Aquela Garota escrita por Jaqueline


Capítulo 23
Capitulo: Uma tal de segunda chance? - POV Daniel


Notas iniciais do capítulo

oooi >< passando aqui pra postar uma parte ainda não terminada do cap POV do Daniel,tipo hoje eu resolvi postar uma parte,sei que não é muito,mas vai adiantar um pouco enquanto eu arrumo o cap anterior :)



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POV Daniel



 

Havia adormecido há algum tempo,mas fiquei meio paranóico e angustiado, e agora vou ficar pensando como vou pedir perdão.


 

Desde que escureceu e a noite se pôs, meu rumo e coragem criaram expectativas.Boas lembranças viram em minha mente,lembrei-me do sorriso mais lindo que já tivera visto e a garota objetiva e sincera que Mel é.Ela foi a única que chamou minha atenção e soube me abraçar e compreender meus erros.Mas agora que realmente errei com ela,me sinto culpado,e tenho medo de voltar.Ainda estou indeciso,mas meu coração sabe o que é melhor e vou arriscar tudo o que tenho,ou melhor,não tenho nada se não tiver a Melany comigo.Poucos sabem o que é amor,e acho que sou um desses.Não importa a idade,a cor,distancia,se você sente seu interior e sua mente longe,muito longe quando olha nos olhos de quem se ama.O verdadeiro sentimento chega no momento mais inesperado e te consome noite e dia,as horas podem passar lentamente,não há necessidade de perder o tempo,afinal quanto mais momentos juntos,melhor.


 

Sorri deitado em minha cama.Aqui nesse quarto,nesse hotelzinho e com a madrugada passando rapidamente.As coisas precisam melhorar para o meu lado,se Mel não quiser mais me ver,tudo bem.Eu serei feliz por tentar,ela tem o direito de ficar magoada,não sei mais o que fazer sem ela perto de mim.A escola e os amigos,os poucos amigos,as pessoas que nem conheci direito e sei que machucam minha pequena,jamais quero ser como eles.Machucando ela,me machucam também.


 

Não existe palavra que defina distancia,ou melhor,a saudade pode explicar muito bem isso.Não a vejo em dois dias praticamente,e sinto tanta falta.Queria saber o que ela pensa sobre mim neste momento,ou o que pensou.Quem sou eu agora? Mudei tanto,pensei tanto,e percebi que Melany me mudou,por fora e por dentro,alias,principalmente por dentro.Só desejo ser feliz ao lado dela para sempre.


 

O amor não propõe data de validade.Ou você ama ou você engana.As escolhas sou eu que faço.E eu escolho a minha Mel.Só ela.


 

Cresci com uma família desorganizada,estranha,e quase sempre me senti excluído em casa.Nunca fui o parceiro do meu pai,ou o orgulho da minha mãe.Mas quero ser para meus filhos.Um dia terei minha família e mostrarei o que é felicidade,e eles saberão demonstrar o que estão sentindo sem medo.Não adianta meus pais dizerem que estou fazendo o certo,no fundo eles queriam impedir tudo isso.Conheço tanto eles,mas nenhum pode dizer o mesmo.Apesar de tudo que já escutei,presenciei,hoje posso afirmar que me sinto mais maduro e tranqüilo,fico orgulhoso de quem me tornei,e amo cada um de seu jeito,mesmo que na maioria das vezes os dois errem comigo.


 

Não posso arriscar,o momento chegou e vou aproveitar cada segundo.


 

Suspirei e coloquei o despertador para ás 8:00 da manhã.O caminho do hotel até a casa dela não parece ser demorado.Entorno de uma hora devo chegar.Pretendo vê-la e pedir as devidas desculpas,ela tem o direito de escutar o que eu tenho pensando nesse curto tempo que ficamos separados.


 

Fechei meus olhos,mesmo estando ansioso e querendo que as horas passem o mais breve possível,eu sentia que o meu dever mesmo é descansar e acordar com disposição,me despedir de meus pais e partir para quem sabe nunca mais voltar.


 

Adormeci novamente,mas agora tranquilamente e esperando o despertador tocar.

As horas passaram-se e conseqüentemente o despertador tocou, abri meus olhos.Queria fazer as coisas rapidamente,sem muita frescura.

Meu coração partido e frágil acelerou-se, e rapidamente levantei da cama,ajeitei o travesseiro e a pequena coberta que me esquentou na noite fria.Peguei minha mala e minha mochila,organizei o que me pertencia e peguei meu dinheiro,uma pequena economia que fiz a muito tempo,e que para um grande dia como este me faria a oportunidade de gastar.

Depois de sair do hotel e pedir perdão para minha Mel,eu ainda teria de arranjar uma casa,um emprego e assim colocar um futuro em andamento.Sem meus pais e sem alguém que possa me ajudar,as coisas seriam mais trabalhosas e duras,com regras e isso nem me coloca medo,pois já estou amadurecendo e de uma jeito próprio.Não vou deixar meus sonhos para trás,vou erguer minha cabeça.O meu maior medo é Melany não me perdoar, e achar infantil demais a minha atitude,porem ela estaria certíssima.

