Péssima Ideia escrita por rosatais


Capítulo 8
Inesquecível Lição


Notas iniciais do capítulo

aproveitem.
Atenciosamente Rosatais.



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Péssima Idéia

Capítulo 8

Inesquecível Lição

POV Edward

Chegamos à floresta perto de casa, meu pai soltou o meu braço, eu queria mas do que qualquer bandido do mundo inteiro, fugir, mas eu já tinha tentado aquilo, definitivamente uma péssima idéia.

Eu não pude conter as lágrimas e osmeus soluços, quando meu pai começou a vasculhar por uma vara, ele estava em silêncio, e eu não conseguia ler seus pensamentos, por que os meus estavam frenéticos demais me arrependendo das minhas burradas, assim como falar e ouvir ao mesmo tempo é impossível, eu não tinha como ouvir os pensamentos do meu pai enquanto os meus me atormentavam.

Finalmente ele encontrou o que procurava, uma vara grossa e resistente que afinava na ponta cheia de folhas, ela a destacou e olhou pra mim, aquela expressão de vampiro tinha ido embora, seu rosto era suave como o do meu pai, e por isso mesmo é que meu medo triplicou.

Quando ele estava fora de si, o seu auto controle e sua compaixão trabalhavam como nunca, um grito de misericórdia, ou uma cara de pavor, quem sabe lágrimas ou um pelo amor de Deus, conseguiam detê-lo, faziam com que se sentisse um monstro que precisava ser detido.

Mas quando ele estava tranqüilo, como um pai que tem o dever de corrigir o filho, cada varada, cintada, chinelada ou palmada não continham nenhuma raiva, somente disciplina, isso sim era de dar medo, nada era capaz de pará-lo se não a sensação do dever cumprido.

"Papai, me perdoa paizinho!"

Pelo menos pra isso a privacidade me servia, não tinham meus irmãos mais velhos pra me achar um frouxo, não tinha Bella pra me achar um Bebê como o resto da minha família, então eu podia jogar quantos papai e paizinhos e bicos e manhãs eu precisasse pra tentar escapar.

"Paizinho? Você não parece nem de longe aquele vampiro que gritara comigo mais cedo."

Ele relembrou tirando cada folha com o uma calma amedrontadora, e um sorriso no canto da boca.

"Descuuuulpa papaizinho... eu nunca mais vou fazer aquilo, nunca, nunquinha."

Eu disse com tanta manha, que nenhuma criança ganharia de mim.

Ele continuava tirando as folhas com carinho e antes de terminar olhou pra mim questionando.

"Corrija-me se eu estiver errado, mas não foi isso que você disse quando eu disse que você ia levar outra surra por quebrar a janela com o vaso chinês da sua mãe? Eu tive dó porque você tinha acabado de levar uma surra por ir a Volterra, então acreditei no que você disse, 'não papai eu nunca mais vou ter uma acesso de raiva desses nunca, nunquinha!'

E imitou meu jeito de falar, ou melhor de implorar.

Bom, parece que o seu nunca é bem breve, pois se não me engano foi o seu acesso de raiva que quebrou uma porta caríssima, diga-se de passagem, projetada pela sua mãe.

Caramba! Eu já tinha até me esquecido da porta, eu podia estar mais ferrado? Acho que não.

Eu chorava muito mas ele parecia não ligar, como eu disse, não era o Carlisle irritado, era o meu pai diante de um filho chorando pra tentar fugir da disciplina, justamente o tipo de choro que não fazia a menor diferença, às vezes ele dizia que era até bom pra aliviar a tensão.

Ele tirou a última folha e cortou o ar com a vara fazendo um barulho que me fez começar a andar pra trás me preparando pra correr.

"Filho por que você faz isso? Sabe que eu vou te pegar e sabe também que vai ser pior, não faz o papai pegar você não, vem aqui."

Ele disse com calma como se estivesse me ajudando com o dever de casa.

Ele apontou para os próprios pés.

"Aqui... e sem as calças, você queria privacidade então vamos desfrutar dela."

Eu exitei.

