Algumas pessoas dizem que a verdade pode ser descoberta nos olhos, é bem verdade que os olhos demonstram mais emoções do que qualquer outra coisa... O olhar de alguém pode transmitir diversas emoções num segundo, e é assim que sabemos os reais sentimentos dessa pessoa. As vezes um único olhar pode transmitir segurança, confiança, amor, afeto, amizasde, carinho, ódio, raiva e inveja, é pelos olhos que realmente conhecemos as pessoas... E quando temos a experiência de olhar dentro dos olhos de uma pessoa que acabamos de conhcer, naqueles poucos instantes, saberemos se aquele nova pessoa será ou não alguém em que poderemos confiar...

Os olhinhos azuis se abriram-se com dificuldade,  visão que tinham era bastante confusa, luzes fortes e brilhantes, um teto branco e algumas pessoas passando perto de onde estavam. Podia ouvir um barulho chato de apitos vindos de toda a parte e algumas pessoas falando ao fundo... Seu braço direito doía um pouco, devia ser por causa do vidor da janela que acabara entrando nele. Depois de alguns segundos, sua visão clareou e ela pode ver melhor onde estava, sabia muito bem que aquilo era um hospital, mas queria mesmo pensar que estava em casa tomando um belo chocolate quente com a mãe... Mas sabia que a realidade não era bem essa. Naquele momento, ela nem ao mesmo sabia como era a situção da mãe... Ela nem conseguira fazê-la acordar. Aqueles pensamentos a deixaram assustada, sentou-se rapidamente na cama desconfortável do hospital e não vendo a mãe por perto, gritou por ela:

-Mãe!-olhou ao redor, talvez ela estrivesse no cantinho. -Mamãe! -chalou mais uma vez por ela e nada. -Mamãe! -gritou mais alto dessa vez, já com algumas lágrimas noa olhos.

-Alice? -um mulher que ela nunca tinha visto na vida apareceu perguntando seu nome.

-Sim. -ela respondeu para a estranha mulher, por mais que soubesse que não devia falar com estranhos, de alguma forma ela lhe passava uma certa paz, não parecia perigosa, era alta, loira e olhos azuis, tinha um sorriso no rosto e parecia estar em dúvida sobre o que dizer para a pequena. -Quem é você?

-Sou Catherine, eu trabalho com a sua mãe. -ela disse meio sem jeito sentando em uma cadeira ao lado da cama.

-Você sabe onde ela está? -ela perguntou ansiosa sentando olhando para ela.

-Alice... A sua mãe... Ela não está muito bem...

-Como assim? Eu posso vê-la? Eu quero ver a minha mãe. -ela disse desperada, como aquilo podia estar acontecendo.

-Calma, ela está sendo muito bem cuidada, mas você ainda não pode vê-la, está muito fraca também.

-Eu esotu ótima, obrigada. -os genis Sidle não mentiam, elas eram mesmo mãe e filha.

-Alice você tem que entender... Sua mãe está desacordada.

-Eu quero a minha mãe... -ela sussurou para si mesma.

-Vai ficar tudo bem... Tem alguém que a gente possa chamar, seu pai talvez?- Catherine estava pensando no possível pai da pequena á horas, Sara nunca parecera ter alguém e ainda mais uma filha, meu deus! Que coisa. E ela nem parecia ser dar bem com outras crianças... Mas dava para ver que, mãe e filha eram muito ligadas.

-Eu nãeo sei quem ele é... Mas tem a minha tia Melissa, mas ela tá viajando. Não sei para onde.

-Tudo bem, querida, vamos conseguir falar com ela... -Catherine mal sabai o que falar, aquela meninha tinha a cara de Sara, mas os olhos, ela conhecia aqueles olhos de outro lugar.

-Oi. -a menina disse do nada olhando para a porta enquanto Catherine estava perdida em pensamentos.

-Oi. -respondeu Grissom parado na porta, parecia confuso, e olhava para a garotinha á sua frente com um pequeno sorriso nos lábios, e a menia fazia o mesmo, como se ambos já se conhecessem.

-Ah...Alice esse é o Grissom.

-Grissom? -ela riu um pouco. -Que nome é esse? -era a primeira vez que Catherine vira um sorriso no rosto da pequena, até mesmo sua aparencia melhoru com aquele sorriso, parecia que uma luz tinha pairado no rostinho de boneca da pequena.

-É meu sobrenome. Meu nome é Gilbert Grissom, mas você pode me chamar de Gil.

-Gil é mais fácil. -ela disse.

-Também acho. -respondeu Grissom sorrindo também.

Foi como um estalo, Catherine entendeu tudo! Olhou para Grissom e para Alice, prestou atenção nos olhos, nos jeito como levantaram a sobrancelha ao mesmo tempo. Eram os mesmos olhos azuis, eram os mesmos movimentos! Era ele, ele era o pai de Alice, mas por algum motivo Catherine tinha certeza que ele mesmo não sabia disso... Sara escondia mais segredos do que Cath podia imaginar...

-Gil, acho que você devia ficar um pouco com a Alice... Enquanto eu vou ver se tenho mais notícias.

-Claro. -ele disse sem olhar para ela.

-Divirtam-se. -ela disse saindo do quarto. Era a primeira vez que uma criança se dava bem com Grissom, a maioria costumava ter medo do cara barbado que falava de coisas chatas... Mas Alice, bem, ela tinha um motivo especial.

-Você trabalha com a minha mãe também, não é?

-É trabalho.

-Foi com você que eu falei?

-Foi.

-Obrigada.

-Pelo quê?

-Por me ouvir.

-Não se preocupe, nós vamos sempre ajudar você quando precisar.

-Eu preciso de uma coisa agora. -disse ela fazendo a chamada "Cara de cahorrinho".

-O quê? -perguntou ele curioso.

-Vem aqui. -ela o chamou fazendo gestos para que ele sentasse na beira da cama e assim ele fez.

-E então o que é? -Grissom estava curioso com a pequenina á sua frente, ela era tão parecida com Sara.

Sem que ele pudesse perceber, a garotinha o braçou. No mesmo segundo ele retribuiu o abraço. Pode ouvi-la chorar e soluçar um pouco... Ele não sabia o que fazer, mas sentia que tinha de proteger aquela garotinha linda, era uma coisa que nunca sentira antes, como se eles tivessem uma ligação... Um laço que nem ele sabia dizer onde fora feito, mas que tinha uma força muito poderosa. Aconteça o que acontecer, ele apenas sabia que devia cuidar daquela menininha que tanto lhe lembrava Sara.