Something More Than... escrita por BluEyes6277


Capítulo 3
Hurricaine


Notas iniciais do capítulo

Olá outra vez!!!



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No matter how many deaths

That I die, I will never forget

No matter how may lies

That I live, I will never regret

Justin On

 Chegamos ao hotel devia ser umas 18h. Subi diretamente para o meu quarto. Não queria falar com ninguém e muito menos ser incomodado, portanto pus o Kenny á porta. Precisava de pensar e pôr as ideias em ordem antes do concerto. Para isso, peguei na minha guitarra e comecei a tocar.

 Passados uns 10 minutos o Scooter veio-me chatear, a dizer que era melhor parar, pois se calhar mais tarde ia ser mais difícil cantar e blá, blá, blá…. Eu sabia que ele tinha razão mas agora não me estava a apetecer dar ouvidos a ninguém.

 A minha mãe não veio já para Portugal, pois vamos passar aqui uma semana e meia de “férias” e então ela só vem amanhã. Ela era capaz de me apoiar agora…

Passadas 2h e meia….

 É agora. Já não há volta atrás. Já estou pronto para o que der e vier.

Assim que entro no espaço vejo o delírio por parte do
público. Via-se mesmo que não estavam á espera. Comecei a cantar a música Baby e aí sim, foi o descalabro.

Justin off- Anna On

 - Podes me lembrar outra vez porque é que eu preciso de ir? – Perguntei impaciente.

 - Porque eu não quero que fiques sozinha em casa. – Respondeu Richard.

 - Mas eu tenho quase 17 anos, sei bem tomar conta de mim!

- Olha o tom de voz! Não estás propriamente a falar com um
dos teus colegas!

 Suspirei. Apesar de muito simpático, o meu padrasto e eu nunca tivemos a melhor relação. Na maioria acabávamos a refilar um com o outro. Falta cá a minha…..m…mãe para o acalmar e depois, ir tentar dizer-me que ele não fazia por mal e outras tretas. Acho que já nessa altura não podia elevar o tom de voz nem que fosse um bocadinho ficava
logo com sermão em cima.

 Reparei que Richard ainda balbuciava qualquer coisa sobre eu não ter respeito enquanto chegava-mos ao local. Em vez de ligar, limitei-me a sair do carro e dirigir-me ao camarote executivo onde iríamos ficar. Este teria uma boa vista para o palco e iríamos conseguir ver o artista de perto.

 Mas foi aí que tive a maior/melhor surpresa da minha vida. Era ele. Era ele que acabava de entrar no palco. Era aquela voz melodiosa, era ele. Comecei a chorar descontroladamente, só de pensar que era ele que ali estava.

 Reparei que Richard entrou no camarote. Este chegou-se ao pé de mim a sorrir. Ele sabia de toda a minha história, ele sabia o que eu tinha sofrido. Passei o concerto todo a chorar, até que ele anunciou que iria cantar a última música. Logo uma tristeza invadiu o meu coração só de pensar que iria acabar ali, e que nunca mais o veria. Ele pegou na guitarra e sentou-se num banco, começando a falar.

 - Esta música é dedicada a uma das raparigas mais importantes da minha vida e que nunca me abandonou. Se me consegues ouvir, Anna esta é para ti.

  Ele dizia aquilo com lágrimas nos olhos. Voltei a chorar como uma criança enquanto o ouvi-a .Assim que acabou, não pensei duas vezes e corri para os bastidores na esperança de o encontrar. Corri por todos os corredores até chegar à entrada/saída que os artistas tinham do palco. Era ele que estava ali. Queria logo correr abraça-lo, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, fui bloqueada por o seu segurança. Vendo Justin virar costas, não tive outra opção se não gritar:

 - Não vás Justin!!! Olha para mim!! Eu sei que sabes quem eu sou!

 Justin olhou para trás ainda com o seu ar abatido que rapidamente mudou para um sorriso.

 - Kenny deixa-a passar. – Ordenou ao seu segurança.

- Mas tens a certeza? Ela pode ser uma impostora.

 - Só há uma maneira de saber. Kenny, por favor deixa-a passar.

 Kenny (aparentemente era esse o seu nome) saiu-me do caminho, dando me direta passagem para Justin. Este olhava para mim com um sorriso nos lábios e eu fazia o mesmo. Estávamos em perfeito silêncio quando ele se começou a aproximar de mim.

 - Imaginava que já não tivesses o colar. Acho que me enganei.

 Sorri que nem uma parva perante a sua afirmação. Olhamo-nos nos olhos e voltamos a sorrir.

 – Não me vais dar um abraço? – Disse com aquele sorriso de menino que ele tinha.

Abracei-o com todas as minhas forças, como se nunca mais o
quisesse perder. Pensando bem, eu nunca mais o quero perder.

Anna Off- Justin On

 Ok, eu ainda não devo ter batido com os pés na Terra. Aquela “tentativa” um pouco descabida de voltar a ver a Anna tinha resultado. Não acredito que isto tenha acontecido. Finalmente estava junto dela.

 Assim que pára-mos de nos abraçar dei-lhe a mão e levei-a para o meu camarim. Lá sentámo-nos os dois no sofá. Tinha tantas perguntas para lhe fazer, tantas respostas que necessitavam de ser ditas, tanta coisa que lhe queria contar, que nem sequer sabia por onde começar. Mas uma coisa era certa, nós tínhamos muito que falar.

