I Must Be Dreaming escrita por 96


Capítulo 8
Eight!




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Quando olhei em direção a porta, lá estava Gokudera com uma expressão de quem não estava entendendo muita coisa.
– G-gokudera-kun....
Oya oya, não precisa me chamar 'desse cara', provavelmente sabe o meu nome.
– Claro que sim. Você tem uma fama horrível aqui. Vamos Chrome, Vamos para outro lugar. Todos estão vendo o idiota do baseball jogar e...
– G-Gokudera-kun eu... Mukuro-kun não está fazendo nada demais comigo. Eu apenas... Estava comendo aqui, e ele também estava. - Falei, desviando o olhar dos dois. Eu era péssima mentindo. - Ele está sendo gentil, não se preocupe comigo. - Meu sorriso fraco era uma prova disso.
– Não quer que eu fique? Ou ir tomar algo? - Ele disse, ainda desconfiado. Aquilo era estranho, mas o que eu estava achando realmente estranho era o fato de Mukuro não se intrometer enquanto eu mentia. Virei meu rosto olhando para o dele, que sorria, e o depois o de Gokudera, mexendo a cabeça negativamente.
– Não precisa. - Sorri. Agora a expressão dele era de uma pessoa que queria sair dali, mas ainda abriu a boca antes disso.
– Kyoko me disse que não estava se sentindo bem... Está melhor? O que vai fazer na aula vaga de depois do almoço?
– Acho que na aula livre eu vou estudar na biblioteca, quietinha. Ainda não estou me sentindo muito bem. - Falei. - Mas estou melhor. Não a deixe preocupada. - Sorri novamente. Ele murmurou algo e saiu, fechando a porta. Ainda disse um ' se precisar, me chame'. Logo me virei para Mukuro, que estava mais perto de mim, e com uma expressão preocupada.
– Não estava se sentindo bem?
– Não tinha tomado café da manhã. Atrasada... Estou melhor, agora. - Falei, um pouco séria.
– Por que você sorri para ele, para seus amigos, até para aquele delinqüente e nunca sorri para mim? - Ele perguntou, com sua mão vindo em direção ao meu rosto, hesitante. Eu fiquei com um pouco de pena dele. Aquela voz e aquela expressão.
– Por que eu tenho muito medo de gostar de sorrir para você. - Falei, fechando os olhos, deixando-o tocar meu rosto. Depois me dei conta do que tinha dito, mas minha expressão não mudara. Eu devia ter dito 'porque não confio em você.' E não isso. Mas agora, nada poderia fazer. Ele me puxou delicadamente pelo pescoço, colocando o meu rosto em seu ombro, e logo nesse momento eu senti algo estranho.

– M-mukuro-sama...
– Minha preciosa Chrome, você acordou. Não deveria ter acordado agora, vai ficar muito confusa, dessa forma.
– Você tem razão... Eu estou confusa.... Por que....?

