Péssima Idéia

Capítulo 6

Descoberta constrangedora

POV Bella

Rosalie já não me maltratava mais fazia um tempinho, lógico que não me tratava tão bem quanto Alice, mas não repugnava minha presença, por isso estranhei seu olhar acusador quando vieram nos encontrar no estacionamento do hospital.

Emmett não perdeu tempo e foi logo dando o recado de Alice.

"Papai está bravo com você, ele será chamado ao hospital e vai saber sobre Mike, mas antes ele foi chamado ao colégio pelo senho Greene em pessoa, Lice não pode ver o motivo, pois provavelmente tem a ver com o vira-lata, tudo que ela viu é que ele vai te buscar na casa da Bella, talvez até antes mesmo do crepúsculo."

"O que está havendo Edward?"

Eu perguntei alternando meu olhar entre Rose e ele, enquanto Emmett tagarelava algo sobre Edward estar mais ferrado do que ele.

"Não é culpa dela Rosalie!"

Edward sibilou.

"Você nem merece ajuda fedelho! Você está merecendo mesmo é uma boa lição a muito tempo, agora tudo é, Edward e Bella isso, Edward e Bella aquilo."

Eu tentava juntar os pontos dessa conversa, mas estava perdido entre eles, só para início, Carlisle e "bravo" na mesma frase não encaixavam pra mim.

"Por que Carlisle está bravo com Edward, Emmett?"

Tentei, pra ver se meu irmãozão palhaço entregava o ouro, funcionou.

"Bravo? bravo é apelido, ele está uma fera! Ele vai acabar com a raça do Edward por mais rara que ela seja!"

"EMMETT!"

Edward interrompeu com um soco no braço dele como se ele estivesse falando demais.

Rosalie deu um tapa na nuca de Edward como uma típica irmã mais velha repreendendo um caçula travesso.

"Você tinha que machucar um humano seu idiota? Nós quatro já estávamos indo convencê-lo de que, não precisávamos de um 'exemplo', de que tínhamos plena consciência de que você fez na não deveria se repetir jamais, Alice já tinha até visto que ele estava considerando acalmar as coisas, estava tudo certo, até que de repente ela teve uma visão de você fazendo essa merda, seu moleque!"

Ele franziu o cenho sem graça e depois fez um bico engraçado massageando o local do tapa, quase, eu disse quase, como se a respeitasse.

Eu achei que fosse estranho, ele não reagir ao tapa de forma hostil, mas o que aconteceu a seguir foi ainda mais estranho, Em disse que ele só tinha até o crepúsculo pra voltar pra casa, e ela agarrou o braço do Edward na altura do cotovelo, nesse momento ela pareceu tão mais velha que ele, ele não aparentava mais do que 15.

"Você vai pra casa comigo é agora!"

Eu tinha passado bastante tempo na casa dos cullen, já tinha visto uma porção de coisas, cada vez eles pareciam mais uma família comum, mas imaginar Carlisle Bravo e ver Rosalie bancando a irmã mais velha, realmente foi o ponto alto disso tudo.

"Me solta! Eu não vou com você! Não vou deixar Bella sozinha, com a Victória à solta!"

"Traga ela com agente então!"

Emmett disse enquanto Edward soltava seu braço do aperto de Rosalie.

"AH! TÁ! Levar Bella pra assistir ao espetáculo, eu acho que dispenso."

Ele disse com o máximo de sarcasmo.

"Depois todos ainda querem saber o que eu eu tenho contra essa garota."

Ela gesticulava na minha direção sem tirar os olhos dele.

"Eu não tenho nada contra ela, eu tenho contra a insanidade de vocês dois, ela quer acabar sua própria vida pra ficar com você, e você? Acha mesmo que pode namorar uma humana."

"Roseee... eu ainda tenho até o crepúsculo pra voltar talvez até mais, já que ele terá de ir ao hospital, eu só quero farejar a área antes de deixá-la."

