When You Came Into My Life escrita por LadyMeine


Capítulo 5
Capítulo 5 - Under The Spell Of Your Love


Notas iniciais do capítulo

Aqui a fic realmente começa... Começa a ficar melosa '-'



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Resolver as coisas com a mãe da Anna foi ainda mais fácil do que com a minha, por incrível que pareça. Acho que elas perceberam que já temos idade suficiente - e responsabilidade suficiente também – para fazer nossas escolhas. E também, qual seria o problema em viajar com a equipe da rádio? Ótimo, menos uma coisa para me preocupar.

Quando cheguei em casa já era meio tarde, ela não tinha arrumado obstáculos mas tinha feito uma série infindável de perguntas, um interrogatório, eu diria. Agora só faltava verificar meu email.

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Estava tudo pronto para a viagem, inclusive minhas malas – que por um acaso pareciam malas de quem vai passar um ano longe de casa, o problema é que serão só duas semanas. Como não havia mesmo mais nada para enfiar na mala, nenhum outro problema para ser resolvido, pessoas a serem convencidas ou negociações com rádio a serem feitas, decidi que naquela tarde poderia me encontrar com as minhas amigas e me despedir. É claro que nem ia dar tempo de sentirem minha falta, apenas duas semanas! Coincidentemente as férias começariam no dia seguinte, então o período que eu passaria na Alemanha não iria atrapalhar os estudos.

Reuni as meninas e fomos ao shopping.

– Me desejem boa sorte! – eu pedi a elas.

– Boa sorte, Bia! – todas juntas.

– E vê se tenha juízo! – Amanda disse brincando.

– Pode deixar, a Anna não vai deixar de me lembrar disso um segundo se quer.

O momento da despedida foi a coisa mais absurda. Eu só ia me ausentar por duas semanas, e nas férias ainda! Só por causa disso foi o maior alvoroço, choros e risadas também, porque somos todas loucas.

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No dia seguinte, eu e Anna chegamos ao Aeroporto logo cedo, acompanhadas do pessoal da rádio. E eu ainda não conseguia acreditar, estava tudo acontecendo rápido demais. Durante o vôo, tudo que fiz foi pensar no Klaus. Confesso que eu estou mais ansiosa para me encontrar com ele do que para ver o show em si.

Eu não havia dormido nada na noite anterior, então acabei dormindo no avião mesmo. Assim também evitava de ver o pouso, sim, eu tenho medo de avião e essa é a primeira vez que entro em um. Sonhei novamente com o Klaus. Isso já estava me irritando, acho que estou ficando paranóica, tudo que tenho feito ultimamente se resume em pensar nele.

Acordei com a Anna me cutucando...

– Já chegamos!

– Me acorde quando já estivermos no hotel, tá bom?

– De jeito nenhum. Ninguém vai te carregar, sua folgada!

– Grossa. – ela fitou meus olhos com uma expressão de dar medo quando eu disse isso.

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Quando chegamos ao hotel, percebi que estava uma enorme bagunça lá na frente. Se eu estivesse no meu estado normal de consciência, creio que teria percebido o que estava acontecendo antes. Mas eu estava não só com sono como também desacreditando de tudo que estava se passando. Não é de se estranhar que isso esteja acontecendo comigo, pois está mesmo acontecendo muito rápido! Em uma semana estou na escola vivendo a mesma rotina chata de sempre, na outra descubro que vou viajar para a Alemanha e, na semana seguinte, estou mais próxima de conhecer meu amor do que nunca.

Foi então que um carro completamente filmado entrou na garagem do hotel escoltado por alguns carros de polícia. Como não percebi antes!? É claro que havia alguém importante hospedado no hotel. Bem que eu havia percebido que não era qualquer hotel mesmo... Era muito “chique” por sinal.

Entrei e fui levada para o meu quarto, ficava no 5º andar. É bem estranho estar em um lugar onde as pessoas não falam sua língua, tudo acontecendo e eu sou a última a perceber.

Joguei as malas ao chão do quarto e fui logo tomar um banho. Eu estava morrendo de fome e combinei com a Anna que iria me arrumar e então desceríamos juntas para o salão de jantar, além do mais eu precisava de alguma coisa que me fizesse acordar. Poxa! Eu estava na Alemanha para assistir a um show do Scorpions e ainda conhecer o Klaus, e estava parecendo uma barata tonta. Acorda, Beatriz!

Quando terminei de me arrumar, bati na porta do quarto ao lado, que era onde Anna estava e então fomos para o salão de jantar enquanto conversávamos.

– Anna, você notou algo estranho quando chegamos? Parece que tem alguém famoso hospedado aqui!

– Sim! Por que não perguntamos pra alguém quem é?

– Porque eu não tenho como falar com ninguém, esqueceu que estamos na Alemanha sem saber falar alemão?

– Mas podíamos perguntar para o pessoal da equipe que nos trouxe.

– Se tem alguém famoso aqui eles vão manter sigilo, Anna.

– E é por isso que estava cheio de gente na porta do hotel, porque eles são muito bons em manter sigilo!