"Um... dois... três..."

Estava ele contando em sua mente, seus pensamentos me revelaram que estava começando a perder a paciência.

Tirei o Jeans que eu vestia, percebi quando o joguei no chão que a parte traseira da calça estava coberta de musgo, eu podia chutar a mim mesmo ao lembrar do momento em que eu sentei no chão esperando pela sua misericórdia, se eu tivesse voltado pra me desculpar, teria sido perdoado e Newton não teria cruzado meu caminho, Jacob seria bem mais fácil de explicar.

"Eu não vou mandar você dizer os motivo dessa surra, quem vai dizer sou eu, sabe por que? Por que são vários motivos, e você vai ganhar uma suuuurra por cada um."

"Paiziiiiinho, e seu eu prometer a você, de verdade verdeira, que eu vou me controlar e que eu não vou mais brigar nem por causa da Bella?"

"Bebê, seja honesto com o papai, quantas vezes isso já funcionou com algum de vocês?"

Era uma pergunta retórica, mesmo com Alice nunca funcionara, seus avisos e nossas promessas eram sempre apenas uma prorrogação de uma surra.

Meu silêncio lhe serviu como resposta, e em um instante eu já estava em seu colo com o traseiro completamente exposto, olhando para o chão.

"Oh! Senhor Deus, dai-me forças."

Peguei seu pensamento.

"Você vai levar essa palmada pela porta que você quebrou."

Da próxima vez PAFT!* aaaiii

em que eu PAFT!*AAuuu

te negarPAFT!*Aooooo

alguma coisa PAFT!* aaaii

e você quebrar algoPAFT!*

dentro de casa PAFT! *woooow

você vai PAFT!*aaauuuuuuuu

apanhar PAFT!*haiiiiii

com o cintoPAFT!*oooooooo

da disciplina PAFT!*aaaii ta booooom

e vai PAFT!*AAAArraaaai

ficar de castigoPAFT!*aaaaaaaaaaaaaaaaa

no canto da sala PAFT!* aaaii

o dia inteiro PAFT!*Taaaa

pra servir de exemplo ouviu? PAFT!* aaaaaaaaaaaaiiiiiiii

PAFT!*PAFT!*Você ouviu? Oooooouviiiiiiiii aaiii

Eu só tinha pago pela porta e meu traseiro já estava em chamas.

"Agora você vai apanhar por machucar o garoto dos Newton"

Ele falou me colocando de pé.

"De pé com as mãos na árvore."

"E-euuuu s-s-sinto muito pa-paaaai, nã-o fo-i mi-i-inha inten-sãaaaao! Foi um a-aci-deeetiiiiiiiiii."

Eu disse em soluços estridentes que não o comoveram.

"Anda Edward."

Estava de costas empinando a bunda pra trás com as mãos na árvore, quando escutei a fivela do cinto, pela segunda vez hoje se desfazendo.

Eu já te falei SHLAP!* AAAAAAAAA

pra não encostar SHLAP!* AAAAAAAaaa

nos humanos SHLAP!* AAAAAauuuuuuuuu

porque eles são frágeis SHLAP!* Raaaaaai

não foi? SHLAP!* Fooooooooiiiii

Não foi Edward? SHLAP!* Sim senhooooooor

Não SHLAP!* Arrai

faça SHLAP!* aHaaii

isso SHLAP!* Aooooo

nunca SHLAP!* UUUUUUUUUU

mais ! SHLAP!* Wouuuu

Nunca mais! SHLAP!* Taaaaa Booooom

"Agora você vai apanhar no colo papai de novo com, por brigar na porta da escola com Jacob, você sabe o quanto isso poderia chamar a atenção pra nós?

Ele me puxou para o seu colo e puxou minha cueca para as coxas, eu gemi quando o tecido desceu.