Foi bizarro, sua voz parecia estar implorando por permissão, como se estivesse prestes a ser arrastado.

"Farejar. Sei. Você está é morrendo de medo de voltar pra casa e encarar a mamãe quando ela voltar do colégio."

Emmett disse zombando dele.

"Não vou, não vou, NÃO VOU!"

Rosalie fez um movimento com as mãos como se limpasse algo, enquanto Edward agarrava a maçaneta do carro.

"Entre no carro Bella!"

Eu estava deslocada em frente aquela situação extremamente desconcertante, eu eu não tinha irmãos, não estava acostumada com isso, muitas das palavras ditas por eles tinham múltiplos sentidos, eu não tinha opção se não entrar no carro, por mais que eu quisesse ficar e perguntar o que fora tudo aquilo, obedeci.

"Depois não vai dar uma de chorão, Bebê."

Ela olhou pra mim como se fosse me atacar e sumiu num passe de mágica, Emmett encolheu os ombros e saiu atrás.

"Edward, o que está havendo? O que você fez pra estarem todos bravos?"

Eu perguntei quebrando o silêncio que se fizera todo o caminho enquanto abria aporta de casa.

Ele foi direto para o sofá, sentou-se apoiando os cotovelos nos joelhos entrelaçando os dedos no bronze dos cabelos e permaneceu em silêncio, eu insisti.

"E por falar em todos, onde está Alice no meio dessa confusão?

Ele se endireitou e eu me sentei no seu colo olhando para os seus olhos e finalmente recebi uma resposta.

"Alice está de castigo no quarto dela."

Ele disse com a maior naturalidade e eu arregalei os olhos.

"Como assim?"

"Carlisle colocou-a de castigo uma semana do quarto pra escola e da escola para o quarto, quando descobriu sobre o roubo do Porsche na Itália."

minhas sombracelhas continuavam levantadas.

"Mas ela é um vampiro!"

"E daí Bella? meus pais também são, Alice não é tão mais velha que nós dois, e você mesma estava de castigo até poucos dias atrás."

Tanta normalidade, me fez lembrar do dia em que chegamos ao aeroporto e Esme o repreendeu, ela tinha feito mesmo quando soube que ele estava se exibindo pra mim suas habilidades, e da cara de Rose que denunciara que tinha levado uma bronca de Carlisle no dia em que fugíamos de James.

"E por falar em nossa idade, e em Itália, você não foi castigado quando voltou?"

"Sim eu fui."

Ele olhou pra baixo envergonhado.

"Mas, você não esteve aqui o tempo todo?"

Eu indaguei confusa.

"Fui castigado de outra forma."

Seus olhos continuavam focados no chão.

"Como?"

Eu quis saber e ele olhou pra mim constrangido.

"Eu não quero falar sobre isso."

Sua expressão era de dor, me lembrou o dia da votação em que Carlisle aceitou minha transformação, dizendo a ele que era por ele ter decidido não viver sem mim, talvez fosse essa a punição da qual ele não queria falar.

"E então, você não respondeu a minha primeira pergunta, Por que seus pais estão bravos com você?"

Eu perguntei me levantando do seu colo e andando em direção à cozinha, precisava verificar o que tinha nos armários e na geladeira pra preparar o jantar do Charlie.

Ele puxou uma cadeira num ritmo humanamente lento e sentou-se batendo a testa de leve na mesa em descrença.

"Eu tô ferrado Bella, eu gritei com ele Bella, eu gritei com meu pai!"

Eu balancei a cabeça pra todo aquele drama, seus irmãos tinham razão de chama-lo de rei do melodrama.

"E daí Edwared? Todo adolescente faz isso, não é grande coisa."

Ele olhou descrente pra mim.

"Bella você tem noção do quão antiga é a nossa família? Os adolescentes de hoje fazem isso, não os filhos do Dr. Cullen, nós ainda o chamamos de senhor quando estamos em apuros."

