Nada É Por Acaso, Disso Pode Ter Certeza escrita por lalala


Capítulo 10
Tenso / A Maior Burrada Da Minha Vida?


Notas iniciais do capítulo

HEEY!!! Own, gente, é sério. QUE SAUDADES, MAAAN!!! *abraça todas vocês*
Bom, tá aí mais um ^^ Espero que gostem mesmo! Acho que tá meio grande *meio Aline? MEIO?? ¬¬* Mas não sabia como poderia separar então postei tudo de uma vez LOL
Então, BEM VINDAS(OS) LEITORAS NOVAS!!!
Ah, claro: Podem falar comigo, tá? Eu não mordo '.' ~só as vezes~
Boa Leitura o
Qualquer erro, me desculpem mesmo, vou corrigindo depois...



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O último sinal da turma da manhã havia acabado de tocar. Nos corredores, os alunos já se amontoavam para guardar o material, mas Frank, Zachary e Brian continuavam sentados num tom pensativo.

– Você devia pensar melhor nisso cara...

– Não posso fazer isso com ele! É meu pai! – Frank rebateu o garoto de cabelo arrepiado.

– Mas esse seu pai tem tipo, muito dinheiro!

– Eu sei Zee... Eu sei... – Suspirou – Mas ele não vai querer nos emprestar pra isso! Você sabe!

– E quem disse que ele precisa saber que é para outra pessoa? – Zacky socou de leve seu ombro, deixando-o mais confuso.

– Você está dizendo para mim...

– Isso mesmo. Desviar o dinheiro dele. – Balançou a cabeça e Brian concordou.

– Eu e o Zacky pensamos nisso há alguns dias, achamos que até agora, é o melhor jeito de acertar as coisas.

– Já disse que não, Brian!

– Então seu namorado vai voltar para a rua. – Zachary falou indiferente, deixando o menor vermelho.

– Ele não é meu namorado! – Cruzou os braços – Que saco!

– Namorado, ficante, amante, amigos coloridos... No final dá tudo no mesmo! – Continuou com o ar de indiferença, fazendo Brian rir.

– Vocês vão fazer algo que preste ou não?!

– Certo, certo! – Zacky se sentou novamente – O negócio é o seguinte. – Olhou para Brian, que continuou imediatamente.

– A gente cria uma conta nossa no banco, você pega as senhas do seu pai, aproveitando que essa semana vai para a casa dele, e começa a desviar uma certa quantia por mês... – Abaixou a voz.

– Ele nem vai notar mesmo!

– Claro que vai! Se ele simplesmente vê que está com dez centavos a menos do que no mês anterior, é capaz de contratar gente para ir atrás da pessoa que desviou o dinheiro!

– É o único jeito, Frank.

Ficaram em silêncio por alguns minutos. Frank de cabeça baixa e os outros dois meninos, apoiados um no ombro do outro, pensativos. Sabiam o quanto aquilo seria difícil para o menor; já falava pouco com o pai, e agora ia ter que dar um jeito de praticamente roubá-lo.

Às vezes podiam ouvir o Iero respirar fundo e pesado, sem encarar ninguém, apenas o All Star vermelho já velho. De repente, este se levantou e começou a pegar sua mochila e sair da sala.

– Ei ei ei!!! O que pensa que tá fazendo? E a nossa conversa!? – Zacky entrou em sua frente para que não saísse.

– Olha Zee, eu sei que parece fácil pra vocês, tá? Mas não é! Ele não é o pai de vocês, ponto final! – Empurrou Zachary de sua frente e seguiu pelo corredor – Não vou fazer isso. Fim. – Foi embora.

Brian se levantou e foi para perto de Zacky, os dois ainda meio chocados. Uma hora ou outra Frank teria que perceber que essa era o único jeito de resolver as coisas para o ruivo; pelo menos era o que os dois meninos pensavam.

Há essa hora, Brian já tinha pegado o material dos dois e ao se aproximar, apoiou novamente a cabeça no ombro do outro, suspirou e voltou a falar:

– Será que realmente parece uma coisa pra fácil para nós?

– Não sei... Mas acho que se só tem um jeito da gente saber.

– Como?

Frankie não quer fazer isso de jeito nenhum, certo? – Brian assentiu com a cabeça – Então vamos fazer por ele.