Não quero SHLAP!* aaaaaaaaaaaaaa

saber SHLAP!* AAAAAAAAAAaiaiai

de encrenca SHLAP!* TAaaaaaaaa

sua SHLAP!* uuuuuuuUUU

com o garoto SHLAP!* aooooooo

dos Black SHLAP!* ta bom ta booooom

eu já disse não disse? SHLAP!* ai Siiiim disse siiiiiiim

Nem por ciúme SHLAP!* AAaaaAAAAA

nem por instinto SHLAP!* ooooooooo

nem por Bella SHLAP!* HArraaaaaiiiii

nem por niguém SHLAP!* Paaaraa papai paaraaaaaaa

Tá dado o recado? SHLAP!* TA TA Taaaaaaaaa

Agora você vai levar 'A' surra de vara, por gritar comigo, virar as costas e me deixar falando sozinho daquele jeito, agora tira a roupa.

Ele exigiu, e eu arregalei os olhos, não estávamos em casa.

"Mas papai est-"

"NÃO DISCUTA COMIGO!"

Eu tirei minha cueca com aquele grito, não importa quantas vezes eu tivesse que fazer isso, nunca seria menos constrangedor, ainda mais assim, sem paredes a minha volta, e pra completar o meu martírio a camisa que eu vestia não era longa o suficiente pra me cobrir, eu me sentia tão exposto, vulnerável e infantil, pelado diante do meu pai com uma vara verde na mão.

As lágrimas caiam sem fazer barulho, eu tinha que tentar diferente, olhei pra ele com olhos de filhotinho de cachorro abandonado, na esperança de que ao ver o veneno escorrendo em minhas bochechas, ele diminuiria minha pena.

"E não adianta chorar não, o papai vai fazer isso porque te ama, você está fora de controle e eu temo onde isso possa te levar, já falei com você a respeito do seu temperamento, já falei a respeito de ciúmes, mas você não parece ouvir, chegou até a gritar comigo, prefiro fazer isso agora e ver você chorar no meu colo, do que amanhã ou depois ver você nas mãos de um Volture, ou na boca de um lobo, eu preciso manter o controle por aqui, você é só um menino e provou isso hoje mais até do que o necessário, isso vai doer mais em mim do que em você, eu te amo demais pra permitir que você vá para o fundo, prefiro manter você no raso enquanto é tempo, do que ver você se afogar."

Depois desse discurso meu pai fez algo que faria com que essa surra não fosse esquecida jamais.

"Tudo Edward! Eu disse tira a roupa, isso inclui a camisa também."

Entreguei a camisa a ele de cabeça baixa cobrindo minhas "partes" com a mão.

"Essa surra vai te ensinar quem é que manda em você."

Eu já estava soluçando de tanto chorar

"Pa-pa-a-ai eu não a-agueeeento ma-is nãaaaaao."

"Agüenta sim, se não agüentasse não aprontava tanto, você sabe que apanha, por que apronta? Vem aqui!"

Ele agarrou meu braço virando minha bunda pra ele, deu uma bela varada de cortar o ar com um assovio.

SU ÍCH!* AAAARRaaaaaaaiiiiiii

Eu coloquei a mão livre pra cobrir minha bunda e quase que por instinto eu gritei.

MÃAAAAAAAAAAAÊEEEEEEEEE.

Tira a mão Edward!

Ele mandou dando leves varadinhas cortantes na minha mão pra eu tirar.

Ele me dava varadas me fazendo sapatear e pular de dor, volta e meia eu punha a minha mão na tentativa de que ele fizesse uma pausa mas ele acertava a vara com mão e tudo e dizia.

"Eu mandei tirar não foi?"

Minha mãe apareceu e tentou pará-lo mas piorou tudo.

"Você vai apanhar mais, e pelado na frente da sua mãe, só porque você chamou. Porque na hora de fazer desaforo você não chama ela ela não, o que você faz é quebrar as coisas dela com má criação."

Eu levei varadas até a vara quebrar, ele nunca cumprira essa promessa antes.

Ele sempre dizia aos meus e a mim.

"Se fizer isso de novo, vou acabar com uma vara, na sua bunda."

Mas sempre parava com a vara sã e salva, da ultima vez que ele me bateu com uma vara, foi quando tivemos nosso primeiro problema em Forks, a vara ficou tão inteira que ele até bateu no Emmett com a mesma.