Fomos para o meu quarto e ficamos ali conversando sobre pais e adolescentes quase uma hora, mas sempre que o assunto virava pra um de nós dois, uma onda de constrangimento varria o assuto pra outras pessoas, eu contei a ele sobre Jacob e suas irmãs que era o que eu tinha de mais próximo de irmão, ele me falava dos seus irmãos e até me revelou que inclusive Emmett sendo o mais velho também se metia em apuros, não só se metia também, como era o que mais fazia isso.

Ele estava me contando uma história hilariante de Emmett vampirizando uma vaca, quando saltou da cama sussurrando.

"É minha mãe Bella! E parece furiosa, eles descobriram."

Ele devia ter ouvido algo que ele dissera ou pensara, por que eu nem se quer ouvi a campainha.

"Eu posso explicar a ela que a culpa foi do Mike."

Ele balançou a cabeça negativamente engolindo o veneno de preocupação.

"Você não entende Bella, para o meu pai os humanos nunca tem culpa de nada, são como vacas na India, são sagrados."

Eu que já estava de joelhos na cama levantei, sua preocupação me atingira e eu queria ajudá-lo

"O Que vamos fazer?"

Ele parecia num beco sem saída.

"Não tenho nenhuma idéia, aliás minhas idéias tem sido péssimas ultimamente."

Uma idéia estúpida me ocorreu.

"Posso dizer que você não está aqui."

"Ela pode sentir meu cheiro Bella, posso ouvir seus pensamentos ela vai entrar aqui a qualquer momento."

Suspirei em derrota e pela primeira vez disse uma coisa sensata.

"Eu vou abrir a porta."

Descemos as escadas a passos lentos e quando estava perto da porta percebi que Edward parara a mais ou menos um cinco passos atrás de mim.

Me aproximei da porta e mesmo não sendo vampira ainda eu senti a presença da minha futura mãe do outro lado, respirei fundo e abri.

"Olá Esme, entre por favor."

Minhas bochechas coraram com o fato de saber que ela me ouvira lá em cima panejando mentir pra ela.

Ela entrou, eu fechei a porta e encostei nela totalmente sem ação, ela andava na direção dele, que se afastava a cada passo, ela deve ter enviado algum pensamento que o fez parar e falou com uma voz firme que eu nunca ouvira antes sair da sua boca.

"Sente-se!"

Ela pontou o sofá, Edward sentou-se tão rápido que eu nem fui capaz de acompanhar o movimento.

"Você também!"

Pulei com susto, Esme nunca brigara comigo antes.

Eu pensei que ela fosse acabar com Edward numa bronca, mas ela voltou seu olhar pra mim.

"Então a senhorita planejava mentir pra mim pra proteger esse rapazinho aqui?"

Eu sabia que não era uma pergunta, mas Edward quis responder.

"Ela nã..."

"Espere a sua vez, por que não vai demorar."

Ela o interrompeu bruscamente, ele olhou pra mim com uma compaixão, que me fez pensar estar indo para forca.

"Bella você será minha filha em pouco tempo, assim espero, e isso durará por toda a eternidade, então ouça o que vou te dizer, preste muuuita atenção, nenhuma manobra pra escapulir de Carlisle e de mim foi bem sucedida até hoje, e sabe o que acontece às crianças Cullen quando são pegos?"

"Mãaae."

Ele gritou e sua expressão foi a mais constrangida o possível, tenho certeza que se pudesse corar o teria feito.

Acho que ela deve te-lo tranqüilizado por pensamento foi nítido pelo olhar que ela lhe deu, ele quase suspirou em seguida, então ela olhou pra mim novamente.

"Eles são punidos, sabe porque? Porque somos uma família e em uma família os filhos obedecem e respeitam aos pais, você e o Edward precisam parar de achar que podem fazer tudo um pelo outro, vocês estão precisando de limites, você, andando por aí com uma moto velha sem capacete, pulando de penhascos e tudo pra que? Pra ter visões do Edward, é melhor que você saiba mocinha, que as coisas na sua nova família não correm solta não, se você já fosse nossa filha com certeza o incidente da moto não teria passado em branco."