Colocaram as mochilas nos ombros e saíram.

Frank caminhava furioso pela rua; não podia acreditar em certas coisas que vinham de seus... Supostos amigos.

Já estava melhor só em saber que mais alguém além dele se preocupava com o ruivo e seu filho, mas desviar dinheiro de seu pai não era nem de longe a coisa certa a fazer, até porque, mesmo que fosse pedir emprestado a ele, a resposta já era mais do que óbvia.

Agora ainda passaria uma semana em sua casa, e não poderia levar os garotos junto. Não tinha mais ideia do que faria; as coisas não estavam ficando nada fáceis, e Frank já temia que tivesse que desistir de tudo. Tinha medo que a mãe desse algum ataque de loucura e expulsasse os dois de casa – claro que a maior parte da culpa iria para Christiann.

Chegou em casa ainda batendo os pés e fechou a porta de qualquer jeito. Viu a mãe e o padrasto na cozinha, mas foi direto para o quarto.

Linda nem fazia mais questão de ver seu filho falando com ela só depois de ver os garotos, acabou percebendo de uma vez que brigar com o Iero não daria mais certo, ele já estava decidido de que queria ajudar os dois – sem contar que não conseguiram voltar a se falar direito -. Em compensação, também não havia se esquecido que essa era a semana em que Frank iria para a casa de seu pai, e pelo menos ela ainda não tinha sido avisada do que ia ter que fazer com os meninos.

O pequeno apertou a maçaneta da porta antes de entrar em seu quarto. Abriu um lindo sorriso, mas ao abrir a mesma, não encontrou ninguém lá dentro, como de costume.

– Gente? – Deu um passo para frente olhando para os lados – Gente? Meninos? Onde vocês est... MÃE!! – Gritou furioso.

Temia que a mãe, lembrando-se de seu pai, tinha colocado-os para fora. Ficou vermelho de raiva e correu até a cozinha, onde Linda e Chris conversavam e riam normalmente.

– Foi você, não foi??!!! – Empurrou o padrasto para balcão da cozinha – Onde eles estão?! Cadê o ruivo?! O que você fez com meu ruiv... Com eles??!

– Fran, Fran, pare com isso! – A mãe o tirou de cima do mais velho – O que aconteceu querido?

– Aconteceu “vocês”! – Tirou os braços da mãe de seus ombros.

– Não estou entendo Frank, o que quer dizer? – Christiann se ajeitou, enquanto o baixinho rangia os dentes.

– Seus meninos? – Linda tentou manter a voz doce.

– Já falei milhões de vezes que eles não são animais, pra você falar desse jeito. – Frank falou frio.

– O quê que têm eles?

– Você deveria saber, não é Chris? – O menor semicerrou os olhos e cruzou os braços, num tom desafiador.

De repente, cortando o clima sério totalmente, Linda começou a rir docemente, deixando por alguns instantes, o filho meio constrangido.

– Eles estão lá na varanda dos fundos. – Sorriu, voltando a mexer em qualquer coisa do fogão.

– Hum?

– Ahn... Seu menino e o pequenininho. Estão lá fora, nos fundos. – Disse, ainda sorrindo – E boa tarde!

Frank deixou de lado toda a vergonha por ter pulado em Chris e a quase causar outra grande discussão por nada, e somente volveu a correr para os tais fundos, que vinham depois do canil.

Mal chegou e pôde ver o garotinho de grandes óculos, correndo pelo grande gramado e se divertindo com qualquer coisa que via – desde algum pássaro ou borboleta que voava por perto até algum tropecinho que acabava dando de tanto correr sem olhar por onde -. Mais para o lado, estava o ruivo. Seu ruivo. Sentado na grama com as pernas estendidas sob o sol, vez ou outra rindo junto ao menorzinho.

Ele esticava a cabeça para o céu e suspirava com os olhos fechados, parecia se livrar de algum grande peso – “talvez o que o tinha feito parar na rua”, pensou Frank – logo em seguida, balançava a cabeça e deixava as mechas desbotadas, agora mais alaranjadas caírem sobre seu rosto levemente pálido.