Meus olhos abriram vagarosamente, ouvindo uma voz conhecida.
– O que você fez com ela?
Estava distante. E bem irritada. Parecia vir da porta e se aproximava de forma rápida.
– Eu não fiz nada. Ela veio almoçar comigo, e acabou desmaiando agora a pouco. Pensei que estivesse cansada e a deixei dormir.
Ao ter uma lembrança leve do que acontecera antes disso, lembrei que eu deveria estar com o rosto no ombro de Mukuro. A julgar pela voz, pensei que pudesse sentir uma pressão no meu corpo, pois o dono da voz certamente não pensaria antes de golpear Mukuro, mas ao invés disso, senti mãos em meu rosto. E as mãos que senti em meu rosto não eram as de Mukuro.
– Chrome, acorde! - A voz dizia, me soltando do corpo de Mukuro e sentando-me, dando um tapa leve no meu rosto. A primeira vez que eu ouvia uma emoção tão presente naquela voz. Era preocupação.
– H-hibari...
– O que ele fez com você? - Ele perguntou, ficando mais calmo.
– Eu já disse que-
– Ele está certo, Hibari. Ele não fez nada comigo, dessa vez. Eu estava até melhor, mas... Agora está tudo tão confuso. - Abri os olhos devagar, vendo os olhos claros de Hibari. Minha visão estava distorcida. - Está tudo girando... - Eu ia deslizar pela parede, para o lado, mas Hibari segurou meu braço.
– Vou levar você para a enfermaria.
– Eu vou levá-la também. - Dizia Mukuro.
– Não. Eu estou devendo um favor a ela, e vou pagá-lo agora.
Hibari me pegou nos braços e se levantou, sendo seguido por Mukuro.
– Então é por isso que está andando tanto com ela? Por dever um favor? - Mukuro riu. - Hibari, e depois de pagar esse favor, o que vai fazer? Vai deixá-la para lá? Vai fingir que nada disso aconteceu?
Hibari parou na porta. Parecia estar pensando em algo e logo falou com um tom grosso, quase destruindo minha idéia de que ele poderia estar pensando sobre isso.
– Não seja tão inútil e abra a porta, Mukuro.
Mukuro riu e abriu a porta, murmurando algo, que eu não entendi. E se Hibari entendeu, ignorou-o.
O caminho até a enfermaria foi silencioso por parte dos dois, e por sorte não tinham muitas pessoas no corredor. Mas ainda assim, foi constrangedor todos aqueles olhares. Logo depois que saímos do telhado, eu abracei o pescoço de Hibari e escondi meu rosto ali. Naquele lugar, eu me sentia bem melhor.
– Você vai voltar para a aula? - Hibari perguntou, logo que chegamos a enfermaria, enquanto me colocava na maca cuidadosamente. Ele perguntou no tom de sempre, mas não parecia usar aquele ódio mortal na voz, que sempre usava com Mukuro.
– É aula livre para todas as turmas. Reunião dos professores.
– Vou deixar você aqui com ela, preciso resolver algumas coisas. Não toque nela, se ela não permitir. Vou voltar assim que essa aula acabar. - Ele disse, sem nem esperar uma resposta, saindo dali. Eu iria chamá-lo para agradecer, mas ele foi mais rápido.
– Está se sentindo melhor?
– Um pouco. - Falei, cobrindo os olhos. - Obrigada, mas não precisa ficar aqui senão quiser.
– Então é isso? Ele te deve algo? É apenas isso? - Mukuro perguntou.
– Segundo Hibari, ele me deve dois favores. Apesar de que, achei que ele já tinha quitado-os. - Eu disse, quieta. Logo depois ri e continuei. - Engraçado que eu estava pensando o mesmo que você. Se ele vai fingir que não me conhece, depois disso tudo. - Ao final da frase, minha voz estava séria. Parte de mim não queria aquilo. A parte que havia se acostumado com a presença dele e que não queria que ele saísse da minha vida.
– Talvez ele não consiga. - Mukuro disse, sentando-se numa cadeira, ao lado da maca. Eu apena sabia pelo barulho que fazia.
– Por que diz isso?
– Por que, agora, não acho que conseguiria te tirar da minha vida. - Abri meus olhos devagar e fiquei olhando para suas mãos, que passeavam pela maca, e chegaram até a minha e acariciou-a, me fazendo corar. - Mas, pretendo ser paciente, agora. Vou fazer você gostar de mim. - Ele disse, puxando minha mão próxima aos lábios dele e a beijou. Colocou-a logo em seu lugar, sem nem me deixar fazer isso. - Acho que deveria descansar. E eu estou te atrapalhando. Vou ficar aqui fora... Depois nos vemos. - Ele piscou e saiu. Eu logo cai no sono.


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Notas finais do capítulo

Bem, o capitulo mostrou mais coisas sobre aquilo que mencionei no inicio. O proximo talvez deixe as coisas mais claras ainda! Talvez alguns entendam.
Estou pensando já no final da fanfic. Pensei MUITO em fazer dois finais, o problema é que cada um teria uns dois capitulos. Queria saber se vocês aprovam essa ideia.
Se não, o primeiro final vai ser o definitivo.
Acho que fic terá uns 15 capitulos no total, ainda nada certo.
Também queriam que me dissessem seu casal preferido, só pra eu saber qual a preferencia aqui!
Espero que estejam gostando!
Chuuu~