Ela não pudia se quer imaginar e não seria eu que iria contar, mas eu não escapara ilesa do incidente...

Flash Back (Essa é a minha continuação a partir do ultimo parágrafo de Lua Nova)

Charlie me agarrou pelo braço na altura do cotovelo, me matando de vergonha na frente do Edward, ele me olhava com um olhar de quem estava proto pra me tirar de Charlie e fugir para o México.

Quando entramos em casa ele soltou o meu braço me empurrando em direção às escadas.

"VÁ PRO SEU QUARTO! QUANDO EU ME ACALMAR EU SUBO!"

"Mas pa..."

"AGORA ISABELLA!"

Eu não estava gostando nada dessa história, por que ele precisava se acalmar? Ele sempre liberava suas brocas mesmo estando nervoso, a menos que ele... não ele não iria... será que ele estava pensando em...não,não é possível... será?

Eu não queria terminar o raciocínio, mas julgar pela cara do Edward e a atitude do meu pai, ele estava indo me dar uma surra.

Eu já tinha apanhado antes e era assim que ele sempre fazia, mandava eu ficar de castigo em algum lugar, pra se acalmar primeiro, a primeira surra que eu levei eu tinha sete anos, antes dessa foram só palmadinhas, Jacob e eu nos perdemos na floresta depois de uma ordem restrita pra não brincar por lá, e quando tinha quinze anos, ele me pegou brincando com uma arma sua, carregada, quase atirei no meu pé, ele tem todo armamento á chave, mas eu a roubara por curiosidade. Foram as únicas vezes em que eu apanhei de cinto.

Me estômago afundou quando eu percebi o que aquelas duas situações tinham em comum com essa, em ambas eu me pus em perigo em plena consciência das conseqüências.

Será que Edward ouviu algo na sua cabeça, ai meu Deus que vergonha, eu já fiz dezoito.

Ele abriu a porta me tirando do meu devaneio, sua expreção era mais calma e ao mesmo tempo muito séria, ele começou a desabotoar o cinto para o meu desgosto, e eu corri gritando pra trás da minha cama, enquanto o cinto escorria pra fora das presílias da calça.

"PERAÍ papai vamos conversar..."

Ele caminhava para minha direção determinado.

"Conversar com você Isabella? Agora conversar com você funciona? Você vai conversar é com o meu cinto sua irresponsável!"

SHLAP!* aaaaaaaauuuuuuu

Ele estalou o cinto na minha bunda e eu subi na cama pra poder tentar a porta, péssima idéia, ganhei mais umas duas cintadas nas pernas em cima da cama.

SHLAP!*AAAaaaaaiiiii SHLAP!*HAiiiiiiiiiii

e quando finalmente consegui descer, ele alcançou aporta antes de mim e me prendeu pelo braço.

SHLAP!* AAAaaai SHLAP!*Aiaiaiai SHLAP!*AuuuuOooo

Quando ele começou a acertar minha bunda em cheio com o cinto eu cobri com a mão que estava livre e ele parou.

"TIRA A MÃO ISABELLA!"

Eu não tirei, piorando a minha situação fazendo-a mais constrangedora ainda.

"Ah, você quer agir feito criança? Então vamos fazer do seu jeito."

Ele desceu a mão do meu braço para o meu punho e me puxou em direção a cama, eu me puxava pra trás tentando fincar meus pés no chão e implorava chorando.

"Não papai, já cheeega, eu vou ser boazinha, no seu colo não papai por favoooor..."

Eu entrei em desespero pois eu sabia que assim que estivesse no seu colo ele tiraria as minhas calças.

Sentado na cama, ele me puxou pra baixo agarrando minha cintura com um braço de forma que pudesse usar as duas mãos pra puxar minha calça pra baixo, ela atirou completamente jogando-a no chão , mas o pior ainda estava por vir, ele puxou minha calcinha até a coxa, e começou a me dar palmadas.

