The Vampires Forest 2- The Golden Witch escrita por AnnySama


Capítulo 16
Forasteiros do reino além?




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Abri a bolsa para ver o que havia lá. Então encontrei um grande embrulho de papelão. Uma pequena mensagem anexada nele.

      Para: Alice Higer

      Com certeza vai encontrá-la, e vai saber como a convencer a fazer o certo. Não se zangue, a vida dela é tão difícil quanto a sua.

Dê esse presente a Viollet, sei que irá ajudar a todos.

ASS: Ange

      Tirei a mensagem e entreguei o embrulho a ela. Que me olhou um tanto confusa.

      -Não é como se fosse divertido te dar um presente. - Murmurei chateada. Estava tão decepcionada com ela, uma garota arrogante e egoísta.

      -Não é como se eu gostasse de ganhar presentes de gente como vocês. - Respondeu.

      Ela o abriu, e, um tanto chocada, tirou o que havia dentro.

      Uma linda capa preta de renda floral. O capuz pendurado ás costas era bem parecido com o dos margos. Havia uma etiqueta, como tinha em peças compradas por humanos - O que era estranho eu falar, já que já fui um deles.

      Ela o leu.

Você acaba de adquirir um produto de qualidade "Bruxas da Torre".

Use bem a sua capa esconde-esconde!

      -Tá de brincadeira comigo? - Perguntou, incrédula.

      -Experimente... - Incentivou-a Sora.

      Ela o colocou delicadamente nas costas e vestiu o capuz.

      E então...

      Nada.     

      -O... que? - Não havia acontecido absolutamente nada. Por que dariam a ela uma capa só para "enfeite".

      -Espere... Tem uma pequena palavra gravada nessa etiqueta. - Reparou Viollet.

      Sora pegou novamente a etiqueta de "garantia" e leu, bem no final no pequeno papel.

      -Esquio!

      Novamente, a capa nem se moveu.

      -Tente você. - Disse. Entregando o papel á Viollet.

      -Esquio...! - Gritou.

      E não havia sinal de Viollet.

      -Mas... mas? - Parecia chocada, mas Sora apenas sorriu encantadoramente.

      -Fale de novo o "esquio" - Pediu gentilmente. E Viollet repetiu.

      E lá estava ela novamente.

      -Muito interessante. - Exclamou.

      -Segundo a lenda só há uma capa esconde-esconde com tal poder absoluto... E ela não está nas mãos da pessoa certa... - Contou Sora.

      -Deixe-me adivinhar... Heidi? - Perguntei, ironicamente.

      -Exato.

      -Bem... Acho que não há nada no mundo que Nós tenhamos que Colibri não tenha. - Suspirou Viollet.

      -Exceto o meu dom. O da água, o único que me permite derrotar Colibri. Afinal, não é um ser marinho a qual eu não posso machucar. - Contei, feliz.

      -Estava pensando nisso, sabe. Temos que considerar a ideia de que talvez ela consiga a permissão de Cerinus em relação a isso... - Comentou Sora. Tomei um choque extremo.

      -Mas... Mas ele não faria isso, faria? - Perguntei, indecisa.

      -Talvez não por vontade própria... Mas obrigado. - Murmurou Viollet.

      -Isso! Se Colibri o chantagear por algo ou simplesmente o pegá-lo a força... - Comentou EXCLUSIVAMENTE com Viollet. Isso... isso que eu estava sentindo era ciúmes?

      -Acabo de me lembrar de uma coisa! - Disse, os interrompendo em suas trocas de olhares. - O colar...O amuleto de Nêmesis... Precisamos dela se quisermos sair vivos daqui. - E cruzei os braços insegura.

      -Ah, é mesmo! Estava esquecendo... - E abriu um grande sorriso para mim. Ah que droga! Eu estava apaixonada... De novo.

      -E para que isso? - E então me lembrei que não havíamos comentado para Viollet.

      -É que para vir até aqui, tivemos que atravessar um rio cheio de sereias-vampiras assassinas comedoras de gente. - e a olhei brava. - Só para ficar batendo boca com a senhorita. Mas fora isso, elas nos deixaram passar contanto que tragamos esse tal amuleto.

      -Ok madame, Colar no capricho é pra já! - E se virou, os cabelos loiros a acompanharam de um jeito sedutor. E Sora não conseguiu deixar de olhá-la.

      Por favor, respire e não provoque um tsunami.

      -Mas aonde vamos achar esse tal não sei o quê de Nêmesis? - Perguntou minutos depois enquanto andávamos, Viollet.

      -Amuleto... - Disse, entediada. Estava realmente com raiva. - Não sei onde ele está, mas talvez você, a dona da sabedoria possa nos dizer, certo?

      -Eu posso não ser a dona da sabedoria, mas com certeza ainda sei te dar um soco sem usar meus poderes. - E ela avançou realmente com o punho fechado para cima de mim, eu me afastei tremendo.

      -Hei, chega! Alice pare de ser grosseira, não sei o que deu em você! - Gritou Sora, desapontado. Viollet me olhou satisfeita.