Ficou sentado ali mesmo, nem tão perto dos dois, mas em uma distância boa. Quem sabe agora poderia ouvi-lo de verdade, mesmo que as palavras não fossem diretamente para ele?

O maior não dizia nada, apenas sorria. Bom, o pequeno falava tanto, e falava e falava, e ria que parecia não ter sossego, mas não era nada que precisasse de uma grande resposta, apenas um risinho e já estava tudo respondido.

Mas ainda assim, ouvi-lo dar aquelas grandes gargalhadas, fazia Frank abrir um sorriso de orelha a orelha. Percebia o quanto Gerard – tal nome que ainda não conseguira dizer para o menor – se sentia bem mais livre, seguro até diria...

Gerard desviou o olhar de Mikey por um instante e olhou para trás, vendo um pequeno vulto sentado mais adiante. Ao contrário do que sempre acabava fazendo – levar um susto e ficar completamente assustado -, estampou um sorriso de lado até que o outro percebesse que estava olhando para ele.

Quando menos perceberam, estavam fitando um ao outro, sem dizer ou expressar nada. O silêncio foi tão constrangedor que Mikey acabou parando de brincar e ficou encarando os dois, meio confuso.

– Gee...? – O irmão se aproximou do Way mais velho e sussurrou, tentando fazer pará-lo de “viajar”. Gerard deu um pulo e encarou o menor, incrédulo.

– Hey pequeno! – Frank sorriu, olhando para Mikey. Mal sabia ele o quanto tinha ficado vermelho – Não precisa assustar seu pai assim, nem eu faço isso!

O menorzinho ficou com a expressão confusa e resmungou um “...Meu pai?!” baixinho enquanto voltava a correr.

Gerard fez sinal para que se aproximasse, e assim o Iero o fez.

– Oi... – Sentou ao seu lado, encarando a grama verde clara. Se encontravam debaixo de uma árvore, que naquela época permanecia florida. Apenas seus pés, e se esticassem a cabeça – como fez o ruivo -, ficavam ao encontro do sol.

O maior não respondeu, mas ao encarar seus olhos verde oliva, que agora tinham um brilho bonito devido ao reflexo da luz do dia, realmente o outro pôde ver que estava se esforçando para tentar dizer alguma coisa.

– Aqui é bem melhor que meu quarto, eu sei... – Riu fraco – Sempre venho aqui ou no canil quando quero pensar... Desculpe, devia ter te mostrado essa parte da casa primeiro...

Gerard assentiu com a cabeça, encarando um ponto qualquer no horizonte enquanto o Iero tentava achar palavras para dizer alguma coisa. Acabou engolindo e falou tudo de uma vez. Não sobre o quanto começara a gostar do ruivo, infelizmente, apenas o assunto do pai.

– Certo... – Suspirou – Você já deve ter percebido que o Christiann não é meu pai, não é? – O outro assentiu – Óbvio, pois é. Então, essa seria a semana em que eu iria para a casa do meu pai, de verdade.

Frank parou ali mesmo. Não conseguia mais dizer o resto. Por momentos, Gerard sentiu que agora ele estava do mesmo jeito que ficava quando tentava falar com o pequeno.

– V-v-vai ficar lá. Por... Por e-essa semana.

– Isso. – Respondeu triste – Só que seria só eu. Tipo um momento pai e filho, sabe como é, né? – Dessa vez o ruivo não balançou a cabeça ou gaguejou nada – Está tudo bem?

– Não é n-nada. – Engoliu em seco.

– Você... Você não iria embora se eu ficasse longe por uma semana, iria? – Num ato repentino, se ajoelhou de frente para o maior e o fitou, com o olhar mais sincero que só ele tinha. E Gerard queria responder que “Sim, iria embora de qualquer jeito.”, ou quem sabe se saísse correndo agora mesmo, mas foi tudo que não conseguiu fazer.

Até porque, ele não queria realmente. Por mais que não conseguisse falar direito, que se assustasse, e tudo mais, a verdade era que se sentia bem – muito mais do que só “bem” – ao seu lado; e esquecê-lo tinha se tornado uma coisa impossível.

Ele hesitou, mais respondeu:

– N-n-n... – Desviou o olhar por um momento, com raiva de não conseguir falar nada sem gaguejar. Respirou fundo e volveu a fitá-lo – Não. Nunca faria isso. – Sorriu ao final da frase.

