Perguntas sem respostas, olhares desviados, uma confusão só. A equipe toda estava no hospital, faziam milhares de perguntas, queriam logo ver Sara, mas tinha um porém, havia alguma coisa... Alguma coisa que fazia os médicos não darem nenhuma expicação sobre o ocorrido com Sara, mas, mesmo que ele quisessem negar, sabiam que era algo grave. Por isso, esperavam ansiosos pelo médico dela. Mereciam respostas.

Sara estava no quarto... Quicava na cama de tão nervosa que estava. Cantarolava uma música qualquer que estava na sua cabeça, qualquer coisa que a fizesse esquecer daqueles bips chatos dos aparelhos ligados á ela, pelo menos alguns tinham sido desligados, estava menos pior. A perna da morena não parava de movimentar para lá e para cá, ela estava com medo de ter um ataque.

Seguno os médicos e enfermeiros, um mês havia se passado desde de que ela sofrera o acidente, mas para ela, parecia ser apenas um dia. Um dia ela abriu os olhos e estava em hospital, em um dia ela descobrira que perdera tempo, em um dia ela soube que alguém possuía a guarda de sua filha, alguém que ela não fazia a mínima de quem era.

Finalmente o médico entra em seu quarto, e Sara pode ver Catherine atrás dele, com um sorriso no rosto, parecia feliz em vê-la, demorou alguns instantes até o médico abrir a porta completamente e Cathe entrar no quarto, segurando pela mão um garotinha linda que Sara reconheceria em qualquer lugar, era Alice.

-Mamãe! -a menina veiu correndo em direção da mãe, mal Sara sabia o quanto a menina sentira sua falta.

-Filha! -Sara a abraçou com toda a força que tinha, no caso, não era muita, afinal, ainda estava muito fraca.

-Eu estava com saudades!

-Eu também meu amor, como você está?

-Bem, eu conheci o laboratório que você trabalha e os seus amigos! Eles são bem legais! E o papai me mostrou um monte de insetos novos...

-Seu pai? -Sara questionou a garota, de novo voltou uma dor em sua cabeça, como se faltasse alguma coisa em sua mente, como se esquecesse de alguma coisa.

-É, ele é muito legal... Ele me disse que podia morar com ele enquanto você estivesse aqui. Que bom que você voltou! -a menina a abraçou mais uma vez.

Ela continuava com um olhar perdido, quem era o homem de quem Alice falava, ela não sabia como podia ter esquecido o pai de sua filha... Só sabia que uma parte estava faltando! Uma parte muito importante.

-Alice querida, eu sei que você quer ficar com a sua mãe, mas eu preciso mesmo falar com ela. Você poderia ir até o refeitório e ficar lá com o tio Nick? -pediu Catherine com jeitinho para a garota.

-Tá. Mas, depois eu posso voltar?

-Claro, querida.

-Bem parece que vocês já sabem sobre a Alice. -disse Sara por fim.

-Pois é, foi um choque, mas nós nos acostumamos com a ideia. Alice é um menina incrível, super inteligente e educada.

-Ela é mesmo. -Sara sorriu.

-Você não devia ter escondido isso de nós, poxa eu também tenho uma filha, eu sei como é... As dificuldades... A falta de tempo... Tudo!

-Eu não podia...

-E o Gil você devia ter contado para ele.

-Cath, quem é Gil?

-Como assim Sara?

-Eu não sei quem é esse que todos falam.

-Ah... É dele que você não lembra... -ela pareceu pensativa. -O médico me disse.

-Desculpe, mas eu relmente não sei quem é.

-Isso não é bom...

-Por que Cath?

-Sara, Gilbert Grissom é o pai da sua filha.

-Como assim? Como eu posso ter ficado grávida de alguém que eu não conheço!

-Você conhece, pelo menos, conhecia, antes do acidente. Ele é seu supervisor, pelo que ele me disse foi seu palestrante, e é pai da sua filha!

-Isso não pode ser real!

-Sara, eu sinto muito, mas é. Eu não iria inventar uma coisa dessas.

-Eu realmente não me lembro dele. Me diz alguma coisa, Alice está morando com ele?

-Bem, depois que você entrou em coma...

Flashback...

-Como se sente? -Cath perguntou para Grissom que estava sentado na cantina do hospital.

-Como assim?

-Você sabe, Sara ter uma filha...

-Como eu deveria me sentir, ela estava guardando um segredo de todos nós.

-Um grande segredo, você quer dizer.

-Eu me sinto culpado.