Como sempre acabo magoando todos de algum forma,minha mãe não deve estar satisfeita com o “futuro” que ela sempre sonhou em me ver.Mas,nem tudo pode ser como meus pais querem,já sofri demais,mesmo que tenha pouca idade.Sou tão frágil e me acho bobo,não quero ser popular,ou ter dinheiro para me gabar,ultimamente isso foi o de menos,mas tudo tem um motivo,e esse grande e maravilhoso motivo foi a garota que conheci,a mesma que me ensinou a rir e ser simples e verdadeiro.Não a conheci tanto quanto penso,agora o meu coração pertence somente a ela.

Ajeitei tudo que tinha para levar e peguei uma roupa,como estava bem frio e meio chuvoso,resolvi vestir um moletom.Fui ate o banheiro,tentei não fazer nenhum barulho,acho que seria péssimo me despedir deles e também hoje nem vai ser a ultima vez que os verei,ainda tenho muitos planos em vê-los, o fato de eu não concordar com eles,não impede de amar cada um,eles sempre serão meus pais,e jamais esquecerei tudo que vivi com minha família.

Entrei no banheiro e já liguei o chuveiro,esperei a água ficar bem quente.Olhei meu rosto no espelho e suspirei,foi um suspiro bom,acredito que foi de alivio e alegria por fazer o que meu coração sente.Agora depois do banho e tomar café,eu sairia do hotel e pegaria um ônibus,apesar que queria ir a pé,mas do jeito que o tempo esta escuro e frio,não quero ficar doente,só quero chegar na cidade e surpreender Melany.

Estava tudo em silencio enquanto eu tomava um bom banho,todos do hotel dormindo e aconchegados em suas camas,meu sono e nervosismo estavam diminuindo.

Desliguei o chuveiro rapidamente e me vesti.Olhei-me no espelho e sequei meu cabelo.Sai logo em direção para a pequena e apertada cozinha.Caminhei devagar e fui ate o armário que guardava algumas bolachas e café,apesar de não estar com tanta fome assim,a viagem seria um tanto demorada,estamos separados por alguns km e isso me deixaria com fome a qualquer momento no ônibus,suspirei e ri comigo mesmo.

Enchi a chaleira de água e a coloquei para ferver,logo fui ate a geladeira e peguei leite,também o deixei amornar.Esperei alguns minutos e preparei um bom e forte café,acomodei-me na mesa redonda e velha,e bebi um café com leite agradável ao clima chuvoso que se formou no céu.

Peguei todos os meus pertences, e sai calmamente pela porta. Não estava nervoso ou calmo, acredito que daria certo, mas no fundo, não queria estragar tudo outra vez. Se não desse certo, sim, eu ainda sentia que fiz um erro, um pequeno buraco no coração da Melany, minha atitude em voltar seria o mais obvio e aceitável, mas ela é diferente, quem sabe, me xingue, diga coisas que eu não gostaria de escutar, mas saberia lidar muito bem, afinal pequenos erros como a deixar sem avisar, são grandes de algum modo, suspirei três vezes, e fechei a porta calmamente.

Desci as escadas e sai pela portaria vazia, caminhei ate a parada, que ficava do outro lado do hotel, e esperei qualquer ônibus que passasse. Nem tinha muito o que pensar, apenas me continha em silencio, ouvindo o som do vento que balançava as arvores, coloquei uma touca preta, e ali fiquei por alguns minutos, ate que finalmente embarquei no ônibus que ajudaria a poupar o tempo de pedir desculpas, e fazer valer a pena minha vida.

Paguei a passagem e sentei no banco da frente, fiquei olhando pela janela o longo caminho que tinha ainda para percorrer, mas logo senti meus olhos se fecharem e adormeci.

- Hey garoto, acorde, chegamos na cidade... – uma voz rouca me chamou

O olhei rapidamente, era o motorista me chamando, havíamos chegado. Sorri animado, mas ainda meio cansado da viagem.

- Obrigada, acabei cochilando... – agradeci e logo sai em direção a rua que situava a casa de Mel

Seguindo o caminho coberto por folhas, o vento mais forte, e as casas que estavam fechadas, ainda era muito cedo, mas perfeito para surpreender. Ri um pouco, de um jeito envergonhado, ainda me sentia como sempre fui, o Daniel antigo ainda estava comigo, mudar não era o meu propósito.

Peguei o celular que estava na mochila, e digitei uma pequena sms, que dizia:

Olá Mel, espero que ainda saiba que eu te amo, e que estou próximo de você, apenas gostaria de saber se sente a minha falta, caso sinta, eu estou olhando para a sua janela esperando você.

Uma sms pequena e objetiva, o que tinha para dizer seria melhor pessoalmente.

Ainda não tinha nenhuma resposta, estava esperando algum sinal de vida, Melany amava dormir, e talvez alguns minutos fossem necessários para ver o que tinha enviado, celular sempre no silencioso.


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Notas finais do capítulo

eai? :3

Espero que tenha gostado. Enfim, depois de muito tempo sem postar a continuação, agora ele está pronto, uhu capitulo terminado.

Até, ♥

Abraços de urso <(*_*<)



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