      Como? Ela havia se jogado para cima de mim! Que mulherzinha sedutora é essa? Mas preferi ficar calada, não gostaria de brigar com Sora.

      Depois de alguns segundos em silêncio, Sora se apressou e parou a nossa frente, eu podia até sentir sua respiração fria. Que droga estava acontecendo comigo?

      -Ok, Viollet, você que mora na região... Já ouviu falar sobre esse colar e aonde ele está guardado?

      -Bem... Eu não sou de conversar com a nossa espécie... - Então ela suspirou e pareceu cheia de rancor. - Mas podemos perguntar para alguém do vilarejo daqui a alguns quilômetros.

      -Podemos apertar um pouco o passo? - E olhei para nossos pés estranhamente humanos. - Ok, é hora de acelerar as coisas.

      Tomei um grande impulso e comecei a correr extremamente rápido. As árvores passavam como borrão pelos meus olhos. Logo Sora estava do meu lado - e eu nem tinha parado para pensar se ele também podia correr rápido, - e Viollet me alcançou de uma forma surpreendente.

      Ela me olhou com seu rosto provocante, um pequeno sorriso debochante puxando os cantos de seus lábios vermelhos, Seus olhos se estreitaram e ela aumentou a velocidade. Agora estava me ultrapassando e a raiva parecia estar surgindo novamente em mim.

      Dei mais alguns impulsos até estar novamente cara-a-cara com ela. Estávamos empatadas, mas não conseguíamos correr mais do que aquilo, então ficamos lá, desafiando nossos próprios poderes.

      Estava talvez alguns centímetros a frente. Aquilo era tão idiota, mas tinha que provar para Viollet - e para Sora - que eu realmente era uma excelente vampira.

      E nós parecíamos ter esquecido de Sora, do colar e até da grande ameaça para aquela Dimensão inteira. É, agora eu podia ter certeza de que estava ganhando, mas... Para onde estávamos indo?

      -Hei, hei, parem! - Ouvi a voz urgente de Sora uns metros atrás de nós.

      E paramos de um jeito estranho, quase nos atropelando - a velocidade era tanta que era dificil reduzir á 0 km/h.

      Quando nos viramos, Sora era apenas um pontinho Azul Escuro com sua capa. Então nos olhamos como se uma acusasse a outra pela estupidez.

      Voltamos correndo, mas sem nos preocuparmos com a rapidez.

      Sora nos olhou com um pequeno sorriso divertido no rosto.

      -Calma ai, gente... É aqui mesmo que podemos resolver nossos problemas. E ficou olhando, de Viollet para mim e vice-versa.

      -Ahn, desculpa Sora, perdi o ponto. - E ri levemente, tentando fazer aquela situação embaraçosa passar.

      Ele me olhou com seus lindos botões de topázio. Grandes e intensos. E eu por um minuto perdi o juízo, minha boca se abriu devagarzinho e eu entrei em um tipo de incredulidade.

      Ok, três homens insuportavelmente lindos já estava nos meus limites.

      E... se eu me entregasse á minha pequena paixão por Sora poderiam até me chamar de vadia. Eu não era, é claro, mas não deixava de parecer. Desde que "entrei" nesse mundo fantástico tivera 2 namorados que eram praticamente irmãos. Dei um para minha querida amiga Heidi e fiquei com outro. Agora eu estava de novo  trocando um por outro mais lindo e mais encantador?

      Tá, estava quase virando uma daquelas garotas que eu odiava.

      Rapidamente, fechei a boca e percebi que talvez o estivesse encarando por 1 milésimo, de tão rápido que eram meus pensamentos agora.

     -Ok, vamos perguntar para alguém... - Respondeu Sora, e se virou para uma mulher que passava ao nosso lado, seus cabelos eram de um preto azulado muito brilhante, com cachos nas pontas, seus olhos tinham um tom de mel parecido com o de Mary e ela vestia uma saia rodada e longa, junto de uma blusa de tecido fino e mangas cumpridas, carregava um cesto de pães e tinha uma enorme aparência de "idade medieval". - Ahn, senhora... - Chamou, embora ela aparentasse ter algo em torno de 20 anos. - Já ouviu falar de algum Amuleto de Nemêsis... algo precioso?

      Ela pareceu aturdida, como se pensasse ou estivesse chocada com algo. Sua expressão ficou séria.

      -Ah, bem... É só uma lenda boba, vocês não devem ser daqui, não é? - E riu, cumprimentando-nos com um aperto de mão. - Ah, meu nome é Gothel, prazer. Bem... Parecem forasteiros do reino além... - E nos olhando convicta, disse: - Talvez devêssemos conversar sobre isso dentro de minha casa... Aceitam o convite?

     Todos nós ficamos em silêncio, eu fui a primeira a rompê-lo.

     -Ah, claro, obrigada. - Respondi, sorridente.

     Ela nos apontou a casa um pouco a frente, feita de madeira escura e uma telha assombrosa, cor de tabaco. A porta meio caída e as janelas abertas, balançando ao vento.

     Nós a seguimos e entramos nos aposentos, esperando saber mais sobre aquele povo.


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