-Por que?

-Eu a fiz sair de casa no meio da noite! Eu praticamente fiz ela se acidentar.

-Não fala isso Gil, é claro que não. Você sabe que foi o outro carro que bateu nelas.

-Bem... Mesmo assim...

-Nõ fale mais isso, ok? Uma coisa ainda me intriga?

-O que?

-A Sara escondeu uma filha de nós todos, e eu sei como é difícil criar uma filha sozinha.

-Sara é a Sara...

-Gil a menina precisa a mãe.

-Eu sei, talvez nós possamos falar com o pai dela. -aquela ideia doía em Grissom, o fato de Sara estar com alguém que não seja ele.

-Grissom... Você sabe que a Alice, bem... Ela parece muito... -Catherine não fazia a mínima de como falar sobre aquilo.

-Ela o quê? -Grissom não fazia ideia do que a amiga estava falando.

-Deixa para lá. -Cathe mudou de assunto, ele teria de descobrir sozinho.

-Acho que podemos fazer um teste de DNA, quem sabe ela possa ser adotada?

-Grissom deixa de ser burro! Porque a Sara adotaria uma criança, é claro que a Alice é filha dela, não viu como elas são parecidas?

-É, você tem razão.

-Mas acho que você deva fazer o teste de DNA.

-E comparar com o quê?

-Me deixa fazer as coisas, ok? Eu tenho uma ideia.

-E você não vai me contar?

-Não, eu sei como são as coisas, e eu quero dar um jeito nisso.

-Mas e a Alice?

-Ela vai ter de passar a noite aqui, em observação. Eu poderia ficar com ela, mas a Lindsay não me vê desde ontem.

-Eu passo a noite aqui. Não se preocupe.

-Ok. -Catherine riu um pouco.

-Qual a graça?

-É que eu nunca te imaginei cuidando de alguém. Ainda mais de uma criança.

-Alice é especial.

-Sei que é.

...

Dias depois...

-E então Greg, comparou as amostras?

-Sim. Comparei, vai me dizer de quem são?

-Não é da sua conta, é um favor, Ok? E é muito importante, por favor, me dê os resultados.

-Ok, já que é assim... Eu comparei o DNA das pessoas que me deu, e temos 12 elos em comum, eu diria que são pai e filha.

-Muito obrigada Greg.

-A seu dispor madame!

...

-Eu não acredito nisso!

-Gil, o laboratório nunca falha, você é o pai da Alice.

-Por que a Sara nunca me contou? Eu tenho uma filha! E ela não achou que eu tinha o direito de saber?

-Você vai me contar quando você e a Sara, você sabe, tiveram a Alice. -Gil a olhou com raiva. -Já vi que não...

-Isso não importa. Mas e agora, a tia dela está aqui e vai leva-la para Nova Iorque... Mas...

-Mas você se apegou á ela. E não quer deixa-la ir.

-É, isso mesmo.

-Então vai lá e mostre que é pai dela.

-Mas Melissa tem a guarda provisória.

-Você é o pai dela, diga isso ao juíz.

-Ok, você tem razão... Mas e as regras do Lab, vou ser implicado com isso.

-Não importa, podemos guardar um segredo, vamos, vamos abafar o caso, tomar cuidado com as fofocas, o mais importante é pensar em Alice.

-Tem razão, é nela que eu tenho que pensar.

...

-Você é meu pai?

-Sou sim querida.

-Mas eu nem conheço você.

-Eu também não conheço você ainda, mas podemos dar um jeito nisso.

-Você conheceu minha mãe quando?

-Quando eu fui até a univercidade dela, bom eu me apaixonei por ela e ela por mim.

-Você ainda a ama?

-Mais do que você pode imaginar.

-Então por que eu não te conheci antes?

-Sua mãe queria esperar um pouco... Mas agora estamos aqui.

-Pai. Posso te chamar assim?

-Claro, meu anjinho.

-Minha mãe me chama assim também... Papai eu não quero ir com a Tia Melissa, eu quero ficar aqui com você!

-E você vai, você vai morar comigo, até sua mãe ficar melhor. E depois, depois ela pode morar com a gente, que tal?

-Vai ser legal!

-Amanhã eu venho te buscar, ok?

-Ok!

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-Desde daí, ela mora com ele.

-Ainda é estranho.

-Sara eu acho que você precisa ver o Grissom, quem sabe você lembra dele?

-Acho difícil, eu não faço a menor ideia de quem ele seja.

-Vai dar tudo certo!

-Tomara que sim...