Nada É Por Acaso, Disso Pode Ter Certeza escrita por lalala


Capítulo 9
Acredita Em Amor?


Notas iniciais do capítulo

YEY!
É, não demorei hoje u_u
O capítulo ficou pronto no mesmo dia que postei o outro hehehe mas postei muito tarde, e sei que quando isso acontece as pessoas começam a atualizar mais e mais histórias depois e a minha sai ali das primeiras e ninguém vê que tá com Cap. novo . ~ninguém entendeu, não sei explicar isso --~ então acabei apagando. Tá tudo salvo no notebook mesmo XP
Acho que ficou grandinho né ., mas é isso que dá gostar de escrever shuashua mesmo que seja bem mal...
ENFIM
Espero que gostem... Esse cap. é meio que uma continuação do outro (TODOS OS CAPÍTULO SÃO CONTINUAÇÕES DOS OUTROS NÉ ¬¬'') porque o outro foi um desabafo do Frank, esse é do Gerard.
Boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/177792/chapter/9

~Gerard POV’s On~

Desde o dia que eu havia chegado, já dava para notar que os pais de Frank se sentiam bem desconfortáveis com minha presença e a de Mikey, mas eu não poderia fazer nada. Estava lá por causa do filho deles e nem falar com ele eu conseguia.

Na noite que dormiu com a gente, pude ouvi-los brigando, e por instantes aquilo tudo me lembrou nossa antiga situação em casa...

- Gee, querido, vai lá no quarto colocar o Mikey para dormir. – Afagou os cabelos do maior, onde se encontravam sentados no sofá da sala, vendo um filme qualquer. Mikey acabou dormindo no colo do irmão, que também já lutava para não fechar os olhos, mas não o fazia. Gostava de ficar perto dos pais, fazer tudo com eles, nem sempre era possível, passava quase todos os dias na biblioteca do centro da cidade com alguns outros alunos, estudando.

No momento, estava apenas com a mãe, mas depois que seu irmãozinho nasceu, ficar sem o pai se tornou rotina. Nos primeiros dias chegou a esperá-lo no portão de casa até as duas da manhã, mas depois Donna acabou proibindo-o.

- Claro... – Bocejou – Vem, Mi, hora de ir pra cama...

De repente ouviram o barulho do tal portão se fechando forte. Gerard parou no meio do caminho e Mikey acabou acordando por segundos. Sua mãe olhou aflita pela janela e seguiu o olhar para o filho mais velho.

- V-vai para o quarto Ger, rápido e o tranque, certo?

- Certo...? – Olhou desconfiado.

- Rápido filho! – Gritou.

- Estou indo! – Correu para o quarto.

Ficaram os dois encolhidos em sua cama, Mikey desde que nasceu não se separava do irmão.

Gerard ainda pôde ouvir seu pai irritado chegando em casa, falando coisas emboladas que muitas vezes não conseguiu entender. Sua mãe às vezes gritava e suplicava, mas tudo que ele podia fazer era deitar, acalmar o irmão que por sorte não acordava e esperar até o dia seguinte, tentando ignorar o barulho das coisas quer eram jogadas contra as paredes se quebrando.

Esse dia não havia sido tão parecido, mas ao ouvir Linda e Christiann brigarem, não só por causa do filho, me deixava pensando se eles algum dia poderiam tornar iguais ou piores do que se tornou minha família, se é que eu poderia chamar assim.

Já dava para perceber que Frank não aguentaria, era fraco demais para coisas como estas.

Pelo que consegui aprender sobre ele, era ótimo em ajudar os outros, dar conselhos para os outros, tudo para os outros, mas quando se tratava de sua vida, podia virar uma bagunça só em questão de segundos.

Eu queria ampará-lo, mas da última vez que tentei fazer isso a alguém, olha no que deu: eu e meu irmão na rua tentando sobreviver sozinhos por aí.

Por isso não queria sua ajuda, ele já estava arranjando problemas demais para si mesmo. Não fazia sentido eu ficar lá só para piorar as coisas; já tinha ficado uma noite como prometi para Mikey, mas ficar por mais de uma semana já era um absurdo!

Por mais que eu ainda estivesse lá, a vontade de fugir correndo sem que Frank me visse era mais do que enorme. E já estava certo para mim: eu ia fazer aquilo em breve. Eu precisava.

O ouvia conversando com os tais Brian e Zacky, sobre querer que eu fosse estudar com eles e cada palavra que escutava voltava como uma fisgada em meu peito. Eles iriam longe demais, não se faz isso à outra pessoa... Eu precisava dizer ao Iero que tinha que ir embora, voltar para onde ele me encontrou, e que tudo ia ficar bem, mas para isso teria que falar com ele.

Não conseguia.

Agradecê-lo naquela noite foi tudo que consegui, e depois, por mais que tentasse, balançar a cabeça como um “sim” ou “não” era o máximo que saía.

Porém, em uma das noites em que seus pais brigaram de novo, também a última em que o baixinho falou “normalmente” com eles, tudo foi por água abaixo.