Aquelas palavras foram um verdadeiro choque para Frank. Ele parecia tão sincero no que dizia – mas sincero até que seu olhar –, e sua voz era firme e doce, com um leve nuance infantil. Nunca tinha ouvido nada do tipo, pensou em anjos ao ouvi-lo...

Fitaram-se por mais momentos, tais que eram tão perfeitos que pareciam parados no tempo. Cada um admirava todos os detalhes de seus olhares:

– Eu... Eu também preciso te dizer uma coisa, eu acho. – Gerard se pronunciou, sua voz ainda firme, tirando seu “eu acho”, que fora dito em voz baixa, e passou as mãos cuidadosamente pelo pescoço de Frank, até sua nuca que foi levemente pressionada para mais perto do rosto do ruivo depois de arrumar uma mecha caída do moicano do baixinho, que sorria.

Os dois fecharam seus olhos, como se tudo já tivesse sido ensaiado. O Iero se aconchegou no colo do maior, passando agora suas mãos pela cintura do Way; sua respiração quente já era sentida um pelo outro. Foi o tempo de seus lábios apenas se encostarem e...

– Frank! Pegue suas coisas logo, seu pai já chegou!!! Está te esperando lá na frente! – Ouviu Linda gritar ainda lá dentro, provavelmente na sala ou na cozinha.

Como que num extinto, os dois se levantaram rapidamente e desviaram olhares confusos. Por sorte, sua mãe não tinha saído para avisá-lo, ou sabe-se lá se tudo estaria perdido.

Gerard só conseguia pensar na grande besteira que acabara de fazer. Por ele, sorte mesmo foi Linda ter gritado, para que ele não fosse mais afundo. Quando finalmente se entreolharam de novo, estavam muito vermelhos e quentes, sem contar a tensão que ficou no ar.

Chegavam até a abrir a boca, mas nenhum vestígio de palavra saía delas. Afinal, o que iriam dizer, agora?

– E-e-eu... Eu...

– Quer esquecer isso? – Frank perguntou com certo medo.

– ...E-e... - O menor correu em seus braços e o abraçou forte, como se não fosse soltá-lo.

– Preciso ir... – Suspirou por fim. Não sabia direito o que ia fazer, então o melhor foi mudar de assunto – Obrigado.

– P-pelo quê? – O encarou confuso.

– Por tudo. – Sorriu de lado – Por não fugir enquanto eu saio... E por todo o resto, principalmente... O de hoje. – Corou violentamente.

– M-m-mas...

– Não finja que não entendeu! – Riu desfazendo o abraço, mas ainda próximos – Posso te esperar aqui semana que vem? – Gerard assentiu apreensivo – Melhor resolvermos, ahn, tudo depois, certo?

– C-c-certo.

– Mande beijos para o seu filho! – Saiu correndo para frente da casa, onde se despediu de Linda e entrou no grande carro preto do pai.

Gerard ficou parado observando o pedaço de rua que podia ser avistado daquela parte, quando Mikey apareceu, vindo do canil.

– Mikey! – Choramingou e correu para abraçá-lo.

– Que foi, Gee? Cadê o Tio Frank?

– Ele foi embora, vai passar uma semana fora e—

– E vamos fugir, finalmente, como você quer. – O pequenino revirou os olhos, sendo pego no colo.

– E vamos ficar aqui, como é o certo a fazer.

– Mas... Mas se você estava choramingando quando me viu...? O que houve!?

Way mais velho suspirou:

– Acho que fiz a maior burrada da minha vida... – Encarou o chão.

– Tipo...

– Eu... Eu...É...

– O que você fez, mano?

– Beijei... O Frank. – Falou desapontado consigo mesmo.



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Notas finais do capítulo

YYEEEY lol
Lindo, não é? *grilos* POIS É. EU NÃO SEI FAZER CENAS ROMÂNTICAS ~palmas para mim~ Na boa, ficou muito Fail, né não? hehe
Mas enfim, foi minha primeira cena de beijo ~WTF~ se bem que nem beijo isso foi direito né...
Tomara que tenham gostado e.e
Até a próxima! Vejo vocês nas Reviews :*
Beijõões seus lindos ♥