"Quando PAFT!

Eu PAFT! 

Dis-PAFT!-ser PAFT!

Pra você PAFT!

fazerPAFT!

Alguma PAFT! 

coisa PAFT!

Vo- PAFT!-cê PAFT! 

Faça! PAFT! 

En-PAFT!-ten-PAFT!-deu?

Entendeu Isabella? PAFT!"

Eu chorava como uma criança birrenta tentando sai do seu colo até que desisti e comecei a pedir desculpas.

PAFT!* Aaaaaaiiii desculpa papai.

PAFT!* Aaaaaaaahhhh! Eu não vou fazer de novo descuuuuulpa!

PAFT!*Paaaaara papai por favoooor

finalmente ele parou,vestiu minha calcinha, me deu um abraço, me perdoou, mas me mandou ficar no canto do quarto, virada pra parede com a bunda de fora do jeito que tava e disse.

"Esse é o seu castigo por agir feito criança, se quiser ser tratada como um adulto nessa casa, terá que agir como tal, por que pra mim você pode inteirar mais de 100 anos que sempre vai caber no meu colo pra uma palmada, ou você se cuida ou vou continuar tendo que cuidar de você."

Eu queria ser o Edward agora, duvido que ele apanha do Carlisle tendo mais de 100 anos, mesmo tendo 17.

Tive que ficar ali no canto do meu quarto, só de blusa e calcinha, e logo naquele dia eu achei de vestir uma blusa rosa bebê, eu não sabia o que estava mais vermelha a minha bunda ou o meu rosto, se Eddward aparecesse aqui eu acredito que morreria.

Fim do Flash Back...

Eu olhava pras mãos esfregando-as entre os joelhos, pois só de lembrar do dia da moto o constrangimento invadia a minha alma me fazendo ficar vermelha.

"Vocês tem noção do tamanho da encrenca que criariam mentindo pra mim sobre o paredeiro de Edward? Eu vim pra avisá-lo que seu pai descobriu sobre o hospital, sobre a alteração com Jacob na porta da escola e está vindo te buscar aqui, antes do crepúsculo."

Ele terminou de falar olhando pra o Edward, não sei dizer se sentia alívio por mim ou pena por ele, sua expressão era de um adolescente comum quando os pais são chamados no colégio.

"Eu sei que você já sabe, que seus irmãos já te avisaram, nós os ouvimos, antes de sair, planejando vir, e devo dizer que seu pai já tinha se acalmado sobre tudo e só queria falar com você e entender os motivos da sua atitude rebelde."

Por um momento ele olhou como se perguntasse algo, eu me senti solidária a Jazz,Rose e Em quando ficam fora do assunto de Alice e Edward. Pois eu tinha certeza de ter perdido algo, quando Edward fez uma cara de arrependimento, eu pudia jura que vi seus olhos enchendo de veneno.

"Mas, você tinha que prejudicar uma das suas 'vacas da India' com esse seu temperamento, não é mesmo Edward Cullen?"

O sarcasmo pesou em sua voz.

"Só fugi dele pra te ajudar a explicar o que Jacob Black estava fazendo na porta do seu colégio, e o incidente com o garoto dos Newton, se é que você tem uma explicação pra isso."

Eu me senti horrível, de repente percebi o quanto eu trouxera problemas a ele, e sussurrei tentando encontrar minha voz

"Você foi embora para não me prejudicar, vejo que é o contrário, tenho tornado sua vida uma bagunça, talvez quem deva ir seja eu."

Eu não vi a reação de Edward mas ela também não viu, porque seus olhos estavam fixos em mim.

"Isabella Swan Cullen!"

Tremi ao ser chamada de Izabella por ela, realmente eu parecia em apuros, ela nem deve ter percebido que me chamou de Cullen de tão brava que ela estava.

"Se você se quer sonhar em dar um passo pra longe de nós, repetindo a estupides de Edward, eu vou adiantar os meus deveres maternais e te trazer de volta pela orelha, entendeu moça?"