Ele jogou os restos da vara no chão e passou a mão no cabelo como se cansado, e o pior é que eu sabia que era um cansaço emocional, pois vampiros não se cansam fisicamente, meu pai estava cansado, minha mãe chorando e a culpa era minha, mas o movimento que meu pai fez a seguir me preocupou mais ainda.

Ele pegou seu cinto que estava em cima do tronco num ritmo humano, e antes que eu pudesse ver o que ele estava fazendo eu agarrei a minha roupa no chão e vesti com uma velocidade de vampírica, gritei quando o tecido encostou na minha bunda pronto pra fugir.

"Pra que isso Edward?"

Ele perguntou confuso, e eu percebi que ele estava colocando o cinto de volta nas suas calças.

"Você disse que seria a pior surra da minha existência, e eu me lembro bem da última por causa do suicídio."

Eu disse quando parei, a humildade envolvia cada palavra, eu olhava para o chão como se tivesse perdido algo ali.

"Filho olhe pra mim."

Ele pediu com carinho, eu nem percebi que ele estava à minha frente até que senti o seu dedo erguendo o meu queixo fazendo seus olhos encontrarem os meus.

Eu preciso que você saiba, foi só uma expressão, eu nunca vou bater em você de novo como naquele dia.

Olhei pra ele com uma expressão confusa.

Ele apontou um tronco de árvore tombado pra que eu me sentasse.

Minha bunda estava latejando eu não iria me sentar naquele tronco duro cheio de protuberâncias, minha mãe viu minha hesitação e sentou-se dando dois tapinhas no colo, como que oferecendo pra eu me sentar.

"MãAe..."

Eu protestei com vergonha.

"Hora essa Edward, somos só nos três aqui, você sabe que sempre será o nosso Bebê, além do mais você acabou de levar uma surra peladinho de varinha verde, o que tem demais sentar no colo da sua mãe um pouquinho, vem logo ninguém vai saber, a menos que você queira sentar-se no tronco."

Ela estava coberta de razão essa era a parte menos, constrangedora do meu dia, até bronca da Rose eu tinha levado, sem contar apanhar de cinto na casa da minha namorada, me aproximei dela e antes que eu me sentasse, ela massageou o meu bumbum com carinho e um olhar preocupado, me puxou pra baixo me abraçou e beijou minha bochecha.

Meu pai sentou ao seu lado e limpou minhas lágrimas com cuidado.

"Aquela foi a maior surra de sua existência, meu Bebê, porque nada meu filho faça, eu repito, nada, poderia ser pior do que tirar sua vida, você é tão importante pra nós, que nem mesmo matar um ser humano, ou quebrar todos os tratados do mundo, se compara a qualquer erro que possa tirá-lo de nós."

Veneno escorreu dos seus olhos.

"Você me perdoa papai?"

"Claro que sim você punido e está perdoado."

Minha mãe afagava meu cabelo enqunto meu pai continuava falando.

"Eu só quero meu filho, que você saiba, que eu te amo tanto e estou tão preocupado com você, que não tenho pensado em nada mais dia e noite, a não ser nessas suas reações descontroladas, desde que você foi pra Volterra, eu fico com essa sensação horrível de que posso te perder, era muito mais fácil ser pai de filhos eternos, por favor Bebê, pare com essa loucura, o papai não gosta de te bater, mas você não escuta, não me põe nessa situação de novo. Nós vamos pegar essa Victória, transformar Bella e dar o fora daqui de perto desses Quileutes, eu sei que estou pedindo maturidade de um menino de 17, mas eu preciso de sua ajuda pra reorganizarmos nossa vida.

Seu discurso doeu tanto dentro de mim quanto a surra que eu acabara de levar, a surra pela tentativa de suicídio foi pior, mas essa sim seria uma lição pra toda a minha existência, uma lição inesquecível.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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DEIXE-NOS SABER QUE VC QUER QUE A FIC CONTINUE.
ATENCIOSAMENTE ROSATAIS. =3



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