The Vampires Forest 2- The Golden Witch escrita por AnnySama


Capítulo 15
Viollet Nevil




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Ela se levantou respeitosamente.

      -Ora, ora... O que temos aqui?

      -Viollet... Precisamos da sua ajuda. - Disse.

      -Ah, de repente o outro mundo aparece e se lembra de mim? Eu descobri meus poderes sozinhas nunca vi nem  em fotos Missânia. Vocês só me querem porque sabem que eu sou uma criatura dos quatro elementos.

      -O... que? - Perguntei. Ela sorriu perversamente e atacou uma rosa aos meus pés. A flor explodiu numa grande nuvem de fumaça, fazendo uma barreira de fogo entre mim e Viollet. - Você acha que isso é bom, certo? Quer ver o perfeito? - Disse a ela, provocando-a.

      Não sei de onde veio tanta água. Brotou do chão, como se nada tivesse acontecido. Ergui uma onde gigantesca protegendo a mim e a Sora. e Lancei-a contra Viollet.

Ela se levantou ensopada. Seu orgulho mortalmente ferido.

      -Mas... O que...? - Murmurou ela, desentendida. - Você também? Eu sou a única! Eu sou a humana na profecia! - Gritou raivosamente, Viollet.

      -Precisamos de respostas. - Ajudei ela a se levantar. - E elas estão com você.

      Fiz uma barreira invisível que na verdade era uma cadeia para Viollet. Ela só poderia ir aonde fossemos.,Tinha um limite. Era algo realmente divertido ver ela voando longe quando encostava na barreira elétrica. Isso fazia com que a Srt. Nevil ficasse á vista de Sora, que se ofereceu para cuidar da prisioneira. Era perfeito ver aquela cigana totalmente arrasada.

      Fomos para um depósito abandonado e nos sentamos em alguns barris pequenos.

      -Acho que quer saber quem somos certo? - Perguntei.

      -É claro que quero. - Ela riu secamente. - Não é todo dia que sou capturada por seres de outro mundo.

      -Bem... Queremos saber de você, primeiramente... - Respondeu Sora.

      -O que quer saber? - Perguntou ela. Com um sorriso enganoso para Sora. Que estranhamente a olhava enfeitiçado.

      -O que estava fazendo naquele bar? - Perguntou Sora.

      -Estava dançando. Eles amam o meu Flamenco. - Ela riu mais uma vez, com um certo tom de farsa. - O que estavam pensando? Não sinto o cheiro do sangue. Aprendi desde que virei vampira a não temer o liquido vermelho. Mas é claro... Sou fora da lei, não pelas regras de Missânia. - Ela balançou a mão cheia de pulseiras de ouro e prata. Um lindo colar grosso cheio de pedras preciosas reluziu ao seu pescoço. - Não são contra ciganas, certo?

      -Ah! Desprezível! Pensar que um dia eu tive pena de você... - Disse. Queimando de raiva. Precisávamos de respostas e de ajuda, mas como com aquele ser tão egoísta?

      -Por que pena? - Ela disse, confusa. Balancei a cabeça negativamente para ela. E suspirei.

      Peguei uma foto de meu bolso. Era Viollet. Morena e mais nova. Mas os olhos eram os mesmos. Verde transparente. Com um olhar um tanto magoado mas decidido. Aquela menina que um dia eu me espelhara caso eu sofresse igualmente, agora era uma pessoa vulgar a qual eu nunca iria respeitar. Mostrei a ela a foto. E eu juro que se estivéssemos em pé, Viollet já estaria no chão. Sua boca se abriu levemente e seus olhos gritavam pasmos. Ficou estática assim por muito tempo. Então grudou os lábios e seus olhos ficaram cinzentos e sérios.

      -Não posso sofrer para a vida inteira. Um dia as coisas voltam a funcionar. Nem me lembro de seu nome. E não faço questão de lembrar. Só quero que saiba, o passado não me importa, não quero voltar a ser humana e também não sinto falta deles. Não me subordine com os seus miseráveis retratos.

      -Você... Não se sente arrasada? - Perguntei. Sora nos olhou confuso. Eu dei um olhar de Depois-Eu-Te-Conto.

      -Não. não me derreto por certas coisas. Sou uma mulher de fases. Não há nada neste mundo que me prenda em algum lugar. - Disse ela. Com certo tom de orgulho.

      -Achei que poderia nos ajudar... A profecia está para se realizar. - Lamentei. Viollet fungou, chateada. Lançou-me um olhar cético.

      -Podemos conversar em... Particular? - Rosnou, apontando a cabeça para Sora.

      -Ahn... Claro... - Ele se retirou um pouco magoado. Olhando mais uma vez para o rosto da cigana. Aquilo fez meu estomago arder de raiva, não sabia por quê.

      -Agora sim... Eu sou a única, pelo menos foi o que me disseram... Sabe, a humana da profecia, os quatro elementos... - Ponderou Viollet.

      -Mas... Os quatro elementos? Fogo, Água, Vento e Terra? É isso que a profecia quer? Reuni-los? - Perguntei.

      -Sim. Arpis foi o único da dimensão mágica, a não ser por vocês, a me visitar. E me avisou sobre a profecia, dissera que eu era importante nela. Supus que ela se dirigia a mim, mas pelo jeito você é a humana da profecia... - Chateou-se.

