tudo escuro e muito fogo. Ouvia alguns gritos agonizantes que me davam medo.

Vi Nico, Sarah e Gabriel, os três andando no meio de tudo aquilo, o que eu deduzi ser o Mundo Inferior. Sarah carregava o jarro e olhava para todos os lados, como se estivesse procurando algo.

Nico ia na frente de Sarah, como se quisesse protege-la de algo, o que me deixou com um pouquinho de ciúmes, mas pelo menos Sarah estaria segura com ele, o que me conforma um pouco.

Gabriel ia atrás, sempre olhando para os lados, igual a Sarah. Achei bem estranho.

Logo depois uma empousa apareceu e começou a lutar contra eles. Nico tentou faze-la parar, mas ela não o ouviu. Ela atacou Sarah e Gabriel entrou na frente, dando golpes com sua espada.

Um outro monstro apareceu por trás de Sarah, eu queria gritar e avisa-la, mas eu não conseguia fazer nada. O monstro atacou Sarah fazendo-a cair, só que tinha um problema: ela segurava o jarro.

O jarro caiu, mas quando ele ia bater eu acordei em um pulo suando frio.



POV Nico




Demorou um tempinho para o Caronte nos levar até o Tártaro. No caminho, me senti como se estivesse em casa (eu estava em casa, se for ver por um outro lado). Sarah estava parecendo uma bipolar, uma hora você olhava e ela estava com uma expressão de medo, lembrando de tudo que passou por aqui. Quando você olhava de novo, ela estava com um sorriso, como se estivesse planejando algo e depois ela ficava com cara de duvida. Isso era bem estranho.

Mas eu nunca vou entendê-la, mesmo. Estou cansado de tentar.

Caronte parou o barco e nós descemos. Aqueles gritos de dor eram familiares para mim e para Sarah, mas Gabriel agia como se fosse familiar, sem medo.

Fomos andando até o buraco, Sarah segurava o jarro com o maior cuidado. Já se fazia um dia que nós tínhamos partido, isso mesmo, não parece. Todos estavam cansados, mas pregavam os olhos com muita atenção.

–Olha – eu disse – Estamos muito cansados, aqui não tem muito perigo, por que não descansamos?

–Aqui? – Sarah disse rindo.

–Ficamos revezando a vigia de todos e do jarro. – eu dei de ombros.

Parecia uma idéia absurda, mas todos concordaram, já que estávamos muito cansados. Sarah abriu a mochila e pegou um biscoito, comeu um pedaço e ofereceu.

Gabriel recusou, ele já tinha desmaiado.

Peguei um pedaço, que já estava com fome.

–Durma – eu disse – Eu começo com a vigia.

–Não da para dormir com esses gritos, me faz lembrar de tudo que eu passei.

Fiz ela deitar em meu colo e comecei a fazer cafuné em seu cabelo.

–Eu estou aqui – eu disse – Nada vai acontecer com você.

Ela fechou os olhos e logo dormiu. Tive que ficar de olho no jarro e nos dois por um tempo e eu estava morrendo de sono, mas eu iria agüentar. Faltava pouco para chegarmos ao Tártaro.






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