Anna estava certa, ainda havia tumulto até mesmo no salão de jantar. Seja lá quem fosse, acho que iriam jantar no salão. Legal!

Nos sentamos e tentamos – porque convenhamos, é muito difícil sobreviver sem falar – pedir alguma coisa pra comer.

Foi então que eu fiquei paralisada, completamente imóvel. Não podia ser, não acredito que eu o estava vendo tão perto de mim.

Ok, então além de ir ao show, conhecer a banda, ainda estávamos hospedados no mesmo hotel?! Por um segundo achei que fosse desmaiar, todos os meus sentidos desapareceram e eu fiquei pálida.

– Bia, você tá bem? – Anna perguntou, percebendo meu estado.

– A-acho que não. ANNA, EU VI O KLAUS!

– Está louca?

– Não, é sério, olha pra trás, na sua direção!

Ela olhou, não muito disfarçadamente, mas não importava porque todos no salão fizeram a mesma coisa. Lá estavam eles, não só o Klaus, mas sim a banda toda!

Acho que é emoção demais pra uma pessoa só, em um dia só.

– Anna, me ajuda! O que eu faço?

– Não faz nada ué...

– Não! Eu quero fazer ele me notar.

– Então olhe pra ele discretamente, nos olhos, deixa ele perceber que você está olhando.

Uma ótima idéia. Comecei, então, a olhar diretamente nos olhos dele, de uma forma que demonstrasse interesse e delicadeza ao mesmo tempo.

Logo percebi que entre um certo intervalo de tempo e outro, ele desviava o olhar e também fixava nos meus olhos. Em uma dessas ocasiões eu sorri envergonhada para ele e, ele me retribuiu o sorriso. Mesmo que tenha sido um gesto simples, pra mim já tinha um significado imenso. Para quem ama, um sorriso da pessoa amada basta para te fazer ganhar o dia.

Eu simplesmente não podia mais desviar o olhar, parecia que estava hipnotizada. Então, como percebi que ele começou a conversar com Rudolf e já não estava mais com o olhar direcionado a mim, chamei a Anna para ir tomar um ar no jardim do salão.

– O que foi Bia? Você está parecendo um fantasma, sério!

– Ahh muito obrigada, é bom saber que ele olhou para mim em um dos meus melhores dias!

– O que você disse que ele fez?

– Olhou...E sorriu para mim. – eu disse pausadamente.

Klaus POV

Eu não sei quem era aquela moça, mas senti algo extremamente diferente quando a vi. Ela era linda, seus cabelos – na altura do ombro – loiros, os olhos, penetrantes e bem delineados, passavam uma expressão de delicadeza e sensualidade e os lábios, estavam me fazendo perder o controle.

Não sei o que deu em mim, a moça não devia ter mais que seus 18 anos, enquanto eu, um homem casado, tinha 63. Isso seria pedofilia e também infidelidade da minha parte. Mas eu não consegui evitar olhar fixamente nos olhos dela, que coincidentemente também pareciam estar olhando na minha direção... Seria possível que ela também tivesse se interessado por mim? Seria possível somente aos 63 anos, quando eu achava que nada de novo aconteceria na minha vida, eu estar apaixonado novamente? Será possível que existe mesmo amor à primeira vista?

De qualquer forma, eu tenho que falar com ela, mas sem demonstrar essa minha inquietação porque ela poderia se assustar, achar que sou um pedófilo. Não acho que ela me conheça, afinal o Scorpions não é uma banda da época dela.

– Klaus, não vai falar com a garota? – perguntou Rudolf com um sorriso bobo no rosto.

– Acho melhor não, afinal eu sou casado...E além do mais ela poderia achar que sou um pedófilo, que só quero me aproveitar dela...

– Ahh então você está realmente interessado!

– Cale a boca Rudolf, quer que a mídia ouça e use como pretexto para me envolver em escândalos logo perto do encerramento de nossa carreira?

– Deixa de bobagem, Klaus. Vai logo falar com a garota, todos nós percebemos como ela também olhou para você...E, esqueceu de que a Gabi não está conosco? Você está livre no momento. – Matthias disse.

– Eu não sou assim! Mas vou falar com ela, vocês tem razão.

– Ahh agora sim! – disseram todos juntos.

– Até vocês? – eu disse me virando para James e Pawel.

Enquanto eles davam risadinhas sarcásticas, eu fui até o jardim, para onde tinha visto ela ir pela última vez. Ao sair, observei que ela e uma outra moça – que eu suponho que seja amiga dela, talvez irmã – conversavam animadas. Fiquei observando de longe por um tempo, foi então que ela notou minha presença e sorriu para mim novamente. Percebi outro obstáculo, ela conversava numa língua que não era nem alemão e nem inglês. E agora, como eu falaria com ela?

Se eu não tentasse, não iria saber. Me dirigi para perto dela e disse:

– Com licença, a senhorita fala inglês?

– Sim. – ela me respondeu com uma voz doce, tímida.



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Notas finais do capítulo

É, eu sei... Chega a ser meio irritante, mas é inevitável para mim hehe xD



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