      -Eu nasci "alguns" anos depois de você. Provavelmente acharam que você era na época a Bruxa Dourada. - Tentei consolá-la. Viollet agora parecia mais calma, mais aceita a nos ajudar. - Eu... Eu preciso de você. Sei agora quem preciso reunir e quanto mais pessoas se juntarem a essa causa, mais chances teremos. Agora me responda, você sabe mais sobre a profecia? Os quatro elementos, ela pode falhar?

      -Bem... Dizem que não importa as escolhas e as mudanças, a Bruxa Dourada... ela... - Viollet se engasgou, as palavras não saiam, como se fosse dificil pronuncia-las. - morre. - A frase simples fez um enorme efeito em mim. Meus olhos perderam o foco e senti minha alma (se é que tinha uma) se esvair.

      -Mas como morrer? Vampiros são imortais... certo? - Tentei argumentar.

      -Não tanto... Tenho certeza que você já ouviu falar dos "Colibris de Ouro" de Heidi. É a única coisa no mundo mágico que pode matar a nossa raça. - Murmurou.

      -E... Na profecia, não se diz a causa da morte da Bruxa Dourada? - Perguntei. Sentia meus olhos tremerem de medo.

      -Não. Se pudéssemos descobrir... Isso ajudaria tanto... - Por um momento, Viollet pareceu pensar no assunto. - Eu... Eu quero ajudar, mas... - Senti sua expressão se martirizar, até perceber que ela estava chorando... Sem lágrimas. Então ela fitou o retrato de sua aparência humana e feliz.

      -Viollet... É por isso que você deve nos ajudar... - Disse, percebendo sua preocupação. - Ela arruinou sua vida. Sempre foi ela, eram planos de Colibri.

      -Você não sabe nada sobre isso! - Vociferou ela, de repente.

      -É claro que sei! Você acha que eu quis me tornar vampira? Não, foi ela! Ela me transformou quando viu que Henry nunca seria dela! - Gritei, irritada. Não parecia pesar em minha consciência que ela não sabia de minha triste história.

      Viollet me olhou decidida.

      -Não posso ajudá-la. Você quer alguém que queira lutar por um mundo que nunca viu. Para mim... Tanto faz se a dimensão mágica será dominada por Heidi, deixe-me aqui e não traga seus problemas para mim. - Disse, secamente.

      -Eu... Eu preciso reunir todos. Preciso salvá-lo. - Solucei tristemente. Em minha cabeça, só haviam momentos tristes com Henry. Cada toque, cada beijo... Impressos em minha mente com a certeza que nunca seriam esquecidos.

      No silêncio que se fazia entre eu e Viollet, houve tempo de sobra para pensar - Levando também em conta que a cabeça de um vampiro corria a mil por hora, pensando em várias coisas ao mesmo tempo.

      Era por isso, só por um grande motivo que eu mal conhecia, que eu queria mais do que tudo acabar com Colibri. Era por ele, por Henry. Pelo simples fato de que ele nunca me abandonou, mesmo sabendo sobre o meu amor estranho por Jaden. Será que ele sabia? Será que ele sabia que era só temporário? Que eu chorava pelo seu irmão porque éramos amigos e... A ideia de não me preocupar com ele enquanto Jaden corria mundo afora abatido demais pelo meu amor por Henry era absurda?

      Então era isso... Eu não amava Jaden. Até me lembrava que a poucas horas atrás fiz com que ele quase se afogasse... Eu só sentia um grande desejo de protegê-lo e de se preocupar mais do que devia com sua fuga.

      -Podemos mudar as coisas, Viollet. - Disse, um tanto confiante.

      -Eu... Não sei. - Suspirou. - Achei que eu seria a Bruxa Dourada...

      Respirei fundo e me levantei do barril que estivera sentada, minha respiração ofegante. Como ela pôde?

      -Está chateada por não ser a Bruxa Dourada? - Perguntei, insolentemente. - Por não morrer após salvar todos que ama e não perder TODOS QUE AMA?

      -Você não sabe realmente o que é ser uma bruxa, o que é o poder de uma bruxa. - Respondeu calmamente, como se acabasse de falar com uma criança de 7 anos. - Dizem que são os seres mais poderosos de toda a dimensão. Mais poderosas até que Colibri. - Ela riu debochadamente. - Nunca parou para pensar o porquê de Heidi trancá-las na Torre? - Pensei por um instante, mas nada me veio á cabeça. - Não é porque ela é má, é porque ela tem medo. Se uma das Bruxas conseguisse escapar da floresta... Sinceramente Colibri teria sérios problemas.

      -E do que isso adianta? Eu vou morrer e as pessoas que vão se beneficiar pela derrota de Colibri não é quem eu conheça e nem vai ser eu.-Sentei novamente no barril, exausta. - Entenda... Queria ser só mais uma vampira, correndo pela floresta e tendo sua imensa imortalidade.

      -Causa uma impressão ruim sobre nós, não é? - Comentou. Eu a olhei pensativa. - Como se... Bem... Você não está aproveitando os benefícios de ser uma de nós. Acabou de se transformar e sabe que vai morrer logo... É chato. - Mas tomada por sua arrogância, continuou. - Mas é nova demais para entender que coisas assim mostram o nosso valor, você será bem vinda aonde quiser, vai ser lembrada para todo o sempre. É especial, com certeza vai ter muita gente com inveja de algo assim.

      -Não me importa... - Menti. - E então, vai nos seguir?

      Seus olhos se encheram de confiança, com a boca crispada e um tanto derrotada, ela murmurou:

      -Sim.


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