Nós dois arregalamos os olhos, a voz dela de repente se tornou suave como uma nuvem, ela se ajoelhou de frente a mim e pôs a mecha de cabelo que caía em meu rosto atrás da orelha.

"Meu docinho, eu só estou te dizendo todas essas coisas, por que já me considero sua mãe, e não por que quero você longe do meu Bebê, eu não serei sua sogra, assim como sou mãe de Emmett e dos outros, também serei a sua e pelo resto da eternidade, eu te amo, só fiquei brava com vocês dois, por serem tão imprudentes, vocês precisam encontrar um limite nessa loucura, e como seus pais estaremos sempre aqui pra ajudar, nem que isso signifique uma bronca daquelas, dá aqui um abraço na mamãe meu docinho."

Ela me abraçou, e eu chorei no seu ombro, como uma criança pequena, amparada, acolhida.

"Edward, comesse a explicar logo pois não temos muito tempo."

Disse ela quando me acalmei.

Ele estava finalizando a sua explicação quando fomos surpreendidos por Carlisle, Edward deu um pulo quando viu o pai aparecer do nada.

"Eu posso explicar papai!"

Eu permaneci imóvel diante da cena, Edward começou a andar de costas tomando distância de Carlisle, enquanto Esme o abraçava pedindo calma, a impressão que eu tinha, era de que se ela não estivesse ali ele o atacaria.

Nada fazia sentido pra mim, Carlisle não era conhecido por sua compaixão? Ele atacaria o próprio filho só pra fazer valer a sua lei de proteção aos humanos? Era esse o exemplo de que os outros se referiam? Ele estava sendo banido e por isso Esme tentou ajudar, pra não perder o filho?

"Você pode me soltar Esme? Ele é meu filho também."

Essa sua ultima fala derrubou o absurdo dos meus pensamentos, mas meus olhos continuavam arregalados.

"Senta nesse sofá agora se você não quiser ser corrigido aqui na frente da Isabella."

Ele apontou para o sofá, eu tremi ao ouvir meu nome completo da sua boca também, Edward parecia muito um garoto levado pego com giz de cera em frente a uma parede rabiscada.

"Sim senhor."

Foi tudo que ele disse.

"Você pode me explicar o que fazia brigando com Jacob na porta da escola? Um vampiro e um lobsomem num prédio cheio de humanos indefesos?"

Ele estava com os braços cruzados sobre o peito, seus músculos apareciam, eu nunca notara o quão mais forte que Edward ele era, eles pareciam pai e filho mais do que nunca agora, ele parecia tão mais velho enquanto seu filho parecia tão mais novo com aquela carinha assustada.

"Foi ele quem apareceu, eu só fiquei bravo por que ele contou da Victória pra Bella."

Ele continuou explicando quase sem voz, enquanto seu pai o olhava fixamente e de tempos em tempos o ordenando manter os olhos nos seus.

"Sei, e que foi que você fez com Mike Newton que ele quase quebrou o tornozelo?"

Edward explicou, e eu não pude acreditar no que eu vi a seguir, começou a desabotoar o cinto, Edward começou a chorar enquanto Carlisle dizia.

"Sabe o que é isso Esme? É o mesmo motivo pelo qual esse rapazinho, achou que podia gritar na minha cara e me deixar falando sozinho, agora a própria Bella vai ver, como as coisas lá em casa funcionam e que nada vai mudar aqui a não ser o fato de que ela em breve vai estar na mesma situação se os dois não acabarem com essa seqüência de loucuras."

O cinto foi cuidadosamente tirado e dobrado na sua mão enquanto essas palavras eram ditas, e de repente tudo que eu ouvira naquela tarde fazia sentido, ele não ia atacar Edward, ele ia dar uma surra nele como todo pai fazia.

"Vem aqui Edward!"

Ele apontou para os próprios pés, eu não podia acreditar no que 

eu estava vendo, mas difícil mesmo era acreditar no que eu fiz.

Continua...