Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 29
Fogo


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! 420 reviews!!! Que sonho!! Muito obrigada!! Amo muito vocês! Vamos chegar aos 500? Espero que gostem!



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POV Sarah



Voltei a experimentar as espadas quando senti um cheiro estranho, eu conhecia esse cheiro. Era cheiro de queimado e de fumaça.

Fogo.

Olhei para trás, a porta onde eu estava, estava fechada, então não dava para ver se o fogo vinha de fora ou de dentro da forja. Deixei as espadas em um canto, tentando manter a calma e fui até a porta.

Trancada?

Como assim trancada? Eu não tranquei nenhuma porta! Tentei abrir de novo, dessa vez empurrando o meu corpo contra a minha porta. Nada.

O cheiro de fumaça estava entrando no local cada vez mais, me deixando preocupada. Comecei a bater na porta, com a esperança que alguém me ouvisse, mas quem estaria dentro da forja nesse momento?

Procurei outra saída, mas aquela sala era minúscula e nem janela tinha. Era uma espécie de deposito.

Comecei a ver a fumaça, dessa vez preta, entrando na sala e se espalhando entre as espadas. O cheiro era horrível e um tempo depois eu já estava tossindo.

Comecei a gritar.

–Socorro! – eu dizia batendo na porta – Socorro!

Eu sempre tive sérios problemas com alergia, então eu tossia e espirrava com qualquer coisa, e agora eu não estava bem, tossia sem parar e estava com falta de ar.

–Alguém me ajuda! – eu continuei gritando, cada vez mais alto, com a esperança de que alguém me ouviria.

Peguei um pano, que devia ser para limpar as espadas, e coloquei em meu nariz, uma coisa que meu pai e os filmes sempre me ensinaram a fazer quando se está no meio de uma fumaça.





Já havia se passado meia hora que eu estava naquele deposito cheio de espadas, trancada, e com uma fumaça de fogo que fazia com que o ambiente ficasse muito quente, fazendo minha testa suar e me fazer passar mal.

Tudo estava tão preto que eu nem enxergava algumas coisas. Eu continuava batendo na porta, mais fraca, já que eu estou bem cansada, e continuo pedindo socorro.

Tentei varias vezes me concentrar na água, traze-la até mim, para poder apagar o fogo, que estava vindo de algum lugar, mas não consegui, acho porque eu estava no meu momento desespero.

Ok, eu não estou mais agüentando, está bem difícil respirar. Deitei-me no chão, com a esperança que o ar frio desça e eu consiga respirar, mas mesmo assim tudo estava me deixando.

Ouvi meu nome sendo gritado por alguém, seria a morte? É assim? Eu descubro quem é a minha mãe e volto para o Mundo Inferior? Que eu saiba Hades não cumpriu todas as promessas.

1-Saber o que minha lagrima faz (já consegui)

2-Descobri quem é a minha mãe (já consegui)

3-Ir para um lugar seguro (que eu saiba é o acampamento)

4-Ter meu pai vivo (essa ainda não aconteceu)

5-Conquistar o Nico (não...)

Tem mais alguma coisa? Não me lembro... Mas enfim, eu preciso morrer agora? Ouvi meu nome mais uma vez, e eu acho que não é a morte, gritei por ajuda mais uma vez e tentei me levantar, mas o ar se esgotou e eu não me lembro de mais nada.





POV Leo (pela primeira vez!)


Meu treino de arco e flecha passou muito devagar. Eu não parava de pensar em alguns truques para mostrar para a Sarah, tenho que impressiona-la. Quando o treino finalmente acabou, saí correndo em direção a arena.

Vários campistas estavam lá, menos uma pessoa. Onde ela se meteu? Esperei um pouco, e nada. Decidi ir até a forja, onde ela devia ter procurado uma espada.

No caminho senti um cheiro estranho, mas eu era o único ali, não devia estar vindo de ninguém. Aos poucos consegui ver a forja e eu entrei em um desespero profundo.

Fogo.

Por que tem fogo na forja?

Saí correndo que nem um louco gritando o nome da Sarah, porque ela podia estar lá. Empurrei a porta com o pé, tudo estava pegando fogo, desde as paredes e o chão, até as maquinas para as espadas. Por quê? Eu amo tanto essas maquinas! Mas isso não importa agora.

–Sarah! – eu gritei.

–Socorro... – eu consegui ouvir, de algum lugar.

Procurei por tudo, mas não via ninguém ali. Vi uma porta.

Fui até ela, desviando no fogo, porque mesmo sendo imune ao fogo, não queria ter minhas roupas queimadas. Tentei abrir a porta, mas estava trancada.

–Calma! – eu disse – Fique calma Sarah!

Não ouvi nada, mas algo me dizia que alguém estava lá.

–Eu vou arrombar a porta – eu disse.

Peguei força e me joguei contra a porta, fazendo a porta se abrir. Lá dentro eu vi Sarah deitada no chão e apagada.

Fui até ela. Primeiro ouvi o seu coração, estava batendo, o que me fez ficar um pouco aliviado. Depois percebi que ela não estava respirando, então selei os lábios dela aos meus tentando fazer respiração boca a boca. Fiz três vezes e aos poucos percebi que ela já puxava o ar, mas com dificuldade, precisava tirá-la de lá.

Em sua mão eu vi um pano, que ela devia ter usado para respirar, peguei-o e coloquei em meu nariz, porque eu também estava ficando sem ar. Posso ser imune ao fogo, mas não sou imune a fumaça.

Quando consegui puxar um pouco mais de ar, peguei Sarah no colo.

–Eu vou tirar você daqui – eu disse tirando o cabelo do rosto todo sujo e molhado dela. Ela estava muito quente.

Saí daquela sala e comecei a andar até a porta, desviando do fogo para não queima-la. Empurrei a porta com as costas e quando eu senti meu rosto em contato com o ar puro, relaxei o corpo.

Coloquei Sarah no chão e percebi que, de novo, ela não estava respirando. Fiz de novo a respiração boca a boca e aos poucos ela voltou a respirar normalmente.

Vi de longe que alguns campistas estavam chegando para ajudar. Vi Percy tentando controlar a água para apagar o fogo, alguns campistas de Apolo com macas, Quiron preocupado, meus irmão desesperados com a destruição e todos os outros curiosos.

–Calma – eu disse limpando o rosto de Sarah – Vai ficar tudo bem, nada vai te acontecer.







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