Ele conseguiu confundir mais todas as coisas que já estavam confusas dentro de minha mente confusa. Confuso, não? É, muito confuso, mas foi o que aconteceu.

Não sinto nada por ele, até porque, não quero me aproximar o mínimo desse garoto. Bom, não queria... Mas estou meio que sendo obrigado a ficar com Frank. E parece que ele gosta.

Até aí tudo bem, é bom saber que alguém se sente bem com a minha presença... Mas quando o Iero dormiu comigo e Mikey, sei que ele e eu ficamos confusos com o que era aquilo.

Qualquer um que entrasse naquele quarto veria de cara que Frank dormiu sorrindo, e eu o abraçando, colando nossos corpos e com a cabeça afundada em seu pescoço. E não pensariam coisas “boas”.

E era ali que eu pensava: “Será que o pequeno seria capaz de se apaixonar por alguém que nunca falou nada com ele? E será que eu poderia estar... Gostando mais dele, sem ao menos ter conseguido dizer uma única frase direito?”

Preferia não aprofundar esses pensamentos. Uma semana era muito pouco para decidir o que se sente por alguém.

“Mas e essa história de amor a primeira vista?” Peguei-me refletindo enquanto arrumava minha cama com Mikey ao meu lado, sentado no outro colchão já arrumado por Frank antes de descer para a cozinha, balançando os pés e me encarando, tentando decifrar o que eu pensava.

- Não existe, dãh... É impossível. – Resmunguei dobrando um lençol.

- O quê é impossível? – Mikey perguntou curioso.

- Ah, não é nada Mi... – Suspirei sem olhá-lo.

- Se não fosse nada você não teria dito. – Deu de ombros.

Eu sabia que por mais que não quisesse parecer, Michael ia tentar puxar algum assunto até chegar na resposta que queria. Parei de arrumar as coisas e sentei ao seu lado.

- Acredita em amor?

O menor me encarou confuso.

- Como assim...?

- Amor, oras!

- Humm, não sei. Nunca me apaixonei pra saber. – Balançou os ombros.

- Acreditava no amor do papai e da mamãe? – Sabia que quando tudo começou a acontecer, ele ainda era muito pequeno, basicamente quando ele nasceu, mas desde muito tempo, ele se lembrava de tudo.

Hesitou em responder. Parecia pensar bastante.

- Só quando eles não brigavam... Ou... – Fitou-me – Quando a gente ama, bate nas pessoas?

- Não... Não se faz isso Mi. – Sacudi a cabeça negativamente – Mas esqueça essas partes, se conseguir. Acreditava?

- Sim, mas acho que você se lembra mais desses momentos do que eu. – Riu inocente.

- É mesmo. – Ri junto. Era bom fazer isso com meu irmão. Suas risadas me faziam bem, eram tão doces, despreocupadas... – Mas então... – Desviei o olhar – Acredita em amor à primeira vista?

- Já disse que nunca me apaixonei pra saber! – Me olhou zangado.

Eu sei, ele só tinha 6 anos, mas era ótimo para conversar. Me lembrava de ir ao seu berço, no meio da madrugada para desabafar. Era óbvio, ele não respondia, na maioria das vezes já estava até dormindo, mas eu não ligava, algo me dizia que ele estava ouvindo, que me compreendia. Depois que foi crescendo, ficou assim: Mikey gostava de ouvir o que as pessoas ao redor tinham a dizer, adorava conversar e já havia parado no meio da rua só para falar com algum estranho.

Muitos diziam que ela era apenas muito assanhado, mas eu achava lindo. Michael era muito mais descontraído que eu. Se não o tivesse deixado conversar com Frank, ele já teria batido altos papos com o baixinho.

- Não importa! Acredita ou não?!

- Depende da pessoa. – Deu de ombros de novo.

- Como assim? – Semicerrei os olhos. Odiava sua mania de não dizer tudo até o fim.

- Onde quer chegar com isso, Gee?! – Sorriu – Você tá gostando do Fran? – Perguntou em tom de inocência.

Corei violentamente e virei o rosto para o outro lado.

- N-não...

- Então porque vem falar essas coisas comigo?

- Só... Só queri- - Frank abriu a porta do quarto, me fazendo olhar de lado para ele, disfarçando o espanto e parando de falar na hora. Mikey se encolheu e foi para meu colo.

- Oi...? – Sorriu sem graça – E-espero não estar atrapalhando nada...

Fiz que “não” com a cabeça ainda olhando para o outro lado com a cabeça abaixada. Mikey saiu do meu lado e foi para outro canto fingindo que tinha algo para fazer.

Fuzilei-o com os olhos ao ver que tinha ido ao banheiro só para me deixar sozinho com o outro, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, este já foi adentrando pelo quarto.

Parou na minha frente, onde virou meu rosto para ele e tirou algumas mechas vermelhas que o cobriam. Ficamos nos encarando por um tempo até que Frank se sentou ao meu lado, olhando para o chão como eu.

- Olha... Sobre tudo... – Suspirou – Não acha que já está na hora da gente se conhecer?

O olhei meio tenso, voltando logo a encarar meu tênis. Ou melhor, seu tênis, que tinha ganhado de natal, mas ficou muito grande. Era bonito.