 Olhávamos um para o outro na expectativa de que o outro começasse a falar. Já me preparava para começar “ não sei bem por onde” quando sou interrompido no pensamento, por uma voz melodiosa que começou a pairar na minha cabeça.

 - Nunca pensei que te voltasse a encontrar. Sinto que foi uma espécie de milagre. Apesar de te ver todos os dias nas capas das revistas e na televisão e de ver como estavas diferente desde a última vez que te vi, sentia-te cada vez mais distante. Acho que até parece irreal ver-te aqui á minha frente.

 Quanto mais ela falava, maior era o sorriso que nascia nos meus lábios. Ela disse tudo o que sentia em menos de cinco minutos, mas na forma mais bonita que eu alguma vez tinha ouvido. Mas em vez de fazer um discurso sobre tudo o que sentia, o que tinha vivido, só consegui dizer uma única frase, que exprimia com o que á pouco fiquei deslumbrado:

 - Estás linda.

 - Obrigado.

 Reparei que as suas bochechas ficaram vermelhas. Já tinha saudades de a ver corar, da sua maneira de ser. Enfim, tinha saudades dela.

 Fui interrompido nos pensamentos, por Scooter, que entrava no meu camarim sem sequer bater á porta. Em qualquer outra altura teria ficado chateado, mas com ela ali, era impossível que alguma energia negativa entra-se naquele camarim.

 Scooter passou por mim e, sem se quer abrir a boca, foi direito Anna que o olhava com um ar assustado. Tenho de admitir que eu próprio fiquei assustado.

 Pensando que Scooter fosse explodir pelo fato de a ter trazido para aqui, levantei-me e pus-me á sua frente. Acho que ele percebeu, pois no momento imediato riu-se e trespassou-me, chegando finalmente ao pé de Anna.

 - Tu deves ser a Anna de quem aqui o JB tanto fala. – Disse estendendo-lhe a mão. – Prazer em conhecer-te.

 Anna levantou olhar para Scooter, que ainda estava com o seu sorriso amigável, apertando-lhe a mão e retorquindo:

 - O prazer é todo meu.

 Scooter assentiu com a cabeça e virou-se para sair do camarim, mas antes deu-me um toque no ombro tal e qual como se quisesse dizer que eu não precisava de ter estado daquela maneira quando ele se dirigiu a Anna. Eu teria de lhe explicar isso mais tarde.

 Eu e Anna ficamos mais de 1 hora a conversar, até que Scooter nos avisou que era hora de ir, e aí percebi que eu não queria ir, queria ficar ali com ela.

 - Quando é que nos podemos voltar a encontrar? – Perguntei, á espera que a resposta fosse amanhã.

 - Quando e onde quiseres. – Respondeu com um sorriso que era capaz de iluminar mil e uma salas em simultâneo.

 - Que tal amanhã?

 - Parece-me bem. Mas onde é que te queres encontrar comigo?

 - Dá-me o teu número e eu depois ligo-te.

 Ela tirou o seu telemóvel do bolso e trocámos de números. Mas foi aí que me lembrei de um pormenor um tanto ou quanto importante. Eu não podia andar pela rua como se fosse uma
pessoa "normal", ou então era “atacado” por uma multidão de fãs.

 - Mas Justin, tu sendo assim famoso e isso, não é suposto andares por aí na rua como se não fosse nada.

Já nem me lembrava de que Anna, nunca se esquecia de nada,
fosse um grande ou pequeno pormenor, ela lembrava-se sempre. Foi aqui que tive uma ideia. Ideia qual que precisava do consentimento de Anna a todo o custo.

- Tens razão. Como não posso ir assim “sair” sem seguranças
atrás, importavas-te muito que nos encontrasse-mos em tua casa?

 Ela sorriu.

 - Claro que não. Como o Richard também não vai estar em casa, ainda é menor o problema!

 - Então está combinado! Apareço lá por volta das 13h, ok?

 - Não podes antes ir às 11h? É que assim podia-mos almoçar juntos. Em minha casa é claro!

 - Ok. Já agora como é que vais para casa ás… - Olhei para o relógio e fiquei espantado. - … 2h da manhã.

 - Não te preocupes comigo. Eu tenho um carro com motorista á minha espera. Está tudo controlado. - Disse rindo.

 - Então… acho que é um adeus. – Falei um pouco triste. Acho que não me queria separar dela nem por umas horas.

 - Por agora!! – Retorquiu Anna, bastante animada.

- Tens razão, tens razão.

 Ri-mos em uníssono. Mas depressa o seu sorriso se desvaneceu.

 - Então...Adeus Justin…

 Ela virou-se de costas dirigindo-se para a porta. Eu não a podia deixar ir embora assim.
Agarrei-lhe cuidadosamente no braço e quando ela se virou, dei-lhe um daqueles beijos na bochecha á moda do JB. Ela riu e deu-me um beijo na bochecha igualmente, saindo porta fora com o seu ar meio triste.


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Notas finais do capítulo

Quero reviews plizzzzz!
O próximo capitulo so sairá com 2 reviews!!!
Bjs!!!



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