Gone With The Sin escrita por Billy Loomis


Capítulo 1
Capítulo 1 - Wicked Game




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Courtney's POV

Eu acabara de acordar, meu cabelo preto estava bagunçado, eu estava com o hálito da manhã, tinha baba no travesseiro e eu estava sem roupa. Minha mão estava dormente, porque eu aparentemente dormira em cima dela. Quando olhei o relógio em meu pulso dei um pulo, fazendo James pular também. Eu tinha que estar no escritório em 5 minutos. DROGA! Eu percebi que estava sem roupa, me joguei novamente na cama e fui me arrastando até o banheiro. Era estranho, minhas coisas já estavam na casa de James. Mas só coisas básicas para passar algumas noites. Quando olhei minha escova de dentes junto a dele no banheiro, meu estomago se embrulhou. Eu não gostava da idéia de juntar as escovas de dentes. Eu coloquei uma roupa minha que já estava separada no banheiro, passei uma maquiagem, prendi o cabelo e escovei os dentes. Enquanto saía do quarto, colocava minha sapatilha. James veio atrás de mim.

- Não está se esquecendo de nada?
- Ah claro, minha bolsa! – eu corri para o quarto, peguei minha bolsa e desci as escadas, pulando dois degraus de uma vez.
- Não falava disso – ele correu até mim e me puxou pela cintura.

Ele me beijou, eu apenas o olhei passando negatividade e saí. Meu carro, um Chevrolet bem antigo estava estacionado na frente da casa. Eu corri até ele e entrei, nem pensei apenas liguei ele e coloquei o cinto. Logo avistei o prédio, minha sorte é que a casa de James não ficava tão longe do meu serviço.
Eu era ajudante de um local onde eram selecionadas estrelas para participar de filmes, séries, entre outras coisas. Logo ao entrar notei Kevin Zegers parado em minha porta. Eu sabia que ele era afim de mim, desde que o vi no teste para fazer Gossip Girl ele sempre me esperava em frente a minha porta.

- Bom dia, Court. – ele sorriu e beijou minha bochecha
- Bom dia, Kev – eu o abracei – Estou atrasada – eu falei impaciente pois não conseguia colocar a chave na porta.
- Calma ai, deixa eu te ajudar – ele tomou a chave da minha mão e abriu a porta com uma facilidade – Eu enrolei seu chefe, ou seja, você está na hora certa – ele sorriu mostrando seus dentes perfeitos e suas covinhas
- E então, Kevin, o que fez ontem?
- Era domingo, eu apenas dormi. – ele falou observando o esquilo de pelúcia que tinha na minha mesa - E você?
- Eu fiquei em casa trabalhando.
- E o que te atrasou?
- Meu despertador não tocou.

Meu lance com James não era público, não era nem um relacionamento, apenas uma coisa ocasional. Kevin riu e levantou o esquilo.

- Por algum acaso o cara que te deu esse esquilo tem alguma coisa haver?
- Não – eu sorri – eu ganhei isso da minha mãe.
- Hum, sei. Eu vou tomar um café, você gostaria que eu trouxesse um para você?
- Se você quiser trazer um para mim.

Ele saiu da sala e eu soltei a respiração, estava exausta. Eram 9 a.m e eu tinha ido dormir as 3 a.m. James estava inspirado na noite passada. Eu sorri com meus pensamentos, liguei o notebook e o liguei na tomada também. Enquanto o notebook iniciava, eu fui até o outro lado do grande escritório, eu era a ajudante dos agentes, especificando, a pessoa que ligava para os atores e avisava quando teriam testes. Peguei algumas pastas e voltei a sentar em frente ao notebook que já estava ligado. Eu abri o meu e-mail para saber se meu chefe já havia mandado o que eu teria de fazer hoje com essas pastas.

Em cada pasta tinha o histórico dos atores para quem eu iria ligar hoje. Eram muitas pastas, aliás. Eu me encostei-me à cadeira e respirei fundo. Coloquei os pés na mesa e os observei. Eu havia escondido algumas coisas de James, coisas que eram importantes e que explicavam o fato de eu não ter um relacionamento sério com ele, sim era pelo medo de comprometimento, mas também tinha o outro motivo, o que eu não contava para ninguém além de familiares e o pessoal do escritório. Não era uma vergonha, mas sim um segredo letal, uma sentença.
Kevin voltou meia hora depois com um copo de café e uns mini muffins. Eu tomei um gole do café, que estava quente e eu coloquei um mini muffin na boca

James' POV
Courtney sempre saia apressada da minha casa. Mas ela sempre voltava. Court sempre foi reservada desde o momento em que nos conhecemos, e depois, quando eu a chamei para um encontro, ela apenas me avisou que não deveríamos ter um relacionamento sério, ela falou que ela tinha medo do compromisso e que era melhor para mim não criar laços afetivos com ela. Eu nunca a entendi.
Eu me levantei e fui trabalhar, afinal eu não era um vagabundo. Eu tinha certeza que Courtney não era afim de mim, mas eu estava completamente apaixonado. Havia um único problema nisso tudo, eu não podia contar para ela, nem ao menos demonstrar, caso contrário eu teria de ficar sem ela como aconteceu cinco meses atrás. Court era uma garota diferente das outras, é como se ela vivesse em outro tempo, como se ela fosse de outro planeta, ela tinha educação e desde que a conheci, ela mudou muito. Em três anos – tempo que estamos nessa história de amigos com benefícios – ela mudara praticamente tudo em sua vida. Eu me lembro direitinho o dia que a vi pela primeira vez, quieta estava sentada no último banco do trem, ela estava com uma parte do cabelo na frente do olho e a outra atrás da orelha. Os cabelos pretos estavam caindo sobre sua blusa preta, mechas vermelhas e roxas se destacavam. A calça jeans preta era colada, o coturno era muito aparente. Eu fui me aproximando e apesar de estar com fones no ouvido, ela levantou a cabeça para me observar. Ao me ver sentar ela ficou desconfortável. Continuou algo que parecia um desenho muito sombrio. Seus dedos tinham anéis. Apenas dois em cada mão que não tinham, um dos anéis me chamou a atenção, ele era o maior, era uma caveira, ela não era fofa, mas não era de dar calafrios, ela tinha pedras no topo da cabeça. Ela estava tão concentrada no desenho que eu só consegui chamar a sua atenção derrubando meu celular em cima dela.
O que a fez olhar para cima. “Qual é o seu problema” ela falou semi serrando os olhos. “Não sei, acho que é por que eu gostei do seu desenho.” “Era só falar, como pessoas normais fazem.” “Eu sei, eu tentei, mas sua música está bem alta, deixa eu adivinhar, você está ouvindo Stutterfly?” “Sim.” ela me olhou impaciente “Aqui é meu ponto.” “Hum, você não irá me dar nem o seu telefone?” “Aqui” ela me entregou um papel e depois puxou a cordinha do ônibus.
Logo o ônibus parou e ela desceu, eu ainda consegui ver ela entrando em uma casa. Percebi no banco ao lado um desenho, era um desenho do Jason, de Sexta Feira 13. Eu sorri e o guardei no bolso.
Era uma pena que eu não podia amá-la agora, naquela época eu podia, mas agora ela era arisca a mim e a qualquer cara que se aproximasse demais, eu me aproximei demais e agora estava pagando o preço. Ou seja, estava condenado a viver não demonstrando sentimentos.
Naquela época você podia dizer que Courtney vivia uma fase punk, ouvindo sempre a bandas de rock, punk e heavy metal. Ela fingia que não ligava para a vida, mas muito pelo contrário ela era totalmente cuidadosa.

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