- Okay, então esquece... – Se levantou. Era para eu deixá-lo ir embora, mas algo no momento me fez puxar seu braço - Que foi agora?!

- F-f-f-fica. – Gaguejei fitando-o.

- V-você... – Arregalou um pouco os olhos.

- F-falei de n-n-novo s-sim...

Frank tratou de sentar-se rápido, com os olhos brilhantes, fazendo-me sorrir de lado e voltar a desviar o olhar.

- Pode fazer isso normalmente...? – Se aproximou. Apenas balancei a cabeça fazendo que “sim” – Então, fala de novo. Deixa eu... Te ouvir.

Fiz que “não” e olhei-o um pouco triste.

- P-por quê? É difícil?

- ...É.

- Fala direito com seu filho? – Sacudi negativamente, rindo. – Ué, mas... Mas como? – Frank parecia indignado, fazendo-me querer rir mais.

Ele ainda perguntou outras coisas sobre Mikey, que segundo ele, era meu filho, mas a única coisa que eu podia fazer era sorrir e balançar a cabeça com tanta comédia. Em compensação, falar que Mi era só meu irmão não foi possível.

Depois de um tempo Frank conseguiu conversar comigo de um jeito que eu conseguisse responder, quando as respostas eram pequenas, tentava responder falando, mesmo que com dificuldade. Ainda assim, ele queria ouvir minha voz de verdade. Não é que eu estivesse forçando-a, mas sempre gaguejando, ela saía fraca e rouca.

Acabei me soltando um pouco mais também, estava conseguindo rir baixo normalmente, mesmo que às vezes eu me indagasse se era realmente para eu estar fazendo aquilo tudo mesmo.

Foi bom ficar um tempinho com ele. Até que eu não precisava ter tanto medo, mas a questão era essa. Eu não podia me apegar ao Frank. Precisava sair de lá, só isso.

E esquecer seu sorriso, o brilho dos seus olhos, seu moicano engraçado, suas palhaçadas para tentar me acalmar, seus lábios rosados, cada piercing e tatuagem...

Pare de pensar essas coisas Gerard!” Resmunguei para mim mesmo.

Frank tinha saído, sua mãe o tinha chamado. Ele hesitou, mas Linda começou a gritar de raiva, deixando-o sem graça, descendo logo em seguida.

Vi Michael saindo do banheiro sorrindo e voltando para meu lado.

- Seu pirralhinho miserável. – Resmunguei rindo.

- Você gosta muito do Tio Fran. – Assentiu para si mesmo com a cabeça. Corei de novo, mas não desviei o olhar.

- N-não é isso... Ele é nosso amigo, só quer nos ajudar. Preciso ser amigável com ele.

- Mas a um tempo você só queria sair daqui!

Pequeno, mas esperto. Conseguia me deixar sem respostas... E intrigado! Eu não gostava dele. NÃO gostava.

- E-eu sei... E nós vamos.

- Mas...

- Eu sei que você também gosta muito do “Tio Fran”, mas já disse que não podemos...

- Mas não se separa de quem a gente gosta! – Rebateu – E você gosta muito dele!

- Mikey!

- Você tem que dizer pra ele o que sente.

- Cala a boca Mi! Você é muito pirralho pra essas coisas! – Me alterei.

- Mas...

- Você não sabe o que tudo isso pode causar?!

- Mas...

- Sem “mas”! A conversa acaba por aqui. – Cruzei os braços.

- Desculpa... – Encarou o chão.

Pois é, ele não sabia o que dizia. Até sabia, mas não o quanto aquilo poderia mudar tudo.

- Posso pelo menos falar com ele antes da gente ir embora? – Continuou.

- Não sei...

- Por quê?

- Porque não. – Me levantei e fui até a janela. Já passavam das duas horas da tarde, mas o céu estava escuro. A neblina descia das montanhas, causando uma fraca chuva gelada e uma brisa gelada.

Rapidamente senti o toque de pequenas mãos em minha perna.

- O que você quer Mi? – Respirei fundo.

- Vou parar de falar do Fran, mas você vai se arrepender de deixar ele pra trás.

Esperei um pouco para responder, olhando para a paisagem novamente, indagando onde eu realmente chegaria se continuasse ali...

- N-não vou deixar ele pra trás...

- Não?

- Não sei...

- Por quê?

- Porque não.

- De novo não... – Ouvi Mikey sussurrar pesado.

O peguei em meu colo deixando-o sentado na sacada da janela do quarto.

- Por que... Eu acho que posso estar começando a amar ele. – Admiti enquanto abraçava o menor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso!
Gostaram??? Mereço Reivews?? Eu sei que não, então vou parar SHAUSHAUSHASU
É, sei que NUNCA adianta pedir pra TODAS AS LEITORAS comentarem, só queria saber qual é o problema com isso! Eu sempre comento, e conheço MUITA gente aqui que sempre comenta também! Então, leitores fantasmaaaas please, Talk To Me '.'
hehe
É... Fico Por Aquiie :3
Até o próximo!
Beijos :*